domingo, 25 de dezembro de 2022

O Catecismo Secreto.

por Joseph Agamol
Há uma história clássica do Tio Patinhas, chamada “O Sovina Gastador”, publicada em 1964, se não me engano, escrita e desenhada pelo gênio dos quadrinhos, Carl Barks.
Em resumo, no gibi, o pato Donald, cansado dos presentes mixurucas que seu tio ricaço e pão-duro lhe dá a cada Natal, usa nele um raio hipnótico que fará com que o Tio Patinhas sinta uma vontade irresistível de dar um presente magnífico para a primeira pessoa que ele avistar. O que poderia dar errado? Claro que, sendo o pato Donald, TUDO: a primeira pessoa que tio Patinhas vê após ser atingido pelo tal raio é, na verdade, o CACHORRO de uma milionária.
E, como não entende muito de DAR presentes, o velho pão-duro busca inspiração em uma antiga canção de natal inglesa, que apresenta uma lista de doze presentes, digamos, insólitos, que incluem uma perdiz numa pereira, duas pombas, três galinhas francesas, quatro pássaros cantando, cinco anéis dourados, seis gansos chocando, sete cisnes nadando, oito servas ordenhando, nove senhoras dançando, dez lordes saltando, onze flautistas tocando, doze tocadores de tambor… 
A história se desenvolve com o Donald achando que os presentes são para ele — e suas tentativas de fazer o tio fracassar na obtenção dos itens.
Li a historinha ainda menino, nos anos 70, mas só recentemente descobri que a canção existe de verdade — e a belíssima história por trás dela. Embora no Brasil não seja tão conhecida como os maiores hits natalinos, na Europa e USA ela faz parte do panteão dos grandes clássicos de Natal. 
Chama-se “Twelve Days of Christmas” — em português, “Doze dias do Natal” — que seriam os dias entre o Natal e a epifania, em 6 de janeiro.
E qual é a história?
Diz a lenda que a canção surgiu na Inglaterra, no século XVI, durante a perseguição aos católicos naquele país, que, como forma de proteger, praticar e divulgar sua fé, ocultaram na letra de uma música de Natal os mais valiosos preceitos do catolicismo.
Assim, por exemplo, a perdiz na pereira simboliza Cristo e sua morte na cruz. As duas pombas, o Antigo e o Novo Testamento. As três galinhas seriam as três virtudes, fé, esperança e caridade. Os quatro pássaros, os quatro evangelhos. Os cinco anéis dourados seriam os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Os seis gansos, os seis dias que o Eterno usou na criação do mundo. Os sete cisnes seriam os sete dons e os sete sacramentos. As oito servas? As oito bem aventuranças. As nove senhoras, os nove frutos do Espírito Santo. Dez lordes, dez mandamentos. Onze flautistas são os onze apóstolos fiéis a Yeshua. Os doze tambores representariam os doze artigos do Credo.
Alguns pesquisadores não acreditam nessa versão de um catecismo clandestino embutido na canção, atribuindo sua origem apenas a um jogo musical infantil que era cantado entre o Natal e o Dia de Reis.
Se eu acredito que “Twelve Days of Christmas” oculta um catecismo secreto em sua letra, no intuito de preservar e divulgar a fé cristã?
Amigos, eu acho que o Eterno age de modos misteriosos.
Tão misteriosos que até uma história em quadrinhos pode ser um instrumento de Sua vontade.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Triste Brasil — Aos Trancos e Barrancos

Brasil parece ser ciclotímico e masoquista, e já se sente uma transição com retrocesso
por Alexandre Garcia
Imagem: Dona Mocinha
Lula quando fala assusta, como disse a decepcionada economista Elena Landau, que o apoiou no segundo turno. “Lula não aprendeu com os erros do passado”. Na verdade, parece que voltou ainda mais disposto a recrudescer nos erros. Agora mesmo aceitou o jatinho para ir ao Egito, como aceitou o sítio e o triplex.
Henrique Meirelles já recolheu os flapes e não está disposto a pousar no novo governo. “Boa sorte!”, desejou ironicamente Meirelles, que vê um período diferente daquele primeiro ano de Lula, em 2003, em que a economia mundial derramava suas bênçãos sobre o Brasil. Hoje, a economia chinesa, desacelerada, faz uma grande diferença.

REINA A INCERTEZA — Depois do desprezo pelo “tal mercado”, Lula foi condenado com duras palavras por editorial da Folha de S.Paulo, que tanto o apoiou. Pérsio Arida, falando ontem em Nova York, parecia Paulo Guedes; será que fica na equipe de transição? Investidores, empregadores, produtores ainda não sabem o que virá.
Fernando Haddad em lugar de Paulo Guedes pode ser apenas um bode na sala, para dar lugar a alguém que tenha assistido a mais de dois meses de aula de economia. Boulos para Habitação é tão irônico quanto Stédile para a Reforma Agrária.
Os nomes que circulam podem ser de fogo amigo de quem está de olho no ministério, ou fake news para assustar, mas bem que Lula poderia mostrar algum nome que acalmasse a incerteza que faz os investidores apertarem fundo o pé no freio.

COMPLICAÇÕES EM SÉRIE – Enquanto isso, ele pega o jatinho de 54 milhões de dólares com matrícula americana de um empresário de plano de saúde, que, como ele, já andou preso, e voa para o Egito dos faraós.
As manifestações de rua continuam e os comandantes das três Forças Armadas deram um aviso direto, sem intermediários, às instituições e ao povo: estão ao lado do povo, fonte do poder, e lembram que a lei diz que não é crime a manifestação crítica contra as instituições, vale dizer, o Supremo, o Congresso, o presidente ou mesmo o Exército.
A nota adverte que o Legislativo, casa do povo, tem que ser respeitado — isto é, não se pode prender deputado nem censurar parlamentar e rede social —, e que os parlamentares precisam corrigir possíveis arbitrariedades e desvios autocráticos — vale dizer, o Senado precisa fazer o Supremo voltar à Constituição e ao devido processo legal.

A SERVIÇO DO POVO  A nota reitera que as Forças Armadas estão a serviço do povo brasileiro e que as autoridades a serviço desse povo precisam atender reivindicações legais e legítimas. Fingir que não viu, não leu e não ouviu é esconder-se como avestruz.
Desrespeitaram direitos e garantias individuais que são cláusulas pétreas da Constituição e do direito natural. Crise institucional ter origem num tribunal constitucional é a última causa que se pode imaginar. Parecemos um país ciclotímico e masoquista.
Quando a nação se encaminha para a grandeza, pensa que não merece e provoca uma guinada para cair de novo. Desta vez, a guinada veio de uma elite da política, da Justiça e da mídia, usando eleitores desinformados. Planejada ou não, muitos sentem nesses dias uma transição para baixo.
COMENTO: Ciclotimia ou transtorno ciclotímico, é um transtorno de humor em que a pessoa experimenta momentos de depressão ou euforia subitamente.

domingo, 20 de novembro de 2022

Falência Múltipla

por Mariano Andrade
Em medicina, a falência múltipla de órgãos caracteriza um quadro clínico em que mais de um sistema vital para de funcionar adequadamente. Muitas vezes, a própria defesa do organismo torna o processo mais instável, dificultando o tratamento eficaz. Pacientes com falência múltipla de órgãos muitas vezes não têm prognóstico, é uma questão de tempo até virem a óbito. Praticamente, só lhes resta a fé.
Quando um paciente morre de falência múltipla de órgãos, não se pode ao certo afirmar qual sistema ou órgão foi responsável pelo desfecho final.
A eleição de Lula é a falência múltipla do Brasil.
Para combater um governo que não agradava a diversos setores da sociedade — vários deles alijados das benesses polpudas e imorais de outrora — o Brasil testemunhou uma subversão da realidade e uma relativização de conceitos que certamente atacará o país em diversos flancos. Quem se ilude quanto a isso nada mais é do que um tolo. O país não tem prognóstico.

