quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Espionagem na América Latina — I

Embaixada da Rússia  em Bogotá.
A Chancelaria colombiana expulsou dois funcionários da Embaixada da Rússia  do território daquele país, em 8 de dezembro.
Assim confirmou Juan Francisco Espinosa, diretor da Autoridade Migratória. "No passado 8 de dezembro abandonaram o território nacional dois cidadãos estrangeiros, de nacionalidade russa, que serviam à embaixada desse país em nosso território", sentenciou.
Espinosa asseverou que as razões que motivaram este abandono são alheias à Migración Colombia e competem a razões de Estado.
"Dadas as circunstancias em que saem estas duas pessoas, em curto prazo não poderão retornar ao país", acrescentou.
Se trata de dois diplomatas russos identificados como Alexander Paristov, nascido em 12 de janeiro de 1989, e Alexander Belousov, nascido em 29 de janeiro de 1981. Os homens estavam a mais de dois anos no país.
De acordo com a informação divulgada, essas pessoas estavam desenvolvendo atividades de Inteligencia. A advertência sobre as ações ilegais que estariam fazendo chegou através da Direção Nacional de Inteligência.
Fonte oficial assinalou que os estrangeiros estavam recrutando informantes e já haviam adiantado esse processo na cidade de Cali.
Aduziram que além de Inteligência militar, realizavam Inteligência econômica e tinham interesse em conhecer informação privilegiada sobre a exploração de recursos minerais.
"Trabalhamos de maneira articulada com o Governo Nacional. Sempre que existam riscos, ou potenciais riscos, à segurança do país procederemos em decorrência", disse o funcionário.
Os diplomatas russos saíram da Colômbia em um voo Bogotá-Amsterdam-Moscou. Um deles saiu com a família e o outro, sozinho.
Segundo esta fonte, a presença destes dois indivíduos em território colombiano também estaria relacionada com a situação na Venezuela e as próximas eleições naquele país.
Em reciprocidade, as autoridades russas teriam expulsado dois diplomatas colombianos da capital da Rússia.
Um funcionário de assuntos consulares e a encarregada de temas culturais da embaixada da Colômbia na Rússia foram os dois integrantes da missão em Moscou que saíram daquele país nas últimas horas.
Leonardo Andrés González, segundo secretário encarregado de funções consulares, e Ana María Pinilla Morón, segunda secretária, encarregada de assuntos culturais e de atenção aos estudantes, ambos funcionários de carreira diplomática, tiveram que programar suas viagens em questão de horas e saíram do país europeu em 23/12, via Istambul (Turkish Airlines), para Bogotá.
Leonardo González trabalhou por nove meses no fundo rotatório do Ministério de Relações Exteriores, em 2014. Um ano depois ocupou o cargo de segundo Secretario de Relaciones Exteriores e estava próximo a cumprir seu primeiro ano na Rússia. Ele é advogado e tem especializações em direito administrativo e em direito comercial.
Ana María Pinilla também estava próxima a cumprir seu primeiro ano na Rússia e foi recém promovida. Desde 2013 trabalha no Ministério de Relações Exteriores. É profissional em Relações Internacionais e começou um mestrado em Análises de problemas políticos, econômicos e internacionais.
Por casos similares de espionagem, as autoridades colombianas já haviam expulsado, em outros momentos, cidadãos venezuelanos e a um cubano.

Em junho de 2020, Migración Colombia expulsou do país o 2º Sargento do Exército venezuelano Gerardo José Rojas Castillo, a quem as autoridades colombianas consideravam ser um militar ativo venezuelano em atividade de espionagem.
O Exército venezuelano anunciou que isto não era verdade e que Rojas Castillo é um desertor,  mas para a Contra-Inteligência do Exército da Colômbia, ele é um militar operacional, que aparentemente, tinha como propósito identificar os esquemas de segurança e movimentos do Batalhão de Artilharia nº 2-La Popa, situado em Valledupar, Cesar.

