quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dívida Histórica

por Percival Puggina
Tem sido dito que a política de cotas, raciais ou sociais, resgata uma dívida histórica. Dívida de quem? Dos brancos para com os negros e os índios, afirmará alguém com furor justiceiro. Pergunto: dos brancos assim, tipo todo mundo? Milhões de brasileiros descendem de europeus emigrantes de seus países de origem por injustiças que contra eles se praticavam. Nada tinham com a encrenca da escravidão aqui. Também são devedores? Muitos brancos portugueses foram enviados a contragosto para o desterro no Brasil, onde arribaram tão "pelados" quanto os índios. Seus descendentes também têm dívida a pagar? Segundo essa linha de raciocínio, sou conduzido a crer que eu teria uma dívida histórica a cobrar da Itália e que os descendentes dos desterrados portugueses teriam outra na velha terrinha, ora pois. Absurdo. 
Tudo que é dado tem um preço. Vejamos como se aplica essa constatação a uma política de cotas. Quando uma universidade pública as estabelece, ela está dando a determinado grupo social a possibilidade de acessar seus cursos mediante notas inferiores às dos candidatos que não pertencem a tal grupo. Trata-se de uma regalia custeada por concorrentes que não integram o grupo privilegiado. A fatura da vantagem concedida vai para aqueles que poderiam ter ingressado e não ingressaram. Isso é inquestionável.
Quem concorda com a lei de cotas, embora motivado por nobres intenções, olha para um prato da balança da justiça e fecha os olhos para o outro. Vê o beneficiado e desconsidera o prejudicado. Por quê? Não sei. Jamais topei com um vestibulando do grupo fraudado que considere justa a adoção das cotas. O apoio a tais políticas, concedido por quem nada tem a perder com elas, é generosa barretada com o chapéu alheio. É dar presente com o cartão de crédito dos outros. Não é justo. Nem honesto. 
A tal dívida histórica não encontra devedores vivos de quem possa ser cobrada. É tolice e é anti-histórico. O que o Brasil tem é uma necessidade de resolver seus desajustes sociais. Admitir que essa tarefa existe implica assumi-la como dever moral da nação. Vale dizer, de todos os brasileiros, como membros de uma sociedade que estampa infames desníveis. A miséria, a ignorância, a falta de oportunidades não têm cor de pele. O absurdo da lei de cotas é jogar no colo do estudante branco da escola particular o ônus dessas correções. A responsabilidade maior e a maior potencialidade material para combater tais desníveis é da política, do Estado brasileiro, mediante instrumentos não expropriatórios. Aliás, no que concerne à educação, a política de cotas equivale a pretender resolver o problema de fundações de um prédio nivelando seu telhado. Para cada formando pela política de cotas, todo ano, em virtude das muitas deficiências dos ensinos Fundamental e Médio, a base do sistema afasta do tecido social centenas de crianças cuja educação está sob responsabilidade de quem? De quem pretende enxugar gelo, em nome da justiça, com a lei de cotas.
Enchem páginas de jornal as matérias sobre o péssimo nível de ensino no país, o abandono dos cursos voltados para a educação e o quanto isso obsta nosso desenvolvimento. A melhoria do ensino básico tem custo. E é mais barato posar de justiceiro com os direitos alheios do que fechar as torneiras pelas quais se esvaem recursos que deveriam servir para acabar com a injustiça ali onde ela crava perversas raízes sobre o destino de milhões de crianças.
Zero Hora, 21/10/2012,

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Hipocrisia do Correto

por Alexandre Garcia
Em São Paulo, mulher com mais de 40 anos e diabética, perdeu o feto de 5 quilos porque fora convencida pela campanha do "parto humanizado". Quis ter o bebê em casa, de parto natural, e quase morreu junto com o feto. Quando entrou em trabalho de parto e percebeu que o bebê não iria sair sem cesariana, procurou o pronto-socorro do hospital mais próximo, mas já era tarde. Com todos os riscos, tentaram o parto e o máximo que conseguiram foi salvar a vida da mãe. Ela foi uma vítima de um surto de imbecilidade que assola o país. No caso, tentando voltar décadas no tempo, quando não havia hospitais, obstetras e recursos, e a pessoa nascia em casa, como eu, pelas mãos de uma parteira, e era sobrevivente numa estatística que registrava sete vezes mais mortes no parto em relação a hoje. A sobrevivente de São Paulo deveria processar essa gente irresponsável que propagandeia o tal "parto humanizado". 
Uma colega da Globo, ao comentar o ocorrido, me contou que "no tempo em que era idiota", ficou onze horas de cócoras recebendo acupuntura, a esperar que o filho nascesse. Respondi a ela que isso só acontece com jornalista que acredita nas ondas de novidades desse tipo de retrocesso para o primitivismo. Outra coisa que gostamos de propagandear é no quanto os índios têm a nos ensinar. Parece mentira que quem entra nessa onda não pára para pensar que nossa cultura evoluiu séculos, milênios, sobre culturas que ficaram na idade da pedra. No entanto, alguns querem que abandonemos a evolução para aderir a primitivismos. Os índios, que estão em busca do progresso e não do retrocesso, por sua vez aderem às parabólicas, aos computadores, aos celulares, do mundo desenvolvido.
Alguns de nós fingem querer que suas noites sejam iluminadas por velas ou fogueiras. O país já está no limiar do esgotamento de sua produção de energia elétrica, como mostram os apagões, mas grupos fanáticos insistem em que não podem ser construídas as hidrelétricas que vão manter a luz nas nossas noites e energia para as fábricas de hoje e do futuro. Por que não contribuem para diminuir a demanda de energia e se oferecem para desligar a entrada de eletricidade em suas residências? Já vivi a época em que a única usina elétrica da cidade era desligada às 10 da noite e todos tínhamos que dormir ou usar vela para concluir alguma tarefa. Ainda bem que veio Itaipu e tomara que depois dela tenhamos hidrelétricas em Belo Monte, Jirau, Estreito e Santo Antônio. Mas há uma bando de chamados ambientalistas que preferem a escuridão.
Na natureza nada é igual. Há árvores mais frondosas e outras menos, porque recebem menos sol. Cavalos que não ganhariam um páreo sequer e outros que parecem ter asas nas patas. Cachorros que são alfa e líderes de matilha. Aves que lideram suas revoadas. E humanos que trabalham pelos outros, que carregam o piano e outros que vão na retaguarda, só andando quando empurrados. A praga do politicamente correto insiste em que somos todos iguais. Não somos. O mérito e o trabalho nos distinguem. O que é preciso é que sejamos todos somos iguais perante a lei, isto é, perante um tribunal. É onde deveríamos ser iguais e não somos. Mas fora de um tribunal jurídico, no tribunal da vida, somos todos diferentes por nossas ações, nossos méritos e nossos defeitos. O resto é conversa mole de hipócritas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Perigo Das Redes Sociais

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Vídeo da Bélgica prova que a Internet pode mesmo ser um perigo. É o que mostra o programa "Outro Olhar". A produção é da Federação Belga do Setor Financeiro.
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domingo, 28 de outubro de 2012