Falência moral.
Somos a primeira nação do mundo a eleger um condenado e preso por corrupção para um cargo executivo. A honestidade deixou de ser uma condição essencial para o tratamento da coisa pública. O texto poderia parar aqui — trata-se de uma disfunção que leva à falência de outros valores. Quem aceita votar em Lula, aceita votar novamente em Sérgio Cabral e  —  dada nossa nova (des)ordem moral  provavelmente terá a chance de fazê-lo.
Várias gerações cresceram ouvindo a máxima de que “no Brasil, só pobre vai preso”, ou “no Brasil, a única coisa que dá cadeia é deixar de pagar pensão”. Tivemos o privilégio de ver isso mudar: cidadãos poderosos, ricos e influentes foram encarcerados, verdadeiras fortunas desviadas dos cofres públicos foram devolvidas. O país, finalmente, estava se tornando um império da lei.
Conseguimos a infeliz proeza de não só soltar os corruptos presos, para agora elegermos o chefe da quadrilha que, certamente, colocará em cargos estratégicos seus companheiros de crime. Ou alguém acredita que Lula virou um político probo ou que se aterá a indicações técnicas e apartidárias? Ao longo do mandato, muitos fantasmas aparecerão.
Lula jamais se desculpou pela corrupção da era PT — desculpas essas devidas mesmo com a fantasiosa narrativa do “eu não sabia” (lembram?). Os eleitores de Lula, quando indagados sobre corrupção, invariavelmente respondem com os “51 apartamentos de Bolsonaro” ou “as rachadinhas”. Esquivam-se do tema, preferindo relativizar os malfeitos. Há uma diferença, porém  Lula foi condenado por vinte juízes, Bolsonaro não. Ainda há a presunção da inocência no Brasil?
A moral da sociedade brasileira parou de funcionar. Aqui, o crime compensa.

Falência política.
Lula elegeu-se aliando-se a pessoas que ele odeia (e que o odeiam), a começar pelo vice Geraldo Alckmin, eterno antagonista ao PT.
Lula aliou-se a Tebet, uma oportunista descarada e cuja companheira de chapa o acusou de mandante de assassinato. A que ponto chegamos? Vale qualquer associação pelo poder.
Lula não apresentou nenhuma proposta   elegeu-se pela sua persona. Culto à personalidade historicamente termina em fracasso. Bolsonaro, por outro lado, perdeu a eleição devido à sua persona. A política brasileira se resume a isso: "gosto" ou "não gosto" do candidato. Pouco importa o que ele pretende fazer e o legado que deixará ao final do mandato. O eleitor se esquece de que personas mudam, mas o legado fica.
O país elegeu um ex-condenado por corrupção e deu a ele um cheque em branco. Que legado esperar?

Falência institucional.
"Eleição não se ganha, se toma". Essa fala de um ministro do STF já esgotaria o tema  a mais alta corte do país entende que as eleições não precisam ser limpas.
A autoridade eleitoral, por sua vez, é contrária ao aumento de transparência, vendendo a ideia esdrúxula de que temos a melhor tecnologia do mundo em sistemas de votação, definitiva e inviolável. Incrível não termos empresas tão grandes e poderosas como Apple, Samsung, Google, não? Num país onde tudo demora (apesar da auspiciosa digitalização da economia promovida nos últimos anos), somos capazes de "apurar" 120 milhões de votos em 3 horas. A eleição poderia passar a acontecer no dia 1º de abril.
A cruzada contra Jair Bolsonaro destruiu a separação de poderes  vimos o judiciário legislar livremente, sem qualquer questionamento do parlamento. Que democracia é essa? Com um parlamento de centro-direita, alguém tem dúvida de que o STF seguirá interferindo no processo legislativo?
Lula indicará dois ministros do STF nesse mandato. Alguma dúvida de que serão amigos, com os quais volta e meia Lula troca tapinhas no rosto? Gente da pior espécie, gente que coloca favores, persona e lealdade política acima dos valores institucionais.

Falência da ordem.
A pauta de Lula e seus aliados contém temas como descriminalizar pequenos delitos e outros afins. Claro, a chapa contou com apoio maciço e explícito de organizações criminosas.
A Califórnia, estado dos mais ricos dos EUA, descriminalizou shoplifting (pequenos furtos no varejo) há alguns anos. Resultadovárias empresas fecharam suas lojas e demitiram funcionários. É exatamente o que nos espera, uma "violência do bem" destruindo a economia e o emprego.
Isso sem falar na "violência do mal", aquela que vem por atacado.

Falência sucessória.
Em 40 anos de política, Lula não formou nenhum líder para sucedê-lo. Quem pensa que, depois de 4 anos, passará o bastão a Alckmin deve morar em outra galáxia. Se sua saúde lhe permitir, Lula concorrerá à reeleição em 2026 e, provavelmente, sem Alckmin na chapa.
E, assim sendo, não escaparemos de mais uma campanha lamentável, dominada pelas personas e pelo populismo. Para um povo de pouca instrução como o nosso, não há chance de um candidato técnico e com agenda propositiva (Tarcísio ou Zema) competir com uma figura como Lula. Lula é capaz de mentir fragorosamente em campanha, de prometer picanha, cerveja, pão e circo  a receita para atrair um adversário também populista para a contenda.
No mínimo, há que se admitir que Bolsonaro seria o “waze eleitoral”, o caminho mais rápido para termos alguma chance de, em 2026, escapar da polarização que tanto emburrece. Carisma não se transmite, e os líderes forjados por Bolsonaro não gozam do mesmo carisma que ele. Portanto, só uma persona (Bolsonaro de novo?) poderá fazer frente a Lula da Silva.
Por segurança, Lula tratará de manter o “nós contra eles”, de infernizar a vida dos estados governados por opositores e de tentar poluir a agenda política com caças às bruxas. Tudo para evitar o surgimento ou consolidação de novas lideranças.

