domingo, 30 de janeiro de 2022

Dois Ases Brasileiros na II Guerra Mundial — Voando pela RAF e Pela LUFTWAFFE


Pierre Clostermann (à esquerda) e  Egon Albrecht, ambos exibindo suas condecorações. Destaque para a Cruz de Guerra (“Croix de Guerre”) com 17 palmas (!) de Clostermann, e a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro (“Ritterkreuz des Eisernen Kreuzes”), de Albrecht.
por Luiz Reis
Os entusiastas brasileiros em História da Aviação Militar se lembram dos feitos do 1º Grupo de Aviação de Caça (“Senta a Pua”) na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, onde os pilotos brasileiros, em número muito menor do que uma típica unidade de caça norte-americana da USAAF (Força Aérea do Exército dos Estados Unidos), causaram grandes perdas ao inimigo em diversos ataques ao solo no Teatro de Operações italiano.
Entretanto os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB), embora muito bem treinados pelos norte-americanos, nunca tiveram a oportunidade de enfrentar a outrora poderosa Luftwaffe (Força Aérea Alemã) praticamente varrida dos céus italianos desde a invasão do país no ano de 1943.
os italianos, que haviam assinado o armistício tiveram sua Regia Aeronautica destruída pelos alemães quando eles invadiram a Itália, restando apenas uma pequena força aérea ligada a República Social Italiana, um Estado fantoche comandado por Benito Mussolini, concentrada no norte do país e que pouco atacava os Aliados.
Mesmo nenhum piloto da FAB tendo derrubado alguma aeronave inimiga, com apenas alguns poucos pilotos destruindo aeronaves inimigas no solo; o Brasil teve dois ases (pilotos que obtém cinco vitórias aéreas ou mais), nascidos no país (coincidentemente na cidade de Curitiba, Paraná), que lutaram na Segunda Guerra Mundial; mas ambos pelas forças aéreas dos países de suas origens étnicas: Pierre Clostermann e Egon Albrecht.

Pierre Clostermann
Pierre Clostermann, com o uniforme da RAF, em seu caça Spitfire com as marcas de suas vitórias aéreas.
Pierre Henri Clostermann (Curitiba, 28 de fevereiro de 1921 – Montesquieu-des-Albères, França, 22 de março de 2006) foi um piloto de caça condecorado da Segunda Guerra Mundial, escritor, engenheiro aeronáutico e político franco-brasileiro. Filho de um diplomata francês em serviço no Brasil, um ano após seu nascimento, seus pais retornaram a França, mas durante sua juventude passava suas férias no Brasil. Em 1937 voltou mais uma vez ao país para estudar no Liceu Franco-Brasileiro, no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, passou a escrever colunas para o jornal “Correio da Manhã” e obteve seu brevê de piloto no Aeroclube do Brasil. Com fim da Batalha de França, vencida pela Alemanha Nazista, em junho de 1940, recebeu um telegrama de seu pai com a mensagem:Junte-se ao general de Gaulle ou não será mais meu filho.
No mesmo ano de 1940 ele seguiu para a Inglaterra para juntar-se à “Força Aérea da França Livre” como parte da RAF (Real Força Aérea Inglesa), entrando em combate em 1942. Em 11 de junho de 1944, logo após o “Dia D” e o início da libertação da França, ele foi um dos primeiros pilotos da França Livre a pousarem em solo francês libertado. Tinha um distante primo alemão piloto da Luftwaffe, chamado Bruno Klostermann, que faleceu em 14 de janeiro de 1945 durante um combate aéreo, pilotando um caça Messerschmitt Bf 109. 
Voando com os caças Supermarine Spitfire e Hawker Tempest, Pierre Clostermann obteve 33 vitórias aéreas (19 solo e 14 compartilhadas, a maioria delas contra caças) até o fim da guerra. Também foi responsável por destruir diversos alvos em terra e no mar, dentre eles, caminhões, tanques, locomotivas e até botes de patrulha da Kriegsmarine (“Marinha de Guerra”) alemã.
Em 1946 elege-se pela primeira vez deputado francês, sendo reeleito seguidamente até 1969. Dois anos depois inicia a atividade de escritor, lançando “Le Grand Cirque” (“O Grande Circo”, em português), sucesso de vendas na época e traduzido para várias línguas. Já formado Engenheiro Aeronáutico e num período de pausa na política, ocupou cargos executivos nas empresas de aviação Max Holste, Reims Aviation e Cessna Aircraft Company, até se aposentar. 
Ele atingiu o posto de Wing Commander (“Tenente-Coronel”) na RAF, mas manteve o posto de Lieutenant (“Tenente”) na França por muitos anos, devido principalmente ter sido comissionado como Seargent (“Sargento”). Anos depois ele recebeu a patente de Coronel da Força Aérea Francesa. 
Dentre as diversas condecorações e homenagens que recebeu como a Cruz de Guerra, a Grã-Cruz da Legião de Honra, a Silver Star, a Distinguished Service Cross (Estados Unidos da América), recebeu também em 2004 a Medalha do Mérito Santos-Dumont (Brasil), ato registrado no documentário “Um Brasileiro no Dia D”.