Chorume Humano

Essa Gente é Um Lixo Moral!
Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos, demonstra que continua com a biruta tão certa como quando aderiu à cartilha terrorista de Carlos Marighella ou tentou censurar a imprensa, extinguir a propriedade privada no campo, legalizar o aborto e perseguir os crucifixos por meio de um decreto — o tal “Plano Nacional-Socialista de Direitos Humanos”
por Reinaldo Azevedo
Como os petistas perceberam que, não importa a barbaridade que digam, vão ser mesmo notícia — e com destaque! —, eles vão perdendo a mão. E a declaração da véspera é sempre menos estúpida do que a do dia seguinte e mais do que a do dia anterior. Há uma escalada.
Leio na Folha que Vannuchi comparou a condenação de José Dirceu e de José Genoino à extradição de Olga Benário para a Alemanha nazista: Dirceu e Genoino foram condenados sem provas num julgamento contaminado. Isso vai entrar para a galeria de erros históricos do Supremo, ao lado da expulsão de Olga Benário”.  É espantoso!
Uma nota antes que continue: Olga Benário não foi aquela heroína sem mácula do livro perturbado do ainda mais perturbado Fernando Morais. Aquilo é pura mistificação! Estava no Brasil a serviço da Internacional Comunista para instaurar aqui a “ditadura do proletariado”. Felizmente, deu tudo errado. Mas é evidente que a extradição de uma judia comunista para a Alemanha nazista correspondia a uma sentença de morte — embora as condições formais para a extradição estivessem dadas. E assim decidiu o STF em 1936. 
Getúlio poderia ter-lhe concedido o indulto, mas tinha simpatias pelo regime nazista e não o fez. Olga estava grávida de Anita Leocádia, única filha do casal, que nasceu na prisão e foi entregue à avô paterna. Em 1942, foi assassinada no campo de extermínio de Bernburg.
Em 1936, o Brasil ainda não era uma ditadura plena, mas estava a caminho. No ano seguinte, Getúlio dá o golpe do Estado Novo, de óbvia inspiração fascista. É evidente que Olga, ainda que as condições legais estivessem dadas, jamais poderia ter sido extraditada. Era uma pena de morte. Naquele caso, sim, à diferença da comparação intelectualmente delinquente de Vannuchi, o Supremo fez o que queria o protoditador.
Desta feita, no Brasil, deu-se o contrário. Os ministros do Supremo Tribunal Federal tomaram as decisões de acordo com a lei, independentemente de pressões políticas. Agiram segundo a lei, não segundo a vontade do Poder Executivo ou de um partido político.
Fala moral e politicamente dolosa
A fala de Vannuchi é mais moral e politicamente dolosa do que parece. Na verdade, está plantando na militância petista a pressão para que a presidente Dilma conceda indulto aos réus do mensalão, entenderam? 
Está convidando a presidente a fazer, na sua comparação transtornada, o que Getúlio não fez. A questão nada irrelevante é que o Brasil é uma democracia plena, e Dirceu e Genoino não foram condenados à morte.
Vannuchi disse outra coisa espantosa:
O Judiciário deve ser um poder contramajoritário. É ele quem segura a multidão que quer matar os judeus, que quer matar os negros. Aqui aconteceu o contrário. Os ministros aderiram a um clamor para condenar”.
Comecemos pelo óbvio. O homem de Lula está se referindo de forma oblíqua, o que é asqueroso, à cor da pele do ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão, que é negro.
O que este senhor, que já cuidou da pasta dos Direitos Humanos (!) está a dizer é que o ministro teria a obrigação de absolver os réus. No fim das contas, seria uma “vítima da história” — um negro! — absolvendo outras vítimas: os mensaleiros.
Vannuchi, este notável humanista, acha que a cor da pele do relator o impede de ser independente para, seguindo as leis, condenar ou absolver. 
De resto, essa história de o Supremo ser um poder contramajoritário é de uma tolice estupenda. O Poder Judiciário não tem de ser nem a favor das vagas de opinião nem contra elas. Tem é de se ater aos rigores da lei. Fosse como quer este senhor, os juízes tomariam a temperatura das ruas antes de decidir e fariam sempre o contrário do que pretende o senso comum. 
Justamente porque as ruas ora estão certas, ora erradas, cabe fugir do alarido e se ater aos fundamentos inscritos na Constituição e nos códigos legais. Como fez o Supremo.
Quanto mais falam os petistas, mais evidente fica a necessidade de o Supremo deixar claro que não ouve nem a voz rouca das ruas nem a voz estridente dos poderosos. Que ouça apenas a voz clara da lei.
Para arrematar: Vannuchi pode não ser racista, mas a inspiração de suas ilações é. Quando se sugere que a cor da pele de uma pessoa a obriga a tomar uma determinada decisão, é evidente que se está a dizer que uma condição natural a fez, desde sempre, menos livre. Eis o partido que institui cotas raciais nas universidades federais e agora as quer também no serviço público.
É um partido que quer deixar claro que gosta dos negros. Desde que sejam negros disciplinados, obedientes e dóceis! Essa gente é um lixo moral!
COMENTO:  esse "balão de ensaio" sobre um possível "indulto de natal" aos bandidos condenados pelo STF já anda circulando há bom tempo. É bom que a parte sadia da sociedade comece a manifestar-se contra essa possibilidade. Seria mais um bofetão em quem cumpre corretamente seus deveres de cidadão, pagando a farra das PaTifarias e vendo os canalhas sendo cada vez mais sendo beneficiados por artimanhas e sem-vergonhices. A concretização dessa possibilidade seria a última ofensa que os desonestos poderiam fazer contra a cidadania.

Aeromovel — Triunfo da Burocracia ou Traição a Serviço das Multinacionais?

por Gélio Fregapani
Na década de 60, Oskar Coester, um técnico aeronáutico, recebeu um desafio do presidente da Varig: "criar um sistema de transporte para seus passageiros, dos centros das grandes cidades até seus aeroportos em menos tempo do que os jatos levavam de uma cidade a outra". O sistema deveria ter "baixo custo de implantação e operação; ser seguro, confortável, confiável, rápido e não conflitar com o tráfego de superfície".
Ao observar um vagonete que rodava sobre trilhos, movido a vento como um barco, pela adaptação de um mastro e uma vela no trapiche do porto de Rio Grande (RS), Coester teve ali sua grande inspiração.
O vento seria produzido por um ventilador industrial comum acionado por um motor elétrico trifásico de baixa voltagem. Viria por um duto embaixo do trilhos. Se construído em um elevado evitaria interferir com o trânsito de superfície, Pronto, estava inventado o melhor sistema para o transporte urbano de passageiros.
O diretor da então Empresa Brasileira de Transporte Urbano encampou a ideia, e um aeromóvel construído em caráter experimental passou a funcionar em 1983 em Porto Alegre. Na linha simples conseguia a velocidade de 80 km por hora e o transporte de 136 passageiros por veículo articulado, (características desejadas) — nada impedindo que ele pudesse viajar muito mais rápido e com veículos de muito maior capacidade de transporte que este protótipo, mas ... Cloraldino Severo substituiu o então ministro Eliseu Rezende e acabou com o projeto. Por mais estranho que possa parecer Cloraldino Severo destruiu o protótipo e a linha e proibiu a os funcionários de falarem sobre o assunto e mandou queimar todo o material informativo sobre o aeromóvel existente no Ministério.
Cloraldino Severo foi forçado a dar explicações à sociedade gaúcha sobre os motivos que o levaram a boicotar o projeto. Resumindo as justificativas do ministro dos Transportes de Figueiredo para tão impatrióticos atos: ele disse ter suspenso o financiamento ao projeto por não acreditar que um "alemãozinho", em uma oficina de fundo de quintal, pudesse desenvolver um sistema de transporte coletivo de passageiros que viesse a competir com os sistemas já em uso, produzidos pelas grandes empresas multinacionais.
Já nessa época, o Estado brasileiro estava começando a ser demolido com a colaboração e o trabalho da cúpula da burocracia estatal e dos políticos cooptados e submetidos às determinações da nova "ordem". Ainda houve um ensaio de retomada do projeto, na nova República, inviabilizado pela inflação galopante.
No nosso País não deu, mas sim no estrangeiro: Coester implantou em 1989 numa linha de 3,5 km num parque de Jacarta (Indonésia), onde há centros de convenção, prédios culturais e uma universidade. Até hoje em operação comercial, e já transportou, sem falhas, mais de 14 milhões de passageiros.
Hoje todos aparentam estar preocupados com os transportes urbanos para a Copa eis uma oportunidade. Seria possível revolucionar o transporte coletivo no país, estimular a indústria genuinamente brasileira e gerar milhares de empregos com salários compatíveis às necessidades da população, através da ação combinada e coordenada de alguns de seus ministérios. O aeromóvel foi concebido para ser construído e implantado sem a necessidade da importação de um único parafuso, portanto, beneficiando 100% a indústria nacional tanto a da construção civil, a metalúrgica, a eletroeletrônica, a de autopeças e a mecânica, além da exportação, como já ficou demonstrado em Jacarta, e o preço do transporte por passageiro através do aeromóvel fica até três vezes menor do que o pago em qualquer linha de ônibus que cumpre o mesmo percurso
É claro, isto não interessa ao FMI ao Banco Mundial, ao BIRD e ao sistema financeiro, às poderosas corporações mundiais da área do transporte, à indústria (estrangeira) do petróleo, às concessionárias do transporte coletivo urbano às prefeituras com interesse na continuidade espúrios; à indústria automobilística, fabricante de chassis para ônibus; às distribuidoras estrangeiras de petróleo; aos fabricantes de pneus etc.; e ao Diálogo Interamericano, através de seus agentes e outros tantos. Para implantar este projeto (como para outros tantos­) é preciso coragem. Desde o Presidente Geisel não temos outro de coragem como a atual governante. Teria ela coragem para isto?
Fonte:  Comentário 149 - 21 Out 12
recebido por correio eletrônico