Falência jurídica.
O sistema judiciário do Brasil foi desmontado para que Lula pudesse concorrer à presidência. Os processos, julgamentos e decisões de um sem-número de juízes foram simplesmente rasgados. Como podemos esperar doravante uma sociedade onde todos são iguais perante a lei?
Há alguns anos, Lula já havia afirmado que Sarney não era um homem comum perante a lei. Lula não acredita no império da lei, nunca foi um conceito que lhe agradasse, afinal é um ególatra que espera que a lei se molde à sua conveniência. Agora, powered by STF, Lula é a lei, e assim será.

Falência administrativa.
A eleição de Lula vai custar caro para a sociedade brasileira. Lula deve favor para muita gente  TSE, STF, partidos, políticos, banqueiros, e outros “democratas”. Quem espera que o governo Lula seja pautado por indicações técnicas pode voltar para Marte.
A cartilha petista é indicar para cargos importantes os “companheiros” derrotados nas urnas. Então, teremos que engolir figuras como Fernando Haddad, Olívio Dutra e outras tantas que causam náuseas e para as quais o eleitor já disse "não!". Exagero? Quem foi o primeiro presidente da Petrobrás da era Lula? José Eduardo Dutra, então recém-derrotado na eleição para o governo do Sergipe.
Com indicações políticas, a chance de termos melhoria nos serviços públicos é nula. Também não esperem um ambiente acolhedor para investimentos privados, teremos gente medíocre em todos os escalões, incapazes de inovar e promover as alavancas do crescimento.

Falência federativa.
O Nordeste foi instrumental para a eleição de Lula. Trata-se de uma região pobre justamente por ser governada majoritariamente por partidos de esquerda desde a redemocratização, e, com isso, fadada a nunca realizar seu potencial econômico. A região produz pouco e tem muitos eleitores, uma receita perfeita para o clientelismo e a servidão  terreno perfeito para provar empiricamente as teorias de Hayek.
O Nordeste jamais terá progresso com Lula ou outro governo de esquerda, pois ali reside sua possibilidade de se perpetuar no poder, não sem custar aos cofres públicos obras populistas, transferências de renda eleitoreiras e outros movimentos bem conhecidos. Ocorre que os estados que geram mais riqueza têm legitimidade para questionar essa equação: afinal, para que trabalhar e produzir, se os tributos são revertidos para benefícios (de curto prazo e populistas, majoritariamente) de outrem?
A União Europeia está sendo desmantelada justamente pela disparidade dos países-membros. Os alemães não querem mais financiar a Grécia, tal qual SP em algum momento não concordará em bancar o clientelismo nordestino.
Alguns preferem o caminho do progresso, outros trilham (ou são obrigados a trilhar) o caminho da servidão. Essas agendas tão díspares são incompatíveis numa união federativa.

Falência informacional.
Lula acredita no controle da mídia  falou sobre o assunto sem nenhuma censura (oops) durante a campanha. A grande mídia espera voltar a mamar nas tetas do estado e, claro, dará a contrapartida de noticiário favorável ao governo.
É daí para pior. Durante o processo eleitoral, testemunhamos uma censura descarada, inclusive com prerrogativas censoras ex-ante, virou minority report. Para tanto, contou-se com o voto lamentável de uma ministra do STF, “eu sei que está errado, eu sei que é ilegal, mas vou aprovar”, um momento singularmente trágico para nossa história.
Durante o governo "fascista" de Bolsonaro, os “artistas” puderam postar imagens do presidente num caixão com flores, ou montagem de um jogo de futebol onde a bola era a cabeça do presidente. Um jornalista desejou publicamente a morte de Bolsonaro quando o presidente contraiu covid-19. Bolsonaro é o fascista mais incompetente da História, pois deixou a sociedade falar mal à vontade. Pior: deixou haver eleições livres, vejam só!
Já os “democratas” das altas cortes pensam diferente. Prendem quem posta comentários negativos sobre eles, invadem contas de celular e por aí vai. Abusam do poder que têm e do que não têm, não tendo nenhuma censura (oops) em legislar amiúde. Ah, e nada de eleições justas.
Essa será a tônica do governo Lula: adeus informação, adeus contraditório, adeus liberdade de expressão. Virá aos poucos, para ninguém perceber. Quando a sociedade se der conta, a água já estará fervendo.

Falência internacional.
Os fanfarrões Macron, Di Caprio, Mark Ruffalo e outros dementes hipócritas vão comemorar a vitória de Lula. O senil Biden, se lograr compreender o que se passa, também. Porém confundir confete e serpentina com respeito e relevância internacionais é uma infantilidade descomunal.
Lula é um despreparado, capaz de declarar que a guerra da Ucrânia se resolve com cerveja (precisa da picanha acompanhando?). Só isso já bastaria para desacreditá-lo internacionalmente  desrespeita interlocutores que buscaram a paz antes de o conflito ser deflagrado, desrespeita jovens que vão lutar na guerra, desrespeita os mortos e seus familiares. Um ultraje.
Mas Lula é ainda pior: é o "idiota útil" modelo exportação. Lula jamais admitiu o erro de apoiar o chavismo, regime ditatorial que destruiu o país outrora mais rico da América do Sul. Lula jamais se furtou a enaltecer Cuba, algo incompatível com prezar pela democracia. Nos mandatos anteriores, Lula simpatizava com o Irã e o Estado Islâmico, aquele que decapitava jornalistas ocidentais. A Nicarágua parece ser a queridinha da vez. Beijar a mão de ditadores e ter respeito internacional são situações mutuamente excludentes.
"Ah, mas teremos Meirelles". Irrelevante  pode ser Dilma ou Mantega também, o destino é o mesmo, só muda a velocidade. O investidor internacional vai capturar o relief rally, se houver, e depois vai destinar o capital para jurisdições onde a propriedade privada e a lei sejam respeitadas.
A lista é longa, há outras tantas falências que contratamos para a sociedade brasileira ao eleger Lula da Silva. Quando o país finalmente morrer, não saberemos qual “órgão” foi responsável pelo último suspiro, mas saberemos qual foi o molusco causador. Só nos resta a fé.
Fonte:  Contraponto