Egon Albrecht
O túmulo de Egon Albrecht (à esquerda) e uma arte representando a última aeronave que ele pilotou, um Messerschmitt Bf 109G.
Egon Albrecht-Lemcke(¹)  (Curitiba, 19 de maio de 1918 - Creil, França, 25 de agosto de 1944) foi um piloto de caça teuto-brasileiro que combateu na Segunda Guerra Mundial pela Luftwaffe, tendo conquistado 25 vitórias aéreas confirmadas. Filho dos imigrantes alemães Frederico Albrecht e Hedwig Elditt Albrecht, do ponto de vista do Direito Internacional da época, para a Alemanha, Egon Albrecht era cidadão do Terceiro Reich, ou seja, era alemão (Jus sanguinis), mas para o Brasil, era brasileiro, porque nasceu no território brasileiro (Jus soli), podendo optar por uma das duas nacionalidades.
O pouco que se sabe de sua juventude antes de ingressar na Luftwaffe é que nasceu na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, Brasil, em 19 de maio de 1918, filho de Frederico Albrecht e Hedwig Elditt Albrecht. Partiu para a Alemanha antes de completar os 18 anos, já que era membro da Hitlerjungend (“Juventude Hitlerista”), na qual só podiam permanecer até os 18 anos de idade, onde provavelmente aprendeu a pilotar (ele usava um badge da Juventude Hitlerista em seu uniforme). 
Ele emigrou para a Alemanha, provavelmente atendendo ao chamado do Führer Adolf Hitler para que os alemães étnicos retornassem a sua pátria (“Volksdeustche”), como muitos teuto-brasileiros — descendentes dos alemães que emigraram para o Brasil durante a segunda metade do século XIX — que partiram para lutar pela terra dos seus antepassados.
Após concluir o seu treinamento, em 1940, Albrecht, comissionado como Leutnant (“Tenente”), foi enviado para a 6./ZG-1 operando um caça bimotor Messerchmitt-Bf-110, “Zerstörer”. 
Posteriormente, a 6./ZG-1 teve sua denominação mudada para 9./ZG-76 e, depois para 6./SKG-210 em 24 de Abril de 1941. 
Com a 6./SKG 210, Albrecht voou em combate na Rússia, enfrentando o terrível inverno russo. No dia 4 de Janeiro de 1942, a 6./SKG-210 voltou a ser designada como 6./ZG-1. Albrecht foi designado Staffelkapitän da 1./ZG-1 em 12 de Junho de 1942. 
Quase um ano depois, o Oberleutnant Albrecht foi condecorado com a “Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro”, em 25 de Maio de 1943, pelas suas então quinze vitórias aéreas, outras onze aeronaves destruídas em solo, 162 veículos motorizados, 254 veículos diversos, três locomotivas, oito posições de Flak (Artilharia Antiaérea), doze armas antitanques e oito posições de infantaria destruídos em solo.
Em 9 de Outubro de 1943, o Hauptmann (“Capitão”) Albrecht sucedeu Hauptmann Karl-Heinrich Matern (morto em ação no dia 8 de Outubro de 1943) como Gruppenkommandeur do II./ZG-1. Em Outubro de 1943, o II./ZG-1 foi deslocado para a frente ocidental com base na Costa do Atlântico de França, onde voou missões sobre a Baía de Biscaia. Em Outubro de 1943, o Gruppe foi transferido para Wels, na Áustria para combater as incursões da 15ª Força Aérea da USAAF, com base no sul da Itália. Em Julho de 1944, o II./ZG-1 retornou à Alemanha para realizar a conversão dos novos caças monomotor Messerchmitt-Bf-109G, “Gustav”, sendo redesignado III./JG-76. Albrecht liderou o Gruppe para a Frente de Invasão.
No dia 25 de agosto de 1944, durante uma missão de combate, Albrecht foi forçado a abandonar a formação devido a um problema no motor de seu avião (um Messerschmitt-Bf-109G-14, Werkenummer 460593, código “Schwarz 21″). Enquanto retornava para sua base sozinho, seu avião foi atacado por caças norte-americanos — não se sabe qual a unidade específica — e foi abatido próximo a St. Claude, noroeste da cidade de Creil (França). Embora Albrecht tenha conseguido saltar de paraquedas, ele chegou morto ao chão, onde seu corpo foi saqueado por civis. Ainda hoje especula-se se teria sido ferido em combate ou se foi metralhado pelos caças inimigos enquanto estava no paraquedas, sendo isso crime de guerra, algo não tão incomum, no período, para ambos os lados.
Egon Albrecht foi o único brasileiro condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro, dentre outras condecorações do Terceiro Reich. Neste total de 25 vitórias, estão incluídos 15 vitórias na Frente Oriental e outras 10 na Frente Ocidental, incluindo pelo menos seis bombardeiros quadrimotores. Ele ainda destruiu onze aeronaves em solo, na Frente Oriental.
OBS:  (¹) O seu nome de batismo, presente em sua certidão de nascimento em Curitiba, é “Egon Albrecht”, mas nos registros da Luftwaffe, consta “Egon Albrecht-Lemcke”. O motivo dessa discrepância é desconhecida.
***
COMENTÁRIO (do autor): "O título original desse artigo era “OS DOIS MAIORES ASES DA AVIAÇÃO MILITAR BRASILEIRA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL … VOANDO PELA RAF E PELA LUFTWAFFE!!!” 
Como eles não voaram pela Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial eles não são, realmente, ases da Aviação Militar Brasileira, e sim dos países pelos quais lutaram, mas isto não invalida o fato de serem ases brasileiros. Mesmo assim pedimos desculpas pelo erro e efetuamos as correções necessárias."