sábado, 27 de outubro de 2012

Ser Corrupto Não é Para Qualquer Um

por Janer Cristaldo
Conheci em São Paulo, há alguns anos, uma pessoa de posses, inculta mas viajada e cozinheiro emérito. O que me gerava um problema. Ele me oferecia jantares requintados e eu, que não sei nem fritar ovos, não tinha como retribuir-lhe. Até que um dia encontrei a fórmula. Ofereci-lhe um jantar. Ele escolhia os ingredientes, eu os comprava e ele vinha cozinhar em minha casa. Deu certo. Ele veio com avental e chapéu de cuca e passamos uma bela noitada. Mas não era disto que pretendia falar.
Ele tinha algum apreço por mim. Viajante, gostava de ouvir falar sobre viagens e gastronomia. Gostava de minhas crônicas e pediu-me que eu lhas enviasse diariamente. O que fiz com muito prazer. Até que um dia surgiu o impasse. Ele não suportava meus artigos sobre o Lula e o PT. Pediu-me que continuasse enviando as crônicas, menos aquelas sobre o capo di tutti i capi e seu partido.
— Não entendo  objetei. Existiu algum partido mais corrupto na história do país? Quem dá cobertura e orienta esse esquema corrupto? Estou escrevendo alguma inverdade?
 Não. Mas ele teve sucesso.
Eis o supremo critério de uma certa elite abastada e inculta: o tal de sucesso. Este critério vale tanto para Lula como Maluf, Sarney ou Collor. Seja Hebe Camargo ou Sílvio Santos. Paulo Coelho ou Chico Buarque. Vale também para o povão. Pouco importa nesta São Paulo que gerou tanto Lula como Maluf, que o líder petista se abrace com o criminoso procurado internacionalmente pela Interpol. Maluf só está livre porque está no Brasil. Se der um passo no estrangeiro, pode ser preso. Lula se abraça com o mafioso, em seu jardim, e consegue eleger seu candidato em São Paulo. A cúpula do PT foi condenada pelo mensalão e os criminosos portam uma aura de mártires. 
Acabei me afastando de meu amigo milionário. Se havia assuntos proibidos em nossas conversas, melhor não conversar mais. Se não aceito censura em jornais, não vou aceitá-la em meu pequeno círculo. Esta técnica é muita usada por pobres de espírito que fazem psicanálise. Já aconteceu comigo e não foi uma vez só: “se voltas a tocar nesse assunto, eu vou-me embora e não pago a conta”. Tudo bem, querida, pago a conta com prazer.
De fato, o sucesso tudo absolve. Como dizia Nelson Rodrigues, os idiotas se deram conta de que são maioria. Às vezes recebo abaixo-assinados conclamando a mudar este país. Santa ingenuidade. Os idiotas jamais permitirão tal heresia. Isso não quer dizer, no entanto, que todos os brasileiros sejam canalhas.
O psicanalista Luis Felipe Pondé, na Folha de São Paulo de hoje, defende uma tese insólita. Que quando se fala de corrupção, todo mundo mente. Quase todo mundo prefere um pai ou marido corrupto a um honesto, mas pobre. Para resistir à corrupção, você tem que ser radical, ou religioso, ou moral ou político.
Segundo o psicanalista, “o julgamento do mensalão não significou nada para o eleitor, mesmo para aquele que se julga "crítico". Ninguém dá bola para a corrupção do seu partido do "coração". Também foi importante para ver o modo de operação da corrupção ideologicamente justificada inventada pelo PT: só faltava dizer que foi a direita de Marte que inventou tudo”.
Nem tanto à terra nem tanto ao mar. Verdade que ninguém dá bola para a corrupção do seu partido do "coração". Mas há alguns milhões de brasileiros honestos. São os sem partido. Nestas eleições, 22,7 milhões de eleitores não votaram. É um número considerável. São 22 milhões de pessoas que não são cúmplices da corrupção, seja de qual partido for.
Segundo Pondé, “quase ninguém quer ter um pai ou marido pobre, e sim prefere um pai ou marido corrupto, mas que dê boas condições de vida. Esta é a verdade que não se fala”. O advérbio de modo “quase”  quase salva o cronista. Digo quase, pois o país está cheio de pessoas honestas. O problema é que não se reúnem em partidos nem constituem maioria.
No item bem-estar da família, Pondé arrola desde roupa, comida boa, escola dos filhos, melhor casa para morar, ajudar os sogros doentes e idosos, viajar para Miami e Paris, apartamento na praia, até iPhone, viajar de avião, comprar coisas nos EUA, ter TV de 200 polegadas, iPads, enfim, "ter uma vida". Enfim, aquilo que meu amigo gastrônomo chamaria de sucesso. E concluí: “No dia a dia, isso tem outro nome: honestidade não vale nada, o que vale é ter uma "vida decente": segurança para os filhos, uma esposa feliz porque pode comprar o que quiser (dentro do orçamento, claro, mas quanto menor o orçamento menor o amor...), enfim, um "futuro melhor".
Ora, há centenas de milhares  senão milhões  de pessoas neste país que chegaram a boas condições de vida sem corromper-se. O país permite o acesso a uma vida razoável sem precisar apelar à ilegalidade. Quem apela à corrupção nem sempre é o pobre, ao qual viriam muito bem estas benesses. Curiosamente, o corrupto de modo geral emerge das classes ricas, que querem ainda mais do que têm.
Sem falar que, para ser corrupto, algum acesso se precisa ter ao poder. Este acesso o pobre não tem. Ser corrupto não é para qualquer um. É para quem pode. E mais: exige trabalho. Por mais dura que seja sua jornada, certamente Carlinhos Cachoeira, Zé Dirceu, Maluf, Delúbio, Marcos Valério suaram mais a camiseta que você. Não se constrói uma quadrilha eficiente sem esforço e dedicação. São centenas de milhares de horas-homem de trabalho. O mensalão, por exemplo, começou a ser montado em 1980, no colégio Sion, em São Paulo. Foram mais de vinte anos de trabalho de consolidação da quadrilha. Ser honesto pode não compensar muito. Mas sem dúvida é menos trabalhoso.
Em meu pequeno círculo de amigos, tenho pessoas de origem modesta. (Para começar, este que vos escreve). Ninguém nasceu em berço de ouro. Mas nenhum deles está mal de vida. Quase nenhum tem carro, mas isto é opção pessoal. Todos viajam, curtem bons restaurantes, não se privam de livros nem de arte. Nenhum precisou ser corrupto para chegar onde chegou. Tudo depende de não querer dar passo maior que as pernas. Se eu quiser um iate de luxo, por exemplo, é claro que terei de candidatar-me a deputado ou ministro ... ou bicheiro ou traficante. O que dá mais ou menos no mesmo.
Sucesso, assim como hoje se entende, para mim é coisa que não diz nada. As posses que ricos e novos ricos ostentam nada me dizem. Que vale a um Maluf ter bilhões em bancos no Exterior se não pode ir a Paris ou Roma, nem mesmo a Montevidéu? O que vale em um homem, penso, é a cultura. Neste sentido, respeito inclusive o homem rico e culto, que sabe fazer uso inteligente de sua fortuna.
Segundo Pondé, para resistir à corrupção, você tem que ser radical, ou religioso, ou moral ou político. O psicanalista deve estar cercado de muita gente suja. Ora, há muitas pessoas neste mundo que não são radicais religiosos, nem morais ou políticos, e conseguem ser honestas. 
Para ser honesto, não é preciso ter fé nem ideologia. Basta julgar indevido meter a mão no bolso alheio. Disse alguém que o sucesso da Inglaterra era devido ao fato de os homens honestos serem tão audazes quanto os canalhas. 
Isto é o que falta ao Brasil.
Fonte:  Janer Cristaldo
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Governo da Inglaterra Recruta Jovens Aprendizes de Espiões Virtuais