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

A Caça aos Arquivos Secretos do DAS

Manuel Casanova, Diretor de Inteligência, pediu para acessar pastas que foram mantidas em reserva, o pedido está pendente.
Nos arquivos do antigo DAS está armazenada informação recolhida durante 58 años, com relatórios de Inteligência, dados migratórios e antecedentes judiciais, entre outros. FOTO ARCHIVO
por Nelson Matta Colorado
A chegada do ex-guerrilheiro do M-19 Manuel Casanova Guzmán à chefia da Direção Nacional de Inteligência (DNI), acendeu a busca pelo conteúdo dos arquivos sigilosos do Departamento Administrativo de Segurança (DAS), o antigo serviço secreto da Colômbia.
Casanova completou dois meses no cargo, após ser designado em finais de agosto pelo presidente Gustavo Petro, com quem compartilhou a militância no M-19 e na Alcaldía [Prefeitura] de Bogotá (2012-15), onde atuou como profissional em políticas de segurança alimentar da Secretaria de Integração Social.
Fontes de Inteligência contaram reservadamente, que uma das primeiras solicitações do novo chefe foi a revisão das bases de dados do DAS, o organismo civil subordinado ao Poder Executivo que se encarregou da Inteligência estratégica do Estado entre 1960 e 2011, antes de ser suprimido por escândalos de corrupção.
O pedido causou espanto entre os agentes mais veteranos da DNI e os ex-integrantes do DAS que hoje trabalham para outras entidades. A razão: nesses arquivos há múltiplas anotações de Inteligência, seguimentos, interceptações telefônicas, fotos, vídeos, informes, codificações de linguagem cifrada e declarações contra pessoas que hoje integram o Governo Nacional.
Entre eles estão o próprio Casanova, o presidente Petro e outros altos funcionários que também fizeram parte do M-19, como Augusto Rodríguez, diretor da Unidade Nacional de Proteção (UNP), e Carlos García, chefe de Migração Colombiana.
Há muita preocupação na comunidade de inteligência; se teme que haja algum revide, porque na esquerda há pessoas muito revanchistas, manifestou uma das fontes consultadas.
Detalhou que vários dos agentes que obtiveram ou elaboraram os informes, como parte do trabalho de vigilância contra objetivos que ameaçavam a segurança nacional, incluindo o M-19 e outros grupos insurgentes, estão pensando em sair do país, antes que comece uma caça às bruxas.
Após a liquidação do DAS, suas bases de dados ficaram sob custodia do Arquivo Geral da Nação, adscrito ao Ministério da Cultura e com sede em Bogotá. Ali se armazenam os documentos que fundamentam a historia institucional desde a época da Conquista Espanhola.
Acessar a eles não é tão simples, mesmo se tratando do novo diretor da DNI. As informações do DAS estão protegidas pela Lei de Inteligência e Contra-inteligência (nº 1.621 de 2013) e normas subsidiarias, que exigem o sigilo de secretos, uma ordem judicial emanada de um juiz, e a presença de um delegado da Procuradoria, entre outros requisitos.
O decreto presidencial 1.303 de 2014 estabeleceu que o acesso e consulta da documentação dos arquivos de inteligência estará sujeita à reserva legal nos termos estabelecidos na Constituição e a lei (...). Só se propiciará informação às autoridades judiciais que, dentro de um processo judicial, a solicitem ou aos entes de controle que a solicitem.
Essas condições dificultam um acesso imediato às bases de dados. No momento, a cúpula solo tem disponibilidade absoluta sobre a informação produzida a partir de 2011, quando nasceu a DNI.
Essa situação freou os novos chefes, mas sabemos que estão fazendo os trâmites para acessar os arquivos, relatou um ex-agente.

Copias clandestinas
Mais além da desconfiança que gera a nova cúpula da Inteligência, para as fontes é claro que, mesmo com as medidas para proteger os citados conhecimentos, na última década muitos segredos do DAS foram vazados aos poucos.
A entidade produziu conhecimentos estratégicos durante 58 anos, tendo em conta que herdou os arquivos do antigo Serviço de Inteligência Colombiano (SIC), um aparato de origem policial, criado em 1953 pelo General Gustavo Rojas Pinilla, o qual funcionou por sete anos.
Ao largo de sua historia, o DAS reuniu informação confidencial — oficial e extraoficial — sobre acontecimentos políticos, sociais, econômicos, criminais e internacionais, que moldaram a nossa nação. Entre eles estão a Tomada do Palácio de Justiça, os magnicídios (Luis Carlos Galán, Álvaro Gómez Hurtado, etc.), a luta contra as guerrilhas e os grandes cartéis do narcotráfico, a guerra fria contra o comunismo, o paramilitarismo e a para-política, os falsos positivos, “a comunidade do anel”, a evolução dos partidos políticos, as relações diplomáticas e a espionagem com outros países.
O presidente Juan Manuel Santos ordenou sua dissolução em 2011, com o Decreto 4.057, em resposta a escândalos de corrupção como os "grampos ilegais" em telefones de magistrados, jornalistas e opositores ao governo de Álvaro Uribe (2002-2010); nexos de seus funcionários com as autodefesas paramilitares e a espionagem contra organizações de Direitos Humanos.
No artigo 24 desse mesmo decreto ficou estabelecido que enquanto se procedia na supressão do DAS, a Procuradoria devia vigiar “o processo de custodia, consulta e depuração dos arquivos de Inteligência”.
Nos deram a ordem de digitalizar os conhecimentos e estivemos muitos meses escaneando cada documento. Entregamos muitíssimos terabytes de dados em discos rígidos, não saberia dizer a quantidade exata. Também foi entregue material físico: cada unidade e direção regional apresentou uma media de 100 a 400 caixas, e cada uma delas tinha dez pastas de arquivo com 100 a 200 folhas, disse um conhecedor do processo.
Nas caixas e discos rígidos se guardaram os dados criptografados de três bases de dados usadas pelos detetives. Uma delas era o Sistema de Informação do DAS (SIFDAS), que continha informação migratória, antecedentes judiciais e anotações de Inteligência.
Ainda que se supunha que tudo era ultra-secreto, as fontes revelaram que de maneira clandestina foram feitas milhares de cópias de documentos. Parte da informação, relativa a operações que se executaram com cooperação internacional, foi copiada por agencias como a CIA estadunidense, o MI-6 britânico e o Mossad israelita.
Com esses sócios foram feitos trabalhos contra o comunismo e as guerrilhas, os cartéis de droga, o financiamento do terrorismo e o recrutamento de ‘convertidos’, uns católicos colombianos que aderiram ao Islã e foram enviados ao Oriente Médio para trabalhar com grupos extremistas, contou um ex-agente.
Ratificou que ditas agências armazenam as réplicas de informações como evidencia do que fizeram naqueles tempos e uma espécie de seguro, no o caso de que alguém pretenda alterar os fatos.

Informação compartilhada
Outra parte dos arquivos foi copiada por gente da direita entre 2012 e 2013, em plena etapa de dissolução do DAS. Eram empresários, políticos e gente da Força Pública, que lograram acesso porque tinham amizade com funcionários da Procuradoria que lhes faziam, o repasse.
Algumas caixas, aparentemente, saíram do inventario e foram espalhadas pelas instituições criadas para assumir as funções do DAS: a DNI, Migração Colombiana e a UNP, hoje comandadas pelos ex-membros do M-19.
Há ex-detetives que pensam que durante o processo de liquidação foram violados o sigilo dos arquivos, quando a empresa contratada para o armazenamento e classificação das bases de dados reorganizou seu conteúdo.
A Armada, a Fiscalía e a Polícia também receberam alguns desses insumos. Nesta última entidade, a Direção de Investigação Criminal (DIJIN) obteve informação relacionada com os acordos de cooperação com a Interpol; e a Direção de Carabineiros (Dicar) ficou com os informes do outrora Grupo de Segurança Rural do DAS.
Mais além do que repousa no Arquivo Geral da Nação, as informações secretas seguem vivas na memoria dos cerca de 6.000 empregados que laboravam no DAS.
A maioria foi realocada na Polícia (SIJIN e DIJIN), no CTI da Fiscalía, na UNP ou Migração, onde seus talentos costumam ser desaproveitados.Nos tratam com muita desconfiança, como se fossemos párias, porque a inteligência civil ficou estigmatizada depois do ocorrido com o DAS, narrou um deles.
Há ex-agentes expertos em contraterrorismo que estão trabalhando de mensageiros ou secretarias nos novos escritórios; outros, especializados em administrar fontes internacionais, servindo como simples escoltas; e uns mais, que antes se infiltravam na máfia, agora estão carimbando passaportes em um cubículo.
Entre eles, figuram alguns dos que pensam abandonar o país, temendo retaliações de altos funcionários do Governo que perseguiram no passado, agora que tem acesso aos secretos mais fundos do Estado.
Se abrirem esses arquivos para mudar coisas da historia, ou simplesmente para atacar a oposição, podem desestabilizar o Estado. Em troca, se o fazem para descobrir a corrupção, seria muito importante, porque ali há informação que nunca gerou processos judiciais e que demonstra quem é quem entre os corruptos, concluiu um ex-investigador.

