domingo, 31 de janeiro de 2021

A Minoria Torpe que Pensa Ser Dona do Brasil

por Luiz Carlos Nemetz
Quem conhece um pouco da história do Brasil, sabe que desde Getúlio Vargas uma casta política tomou as entranhas do poder no Brasil e segue encravada nele até hoje.
Uma imensa minoria egoísta, atrevida e sem limites que pensa serem os donos do país.
São pequenas oligarquias que chamo de aristocracia medieval brasileira.
Pequenos exemplos: Fernando Henrique Cardoso é filho e sobrinho de generais que conspiraram para derrubar Getúlio, levando-o ao suicídio, por terem seus interesses pessoais contrariados.
Rodrigo Maia é genro do genro do genro de Getúlio. O líder gaúcho que criou essa cultura. Dava cartórios, capitanias hereditárias e sustentava a imprensa para conseguir governar.
É um grupelho acostumado no bem bom. Quase sempre líderes sem votos, mas hábeis na arte da malandragem (andar pelo mal), da chantagem, do compadrio, do aparelhamento das estruturas do Estado, que se perpetuam ao longo das décadas agarrados as mamatas e gordas mordomias vidas do poder público.
O mais hábil destes grupos tem sua gênese na ala ruim da antiga UDN (que tinha uma ala boa), ainda viva e atuante como a velha “banda de música”, sempre prontos para em simuladas contendas, tomarem o poder na mão grande, criando crises artificiais para dividir o butim. Que quando não conseguem o que querem, partem para derrubar governos.
Fizeram o levante militar em 64. Deram o tapa, mas depois, esconderam a mão, quando viram seus interesses e o acesso ao baleiro ser dificultado.
São malabaristas na arte da manipulação. Na sua grande maioria são líderes com grande repulsa popular, figuras abjetas. Põe a frente para representa-los líderes de ocasião aos quais comandam com rédeas curtas, espora e mango via das “instituições” das quais nunca desgrudam, como o comando do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Aliaram-se a democratas legítimos se passando por eles para restabelecer a democracia quando perceberam que poderiam novamente montar no petiço e mamar nas gordas tetas do erário no movimento das Diretas Já.
Levaram sorte e um dos seus mais representativos líderes, Sarney, num acaso do destino abocanhou o poder.
Ato seguinte, sob os auspícios de Roberto Marinho, levaram um inconsequente à Presidência. Fernando Collor de Mello, Filho de Arnon de Mello (Ministro de Getúlio), embaixador da família global na então capitania hereditária das Alagoas.
O jovem tresloucado chutou o balde e quis reinar sozinho. Dividiram-se. E, insatisfeitos com a partilha do poder, derrubaram o caçador de marajás sem dó nem piedade.
Sempre sob a editoria da Globo, elegeram o maior enganador que o país já viu: Fernando Henrique Cardoso, cuja maior habilidade é sempre falar sem dizer absolutamente nada. Mas como vive bem essa peça...
Sem líderes para suceder aquele que melhor distribuiu o butim, perceberam que ninguém mais seguraria Lula depois de ter sido derrotado em 3 eleições seguidas.
O líder operário, vadio, guloso, caipira, radical, percebeu que perderia novamente se não aderisse às dinastias que mandavam no Brasil.
Transmutou-se em “Lulinha paz e amor”, que se revelou um misto de comunista inculto e analfabeto com capitalista ganancioso.
O sapo barbudo cumpriu o dito de Maquiavel e se aliou aos adversários de fígado. E vice-versa. Cada lado com o claro propósito de enganar uns aos outros.
Por meio de juras recíprocas Lula acenou com obediência. E os conspiradores deram-lhe apoio. Lula partilhou o Estado e o afano comeu solto.
Falso líder, vaidoso e com ambição desmedida, Lula levou os seus ao poder. E a petezada conheceu o pistache, os bons vinhos, as lagostas e “dolce far niente”. E se lambuzaram ficando sem unhas de tanto raspar os cofres. E pouco a pouco foi colocando os oligarcas de lado, substituindo-os aqui e ali no começo, e por todos os lados no fim, no comando do erário.
