quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Caçadores de Recompensas Buscam 'Iván Márquez' e 'Gentil Duarte' na Venezuela

Mentores do regime de Maduro tentam enviá-los ao Irã.

Iván Márquez e Gentil Duarte, chefes de dissidências das FARC.
FOTO: EL TIEMPO
A sequência de ataques aos acampamentos das dissidências das extintas FARC em território venezuelano — que iniciou no passado 17 de maio com a morte de ‘Jesús Santrich’ e seguiu com as de ‘Romaña’ e o ‘Paisa’, no início de dezembro — não vai diminuir.
Assim indica um Informe de Inteligência, assinalando que ‘Iván Márquez’, chefe da ‘Segunda Marquetalia’, completou uma semana escondido no estado de Amazonas, na Venezuela. 
O outrora negociador das FARC em Havana está decidindo se volta à Colômbia (por Vichada ou Guainía) ou se finalmente vai para a Nicarágua, depois que terem bloqueado sua viajem para Cuba.

O vídeo de Romaña foi gravado, dias antes de sua morte, de forma clandestina por emissários da Mafia. Foto: EL TIEMPO
Sabe-se que o mesmo comando armado que liquidou os  "lugar-tenentes" da quadrilha seguem ‘Márquez’, ‘Jhon 40’ e ‘Zarco Aldinever’, os cabeças sobreviventes da estrutura criminosa.
Vladimir Padrino López,
ministro da Defesa.
Foto:  AFP
De fato, os caçadores de recompensas também andaram ‘comprando’ dados de outra dissidência que permanece no outro lado da fronteira: a de Miguel Botache Santillana, ‘Gentil Duarte’, e Néstor Gregorio Vera, vulgo Iván Mordisco.
Os enfrentamentos armados em território venezuelano entre essas duas facções criminais — a de ‘Márquez’ e a de ‘Duarte’ — incomodam a influentes granjeiros e empresários dos quais foram ocupados imóveis; um deles conhecido como ‘Peñadero’.
Vários deles são próximos (até mesmo sócios) de dois poderosos do regime, aos quais levaram suas queixas: Diosdado Cabello e o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino.
Militares venezolanos foram sequestrados pelas dissidências de 'Gentil Duarte'.  Foto:  Archivo Particular
A presença e os conflitos entre os bandidos colombianos  também incomodam setores do Exército venezuelano, do qual os ex-FARC já  assassinaram e sequestraram vários integrantes.

Os íntimos de ‘Mordisco’
'Iván Mordisco', um dos chefes
da dissidência.
Foto:  Archivo / EL TIEMPO
De fato, foi denunciada a cobrança de ‘impostos’ que as dissidências vem praticando aos chamados ‘patriotas cooperantes’.
Os extorsionados tratam-se de empresários venezuelanos e, também de narcotraficantes dos quais são cobrados uma substancial percentagem por cada tonelada de cocaína que carregam pelos territórios sob influência da guerrilha, nos estados de Amazonas e Bolívar.
Essas atividades de violência importada tem levado um setor do regime a proporcionar dados e coordenadas de localização dos ex-guerrilheiros colombianos em troca de consideráveis somas que os denominados "caça-recompensas" — não mais de 20 — prometem terminar de pagar com o dinheiro que os governos de Colômbia e de Estados Unidos oferecem pela localização dos membros dessas dissidências.
Passaporte de Álex Saab entre 
os papéis de Pandora.
Foto:  EL TIEMPO
O cerco na Venezuela está se fechando a tal ponto que já se sabe que um grupo vinculado às dissidências de ‘Gentil Duarte’, incluídos familiares, está planejando sair com destino ao Irã nos próximos dias.
A informação que se tem é de que os chamados comandantes ‘Ernesto’ e ‘Adrián’ ou ‘el Intelectual’ estão conseguindo cédulas de identidade e passaportes venezolanos.
O outro a que estão tentando remover é um advogado internacionalista, ligado a ‘Iván Mordisco’, que foi assessor de um dos maiores chefes das ex-FARC.
A intenção é de que possam debandar ao exterior como assessores em matéria de segurança, um mecanismo similar ao que usou, em seu início, Álex Saab”, assegurou uma fonte humana a agentes de Inteligência.