Esta base militar faz parte da Décima Brigada Blindada, encarregada das operações de segurança e de repelir os grupos à margem da lei em Cesar e La Guajira.
Rojas Castillo foi dos primeiros militares que ingressaram na Colômbia,  por Paraguachón (La Guajira), em 19 de fevereiro de 2019, pedindo apoio e ajuda do Governo, de acordo com os registros.
Nesse dia, ele entregou sua arma de dotação, munições e seus uniformes militares. “Se apresentou como desertor e foi submetido a varias entrevistas para verificar se realmente era um membro ativo do Exército venezolano”, disse um militar colombiano que esteve à frente do processo contra Rojas.
A fonte disse que, basicamente, o processo se centra em perguntar sobre a localização de bases militares, treinamento recebido, nome de superiores, gírias e linguajar castrenses para identificar se realmente faz parte da Força Pública.
Rojas Castillo passou pelo processo e fez parte do grupo de militares venezuelanos que receberam o status de refugiados das Nações Unidas. Mas, como se havia confirmado que conta com cursos de Contra-Inteligência Militar, de Forças Especiais e de Infiltração, entre outros, a Inteligência da Colômbia, o definiu como um “objetivo” de vigilância.
De acordo com os informes de inteligência, o homem se radicou em Valledupar, onde há algum tempo vive sua mãe.
Entre abril de 2019 e fevereiro de 2020, Gerardo Rojas se dedicou à economia informal. Inicialmente instalou um ponto de venda de sucos frente ao Batalhão La Popa e, pouco depois, começou a trabalhar como vigilante, em uma obra que se estava levantando em frente da mesma unidade militar.
Isso nos chamou a atenção, o não querer afastar-se da zona”, assegurou a fonte. Paralelo a isso, Rojas renunciou à figura de refugiado e solicitou a Permissão Especial de Permanência (PEP), que o governo colombiano criou para os imigrantes venezuelanos.
Assinala a fonte do Exército, que desde finais de fevereiro deste ano, justo quando se começou a conhecer as dimensões da pandemia e as medidas de isolamento, o rastro de Rojas se perdeu.
A Contra-Inteligência do Exército Nacional confirmou que Rojas saiu de maneira ilegal do país, por alguma trilha em La Guajira, e se reincorporou a sua unidade militar na Venezuela”, afirmou a fonte.
Os labores de Inteligência, obtiveram que o militar venezuelano estava ativo, e servindo no Batalhão de Infantaria Mecanizado nº 141, localizado na cidade de Carora, estado de Lara.
Confirmamos que o 2º Sargento, entre março e os primeiros dias de junho, esteve em Carora, realizando atividades próprias de serviço em postos de segurança, sobre alguns postos de gasolina e postos de controle nas vias de fronteira, estava uniformizado e com arma de dotação”, assinalou a fonte.
Da mesma forma, souberam que o militar recebeu 15 dias de férias, e que iria à Colômbia para visitar sua mãe. “Se logrou estabelecer que Rojas ingressaria no país em 10 de junho. Entrou por uma trilha e estávamos a postos para pegá-lo”, destacou.
Rojas foi descoberto em um posto de controle instalado pelo Exército em Ye de los Corazones, na estrada que vai de Valledupar a La Guajira.
Sua captura foi registrada por volta das 10 da noite, e foi posto à disposição de  Migração Colombiana. Durante este processo, se destaca que o homem reconheceu ante as autoridades colombianas que era um militar ativo venezuelano.
Gerardo José Rojas Castillo, de 27 años, reconheceu ser um militar ativo venezuelano.
Migração Colombiana o trasladou na manhã seguinte de Valledupar a Paraguachón, em La Guajira — fronteira com Venezuela —, onde há um posto migratório, no qual, se cumpriria a expulsão do militar venezuelano.
Depois de varias 'idas e vindas' — havia quem desejasse a instauração de um processo criminal, o que demandaria tempo e trâmites judiciais —, Rojas Castillo foi expulso por ingressar de maneira ilegal no país, por ter vencida sua PEP, e por violar as medidas sanitárias decretadas para frear o coronavírus.