A Vigilância sobre governos de esquerda
Entre as funções principais da DNI está a construção de informação de Inteligência e Contra-inteligência com fontes estrangeiras, em especial sobre aqueles governos que de alguma maneira ameaçam as políticas e bens da nação. Até a presidência de Iván Duque, a entidade mantinha redes de informantes e uma vigilância detalhada das atividades dos governos de Venezuela, Nicaragua e Cuba, entre outros regimes de esquerda, segundo as fontes consultadas. Também sobre os movimentos de Rússia e China na Colômbia e América Latina, com apoio de agencias de segurança ocidentais como a CIA e o MI-6.Agora que temos um novo governo, que quer acercar-se a esses países, quem sabe como se procederá. Há queixas porque se atrasaram os pagamentos para os informantes do exterior, relatou um ex-agente.

Veja, também:
São três exM-19 os que manejam a poderosa inteligência colombiana
Formado na U.P.B. é Jornalista da Área de Investigações, especializado em temas de segurança, crime organizado e delinquência local e transnacional.
Fonte: tradução livre de El Colombiano

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

E, Assim Seguimos, em Ritmo de Ganso — Um Passo e Uma Cagada

Eis a situação.
Houve eleições, sob condições que alguns acham suspeitas.
Os responsáveis pela aplicação dos princípios constitucionais de LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, e PUBLICIDADE, para garantir a EFICIÊNCIA, se empenharam no sentido de que a OBSCURIDADE se impusesse sobre o processo.
A violenta reação a sugestões que permitem, um maior controle da sociedade sobre o processo gerou desconfiança de que algo não anda conforme os preceitos democráticos.
Os "representantes" da sociedade, encastelados no Congresso Nacional, tornaram-se, alguns poucos, extremamente atuantes no sentido de recorrer à justiça — STF — para fazer calar quem manifestasse tal desconfiança; enquanto que a maioria covardemente omitia-se até de opinar a respeito.
O discurso do presidente
por Percival Puggina
Dois dias depois de concluída a apuração do pleito, o presidente emergiu, enfim, de prolongado retiro para um discurso de dois minutos que deixou boquiaberto o jornalismo brasileiro. Quando achavam que ele estava nas preliminares, a missão foi concluída. Precoce, muito precoce.
Humor à parte, dois minutos foi tudo que o jornalismo brasileiro teve para transmitir. Havia uma razão para a frustração: passados dois dias da eleição, os profissionais da comunicação continuavam convencidos ou querendo convencer a sociedade que tivemos uma eleição absolutamente normal. No entanto, a única coisa normal foi o cumprimento do cronograma. Quase tudo mais compôs um catálogo de absurdos.
Entre esses absurdos está a total incapacidade de perceber, ou a deliberada intenção de não revelar, a anormalidade do ambiente político em que se travou a campanha eleitoral, desde muito antes da abertura de sua abertura oficial. Aliás desde antes, até mesmo, da sequência de atos judiciais que produziram o grande disparate: Lula em condições de disputar a presidência.
Mesmo em presença dessa imensa anomalia seria perfeitamente possível uma disputa isonômica, se travada num contexto de equidade. Mas não. Lula foi beneficiado com a invulgar condição de ser um candidato cujo passado não podia ser mencionado (a não ser de modo elogioso, imagino) e cujas más companhias, relações políticas e empresariais foram aspiradas do mundo dos fatos.
Por outro lado, esse mesmo jornalismo que esperava e cobrava do presidente uma reação protocolar, integrou-se de modo notório à oposição desde 2019. Por anos a fio, cada jornal, um manifesto; cada rádio emissora, um discurso; cada TV, um comício. Sem chances ao contraditório. E onde esse contraditório surgiu no pequeno nicho das possibilidades, ergueu-se contra ele o braço inominável da censura.
Enquanto grandes grupos de comunicação se dedicaram intensamente à construção de narrativas, aos sofismas e à análise ilógica, as redes sociais, responsáveis diretas pelos resultados eleitorais de 2018 e 2020, foram levadas a uma espécie de campo de concentração onde a vastidão do ciberespaço virou um galpão patrulhado por cães farejadores.
Se tudo isso é muito normal, se tudo isso é “protocolar” ou constitucional, se escrevo sobre sapos de bom paladar facilmente digeríveis, então o discurso do presidente deveria ser bem outro. Só que não. Obviamente, não. Durante quatro anos, sempre acusado de autoritário, ditatorial, golpista e outras coisas mais, o presidente lecionou respeito às quatro linhas da Constituição àqueles que a transformaram em tempero para uso ao gosto.
Em seu discurso, reprovou a paralização das estradas e disse bem-vindas as pacíficas manifestações populares (as pessoas já experimentaram perdas expressivas de sua liberdade de opinião, expressão, locomoção e temem pelo futuro). Entendam isto os responsáveis: as pessoas sentiram suas liberdades sufocadas, se sentem ameaçadas e fazem inevitáveis analogias com nações vizinhas!
Quem não sabe o tamanho do problema que ajudou a criar, não entendeu a festa nos presídios e nos bastiões do crime organizado, não assistiu ao comício do vencedor, não viu algo muito errado no “feirão” dos saques a estabelecimentos comerciais, é inepto para as funções que exerce.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

É Só Desta Vez???

por J. R. Guzzo
Há duas perguntas fundamentais a se fazer para a eleição presidencial do próximo dia 30, ambas trazidas pelos fatos. O ex-presidente Lula acaba de censurar o jornal Gazeta do Povo: exigiu que o TSE proibisse o diário de publicar informações sobre atos de repressão praticados pelo ditador da Nicarágua, com quem vive aos beijos e abraços há anos, e foi obedecido na hora.
Charge do Solda (Site Solda Cáustica)
A pergunta é: Lula vai censurar a imprensa só essa vez, ou vai censurar de novo se chegar ao governo e publicarem alguma coisa que ele não gosta?