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Sede da GCHQ - CROWN COPYRIGHT
As agências de inteligência da Inglaterra estão recrutando aprendizes de espiões cibernéticos em uma tentativa de aproveitar os talentos da “geração Xbox”.
Cerca de cem jovens de 18 anos terão a chance de treinar para uma carreira no serviço secreto, lutando contra guerras cibernéticas e criminosos da internet.
O esquema, anunciado pelo secretário de Relações Exteriores, William Hague, é predominantemente destinado à GCHQ (QG das Comunicações Governamentais - Government Communications Headquarters), a agência de Comunicação Eletrônica do governo britânico, que integra o Serviço de Inteligência do país. 
Alguns recrutas também vão trabalhar nas outras agências - o Serviço Secreto de Inteligência, MI6; e o Serviço de Segurança, MI5.
A iniciativa marca uma ruptura com as práticas do passado, quando as agências recrutavam, principalmente, jovens graduados em universidades.
Discursando em Bletchley Park - a casa britânica dos analistas de código na Segunda Guerra Mundial - William Hague disse que é importante selecionar as pessoas mais talentosas para garantir a qualidade da perícia cibernética do Reino Unido no futuro.
“Serão os jovens inovadores desta geração que ajudarão a manter nosso país seguro nos próximos anos, contra ameaças que são tão sérias quanto algumas das que enfrentamos durante a Segunda Guerra Mundial”, disse ele, segundo o jornal britânico “The Sun”.
“Hoje, não estamos em guerra, mas todos os dias eu vejo provas de ataques deliberados e organizados contra a propriedade intelectual e as redes do governo no Reino Unido, partindo de criminosos virtuais ou estrangeiros, com o potencial de minar a nossa segurança e competitividade econômica”, continuou o secretário de Relações Exteriores.
Autoridades disseram que o programa de aprendizagem da inteligência, agora, visa aproveitar as habilidades da “geração Xbox”, que cresceu no mundo das redes sociais, conexões globais e jogos interativos.
Os recrutas serão submetidos a um programa de dois anos de formação, com cursos de graduação em comunicação, segurança e engenharia na Universidade De Montfort, em Leicester.
Eles também irão estudar para um diploma de nível 4 na área de TI, software, web e competência profissional em telecomunicações.
COMENTO: Serviço de Inteligência funciona assim. Verifica suas necessidades, escolhe quem pode fazer parte de seus quadros, recruta e treina. E mesmo assim sofre traições, vazamentos, defecções, etc. Por aqui, seleciona-se "concurseiros" (a bem da verdade, há que se reconhecer que há bons profissionais oriundos de concursos na ABIN, mas o predomínio é dos que simplesmente buscaram um "bom emprego" - o que não significa que gostem de "um bom trabalho").
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Piada de Salão

por Ferreira Gullar
Quando o escândalo do mensalão abalou a vida política do país e, particularmente, o governo Lula e seu partido, alguns dos petistas mais ingênuos choraram em plena Câmara dos Deputados, desapontados com o que era, para eles, uma traição. Lula, assustado, declarou que havia sido traído, mas logo acertou, com seus comparsas, um modo de safar-se do desastre.
Escolheram o pobre do Delúbio Soares para assumir sozinho a culpa da falcatrua. Para convencê-lo, creio eu, asseguraram-lhe que nada lhe aconteceria, porque o Supremo estava nas mãos deles. Delúbio acreditou nisso a tal ponto que chegou a dizer, na ocasião, que o mensalão em breve se tornaria piada de salão.
Certo disso, assumiu a responsabilidade por toda a tramoia, que envolveu muitos milhões de reais na compra de deputados dos partidos que constituíam a base parlamentar do governo.
Embora fosse ele apenas um tesoureiro, afirmou que sozinho articulara os empréstimos fajutos, numa operação que envolvia do Banco do Brasil (Visanet), o Banco Rural e o Banco de Minas Gerais, e sem nada dizer a ninguém: não disse a Lula, com que privava nos churrascos dominicais, não disse a Genoino, presidente do PT, nem a José Dirceu, o ministro político do governo.
Era ele, como se vê, um tesoureiro e tanto, como jamais houve igual. Claro, tudo mentira, mas estava convencido da impunidade. A esta altura, condenado pelo STF, deve maldizer a esperteza de seus comparsas. Mas os comparsas, por sua vez, devem amaldiçoar o único que, pelo menos até agora, escapou ileso do desastre – o Lula.
Pois bem, como o tiro saiu pela culatra e o partido da ética na política consagrou-se como um exemplo de corrupção, Lula e sua turma já começaram a inventar uma versão que, se não os limpará de todo, pelo menos vai lhes permitir continuar mentindo com arrogância. O truque é velho, mas é o único que resta em situações semelhantes: posar de vítima.
E se o cara se faz de vítima, tem o direito de se indignar, já que foi injustiçado. Por isso mesmo, vimos José Genoino vir a público denunciar a punição que sofreu, muito embora tenha sido condenado por nove dos dez ministros do STF, quase por unanimidade.
A única hipótese seria, neste caso, que se trata de um complô dos ministros contra os petistas. Mas mesmo essa não se sustenta, uma vez que dos dez membros do Supremo, oito foram nomeados por Lula e Dilma.
Reação como a de Genoino era de se esperar, mesmo porque, alguns dias antes, a direção do PT publicara aquele lamentável manifesto em que afirmava ser o processo do mensalão um golpe semelhante aos que derrubaram Getúlio Vargas e João Goulart. Também a nota posterior à condenação de José Dirceu repete a mesma versão, segundo a qual os mensaleiros estão sendo condenados porque lutam por um Brasil mais justo. O STF, como se sabe, é contra isso.
Não por acaso, Lula – que reside num apartamento duplex de cobertura e veste ternos Armani – voltou a usar o mesmo vocabulário dos velhos tempos: “A burguesia não pode voltar ao poder”. Sim, não pode, porque agora quem nos governa é a classe operária, aquela que já chegou ao paraíso.
Não tenho nenhum prazer em assistir a esse espetáculo degradante, quando políticos de prestígio popular, que durante algum tempo encarnaram a defesa da democracia e da justiça social em nosso país, são condenados por graves atentados à ética e aos interesses da nação. As condenações ocorreram porque não havia como o STF furtar-se às evidências: dinheiro público foi entregue ao PT, mediante empréstimos fictícios, que tornaram possível a compra de deputados para votarem com o governo. Tudo conforme a ética petista, antiburguesa.
Mas não tenhamos ilusões. Apesar de todo esse escândalo, apesar das condenações pela mais alta corte de Justiça, o PT cresceu nas últimas eleições. Tem agora mais prefeituras do que antes e talvez ganhe a de São Paulo. Nisso certamente influiu sua capacidade de mascarar a verdade, mas não só. Com a mesma falta de escrúpulos, tendo o poder nas mãos, manipula igualmente as carências dos mais necessitados e dos ressentidos.
Não vai ser fácil acharmos o rumo certo.
Fonte:  Augusto Nunes
transcrito da Folha de São Paulo
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Outra Resposta à Filha do Genoíno