A Dilma foi uma espécie de sucessora hereditária deste reino com muitos reis. As coisas saíram do controle. Derrubaram-na.
Hoje podemos perceber que neste teatro de operações foram inseridos vários líderes e peças chaves.
Somente para não deixar sem registro, surge o juiz paladino, Sérgio Moro, que hoje se sabe, agiu a serviço e a mando da casta, para cumprir o papel bem desenhado, legitima e seletivamente bem feito, de cortar a cabeça das serpentes que saíram do controle e quebraram os acordos de partilhar a pacoteira de dólares.
Ávida a minoria egoísta que se move somente pelas vantagens, ensaiou novos líderes. Contudo, nunca, jamais, em tempo algum, tiveram por foco o bem-estar do povo ou a felicidade geral da nação.
De cheiradores a bons moços de fala mansa, buscaram fabricar líderes que tentaram ser levados a sério, buscando engodar o eleitorado como os artistas de circo e de espetáculos saltimbancos fazem com suas plateias.
Tudo com um só objetivo: assegurar a preservação dos seus interesses e seguir no controle do poder central, seus ministérios e empresas públicas.
Mas eis que surge um “offside” com o qual não contavam e que não aparecia nos radares dos mais hábeis analistas. É Bolsonaro.
Tentaram de todas as formas não deixar acontecer a candidatura. Buscaram derrotá-lo nas urnas. Agora, sob o perverso código de honra que sempre une os conspiradores, tentam impedir que governe, buscando confiscar seus poderes com machadadas seguidas de machadadas.
Nesta altura da história os camaleões já tinham duas cabeças: a de sempre e a nova representada pela união retrógrada da desmoralizada esquerda. Mas o que se vê é que a aliança do mal está dividida e dissipada ainda que o PT e PSOL se abracem tentando botar fogo no circo onde tem uma baleia adestrada.
Todos sabiam, como ainda sabem, que um governo de um líder independente, patriota, com significativo e participativo apoio popular, seria o fim do jogo de cartas marcadas.
A esquerdalha perdeu a boquinha. As castas corruptas e oligarcas usaram da inteligência de sempre. Acionaram seus tentáculos de várias formas para por a encilha no burro indomável.
Foram de Sérgio Moro de infiltrado no governo a dissidente em bulha ao controle do Congresso. Sempre tentando impedir o Governo de governar.
Do terrorismo diuturno e ininterrupto da mídia que míngua sem o abastecimento das gordas verbas de publicidade ao mais indecente e escancarado ativismo judiciário jamais visto na história da nossa República.
E seguem tentando de todas as formas possíveis e imagináveis refazer o sistema podre.
Mas, apesar dos defeitos, da falta de polidez e por vezes até da aparente (mas não real) inabilidade política, estamos vendo o aperfeiçoamento do governo.
Se não como sonhamos, mas como está sendo possível. Está diante de nós a extinção dos privilégios, a ausência de corrupção, o cumprimento das promessas e compromissos de campanha, ungidas pelas urnas.
Sem caça às minorias, sem racismo, sem machismos, tudo dentro de uma enorme paciência de Jó, fôlego de gato e normalidade constitucional e democrática.
Bolsonaro cumpre a missão que tem pela frente se mostrando um paciente reformador. Não um rei ditador e déspota, mas um líder “reinento” que não teme a repressão de uma minoria autocrática.
Um Presidente que não cede à violência da ameaça revolucionária.
Que mal ou bem, com acerto e erros, passa à nação uma sensação de virtudes cívicas e de patriotismo nunca vistas nos últimos séculos.
É de surpreender? Sim, é! Tentam de todas as formas apagar-lhe a chama.
Ora com a libélula cintilante como lantejoulas expostas ao sol, vestido com suas calças apertadas e portando-se como um homem dama em constante estado de TPM e de conspiração como é o caso do tresloucado João Dória.
Ora com as editorias mordazes, desleais da rede Globo e do seu patético grupelho de palpiteiros comentaristas.
Olhemos pela janela. E observemos: quem é que brada? Seguramente quem perdeu uma bocada ou uma boquinha é que está latindo ou uivando. Ou quem não tem leitura política nem percepção histórica. Observem um por um.