VIOLAÇÃO GROSSEIRA – O complexo STF-TSE, que manda nas eleições e em mais um caminhão de coisas, violou de forma grosseira a Constituição ao censurar a Gazeta. Pergunta: o alto Judiciário vai desrespeitar a lei só no período eleitoral, ou vai continuar assim pela vida afora?
Lula diz o tempo inteiro, e cada vez com mais raiva, que vai impor ao Brasil, se eleito, o “controle social dos meios de comunicação” — ou seja, o governo vai ficar autorizado a proibir a publicação de qualquer conteúdo que ele não queira que seja publicado.
Dizem, é claro, que “não é bem isso”. Mas é exatamente isso — ou alguém acha que o “controle social” da mídia vai existir, num governo de Lula, para garantir que a imprensa publique todas as críticas, notícias e opiniões que quiser?

“CORONEL DE AI-5” – Hoje, mesmo sem dispor do seu tão exigido “controle”, ele já está censurando como um coronel de AI-5; decidiu que o povo não pode saber o que já sabe sobre os seus amores com a ditadura da Nicarágua, porque ficou com medo de perder voto com isso. E se tiver esse controle? Vai utilizar seus poderes de censor para proteger a liberdade de imprensa?
É a mesma coisa com a conduta que se vê no topo da cadeia alimentar do Poder Judiciário. Censurar um órgão de imprensa é expressamente proibido pela Constituição Federal do Brasil. Prender um deputado federal durante nove meses, sem que ele tenha sido preso em flagrante cometendo crime inafiançável, também é uma ação 100% ilegal.
É contra a lei, igualmente, mandar a polícia invadir às 6 horas da manhã residências e escritórios de cidadãos por imaginar que eles estariam armando um golpe de Estado num grupo particular de conversas no WhatsApp.

INQUÉRITO PERPÉTUOÉ obviamente ilegal o STF conduzir um inquérito policial, e mais ainda que este inquérito seja perpétuo.
É proibido por lei excluir o Ministério Público do processo acusatório — ou manter pessoas na cadeia por tempo indeterminado, sem culpa formada e sem data prevista para o julgamento. Nenhuma dessas coisas pode ser feita. O STF faz todas. Dá para acreditar que vão mudar de conduta se Lula for eleito?
A democracia brasileira está sob o risco de demolição.
COMENTO: os remanescentes do Foro de São Paulo — aquela entidade que nossa grande imprensa jurava ser uma alucinação de Olavo de Carvalho e seus "terraplanistas" —, agora sob a nova denominação de Grupo de Puebla, tem pressa na implantação de seus desígnios para a América Latina. Se o Brasil cair nas mãos do ladrão descondenado e sua quadrilha (partidários, militantes, braço armado — MST —, excremerdíssimos empoleirados em cargos jurídicos, imprensa vendida, etc.), será a maior conquista deles para a tomada de toda a América Latina pois, o Brasil é a única fonte de recursos econômicos para a manutenção de um regime de força em todos os latinos países ao mesmo tempo. A união e os esforços para esse fim ocorrem de forma acelerada. Nem bem completou dois meses de seu mandato, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro já determinou o "embargo" de contas correntes e de poupança dos colombianos. Sua aproximação com o ditador venezuelano, também se dá rapidamente. A Argentina já está com sua população dominada. Quando o povo busca sua própria sobrevivência, já não há resistência política! O Chile tenta reverter a merda feita, aparentemente sem sucesso. O Brasil é a única esperança de resistência a uma ditadura em âmbito regional.
.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Rachadinhas e Rachadões

O assunto tem sido divulgado pelos opositores e críticos dos filhos do Presidente da República, apontando-o como prática ilegal. O texto abaixo mostra como fazer com que tal prática seja realizada "legalmente"!
Como lidar com rachadinha
por Marcus Vinicius Gravina
Os partidos políticos que ainda não sabem como saquear os seus filiados, detentores de cargos eletivos ou de confiança — sem dar motivos para denúncias ou CPIs — mirem-se no talento dos próceres do Partido do Trabalhadores.
Eles criaram uma fórmula de obter recursos financeiros através de dinheiro público, que irriga durante todo o ano os seus cofres e não só nas eleições. Ninguém se deu conta de que se trata de um artifício alimentador e atentatório ao Princípio de Igualdade entre os demais partidos, a privilegiar seus candidatos. É algo mais e diferente de outras fontes legais de recursos, como emendas parlamentares, fundo eleitoral e outras.
Segundo o Estatuto do PT é condição para ser admitido como mero filiado ao partido, participar da contribuição obrigatória mensal ao seu Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias (SACE). O descumprimento acarreta penalidades sob diversas formas: suspensão, desligamento e até expulsão. É draconiano.
A “rachadinha” alvo de denúncias nesta campanha eleitoral, também é praticada pelo PT em todo o Brasil. A diferença está em que faz isto a céu aberto, com registro e a indiferença do TSE até hoje, sobre a esperteza praticada do desvio de dinheiro público em forma de apropriação de salários ou vencimentos de trabalhadores prestadores de serviços públicos junto ao Poder Executivo ou Legislativo.
Isto ficará mais claro a partir do que foi extraído do Estatuto do PT: “Filiados e filiadas ocupantes de cargos comissionados, eletivos, dirigentes partidários ou parlamentares deverão efetuar uma contribuição mensal ao Partido, correspondente a um percentual do total líquido da respectiva remuneração mensal, conforme a tabela a que se refere o art.187 deste Estatuto”.
Isto é, o detentor de cargo ou função no Executivo ou Legislativo fornecerá todas as informações ao Partido e cópias dos seus contracheques.
O parlamentar do PT, além da contribuição mensal individual é responsável pela arrecadação mensal das obrigações estatutárias de seus assessores e cargos de confiança ocupados por filiados, assegurando o valor mínimo equivalente a 5% (cinco por cento) do total das verbas recebidas para lotação do gabinete. Tudo isto em nome da “obediência aos princípios de cooperação, solidariedade, ajuda mútua e responsabilidade coletiva”.
E, a promessa de campanha é a da criação de mais ministérios, cargos públicos e a reversão das estatais privatizadas, que encherão as burras de dinheiros do PT sugados de seus apaniguados em cargos públicos.
É impressionante o fato, de que um Estatuto de Partido Político seja capaz de gerar, com força de lei, uma contribuição obrigatória proveniente de salários pagos com dinheiro público a servidores do Poder Executivo e Legislativo, para poder ser filiado ao partido. Alguém, que não seja instituto de pesquisa eleitoral, bem poderia nos informar a arrecadação em dinheiro do PT com a sua engenhosa rachadinha. E, se ele também pensa em criar um Banco ao estilo do Vaticano.
Caxias do Sul, 06.10.2022
O autor é advogado no RS.
COMENTO: eis aí o motivo da ânsia dos membros, do que um ministro do STF já denominou "organização criminosa", pela criação e ocupação de cargos no serviço público. Além de receber e usar todos os "benefícios" das diversas leis que irrigam os cofres partidários, a cambada ainda recolhe recursos de seus filiados.
.  