por Paulo Chagas
Caros amigos
Em que pese ao sentimento genuíno da filha do condenado José Genoino (JG), Miruna Genoino, torna-se necessário que entendamos com clareza o objetivo e as incoerências da carta lida com teatral emoção pelo Sen Suplicy no plenário do Senado Federal.
Diz ela que a “coragem é o que dá sentido à liberdade”. Volto ao respeito que devo a seu pesar para, sem qualquer comparação ou crítica, por em dúvida a coragem de seu pai, já que, segundo consta e nunca foi contestado, ele entregou seus companheiros no Araguaia sem ter sido submetido a qualquer pressão que não as da evidência de seu envolvimento com a guerrilha.
É legítima também a dúvida de Miruna quanto à própria coragem para “enfrentar dor e injustiça em nome da democracia”, no entanto, o que todos já sabem e ela com certeza já sabe há mais tempo é que seus pais nunca lutaram por democracia, mas por uma ditadura comprovadamente cruel e genocida! 
O exemplo de perseverança de JG para estudar é realmente comovente, mas não inédito e muito menos raro no nordeste brasileiro daquele e destes dias, mesmo após a conquista do poder por parte do ParTido de seu pai e das tantas legislaturas em que foi eleito na vigência de uma democracia que ele, absolutamente, não queria quando despediu-se dos pais e partiu para a selva amazônica, “buscando construir uma forma de resistência a um regime militar”.
Por outro lado, não identifico em JG um exemplo de perseverança no cumprimento da pena prisional de 5 anos, que durou até que o regime político consolidasse a democracia e lhe devolvesse a liberdade para usufruir dela como bem lhe conviesse, inclusive como corruPTo!
Poucos realmente teriam coragem como JG “para enfrentar eleições nacionais sem nenhuma condição financeira”, até por que isto é impossível sem o “caixa dois” do ParTido, como o ex presidente e chefe maior do esquema disse ao mundo, assim que o escândalo do mensalão foi descoberto e denunciado.
A única coisa que quero, Mimi, é melhorar a vida das pessoas…”, mas não sem a prática do que ficou comprovado, com todas as letras da lei, durante o julgamento livre e honesto da quadrilha de compradores de votos e consciências da qual JG era figura de destaque!
Não lhe podemos negar o direito de orgulhar-se do pai e de acreditar em sua honestidade de propósitos, mas, veementemente, lhe nego o direito de querer com isto justificar ou buscar atenuantes para o crime escabroso contra a lisura do processo democrático e contra o erário público cometido por ele e seus comparsas!
Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação?” Esta pergunta deve ser feita ao Partido dos Trabalhadores, especialista nesta prática e doutrinariamente inimigo da liberdade de imprensa!
...não é racional deixar que o jornalista se forme por si mesmo
Antônio Gramsci
“[Você] Acharia uma excelente ideia congregar 200 pessoas na porta de uma casa familiar em nome de causar um pânico na televisão? Teria coragem de mandar um fotógrafo às portas de um hospital no dia de um político realizar um procedimento cardíaco?Estas perguntas devem ser feitas aos grupos de “estudantes” contratados e instruídos pelos correligionários de seu pai para, por intermédio de “escrachos”, impedir pessoas idosas de exercerem o seu direito de reunião ou pichar as residências e enxovalhar a imagem dos que “nos piores anos do Brasil” asseguraram a liberdade que JG e seu grupo usaram para conquistar o poder e julgarem-se habilitados para a prática do que hipocritamente diziam combater enquanto estavam na oposição!
Acuse os adversários do que você faz... Chame-os do que você é!
Vladimir Lenin
Esta moça, coerente com os objetivos do famigerado PNDH-3 e com o que seu pai lhe ensinou, acusa os “meios de comunicação desse nosso País de terem a coragem” de fazer com JG tudo que o ele e seu ParTido fizeram quando lhes convinha e que redundou no impedimento de um presidente da República de completar seu mandato. O corruPTo teve “a coragem de fazer isso tudo e muito mais”!
Ao declarar que o resultado do julgamento pelo STF apenas deu “forças para que esse genuíno homem possa continuar sua história de garra, honestidade (sic) e defesa daquilo que sempre acreditou”, ela deixa claro o projeto e a estratégia de iniciar - desde já e com todos os meios, táticas e tramoias da doutrina gramsciana – o trabalho de recontagem da verdade que o transformará, no futuro, de réu em vítima e de vilão em herói da conspiração montada pelas “zelites” contra os planos de poder do Sr Lula da Silva e seus corruPTos!
Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade
Joseph Goebbels
Sinceramente, lamento pela família de JG pelo destino que lhe reserva o “azar” que a denúncia de Roberto Jefferson lhe trouxe. Sinto pena de seus netos que, com certeza e por razões óbvias, devem amá-lo e dele sentirão falta, caso, na definição da pena, lhe seja negado o convívio familiar, como é justo e frequente acontecer até com ladrões de galinha.
É justo e democrático, também, que ele “lute até o fim para provar sua inocência”, afinal o Brasil ainda é uma democracia, porque se fosse uma grande Cuba como queria (ou quer?) JG, neste momento, ele já teria sido apresentado ao “paredon”!
Não preciso de provas para executar um homem – apenas de prova acerca da necessidade de executá-lo
Che Guevara
Paulo Chagas é Gen R1
Fonte:  Ternuma
COMENTO:  o assunto já foi tratado aqui em 17 Out 2012, mas eu não poderia deixar de complementá-lo com este excelente texto do Gen Paulo.
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quem Com Porco se Mistura ...

MP denuncia prefeito de Macapá por peculato: sumiu verba do consignado
O Ministério Público do Amapá denunciou à Justiça o prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), e sua secretária de Finanças, Edilena Lúcia Cantuária, por crime de peculato, desvio da verba destinada ao empréstimo consignado dos servidores municipais que totaliza R$ 8,3 milhões, que deveriam ser repassados ao Banco Itaú Unibanco. 
Goes foi preso em dezembro de 2010 pela Polícia Federal, acusado de crimes de corrupção. 
De acordo com a denúncia e documentos apresentados pelo próprio banco, o pagamento de empréstimo consignado transcorreu sem alterações até maio deste ano, mas a partir de junho os denunciados deixaram de transferir os valores retidos dos servidores. 
Vale ressaltar que os valores já foram descontados nos contracheques dos servidores municipais”, complementa o promotor de Justiça Afonso Guimarães.
COMENTO:  mais um "cumpanhêru", apoiado por esse chorume humano, tem sua face de desonesto descoberta por patifarias realizadas na administração pública. E assim é com todos com quem esse canalha convive. Infelizmente, grande parte de nossa população, alienada e comprada com as migalhas do que essa grande quadrilha subtrai dos cofres públicos, ainda acredita que esse infeliz - que até mesmo o câncer refuga - tem alguma credibilidade. A propósito, o 'porco' a que se refere o título é esse patife mesmo que se apresenta no vídeo. O outro safado que se misturou com ele já está recebendo o resultado desse enlace.
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Convite - Lançamento do ORVIL em Brasília