Os IGLA e os fuzis
Agências internacionais investigam entrega de fuzis às ex-FARC.
Foto: Policia Nacional
O informante agregou que estariam pensando fazer o mesmo com aparentados de outros caudilhos que permanecem nas imediações de Capacho — cidade entre San Antonio e San Cristóbal —, próxima à fronteira, e Valencia, custodiados por integrantes do Corpo de Investigações Científicas, Penales e Criminalísticas (CICPC), a anterior PTJ.
Mas, além de deixar os chefes das dissidências fora do alcance dos caça-recompensas, é investigado outro propósito em torno de seu deslocamento ao Irã.
Agências internacionais indagam uma suposta entrega de fuzis às ex-FARC, dentro dos planos que vinham traçando junto com o Hezbolah, o grupo pro-iraniano que vários países ligam a violentos atos terroristas.
Também se investiga o destino de dez (10) dos mais de 3.900 misseis terra-ar portáteis russos (IGLA) que Venezuela tem em seu poder.
Apesar de constarem como baixados do estoque por seu Exército, ninguém sabe sua localização e há temor de que tenham terminado nas mãos das dissidências.



Reunião em Casigua-El Cubo
Nesse local ocorreu a reunião para planejar o atentado contra Iván Duque.
Foto: EL TIEMPO
O sistema de defesa e ataque antiaéreo (os IGLA) lhes permitiria chegar com maior precisão a objetivos como os helicópteros e outras aeronaves militares e de polícia colombianas”, disse um oficial de Inteligência.
Investigam vazamento de informação
 no atentado a Duque. 
Foto: Archivo Particular
E completou dizendo que as dissidências da Frente 33 tem estado atrás de um desses mísseis para executar um ato terrorista antes de 7 de agosto de 2022.
Em uma reunião que fizeram seus chefes — incluído o vulgo Jhon Mechas, o cérebro da sequência de atentados em Cúcuta — foram oferecidos 4.000 milhões de pesos (cerca de 4 milhões de Reais) para repetir os atentados contra o presidente Iván Duque, que falharam em 25 de junho passado.
A reunião, para esse fim, se levou a cabo na zona rural de Casigua El Cubo, capital de um município que se chama Jesús María Semprúm, localizado no estado de Zulia”, explicou uma fonte de Inteligência. E agregou que ‘Jhon Mechas’ ainda permanece nessa zona, a tão somente uns poucos quilômetros de Tibú, Norte de Santander.

A reunião com a CIA
Aeroporto Internacional de Maiquetía, Venezuela. Foto: Google Maps
Sobre ‘Márquez’, agências estrangeiras não descartam que o atentado, em 14 de dezembro passado, no aeroporto Camilo Daza de Cúcuta — que acabou com a vida de dois especialistas em explosivos — tenha sido um ato terrorista diversionista para possibilitar a movimentação do bandido.
Se acredita que, para sair da Venezuela, contariam agora com a complicidade de organizações criminosas locais, como o ‘Trem de Aragua’, que controlam várias passagens fronteiriças ilegais na fronteira.
Nicolás Maduro e seu regime seguem guardando silencio sobre esses fatos. Mas despertou a atenção de vários atores (legais e ilegais) a reunião com um enviado da CIA que teria ocorrido em 7 de dezembro passado.
O que se sabe, até agora, é que no aeroporto de Maiquetía aterrizou o avião estadunidense Phoenix Air 38, o mesmo que teria sido usado em 2019 para evacuar o pessoal da embaixada dos Estados Unidos logo após serem expulsos pelo regime de Maduro.