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Preparem-se Para o Retorno Disso se o Inominável for Eleito

Grampo no STF, um crime esquecido
por Renato Sant'Ana
A maior agressão à ordem democrática da história do Brasil é ignorada por grande parte dos brasileiros: ministros do Supremo Tribunal Federal, STF, foram criminosamente grampeados no curso da Operação Satiagraha, comandada por Protógenes Queiroz, servindo a interesses do governo Lula.
Esse e muitos outros fatos escabrosos estão descritos e documentados no livro "Assassinato de reputações - um crime de Estado" (ed. Topbooks) de Romeu Tuma Junior, secretário nacional de justiça no governo Lula, que, por isso mesmo, conhece muito bem o modus operandi do Lula e do PT.
"O grampo foi feito com uma maleta francesa, empregada para rastrear celulares em presídios", relata Tuma Junior no capítulo 9 do livro.
A maleta é capaz de identificar todos os celulares ativos num ambiente, mostrando o número de cada um no display. O agente seleciona o número da vítima do grampo e faz a máquina entrar no lugar da companhia telefônica, virando seu "provedor", com a função das ERBs (Estações Rádio Base), que conectam os telefones celulares à companhia telefônica.
Aí, é possível, por exemplo, enviar um torpedo para um traficante em nome da vítima, o que ficará registrado como se fosse dela na companhia telefônica. A máquina falsifica o torpedo e não deixa rastros. "Aí você bota a PF em cima da pessoa, cujo sigilo telefônico, quebrado mediante ordem judicial legalíssima, vai acusar o torpedo entre ela e o traficante. Pronto: a mala acabou de assassinar mais uma reputação!", escreve Tuma Junior.
Quanta chantagem essa gente terá praticado produzindo provas falsas? Se o governo petista foi capaz de usar a polícia contra o STF grampeando os seus ministros, o que não terá feito com "inimigos" mais vulneráveis?
Fato é que no governo do PT a PF (Polícia Federal) foi levada a cumprir funções iguais à da Gestapo, a temível polícia secreta do regime nazista chefiado por Adolf Hitler, isto é, investigar e perseguir pessoas e grupos fichados como inimigos do regime.
Aliás, a PF grampeou até o próprio Tuma Junior por ele ter investigado petistas como José Dirceu e Luiz Eduardo Greenhalgh, além de ter dado uma espiada no assassinato de Celso Daniel.
É assustador saber que o PT instituiu um Estado policial para perseguir adversários e proteger aliados, um regime no qual governo, Estado e partido se confundem, o que é característico dos regimes totalitários  a pior espécie de ditadura, a morte da liberdade.
Esse projeto abominável só não se consolidou porque o mensalão foi descoberto a tempo e acabou atrapalhando a compra de parlamentares pelo governo petista.
Mais assustador ainda é haver quem, por desconhecimento, má-fé ou ambos, admita a volta desse governo comprovadamente desumano. Não existe hipótese pior para o Brasil do que eleger Lula. Votar nele é dar um sinal verde a um projeto alicerçado no crime. Nada pode ser pior!
Renato Sant'Ana
 é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@outlook.com
COMENTO:  terá sido este o motivo da "degola" do ex-delegado, depois deputado federal, que teve que sumir do Brasil? Será que ele tentou obter alguma vantagem, indo além do que foi "permitido" pelo sistema?
Não o esqueçam. E aprendam que o sistema não tem sentimentos. Enquanto tiveres utilidade, serás prestigiado. No momento em que te julgares independente, com poder de decisão própria, o sistema te coloca no lugar que entende te pertencer: no fundo da lata de lixo.

domingo, 25 de setembro de 2022

Armas em Funeral — Tenente Jose Conegundes do Nascimento

por Felix Maier
Faleceu em 22/09/2022 o Tenente Jose Conegundes do Nascimento, depois de sérios problemas relacionados à saúde.
Pudera! Herói da Guerrilha do Araguaia, onde atuou com risco da própria vida, o Tenente Conegundes enfrentou guerrilheiros fanáticos do PCdoB nas selvas de Xambioá, na região do Bico do Papagaio, no atual Estado de Tocantins.
A exemplo dos militares que combateram grupos terroristas e guerrilheiros de esquerda nas décadas de 1960 e 1970, como Ustra, Avólio, Lício Maciel, Curió, "Chico Dólar", o Tenente Conegundes foi deixado à própria sorte pelo Exército, que não deu o devido apoio jurídico, nem psicológico, a quem simplesmente cumpriu seu dever de defender a pátria contra o comunismo, carregando pesadelos pelo resto da vida. 
Vale lembrar que o Tenente José Vargas Jimenez, o "Chico Dólar", autor dos livros "BACABA" e "BACABA II", suicidou-se em Campo Grande, MS, em 2017. Por quê?
Em 2012, o Coronel Lício Ribeiro Maciel — também combatente na Guerrilha do Araguaia — e o Tenente Conegundes publicaram em livro físico o "ORVIL - TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER", que já estava digitalizado e disponibilizado na internet no site A Verdade Sufocada, de Joseita Ustra, esposa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra — confira em https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf.
O "ORVIL" ("Livro", lendo-se ao contrário) foi uma obra feita por militares do Centro de Informações do Exército (CIE), na década de 1980, que seria uma resposta ao livro "Brasil: Nunca Mais", um livreco-panfleto patrocinado pelo bispo vermelho Dom Paulo Evaristo Arns, com documentos surrupiados do Superior Tribunal Militar (STM), de modo a beatificar terroristas e demonizar as Forças Armadas. No entanto, o "ORVIL", que seria publicado pela Biblioteca do Exército Editora (Bibliex), jamais foi levado ao prelo, por ordem do Governo Sarney e aquiescência do Ministro do Exército, General Leônidas Pires Gonçalves.
Em 2014, na ânsia petista de colocar militares atrás das grades, o Tenente Conegundes foi convocado pela malfadada Comissão Nacional da Verdade (CNV), para prestar depoimento aos Torquemadas do Governo Dilma Rousseff, mas não compareceu ao picadeiro petralha, demonstrando sua hombridade. "Não vou comparecer. Se virem! Não  colaboro com o inimigo" — escreveu o bravo Veterano de Xambioá no documento que o intimou.
Parabéns, Tenente Conegundes, pelo belo trabalho realizado no Exército, em combate contra guerrilheiros comunistas, na defesa da democracia. Que a sua memória não seja assassinada, calada, diminuída, esquecida de vez, como quer a esquerda assassina, derrotada e revanchista.
Deus o guarde em bom lugar e conforte a alma de seus familiares!
Missão cumprida!
Selva!
Brasil Acima de Tudo!
Fonte: adaptado de 