CONVITE

- LANÇAMENTO DO LIVRO -

TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER
ORVIL

DATA/HORA: 25 de outubro de 2012 (5ª feira) às 19:00 horas.
LOCAL – Sede da Associação dos Ex–Combatentes do Brasil
(SGAN Quadra 913, Conjunto F, Edifício Sede, Brasília/ DF)


“Estaremos sempre solidários com aqueles que na hora da agressão e da adversidade cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas, de armas na mão para que a Nação não fosse levada à anarquia”
General de Exercito Walter Pires de Carvalho e Albuquerque
Ministro do Exército
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pequeno Resumo das PaTifarias

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COMENTO:  Inicialmente, é de enojar qualquer cidadão com o mínimo de decência, ver a atitude solene da presidente de um país ao ouvir o hino da Internacional Comunista. Retrato perfeito de que o projeto de poder dessa quadrilha disfarçada de partido político não tem limites morais e incluía o uso da corrupção política  já que a corrupção social já havia sido implantada por meio das diversas "bolsas-patifaria"   para que fosse obtido o controle total do país pelo partido retirando-o da sociedade. Nota-se nos discursos dos canalhas que tudo deveria subordinar-se "ao partido", inclusive as ações dos Poderes que embasam um Regime Democrático. Os Poderes Legislativo e Executivo sucumbiram, mas felizmente restou o Poder Judiciário que, apesar de nem sempre corresponder aos anseios da sociedade, desta vez resolveu colocar, senão um ponto final, pelo menos sinalizar com um ponto inicial de luta contra a canalhice e a patifaria que dominam o Brasil.
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Crise Corrói Alemanha

por Janer Cristaldo
Segundo dados de 2010 do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), quase um sexto da população da Alemanha vive em risco de pobreza, com menos de 952 euros por mês. A taxa, referente ao ano de 2010, é a mais alta desde que os dados começaram a ser levantados, em 2005.
Um indivíduo é considerado sob ameaça de pobreza quando dispõe de menos de 11.426 euros por ano ou 952 euros por mês, incluindo benefício estatais. A medida relativa leva em consideração aqueles que recebem menos de 60% da renda média nacional. Segundo estes números, 12,8 milhões ou 15,8% da população estavam ameaçados naquele ano. 952 euros, à taxa de hoje, são 2.525 reais. 
Segundo a definição da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República), as pessoas com renda familiar per capita entre cerca de R$ 291 e R$ 1.019 são as que formam a classe média brasileira. De acordo com a secretaria, essa classe representa 54% da população brasileira e é a maior do país.
Traduzindo: o teto de renda mensal da classe média brasileira não chega hoje sequer à metade da renda mensal de quem era considerado em risco de pobreza na Alemanha, há dois anos.
Para definir os grupos de consumidores, a SAE usou o critério de vulnerabilidade, que considera a chance do brasileiro de determinada classe social voltar à condição de pobreza. Os extremamente pobres têm renda per capita familiar até R$ 81 e os pobres, de R$ 81 a R$ 162.
Risco de pobreza na Alemanha significa pelo menos 15 vezes a condição de pobre no Brasil. Ora, direis, o custo de vida na Alemanha é mais alto. Segundo o Índice Big Mac, utilizado pela revista britânica Economist, estes eram os preços do sanduíche em dólares, em 2010, ano das estatísticas do Destatis:
1. Noruega - 7,20
2. Suécia - 6,56
3. Suíça - 6,19
4. Brasil - 4,91
5. Dinamarca - 4,90
6. Colômbia - 4,39
7. Zona do euro - 4,33
O Brasil tinha o quarto preço mais alto do mundo, enquanto a Europa ocupava o sétimo lugar. Pobre Alemanha!
Fonte:  Janer Cristaldo
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domingo, 21 de outubro de 2012

Não Há Heróis no STF

por Lenilton Morato
O mensalão está sendo julgado, políticos estão sendo condenados. Em êxtase, vibramos com o fato do Supremo Tribunal Federal estar... Cumprindo o seu dever, nada mais. Na terra onde a corrupção é endêmica desde a Proclamação da República, nos acostumamos a esperar de nosso aparato estatal nada menos do que conchavos, corrupção e desvios morais. Estamos completamente desacostumados a que instituições cumpram com suas atribuições. Quando o fazem, rasgamos elogios e transformamos em heróis, ilustres figuras que nada fazem além do seu papel.
Entre réus outrora intocáveis, como José Dirceu, a sociedade em gozo aplaude nossos magistrados, talvez excetuando-se um certo membro, o revisor do caso, que não por acaso é petista. O que poucos percebem é que o grande vitorioso deste julgamento é um só: o Partido dos Trabalhadores. Afinal, a mensagem que é passada é de que, doa a quem doer, o partido se auto-depura, não poupando nem o seu membro mais proeminente: Dirceu. Assim, mantém sua mística de baluarte da moralidade e de paladino da justiça, cortando sua própria carne se necessário for.
Alguns achariam um absurdo o partido abandonar assim seus membros. Ora, qualquer um que tenha um conhecimento mínimo da ideologia petista sabe que a força motriz da agremiação é a ideologia, a causa. Não há nada mais importante que a causa, e por ela os mais altos sacrifícios serão feitos, não importa quem servirá como bode expiatório ou atirado aos leões. Apenas um membro fica impune, blindado de tudo: o mentor, o chefe deste e de tantos outros esquema, o molusco-mor da depravação moral e da corrupção política: Lula.
Embora o ex-Presidente tenha sido o cabeça do esquema, não houve qualquer partido com colhões para denunciá-lo e exigir o seu impedimento à época. O maior esquema de compra de votos da história do país mantém seu mentor vitorioso, assistindo de camarote ao julgamento do mensalão, aproveitando sua gorda aposentadoria (será que ele doa alguma coisa para os necessitados? caridade com dinheiro dos outros é mole né!). Aliás, Lula disse que já foi julgado ao sair com "87% de aprovação e ter eleito sua sucessora", conforme disse em entrevista ao jornal "O Globo" em Buenos Aires. E não tem um infeliz de um jornalista, comentarista ou analista político para condenar tamanho absurdo!
Pior ainda é que nos contentamos apenas com esse processo, esquecendo de muitos outros como o caso Celso Daniel, o filho de Lula e a Telemar, os dólares na cueca e tantos outros; ainda, quando se julga uma das falcatruas petista, coloca-se um Ministro do STF que era advogado do PT no meio do colegiado. Condenar os integrantes do esquema do mensalão sem processar o verdadeiro articulador é o mesmo que tentar matar a Hidra de Lerna sem decepar a cabeça do meio. Por mais que se cortem as demais, duas outras surgem em seu lugar. Ademais, não temos nenhum Iolau, e nem nosso "herói de capa preta" se comprara a Hércules.
Fonte:  Lenilton Morato
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sábado, 20 de outubro de 2012