Em março de 2019 foi expulso o cubano José Manuel Peña García, acusado de espionagem na Base Aérea de Palanquero, uma instalação estratégica das Forças Militares em Puerto Salgar, Cundinamarca.
Peña García foi acusado de ter nexos com o Exército cubano e de estar em busca de informação sobre o desempenho dos aviões Kfir, da Colômbia.
Em La Dorada (Caldas), o cubano José Manuel Peña García era considerado um homem quieto, discreto, que fazia vários trabalhos e nem usava o celular.
Com mulher e filho, conquistou a confiança de algumas pessoas que se declararam intrigadas quando, em 15 de março de 2019, às 20h30, foi detido por integrantes da Polícia Judiciária de Migração Colombiana.
Sua expulsão foi precedida por um relatório de Inteligência que relatava seu vínculo com o Exército cubano e o fato de estar rondando a Base Militar de Palanquero.
A informação na qual a Migração Colombiana baseou a decisão de expulsar Peña García do país também afirma que seu pai é coronel do Exército da Ilha.
Para membros da Inteligência colombiana, fica claro que há interesse em estabelecer o cotidiano das aeronaves Kfir, que substituíram os antigos Mirage.
"Palanquero é a base principal. Os Kfir substituíram o Mirage e foram potencializados. Todos os seus sistemas e armas são novos, assim como sua capacidade de reação. Dessa base saem os aviões que fazem rondas por todo o país, são o escudo aéreo. Os registros de rotinas são secretos”, explicou um oficial de Inteligência.
E acrescentou que essas aeronaves são usadas ​​em operações sigilosas contra os guerrilheiros e outros grupos armados ilegais.
De La Dorada é fácil monitorar a entrada e saída dos Kfir. E temos informações de que há interessados ​​no assunto, havendo um oficial de controle cubano em Manizales que estaria recebendo esses dados”, explicou outra fonte.
O caso de Peña García se junta ao do venezuelano Brayan Andrés Díaz Díaz, que ingressou irregularmente no Comando de Manutenção Aérea da Força Aérea em Madrid, Cundinamarca. Seguindo os protocolos, os dois homens foram expulsos da Colômbia.
Fonte: tradução livre de El Tiempo