Os atritos com Daniel Ortega
Daniel Ortega.
Foto: EFE/EPA/AMIT SHABI
/ POOL y Jorge Torres
Para investigadores, ‘Iván Márquez’, que permanece oculto no estado de Amazonas (Venezuela), teria a Nicarágua como sua mais segura rota de escape. Aproveitando que, as relações entre o governo desse país e o colombiano tem se deteriorado.
Primeiro foi pela disputa limítrofe em San Andrés, depois pelo não reconhecimento da reeleição de Daniel Ortega  pela Colômbia, e agora pelas agressivas declarações do presidente nicaraguense, que teriam sido motivadas pela possível chegada de líderes da ‘Segunda Marquetalia’ a Manágua. “Colômbia é um narco-Estado”, disse Ortega nesta semana.
Para o Governo colombiano, se trata de uma estrategia com que Ortega busca distrair a atenção da comunidade internacional, que rechaça com veemência a nova ditadura que se instala no país centro-americano, disse o Ministério de Relações Exteriores em um comunicado.
E adicionou que a resposta de Ortega aos reclamos sobre eleições livres em seu país consiste em atacar a Colômbia para distrair a atenção e censura internacional.
Unidad Investigativa
u.investigativa@eltiempo.com
@UinvestigativaET
Leia também:
Fonte: tradução livre de El Tiempo
COMENTO:  procurei fazer a tradução na forma como o texto foi publicado, e essa apresentação pode nos aparentar um tanto incompleta, mas é assim que age o jornalismo sério internacional. Apresentam o que foi obtido e as conclusões são feitas pelos leitores.
Pelo visto, parece que o Foro de São Paulo já foi para o saco, pelo menos por enquanto. Não adiantou tentarem "refundar" a quadrilha com o nome de Grupo de Puebla. Sem os recursos financeiros que a quadrilha petista mandava desde o Brasil, nem o petróleo venezuelano — cuja extração definha devido à crise que aflige o regime de Nicolas Maduro — não há "motivação" para os bandidos. E, sabemos, "casa em que falta o pão, todos gritam e ninguém tem razão." O canalha Daniel Ortega, vendo o barco afundar, procura retirar seu feudo do naufrágio iminente. 
Repetindo o que houve no Brasil, os narcoguerrilheiros negociaram um pacto com o fraco governo colombiano que sucedeu Álvaro Uribe — incentivado, tal governo, pelos políticos canalhas vinculados aos terroristas — obtendo inúmeras vantagens. Mas os benefícios foram direcionados só para a cúpula dos canalhas, como sempre ocorre entre "comunistas", e a ralé foi se reorganizar para dar continuidade em suas atividades criminosas. Mais, os EUA não entraram nas negociações. Os criminosos continuam sendo buscados pelos yankees e as recompensas por suas capturas e/ou morte seguem em vigor. Daí o surgimento dos "caçadores de recompensas" que, bem ou mal, estão fazendo o que a justiça falha dos colombianos não faz.
Não esquecendo que as investigações sobre os apoios criminosos às ditaduras socialistas/comunistas seguem ocorrendo. Os delatores venezuelanos estão revelando o que sabem. E na Justiça norte-americana não há os excremerdíssimos brasileiros que autocraticamente anulam processos. Ainda pode sobrar indiciamento para muitos bandidos daqui.
E nesse vai e vem legal, continua o sofrimento do povo daquele país.
Por este motivo, os brasileiros tem o dever, até mesmo a obrigação, de extirpar o câncer representado pelos bandidos travestidos de socialistas/comunistas da vida pública do Brasil. A proteção à vida do Presidente Bolsonaro deve ser priorizada. O General Heleno foi claro. O desespero fará com que a bandidagem tente de tudo. E mais um atentado ao líder do Brasil não é impossível. Se tentaram quando ele ainda era candidato, imaginem agora que sua reeleição é iminente!
Esperemos que não haja necessidade de formação de grupos de caçadores de recompensa por aqui. Se houver, será uma boa fonte de renda para muitos. E fonte de pavor para muitos outros.  

domingo, 5 de dezembro de 2021

Os Planos Ocultos do Hezbolah em Bogotá

O ministro de Petróleo, Tareck El Aissami, é tido como quem abriu as portas da Venezuela ao Hezbolah.  FOTO: Prensa Miraflores. EFE
Um ex-membro de Inteligência, que esteve atuando até há alguns meses no corpo diplomático de Israel na Colômbia, começou a ser seguido pelas ruas de Bogotá.
Informação recolhida por agentes estrangeiros, inclusive do MOSSAD (o poderoso serviço de Inteligência de Israel), indicava que sujeitos vinham espiando suas rotinas na academia, no escritório e até na casa de uma amiga colombiana.

Estados Unidos já advertiram que células do Hezbolah vem sendo dispersando por América Latina. Foto: Arquivo EL TIEMPO
Autoridades colombianas foram notificadas de que tudo indicava que o estrangeiro — que, após cumprir sua comissão diplomática, havia aberto uma companhia de importação e comercialização de câmeras de vigilância e tecnologia — ia ser assassinado.
E apesar de ter sido retirado para Tel Aviv em uma operação discreta e sigilosa, o relato confidencial, destacava que ele não era o único que estava sendo monitorado. Um punhado de estrangeiros aparecia na lista de potenciais objetivos de um grupo de extremistas que opera há anos na região de Bogotá: o Hezbolah.