A verdade é que hoje temos um governante que mesmo transpassado pelas setas (e pela faca) dos seus inimigos, tal qual como São Sebastião, defende com um sorriso por vezes desnecessariamente provocativo, a sua autoridade com todos os parcos recursos dos quais dispõe. Mas, dentre eles, ainda detém o mais poderoso fuzil que existe numa democracia: o apoio popular expresso pela única arma da qual deixaram o homem comum ser portador: o voto!
Esperemos para ver! Quem está ao lado da nação e tem a nação ao seu lado, não vai ceder para as intrigas de gabinetes, aos conchavos dos partidos, aos interesses dos corruptos e corruptores, às editorias de jornais falidos e sem credibilidade, ou aos conspiradores em desespero. Bolsonaro, como diria Churchill quando se referia à Laurence da Arábia:
O mundo sente, não sem uma certa apreensão, que ali está alguém de fora de sua jurisdição; alguém diante do qual as tentações podem-se espalhar em vão; alguém estranhamente emancipado, indomável, descompromissado com convenções, movendo-se livre das correntes da ação humana; um ser capaz, num ápice, da mais violenta revolta ou de um sacrifício supremo; um homem solitário, austero, para quem a existência não é senão um dever, e dever para ser fielmente cumprido”.
Alguns podem achar ruim com ele. Mas todos teriam a certeza que seria muito pior sem ele.
COMENTO: discordo da primeira frase. A casta política que se adonou do Brasil vem desde as Capitanias Hereditárias. Uma análise genealógica das pessoas que mandam e desmandam no país, apontará raízes profundamente derivadas dos doze donatários enviados por Portugal no Século XVI. Assim, podemos restringir o conteúdo do texto como atinente à nossa elite emergente no Século passado, totalmente desprendida da História e do futuro do Brasil.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Espionagem na América Latina — II

Continuação da matéria anterior.
Alekandr Paristov, um dos espiões russos expulsos da Colômbia
Foto: El Tiempo
Pagavam em dólares por dados de segurança nacional. Indagavam se outros espiões entravam como turistas.
Alekandr Belousov, outro espião
russo expulso da Colômbia
Foto: El Tiempo
Um executivo colombiano admitiu que, em varias entregas e em envelopes lacrados, acabou  recebendo cerca de 10.000 dólares em espécie  uns 50 mil reais  de um cidadão russo que inicialmente se apresentou como assessor de negócios do governo do poderoso Vladimir Putin.
Ele já não lembra se o russo o abordou em um foro acadêmico ou econômico mas, pouco a pouco, foi se aproximando através de encontros casuais e convites a restaurantes e reuniões, onde o moscovita se mostrava como um homem influente e endinheirado.
Mas o suposto assessor de negócios terminou sendo um dos dois espiões que o Governo colombiano expulsou, em 8 de dezembro, em uma decisão diplomática sem antecedentes que tensiona ainda mais as relações com o Kremlin, prejudicadas por seu apoio público e militar à ditadura de Nicolás Maduro.
O governo Duque acusou os dois russos — Alexander Paristov e Alexander Belousov — de estar comprando informações sobre temas estratégicos do país: recursos minerais, redes elétricas, infraestrutura petrolífera e centrais hidroelétricas.
Os espiões russos foram expulsos da Colômbia em 8 de dezembro.
Foto: EL TIEMPO
Desde 2017 rastreávamos este tipo de atividades inusuais. Mas o Governo decidiu agir quando se confirmou que não se tratava de fatos isolados mas sim de um trabalho sistemático e sustentável desenvolvido por pessoal que chegava à embaixada russa com credenciais diplomáticas, mas com treinamento em Inteligencia”, disse um oficial colombiano.
De fato, agora se verifica com agências de Estados Unidos se Belousov, um dos expulsos, é o mesmo espião que o governo Obama baniu  no final de 2016  junto com outros 34, pela suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais daquele país.
Naquela época se falava da participação desses cidadãos em “atividades cibernéticas maliciosas”.
Por suspeitas similares, também foi expulso, neste ano, pessoal diplomático russo da Bulgária, Áustria, Noruega, Eslováquia e da República Checa. Mas a estrategia na Colômbia, que Rússia nega taxativamente, é outra.