domingo, 18 de setembro de 2022

O Paralelo entre a Ucrânia e a Amazônia

Observando o que ocorre no Brasil e no mundo, sob minha ótica de que o conflito comunismo x capitalismo já foi ultrapassado, tenho tentado entender alguns fatos mundiais que aparentemente não se ligam.
Mas já há quarenta anos atrás, aprendi que "nada é o que parece ser" e, desde então, tento ver laços entre fatos que parecem díspares.
Se analisarmos a situação atual da Europa, independentemente de simpatias ou antipatias pela Rússia e seu líder, verificamos que o conflito na Ucrânia foi planejado e desencadeado "de fora". As denominadas "grandes potências" — Reino Unido, Alemanha, França, aliadas aos EUA — avaliaram que a Rússia estava em difícil situação econômica e, portanto, fragilizada militarmente. E com esse pensamento, efetuaram uma série de provocações a Vladimir Putin.
Com a ascensão do vaidoso fanfarrão Zelenski ao poder na Ucrânia, pensaram ter seu "cavalo de troia" para dar a fustigada fatal contra o remanescente do império da extinta União Soviética. Há bastante tempo, Putin alertava que não admitiria mísseis da OTAN nas proximidades das fronteiras russas. E o que fez o títere ucraniano logo que assumiu o governo? Anunciou o ingresso da Ucrânia na OTAN e a instalação de mísseis em seu território, voltados contra o leste, obviamente.
As ameaças recíprocas se sucederam e chegamos a um conflito parcamente noticiado, pois não interessa ao "mundo ocidental".
Aos críticos da violência perpetrada contra a Ucrânia, lembro aos que estudaram História da famosa "Crise dos Mísseis em Cuba", ocorrida seis décadas atrás. Ela foi contornada exatamente porque um dos líderes mundiais teve a coragem de recuar. No caso ucraniano, nem mesmo o bufão Zelenski se mostrou disposto ao diálogo, confiando nos que usaram seu país como isca de uma boa pescaria. E o largaram pendurado no pincel.
Pois bem. O que temos no Brasil? A mais de meio século temos ameaças, avisos, até mesmo solicitações de falsos nacionalistas para que ocorra uma "intervenção salvadora na Amazônia", para evitar o fim do mundo. Durante o regime militar tais investidas amainaram, mas com a volta dos civis ao poder, retornaram com força. Já passa de trinta anos que vemos e ouvimos os argumentos internacionalistas em prol de uma "administração mundial" para aquela região.
Até 1985, tudo não passava dos planos. Já no governo Collor as ameaças se transformaram em ações concretas, com a cumplicidade criminosa de membros do STF que determinaram as demarcações de terras contínuas para as diversas tribos de indígenas. A ideia inicial era a de serem demarcadas áreas em ilhas, ou seja, espaços específicos para cada tribo. A demarcação em zonas contínuas, faz com que as diversas áreas fossem somadas, totalizando enormes territórios — por casualidade em áreas fronteiriças a outros países, particularmente Venezuela e Colômbia —, ricos em minerais preciosos.
O risco, já percebido e anunciado nos anos 90 por diversos jornalistas e intelectuais preocupados com o futuro da maior nação da América Latina, é o do desmembramento da Amazônia Brasileira em diversos "mini-países indígenas".
Já faz tempo que os meios de comunicação vem incutindo na mente de nossa população a mentira de que os índios que vivem no Brasil não são "brasileiros", mas fazem parte de "nações indígenas". A influência de organizações estrangeiras nessa ação psicológica é notória. Sob a fachada de pesquisadores e religiosos na busca de como ajudar os "povos indígenas", incontáveis agentes alienígenas circulam livremente em áreas que até aos brasileiros são vedadas.
O atual Presidente da República, em diversas manifestações públicas tem advertido sobre a cobiça estrangeira sobre a Amazônia Brasileira, e se mostrado disposto a não permitir ingerências forâneas na administração governamental daquela região. Sem a devida divulgação da mídia, as ações de combate à evasão de riquezas amazônicas tem sido intensificadas, com êxito, nos últimos três anos. Isto coloca o Presidente como um inimigo das intenções intervencionistas. Até mesmo o recém empossado presidente da Colômbia
 — país com mais de 40% de seu território coberto pelas matas amazônicas — lança o pedido de ajuda via criação de um "fundo multinacional" para a Amazônia. Quem iria colocar verba nesse fundo sem a esperança de retorno?
É nítido que, retirar Bolsonaro do poder o quanto antes possibilitaria a retomada das ações intervencionistas.
A junção de adversários internos e externos já é por demais conhecida. Temos até membros da suprema corte brasileira participando de encontros, em diversas entidades europeias e norte-americanas, tratando de forma caluniosa sobre a atuação presidencial — inclusive sobre o processo eleitoral — e planejando programas do “novo governo”, solapando a caminhada do Brasil para um destino melhor, construído pelos próprios brasileiros.
O estado brasileiro está sob forte ameaça de ataque! É hora de enterrarmos antigos conceitos baseados na Guerra Fria e abrirmos os olhos para a realidade de que nas relações internacionais não existe amizades, mas sim interesses. A China, tida como adversária ideológica da Rússia — ambos países membros do BRICS, não esqueçamos — já busca uma aproximação maior com a Rússia. Chineses são malandros velhos. Sabem muito bem o que lhes convém.
A Rússia, que a União Europeia — e EUA — pretendiam colocar de joelhos, possui as fontes de energia da qual os europeus ocidentais dependem para sobreviver. E não dissimula a pretensão de dificultar seu fornecimento aos já ostensivos adversários.
O Brasil, além da cobiçada Amazônia Brasileira, possui uma enorme capacidade de produzir e vender alimentos que escasseiam no Velho Mundo. É premente, para os "globalistas", colocarem na direção do país um governante alinhado com os interesses deles. As pressões de alguns traidores da Pátria contra o agronegócio reclamando desde a proibição da produção de artigos agrícolas que rendem recursos para o país e a não criação de gado para abate — sob a risível desculpa da emanação de gás poluente pelos peidos das reses — vão se acumulando sob os nossos sorrisos de escárnio. 
Mas, enquanto achamos graça, elas as pressões, ardilosamente seguem incutindo ideias estapafúrdias nas mentes dos menos avisados.
O vídeo abaixo é mais uma demonstração de que a oposição ao Presidente não é só do ridículo moleque de fala fina, do ET de Xapuri que nos visita a cada quatro anos, e dos ladrões desbancados do poder em agosto de 2016.
É coisa de gente grande!
Para concluir, temos visto que as denominadas grandes potências fazem valer seus objetivos a qualquer custo. Vidas humanas, meio ambiente, direitos humanos e outras baboseiras não passam de reles argumento para protelar o uso da "ultima ratio Régis". O Poder Mundial já tem muitos herdeiros, e entendem que o Brasil não deve ter possibilidade de se imiscuir entre eles. A Rússia está pagando o preço por desobedecer ao Sistema. O Brasil ao destacar-se no campo econômico, podendo negociar sua produção tendo como adquirir suas necessidades de forma negociada, além de freiar a tradicional espoliação feita em seu recursos naturais, também se coloca na alça de mira do Poder Mundial. E qual motivo seria melhor que a proteção da Amazônia para uma aventura no campo militar como costumam fazer, sempre de forma indireta? Qual seria o custo de incentivar algum vizinho mais afoito a dar o primeiro soco?
Apesar dos esforços na guarda das fronteiras do norte, o Brasil ainda precisa investir muito mais recursos, materiais e humanos, nas diversas Grandes Unidades militares da Amazônia.