Pompeo e Duque
Reunião, do presidente Iván Duque e o ex-secretario de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo.  Foto: Presidência
Para alguns oficiais de Inteligência locais, que há anos haviam detetado a presença desse grupo pró-iraniano — qualificado como terrorista por vários países, incluído os Estados Unidos e Colômbia — o relatório causou surpresa.
Até agora, o que se sabia era que o Hezbolah só atuava buscando financiamento por meio de negócios (legais e ilegais) ligados ao setor têxtil, da construção, de carnes e de carvão.
Porém, antes da explosão da pandemia e em plena visita a Bogotá, o então secretario de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, já havia lançado um alerta sobre a latente ameaça. E, agora, agências estrangeiras já começaram a falar de possíveis ações terroristas.
Assim foi informado o governo de Iván Duque, segundo altas fontes oficiais. De fato, essas advertências estão ligadas às polêmicas declarações feitas pelo ministro de Defesa, Diego Molano.
Aqui temos um inimigo comum e é o caso de Irã e Hezbolah, que opera contra Israel, mas também apoia o regime da Venezuela e, portanto, é um esforço importante de intercambio de informação e Inteligência o que desenvolvemos com as Forças Militares e Ministério de Defesa de Israel, disse Molano.

A outra delegação na mira
No encerramento de sua visita oficial a Israel e após varias críticas a seu ministro, o presidente Iván Duque teve que dar uma rápida guinada diplomática e marcar limites esclarecendo que há relações com Irã desde 1975.
Diego Molano, ministro Defesa.
Foto: Arquivo El Tiempo
Colômbia não usa a palavra inimigo para referir-se a nenhum país (…) Isso não quer dizer que não tenhamos diferenças em temas puntuais com Irã (…) Sempre levantaremos nossa voz, em qualquer cenário internacional, contra a proliferação de armas nucleares
, afirmou o mandatário.
No entanto, a informação que está na mesa, qualificada como sensível, está sendo tomada muito a sério por Colômbia e outros governos.
De fato, em recente entrevista, o ministro Molano confirmou que há dois meses se desenvolveu uma operação para capturar e expulsar dois criminosos patrocinados pelo Hezbolah, que tinham intenções de cometer um ato criminoso na Colômbia.
No dossiê que cita a informação cedida pelo MOSSAD (entre outras agências) se destaca que, além do ex-diplomata israelense, também estariam em risco membros da delegação dos Estados Unidos em Bogotá.
Diz, também, que os ‘cérebros’ dos potenciais atentados estão na Venezuela. Inclusive, há pouco tempo, houve uma visita discreta naquele país, de três diretores de MOSSAD, para tratar do assunto.

O General e os ex-FARC
O General Soleimani era um dos chefes militares mais poderosos do Irã. Foto: EFE
O pano de fundo dos potenciais atos terroristas é um plano muito mais ambicioso que, conforme a Informação de Inteligência, inclui outros países da região, entre eles os EUA.
Se trata de uma eventual resposta à morte do general Qasem Soleimani, o poderoso e temido chefe da Força de Elite Quds do Irã.
Soleimani foi morto nos arredores do aeroporto de Bagdá, no Iraque, em 3 Jan 2020, em um ataque aéreo estadunidense executado com drones.
Ainda que seis meses depois tenham executado Mahmoud Mousavi Majd, o tradutor acusado de haver entregue informação à CIA e ao MOSSAD sobre os movimentos do general, a morte de Soleimani é considerado um tema pendente.
A Informação que chegou à Colômbia destaca que
El Paisa - Hernán Darío Velásquez
Foto: Twitter: @MargaritaRepo
o Hezbolah estaria usando membros das dissidências das ex-FARC para as vigilâncias em Bogotá.
De fato, investigam se homens de Hernán Darío Velásquez, vulgo "El Paisa", estão executando esse labor, o que coincide com documentos achados pela Polícia e Procuradoria Geral em um computador apreendido em Cali no agosto passado.
Ali encontraram planos das dissidências da ‘Segunda Marquetalia’ nos quais falam sobre executar uma ação de alto impacto.
Inclusive, dizem que já haviam lançado homens no terreno, o que coincide com a historia do israelense que teve que ser tirado de Bogotá para Tel Aviv.
Mais ainda, no dossiê de Inteligência se fala que dissidentes das ex-FARC estariam recebendo armamento e treinamento em território venezuelano para executar essas ações.
O propósito é que o pessoal das ex-FARC realizem as tarefas e não apareçam forças estrangeiras vinculadas”, disse um agente.