Se calcula que cerca de 23 membros do corpo diplomático designados em Bogotá, que ingressaram desde meados de 2016, tem perfis atípicos. Agencias estrangeiras ajudaram a verificar que estavam ligados ao Serviço de Inteligência Exterior (SVR) e ao Departamento Central de Inteligência (GRU).
Armaram pouco a pouco uma rede de informantes sólida e paga, em empresas públicas e privadas, especialmente em multinacionais que prestam serviços à Ecopetrol.
A Rússia domina o mercado do gás na Europa, um recurso político-econômico que diminuiria se petroleiras, como a colombiana, incursionam localmente no ‘fracking’ (fratura hidráulica para extrair óleo cru e gás). De fato, Ecopetrol já usa essa técnica na Cuenca Pérmica no Texas.
A produção de Ecopetrol na Cuenca Permian de EUA, por meio de Fracking, está entre os 10 maiores campos produtores da empresa.
Foto: Ecopetrol
Rastreamento político e militar
Documentos oficiais do governo Trump assinalam que Rússia vem desenvolvendo uma estrategia para boicotar esses projetos. Mas o interesse na Colômbia iria mais além.
Capa de  informe sobre ações russas no tema do gás e fracking. 
Foto: El Tiempo
Alguns dos informantes recrutados foram contatados na Expomilitar, onde os russos entregaram cartões de apresentação citando cargos militares e chegaram a oferecer até venda de armamento moderno.
Asseguravam que tinham acesso a dirigentes militares e a oficinas castrenses chaves. Além da Direção Nacional de Inteligência (DNI), o Exército já havia detectado os movimentos dos possíveis espiões.
Eles insistiam em obter informação do setor energético e tecnológico, mas também indagavam pelo político e militar.
Quando os russos que cumpriam estas tarefas eram movimentados de Bogotá, transmitiam os contatos e missões aos que chegavam”, explicou outro oficial que participou na investigação de Inteligência, batizada ‘Operación Enigma’.
Os espiões não deixavam rastreabilidade nas chamadas a celulares ou mensagens de WhatsApp ou Signal: “Fazem tudo com mensagens escritas que logo destroem ou em encontros pessoais; como a velha guarda da espionagem”.
Ademais, conduziam um esquema de segurança discreto e de alto nível que inclusive lhes proibia deslocar-se por alguns setores de Bogotá e usar o Trans-Milênio.

O voo venezuelano
Ao tráfego de ‘diplomatas’ suspeitos se juntou um inusual aumento de russos em planos turísticos na Colômbia.
Inclusive, os dois expulsos costumavam alugar luxuosos sítios nos arredores de Bogotá e viajavam para Santa Marta, Cartagena e Barranquilla, supostamente em gozo de folgas, para fazer novos contatos.
interesse pela Colômbia se tornou visível em 2 de junho passado, quando Rússia pediu que fosse aprovado um voo humanitário para retirar a seus nacionais, isolados pela pandemia.
Varias coisas chamaram a atenção. Todos foram transportados por uma empresa venezuelana (Avior Airline), e por três pilotos venezuelanos; e vários dos 57 passageiros declararam que estavam de passeio em cidades que não são ofertadas em pacotes turísticos internacionais: Nemocón, Doradal, La Vega, Zipaquirá, Girardot, Chía, Copacabana y Popayán.
E cerca de uma dúzia, que não viajavam em grupo, disseram que estavam de turismo em Córdoba. É possível que o interesse se deva a que uma firma russa participou na construção da represa de Urrao e ainda realize algum tipo de manutenção, explicou uma fonte de Inteligência.
Esse mesmo oficial disse que não é novidade que Colômbia esteja alerta a movimentos inusuais de outros governos. E recordou quMigración Colombia tem expulsado cidadãos cubanos e venezuelanos por espionagem.
Além disso, através de negociações diplomáticas, se freou uma generosa doação de outro governo que queria presentear ‘tablets’ e computadores de última geração a um grupo de mandatários regionais.