O Mensalão em Forma Didática

O incrível mensalão
ARTE: Angeli
ROTEIRO: Mario Cesar Carvalho
EDIÇÃO: Diogo Bercito
COMENTO:   você é capaz, agora, de entender por que a cada cinco minutos de programação normal de televisão ou rádio, existem de dez a quinze minutos de propaganda inútil dos Correios (não tem com quem concorrer, para que propaganda?), PeTrobras (não tem com quem concorrer — as demais distribuidoras compram seu produto obrigatoriamente, assim, seja de quem você compre o vendedor original é a PeTrobras —, então, para que propaganda?), Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil,  além de outras empresas estatais ou de "realizações" governamentais (bolsa disso ou daquilo, maquiagem nas estradas, aquisição de viaturas para saúde e segurança, etc)? É verba pública (e muita) desperdiçada com o pagamento de apoio dos diversos veículos de comunicação. Sobre isso nenhum comentarista político comenta pois se assim o fizesse estaria pondo em risco o seu emprego. Observe que nas críticas feitas na imprensa contra o mau uso de verbas, o item "Comunicação social" ou propaganda nunca é citado. E é quase impossível identificar esse item nas discriminações orçamentárias dos diversos órgãos governamentais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A Crise de Qualidade nas Universidades da América Latina

por Francisco Vianna
Enquanto a mídia canalizava a atenção de toda a América Latina para as eleições na Venezuela, na semana passada, poucos repararam numa notícia que deveria ter produzido impacto na região e ser manchete de primeira página na mídia latino-americana: um novo ranque das melhores universidades do mundo revelou uma ausência quase total de instituições da América latina.
No último dia 3 de outubro, em Londres, o jornal britânico ‘The Times’ publicou o seu já tradicional ranque das melhores universidades de educação e ensino superior do mundo (Higher Education World University Ranking), que assinala as 400 melhores universidades do planeta, revelando que — apesar do fato de o Brasil “ser a sexta economia do mundo”, e o México a décima quarta — não há uma única universidade latino-americana sequer entre as 100 melhores do mundo, e apenas quatro delas estão entre as 400 melhores da Terra.
A USP (Universidade de São Paulo), do Brasil, é a universidade latino-americana que ocupa a melhor posição e ocupa o 158º lugar no ranque publicado. A UNESC (Universidade Estadual de Campinas), também no Brasil, está no grupo genérico onde se amontoam as universidades que vão do 251º ao 275º lugares, ao passo que a Universidade Los Andes, da Colômbia, e a Universidade Nacional Autônoma, de México (UNAM), estão no grupo situado entre o 351º e o 400º lugar.
Por incrível que pareça, não há qualquer universidade argentina, chilena, peruana, nem venezuelana entre as 400 melhores do mundo neste ranque. Em compensação, há 22 universidades asiáticas entre as 200 melhores e 56 instituições asiáticas de ensino superior entre as 400 melhores do mundo.
O ranque segue, em escala mundial, sendo encabeçado por universidades dos Estados Unidos da América (para o desespero dos americanófobos) — o Instituto de Tecnologia da Califórnia é a 1ª do mundo, e sete das primeiras 10 são universidades estadunidenses —, mas as instituições asiáticas estão ascendendo com rapidez. Várias instituições chinesas, japonesas e sulcoreanas estão subindo no ranque, ao passo que 51 universidades estadunidenses perderam terreno quando se comparam as posições que ocupavam no ano passado.
Outros dois respeitados ranques internacionais publicados este ano revelam resultados igualmente deprimentes para as universidades latino-americanas. Nem o QS World University Ranking, de Londres, nem a relação publicada pela Universidade Jiao Tong de Xangai, na China, incluem qualquer universidade latino-americana entre as primeiras 100 melhores do mundo, onde também predominam as universidades estadunidenses.
Phil Baty, editor do ranque de Ensino Superior do jornal londrino Times, disse numa entrevista telefônica que o motivo pelo qual há essa escassez de universidades latino-americanas nos ranques é, entre outras coisas, porque os países latino-americanos oferecem pouco apoio econômico às suas universidades, os professores são muito mal remunerados, as pesquisas científicas de âmbito universitário são praticamente inexistentes e o corpo discente delas está eivado de “alunos profissionais” que são remunerados por partidos, invariavelmente de esquerda, para transformar as universidades em foros políticos e ideológicos onde o menos importante é a qualidade do ensino e da preparação profissional do aluno.
Com poucas exceções, como a ajuda financeira que o Estado de São Paulo oferece às suas universidades, quase todas as instituições de ensino técnico e superior da América latina recebem escassos fundos governamentais, tanto locais, como estaduais e nacionais. Ao passo que os EUA e a Coreia do Sul investem 2,6 por cento de seus PBIs no ensino superior, o Chile investe 2,5 por cento, e o México e a Argentina 1,4 por cento respectivamente, mas é preciso ter em conta o que isso representa, ou seja, 2,6 por cento de um PIB de 17 trilhões de dólares é consideravelmente muito mais recursos do que, por exemplo, os 2,5 por cento que o Chile investe de seu PIB de apenas 181 bilhões de dólares, disse Baty. 
No ensino superior, o Brasil investe apenas 0,8% do PIB, sendo o 4º país que menos gasta nesse nível de ensino. Já com pesquisa e desenvolvimento o Brasil apresenta o menor gasto entre os 36 países avaliados pela OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico): apenas 0,04% dos investimentos em universidades vão para o setor de pesquisas avançadas. As universidades paulistas mais bem situadas recebem auxílio financeiro do governo do estado e não de Brasília. 
Os países asiáticos estão investindo muito nas suas universidades e as universidades de primeira linha custam dinheiro. Na América latina, vemos uma concentração de recursos nas universidades que têm um enorme número de estudantes e que exigem, por isso, um gasto muito maior em infraestrutura, o que lhes torna difícil investir em pesquisas avançadas”, completou. 
Mitos governos latinoamericanos não aceitam estes ranques, alegando que a dezena de indicadores que empregam nos seus cálculos — incluindo enquetes com professores universitários de todo o mundo e publicações acadêmicas reconhecidas — tende a ‘favorecer os países de língua inglesa’. 
Vários países latinoamericanos estão trabalhando num projeto apoiado pela UNESCO com o propósito de poder produzir um novo ranque que só inclua universidades latinoamericanas (?!). Mas, segundo Baty, “a enquete mundial que serve como um dos 13 indicadores do ranque do Times está geograficamente equilibrada e inclui muitos acadêmicos latinoamericanos e espanhóis. Além disso, o idioma não é desculpa para se deixar de publicar trabalhos científicos nas melhores revistas acadêmicas do mundo. As universidades asiáticas publicam muito em inglês, porque querem que suas pesquisas tenham um público maior e um impacto maior”, diz Baty. “Na América latina isso não ocorre, porque normalmente não há mesmo trabalhos de pesquisa avançada que mereçam a atenção, em qualquer língua, das melhores revistas científicas do mundo”.
A verdade é que a tendência de muitos governos latino-americanos é a de subestimar os principais ranques mundiais de universidades, e o projeto de produzir um ranque regional “feito sob medida para as universidades latino-americanas”, é de uma cretinice absurda e tais projetos são receitas para a autocomplacência, a paralisia e o atraso. 
A inveja é o sentimento por trás de projetos como esse que, se levados a efeito, terão como consequência apenas o isolamento científico da região do resto do mundo. Com governos que, em sua maioria, desconsideram a excelência do ensino e da formação profissional, não é de se estranhar que reajam dessa forma, decadente e invejosa.
Alegar, como têm feito vários ministros de educação de esquerda, na região, que “as universidades latinoamericanas têm metas diferentes” — tais como de dar ensino gratuito aos pobres — não é desculpa para não competir em escala mundial de excelência. É como se decidissem participar de um campeonato regional de futebol ao invés de jogar uma Copa do Mundo, apenas usando o futebol como meio de comparação tão em voga entre os políticos populistas de esquerda.
Ao invés de serem subestimados ou ignorados, os ranques das melhores universidades do mundo deveriam ocupar as primeiras páginas da mídia latino-americana (e também dos Estados Unidos), muito embora eles não sejam mais úteis do que nos lembrar que os países asiáticos estão escalando posições rapidamente na economia do conhecimento, enquanto muitos de nossos países, da América latina, estão ficando cada vez mais para trás.
Francisco Vianna é Articulista.
Fonte:  Alerta Total
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mensaleiros e as Condecorações Militares