A espionagem sofisticada
Tareck El Aissami, teria aberto as
portas da Venezuela ao Hezbolah.
Acrescentou, ainda, que para facilitar os planos, na Venezuela já opera um sistema de espionagem (ou Unidade Estratégica Radio-eletrônica) avançado, com o que escutam comunicações em Cúcuta e tem interceptado até  vídeo-conferencias do Exército e da Polícia.
O que diz o agente coincide com o especialista em segurança e defesa Johan Obdola sobre a participação da Venezuela nesta trama.
Nos últimos anos, tem ocorrido um processo constante de presença do Hezbolah na Venezuela e a provisão de identificações a seus elementos, os quais tem se dispersado pela América Latina. Tareck El Aissami (hoje ministro de Petróleo) foi quem abriu a porta para essa organização na Venezuela e logo se estabeleceu o nexo com as FARC e outros grupos de colombianos”, explicou Obdola.
Johan Obdola, especialista em
 Inteligência e Segurança.
Foto: Archivo Particular
E acrescentou que Colômbia é um ponto sensível onde se desenvolve uma grande operação de espionagem por parte do regime de Nicolás Maduro, com assistência e participação direta de vários agentes externos, incluídos cubanos.
Segundo o especialista, o Hezbolah tem na região “células adormecidas, que podem ser ativadas em qualquer momento, cuja capacidade, estratégias e técnicas terroristas são de alto nível de efetividade; que devem ser consideradas seriamente, independente da cara diplomática que mostrem”.

¿O quê vem agora?
Além disso, autoridades sabem que o ELN também tem nexos com essa organização.
Um sujeito identificado como Cristóbal Grimaldo, vulgo Jaime, é o enlace entre essa quadrilha e o grupo de origem libanesa.
Marta Ramírez, chanceler. 
Por enquanto, a chanceler e vice-presidente, Marta Lucía Ramírez, se reunirá com o embaixador do Irã, Mohammad Ali Ziaei, em decorrência da polêmica desatada após as declarações do ministro de Defesa, Diego Molano. De fato, o episodio suscitou um pronunciamento do Irã e críticas ao ministro Molano.
Mas analistas acadêmicos asseguram que Colômbia, tanto no que resta desta administração quanto nas que se seguirem, tem que tomar posturas mais firmes sobre a venda de armas de Irã à Venezuela e não subestimar a possibilidade de que se possa chegar a produzir uma ação do Hezbolah em algum ponto do território nacional.
Porque, sublinham, o ataque em 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos — e que foi obra do Hezbolah —, ilustra até onde eles podem chegar.

A resposta que deu a diplomacia iraniana
Mohammad Ali Ziaei, embaixador 
do Irã em Bogotá.
Irã e Colômbia são dois países amigos e tem uma histórica relação. A destruição dessa relação não beneficia aos povos dos dois países, assinalou, através de um comunicado, o embaixador da República Islâmica do Irã em Bogotá, Mohammad Ali Ziaei.
O embaixador iraniano também se referiu às relações do Irã e Venezuela. A respeito, advertiu que estas se concentram em termos beneficiosos não só para as partes, mas também para a região, rechaçando as afirmações sobre o comercio de armas (mísseis) entre ambos países.
Sem dúvidas, informes de Inteligência destacam que 3.970 mísseis iranianos estão já em plataformas instaladas na Venezuela e que há outros tipos de apoio militar a Caracas.
De fato, Estados Unidos investiga se o colombiano Álex Saab — capturado em Cabo Verde quando ia para o Irã — teve nexos com essas aquisições, que são monitoradas por agencias estrangeiras.
Unidad Investigativa
u.investigativa@eltiempo.com
No Twitter: @UinvestigativaET
Assuntos correlatos:
Fonte: tradução livre de