Por enquanto, além da expulsão de dois membros do corpo diplomático da Colômbia na Rússia — em uma reação de réplica —, o governo de Vladimir Putin não tomou medidas adicionais sobre as acusações da Colômbia.
Mas não se descarta algum tipo de revide, como um ataque cibernético, para o qual o país já está se blindando.
E damos como certo que a semeadura de espiões na Colômbia será renovada paulatinamente. Se trata de atividades que a Rússia desenvolve em dezenas de países e o nosso — aliado de seu arquirrival, Estados Unidos — não vai ser a exceção, previu um dos investigadores que prepara a ‘Operación Enigma II’.

Agentes britânicos e dos EUA alertaram sobre o trânsito de mensagens criptografadas.
Dezenas de mensagens criptografadas que saíam desde Colômbia diretamente a diferentes áreas do Kremlin, na Rússia, começaram a chamar a atenção de agentes britânicos e dos Estados Unidos.
O tráfico inusual de informação, em meados de 2017, coincidiu com mudanças no corpo diplomático da embaixada desse país em Bogotá e a inusitada ampliação de 23 cargos que foram preenchidos por funcionários com experiencia em Inteligência. 
De imediato, a Direção Nacional de Inteligência (DNI) ativou um dispositivo que teve suas primeiras consequências há poucas semanas, com a descoberta e expulsão de dois dos membros dessa missão: Aleksandr Nikolayevich Belousov, na Colômbia desde 1º de novembro de 2017, que fazia parte do Serviço de Inteligência Militar da Rússia (GRU); e Aleksandr Paristov, integrante do Serviço de Inteligência Exterior (SVR) daquele país, que ingressou na Colômbia em 17 de janeiro de 2019.
Detalhes desta trama estão consignados em um documento que a Presidência enviou há meses ao Embaixador da Colômbia na Rússia, Alfonso López Caballero.
"Desde 2017, começamos a identificação de vários agentes russos no país (...) um deles ficou em evidencia pelas atividades que vinha realizando. Graças a agências de Inteligência estrangeiras conseguimos confirmar que é membro ativo e de alto cargo do Serviço de Inteligência Exterior (SVR)", se lê no documento.
agente começou a recolher informações importantes nas áreas política, econômica e científica, que enviava por mensagens criptografadas a seu país.
Pagando grandes somas, armou rapidamente uma rede de informantes de nacionalidade colombiana com acesso a informações sensíveis de empresas privadas e estatais do sector energético.
Um segundo agente, do Departamento Central de Inteligencia (GRU), foi identificado meses mais tarde e sua presença ativou novos controles depois que se detectaram ameaças de ciberataques.
Em 2019, o primeiro agente foi removido do corpo diplomático e chegou, em sua substituição, outro de maior hierarquia, que herdou sua rede de informantes, ratificando que não era um trabalho pessoal e esporádico, mas sim uma missão oficial. 
"Até então, as informações da espionagem sobre Colômbia saiam exclusivamente pela Venezuela, porém ficou claro que se abriu outra comporta por Rússia", disse um agente de Inteligência. 
Ainda assim, há um dado inédito: pessoas intimas a esses funcionários russos foram retiradas do país quando começou a pandemia, por rotas que passavam por Venezuela e Irã.

Britânicos e estado-unidenses
As evidências coletadas pelas agências britânicas e dos Estados Unidos foram fundamentais para que o governo Duque procedesse diplomaticamente.
Na verdade, as informações que saíram criptografadas não eram somente sobre a Colômbia. Também eram sobre atividades de outras agências de Inteligência e governos aliados, diante de questões como Venezuela e grupos terroristas como Hezbollah.
Do país, saíram para Rússia dados de comissões estrangeiras presentes no país, coordenadas de pontos importantes de produção energética, e informação política.
Contudo, afora de diplomático, o caso tem um componente penal. Estão buscando judicializar às pessoas que venderam informação sensível aos russos: "Além de outros delitos, se configura traição à pátria". 

Tema relacionado (original em espanhol).
UNIDAD INVESTIGATIVA
u.investigativa@eltiempo.com
@UinvestigativaET
Fonte: tradução livre de El Tiempo
*atalhos no próprio texto*
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