sábado, 19 de dezembro de 2020

O Homem que Humilhou os Castro Duas Vezes

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Fugiu de Cuba e voltou para buscar a Família
No dia 20 de maio de 1991, decolou de solo cubano o Major Orestes Lorenzo, em um Mig-23 para mais um treinamento de rotina. Na máxima velocidade e rente ao mar (2mts) para fugir dos radares cubanos e americanos, em menos de 10 minutos atravessou os 150 km que afastam os dois países, os radares americanos apenas o detectam 45 segundos antes dele aterrizar na Base Aérea de Key West. 
Após os interrogatórios de praxe Orestes solicita asilo político nos EUA. O Major Lorenzo era um dos melhores pilotos de Cuba, veterano da guerra de Angola e com inúmeras missões, tinha até sido instrutor na União Soviética.
Na sua última visita ao país já durante a Perestroika de Gorbachov, Orestes começou a questionar o regime comunista e a vida das pessoa na Rússia e em Cuba.
A sua deserção foi uma grande humilhação para o regime dos Castro, já que um veterano condecorado piloto tinha não só abandonado o paraíso comunista como também exposto na televisão americana todos os problemas da Ilha.
Assim que teve aprovado seu status de refugiado politico Orestes solicitou ao governo de Cuba a saída de sua esposa e seus dois filhos para os EUA, mas recebeu a negativa do então Comandante da Forças Armadas Raul Castro.
Orestes recorreu à Comissão de Direitos Humanos da ONU sem êxito, na Cúpula Ibero-americana de 1992 celebrada em Madri e com presença de Fidel Castro, ele se prendeu as grades do prédio em sinal de protesto, a rainha Sofia que era muito próxima do Fidel pediu para liberarem a família de Orestes sem sucesso.
Raul Castro pessoalmente falou para Victoria (esposa de Orestes) "diga para seu marido que se teve culhões para levar o avião embora, então que os tenha também para vir buscar vocês".
Orestes, então, publicou uma carta aberta à Fidel no The Wall Street Journal afirmando que se sua esposa e filhos fossem liberados ele se entregaria para ser julgado por uma corte marcial em Cuba, mas nunca teve resposta.
Sem êxito em suas tentativas de se reunir com a família por vias diplomáticas e já desesperado Lorenzo decidiu então ir pessoalmente buscar sua família.
Pegou U$ 30.000 emprestados de uma organização humanitária é comprou um velho Cessna 310 bimotor, umas amigas mexicanas turistas levaram um recado a sua esposa em Cuba dizendo hora, dia e local onde deveriam estar. Assim no dia 19 de dezembro de 1992, ás 17:00 horas, decolou de um pequeno aeroclube perto de Miami e falou “Se em 2 horas não voltar é por que estou morto”.
MIA02-ORLANDO-(EEUU)-11/03/04-El ex piloto militar cubano Orestes Lorenzo, que se fugó en 1991, de Cuba en un avión MiG-23 y que regresara un año después por su familia en una avioneta, ha rechazado cinco guiones y la película sobre su proeza. EFE/Orestes Lorenzo
Sendo piloto de MiG, ele estava intimamente familiarizado com as defesas aéreas cubanas. Como auxílio visual, Orestes desenhou marcações em um mapa. Semicírculos vermelhos marcavam os setores de SAM (mísseis superfície-ar), um corredor amarelo marcava uma área cega para o radar devido ao terreno e uma linha verde perto do paralelo 24 indicava o limite do alcance do radar cubano.
Além disso, Orestes conhecia os procedimentos de comando e controle cubanos. “Eu sabia que nenhum SAM poderia ser lançado sem a permissão pessoal de Castro. A razão para isso era que Castro não queria ser abatido por engano quando estava voando".
Mais uma vez voando rente ao mar para fugir dos radares americanos e cubanos Orestes se aproximou de uma estrada na praia de Mamey a uns 120 km de Havana, onde sua esposa e filhos o aguardavam. Com extrema perícia, pousou sua avioneta na estrada e em menos de um minuto embarcou sua família decolando novamente rente ao mar a 20 pés (5 a 6 metros) de altitude, rumo aos Estados Unidos, assim que ultrapassaram os limites cubanos ele falou para os familiares: "agora vocês são livres".
O ato de Orestes foi um escândalo midiático pois pela segunda vez tinha ridicularizado o regime castrista. Em uma entrevista coletiva, em Miami, falou  "Digam para Raul Castro que lhe segui o conselho e eu mesmo fui buscar minha família”. 
Atualmente, Orestes Lorenzo é um bem sucedido empresário no ramo da construção civil nos Estados Unidos e ainda voa em shows aéreos num Albatroz.
Fonte:  Hideo in Japan

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Bombardeio Busca Liquidar “Ramiro”