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1. Comenda da Ordem do Mérito Militar
Foi criada pelo Decreto nº 24.660, de 11 de julho de 1934, e tem por finalidade premiar:
I - Aos militares do Exército que tenham prestado notáveis serviços ao país ou se hajam distinguido no exercício de sua profissão;
II - Aos militares da Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares que, pelos serviços prestados, se tenham tornado credores de homenagem do Exército;
III - Aos militares estrangeiros que se tenham tornado credores de homenagem da Nação brasileira, e, particularmente, do seu Exército;
IV - A cidadãos, nacionais ou estrangeiros, que hajam prestado relevantes serviços ao Exército.
V - As Organizações Militares (OM) e Instituições Civis, nacionais ou estrangeiras, que se tenham tornado credoras de homenagem especial do Exército Brasileiro.
De acordo com o Decreto nº 3.522, de 26 Jun 2000, a Ordem será administrada por um Conselho composto pelos seguintes membros:
I - o Ministro de Estado da Defesa, Presidente Honorário;
II - o Ministro de Estado das Relações Exteriores, Vice-Presidente Honorário;
III - o Comandante do Exército, Chanceler da Ordem;
IV - o Chefe do Estado-Maior do Exército; e
V - o Chefe do Departamento-Geral do Pessoal.
O mesmo Decreto citado estabelece, ainda, alguns critérios a respeito da Ordem:
Art. 12. O Ministro de Estado da Defesa submeterá ao Presidente da República as propostas de admissão na Ordem, bem como as de promoção e exclusão dos seus graduados.
Art. 13. Ao Conselho compete:
I - julgar em sessão plena as propostas de admissão ou promoção na Ordem, aceitando-as ou recusando-as;
II - deliberar sobre a exclusão de graduado ou organização da Ordem; e
III - zelar pelo prestígio da Ordem e decidir sobre os assuntos de seu interesse.
Art. 33. Serão excluídos da Ordem:
I - Os graduados nacionais que:
a) nos termos da Constituição, tenham perdido a nacionalidade;
b) tiveram seus direitos políticos suspensos ou seus mandatos eletivos cassados;
c) tenham cometido atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da organização ou da sociedade civil, desde que apurados em investigação, sindicância ou inquérito; e
d) tiverem sido aposentados, reformados, transferidos para a reserva ou demitidos por força de atos institucionais ou complementares;
II - Os graduados nacionais ou estrangeiros que:
a) tenham sido condenados pela justiça brasileira em qualquer foro, por crime contra a integridade e a soberania nacionais, ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade;
b) recusarem a nomeação ou promoção ou devolverem as insígnias que lhe hajam sido conferidas; e
c) findo o prazo de seis meses, a contar da data fixada para entrega do diploma e condecoração, por qualquer motivo, não os tenha recebido na forma do art. 39 e seus parágrafos; 
III - Os graduados estrangeiros, militares ou civis, que a critério do Conselho tenham praticado atos que invalidem as razões pelas quais foram admitidos.
§ 1º As exclusões serão feitas por decreto, mediante proposta do Conselho.
§ 2º A exclusão da Ordem só poderá ser proposta ao Presidente da República quando votada por unanimidade dos membros do Conselho.

2. Medalha do Pacificador
A Medalha do Pacificador destina-se a condecorar militares, civis, organizações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços ao Exército e que se tenham tornado credores de homenagem especial da Força, nas condições previstas no Decreto nº 4.207, de 23 Abr 02.
De acordo com o mesmo Decreto:
Art. 10. Perderá o direito ao uso da Medalha do Pacificador e será excluído da relação de agraciados:
I - o condecorado nacional que: 
a) tenha perdido a nacionalidade ou a cidadania;
b) tenha cometido atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da organização ou da sociedade civil, desde que apurados em sindicância ou inquérito; e
c) sendo militar:
1. for condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença transitada em julgado;
2. se oficial, for declarado indigno do oficialato, por decisão do Superior Tribunal Militar; e
3. se praça, for licenciado ou excluído a bem da disciplina;
II - o condecorado nacional ou estrangeiro que:
a) tenha sido condenado pela justiça do Brasil, em qualquer foro, por sentença transitada em julgado, por crime contra a integridade e a soberania nacionais ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira
b) recusar ou devolver a condecoração ou insígnia que lhe haja sido conferida; e
c) tenha praticado atos pessoais que invalidem as razões da concessão, a critério do Comandante do Exército.
Parágrafo único. A cassação será feita ex officio, em ato do Comandante do Exército.

3. Condecorados que desonram as Condecorações Militares
No recente escândalo do Mensalão, atualmente sendo julgado no Supremo Tribunal Federal, já foram condenados algumas pessoas agraciadas com Condecorações Militares, de acordo com critérios conhecidos somente por seus proponentes, já que não há registro sabido de que hajam prestado relevantes serviços ao Exército. Pelo contrário, a atuação de pelo menos dois desses sujeitos no Congresso Nacional sempre foi de acentuado revanchismo contra a caserna, devido ao período de governo militar que se seguiu à Contrarrevolução de 1964.
São eles:
— João Paulo Cunha - Medalha do Pacificador em 2003; e Grande Oficial da OMM em 11 Fev 2005; 
— José Dirceu de Oliveira e Silva - Grande Oficial da OMM em 25 Mar 2003;
— José Genoino Neto - Medalha do Pacificador em 2003; 
— Valdemar Costa NetoMedalha do Pacificador em 1993, Comendador da OMM em 29 Mar 1995, e Grande Oficial da OMM em 25 Mar 2003;
O Comandante do Exército tem a obrigação legal e moral de propor ao Conselho da OMM a exclusão desses condenados; e de cassar, ex officio, as Medalhas do Pacificador a eles concedidas.
E, aproveitando o ensejo, mandar verificar a situação processual de outros nomes que destoam na relação de agraciados com honrarias militares.  Por exemplo:
 Geddel Quadros Vieira Lima, cujo "prontuário" pode ser lido em Aveloz 
 Medalha do Pacificador em 2009, e Comendador da OMM em 30 Mar 2000;
 Genebaldo de Souza Correia (um dos "anões do orçamento") - Comendador da OMM em 31 Jul 1991, e Grande Oficial da OMM em 02 Ago 1993;
 José Roberto Arruda - Comendador da OMM em 10 Abr 2001;
 Paulo Salim Maluf (simplesmente caçado pela Interpol) - Grande Oficial da OMM em 18 Ago 1980;
 Roberto Jefferson Monteiro Francisco - Medalha do Pacificador em 1995 e Comendador da OMM em 31 Mar 1997;
 Severino José Cavalcanti Ferreira - Medalha do Pacificador em 1998; Comendador da OMM em 30 Mar 2000, e Grande Oficial da OMM em 22 Mar 2005;
E sendo muito otimista, poderia ser feita uma revisão para responsabilizar, pelo menos moralmente, os responsáveis pela indicação desses agraciados que deslustram as Condecorações recebidas, ao mesmo tempo em que se recomende maior cuidado quanto aos aspectos éticos dessas indicações. Afinal, não pode ser considerado minimamente correta a indicação, para essas honrarias, de pessoas que mancham o nome do Exército, enquanto que a grande maioria dos militares cumprem 30, 35 anos de dedicação, servidão mesmo, em prol da Instituição sem sequer sonharem com a chance de serem agraciados com alguma Condecoração a não ser a Medalha de Tempo de Serviço ou a de Tempo de Tropa, concedidas não por indicação mas única e exclusivamente por seus méritos.
Resta saber se haverá coragem moral para a execução das providências necessárias para essa limpeza moral na lista dos agraciados com Condecorações Militares. 
Ou se será providenciada uma mudança urgente na legislação. 
Ou se a legislação vigente será simplesmente "esquecida" e a vida seguirá seu rumo com medalhas criadas para enaltecer virtudes militares sendo distribuídas sem critério algum à cumpanherada do (des)governo, enquanto os verdadeiros militares, os que não possuem acesso aos gabinetes palacianos, tem seu merecimento solenemente ignorado.
Já não bastando a humilhação imposta por meio dos vencimentos abastardados, os militares que honram sua farda e seus valores ainda tem que conviver com canalhas elevados ao patamar de credores de homenagem especial do Exército Brasileiro.
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