“Ramiro”  comanda a dissidência
que opera em Ituango, responsável
 por vários desalojamentos.
FOTO: El Colombiano
Seu corpo não pode ser recuperado da área de operações. Militares acreditam que morreu ou está gravemente ferido; em Ituango não sabem de seu paradeiro.
Quando na madrugada de 23 de novembro os homens da Polícia, do CTI e da Inteligência do Exército entraram na zona que havia sido bombardeada, estavam seguros de que não havia sobreviventes e deram por certo que o meliante conhecido por Ramiro, chefe de um grupo dissidente da Frente 18 das FARC, havia morrido junto a seus homens mais próximos.
O acampamento principal do grupo armado, situado na vereda Blanquizal, de Ituango (Antioquia), estava convertido em um lodaçal, com três grandes crateras que rapidamente foram inundadas pela chuva, o que dificultou a recuperação e identificação dos cadáveres.
O mau tempo não deixava aterrizar na zona, havia chovido muito nos dias anteriores e seguiu chovendo durante a recuperação dos corpos e do material de intendência”, contou um dos agentes de Inteligência militar.
Com o passar das horas, o corpo de Ramiro, o principal objetivo na zona, não foi encontrado, ainda que os militares assegurem que é muito possível que esteja morto e seus despojos tenham sido recuperados por alguns dos sobreviventes.
Esta hipótese é respaldada por elementos pessoais que ficaram na zona: a prótese que usava para caminhar e que tem desenhados o Ché Guevara e a Virgem de Guadalupe (foto), assessório que usava porque há oito anos perdeu sua perna ao fugir de uma operação militar e cair em um campo minado. Também acharam uma calça com seus documentos pessoais, tudo com perfurações e sangue.
Porém na manhã de 23 de novembro interceptações telefônicas da Procuradoria geraram serias dúvidas: o meliante conhecido como Macho Viejo (um dos chefetes que também se acreditava ter sido morto no bombardeio) comunicou-se com um colaborador pedindo que coordene com vulgo ‘Peludo’  o qual sabe o lugar onde está o ‘Papai’, fazendo referencia a ‘Ramiro’ — apoio a ele por que se encontra enfermo de uma ‘asa’ (braço), agrega que se encontra com outras duas pessoas que também estão lesionadas.
A Operação
O bombardeio foi feito com três bombas lançadas desde aviões "Kfir" da Força Aérea, e foi apoiada pela investigação por mais de um mês pelas tropas da Sétima Divisão do Exército, que obtiveram a certeza de que “Ramiro” estaria na noite daquele domingo no acampamento.
“Não há dúvidas de que estava lá, mas como ainda não recuperamos seu corpo, não foi possível confirmar sua morte, porém pelo estado do local e de seus pertences encontrados, se saiu vivo estava gravemente ferido”, contou outro agente de Inteligência.
De fato, o Comandante da Sétima Divisão do Exército, General Juan Carlos Ramírez, assegurou que vários membros desse grupo resultaram feridos, pelo qual seguiram as operações na área: “Há outros que morreram mas ainda não os encontramos”.
Depois de muitas buscas por peritos forenses, o corpo de “Ramiro” não foi encontrado no lugar do bombardeio.
De acordo com o informe oficial, morreram seis pessoas: a companheira sentimental de “Ramiro”, conhecida como Sandy; “Alberto Mico”, “Camaleón”Camilo”, os quais eram membros da segurança do chefe da dissidência da Frente 18. Também morreu “Leo”, que pertencia ao grupo Los Caparros e servia como enlace da aliança criminosa com os dissidentes das FARC. Por sua parte, o bandido conhecido como Tabares ou Carepalo foi capturado. Também foram apreendidas seis armas longas tipo fuzil, duas metralhadoras, três armas curtas, 18 carregadores e 800 cartuchos de munições.
Enquanto isso, em Ituango também se preguntam pelo paradeiro de “Ramiro”, mas com uma nuance. Autoridades locais, líderes comunitários e ex-combatentes das FARC não sabem de seu destino, mas dizem que isto pouco importa, “porque cada vez que um ilegal cai, algum outro o substitui”.

Quem é o vulgo "Ramiro"?
Erlinson Echavarría Escobar, conhecido como “Ramiro”, ingressou nas FARC em 1999, onde se tornou chefe intermediário na 18ª Frente e participou da concentração para entrega de armas em Santa Lucía (Ituango), mas logo depois mudou de ideia e formou um grupo independente. 
Foi um dos primeiros dissidentes a se declarar obediente ao grupo La Nueva Marquetalia, composto por "Iván Márquez", "Jesús Santrich" e "El Paisa". 
No corrente ano, em combates contra essa quadrilha, o Exército atingiu oito mortes, 19 prisões, seis menores recuperados e dois levados à justiça .
Fonte: tradução livre de El Colombiano