domingo, 16 de janeiro de 2022

A Saga de um Povo

por José Maurício De Barcellos
Em recente debate do qual participaram Olavo de Carvalho e vários nomes de peso da direita conservadora no Brasil, mediado pelo culto comentarista político Paulo de Figueiredo, ouvi o professor e consagrado filósofo dizer que a vitória de Bolsonaro e a sua luta nos últimos anos não tirou a esquerda do poder, nem ao menos diminuiu sua interferência na sociedade.
Aí, com um só exemplo, comprovou seus argumentos perguntando a todos os demais debatedores — do naipe do ex-chanceler Eduardo Araújo e dos ex-Ministros da Educação e do Meio Ambiente Abraham Weintraub e Ricardo Salles, além do Deputado Luiz Phelippe de Orleans e Bragança e de outros importantes formadores de opinião que estavam participando — se durante os governos petistas a vermelhada ousou tanto ou teve tanto poder, a ponto de manter adversários políticos incomunicáveis no cárcere, presos por uma excrescência denominada de crime de opinião, que a lei não prevê.
Indignado, o Mestre sustentou que o Capitão, ao assumir a presidência não conseguiu tirar a esquerda delinquente encastelada no legislativo e no judiciário. Eu concordo. Porém ouso acrescentar que este homem, mercê de uma força, de uma abnegação e de uma tenacidade que nenhum outro brasileiro até hoje demonstrou, tirou e vem retirando o poder das mãos da esquerda ladra e assassina e faz isso diariamente, ainda que lhe sangrem o corpo e a alma.
Para concordar totalmente com o maior intelectual vivo da atualidade eu teria também que admitir que a consabida ameaça do bandidaço Zé Dirceu (no sentido de que a canalha vermelha, mesmo perdendo as eleições continuará dominando o poder) já teria se efetivado e, sendo desta forma, independentemente do que nossa gente venha a fazer, jamais aqueles malfeitores sairiam do poder. Isto seria igual a capitular e, para um verdadeiro patriota, igual à morte.
Ademais, é bom considerar que o Brasil não é uma Cuba ou uma Venezuela. É grande demais para acabar dominado por um verme do tipo Zé Dirceu. Isto é, um guerrilheiro fracassado que Cuba, se não fosse uma ilha de incompetentes e assassinos, devia amargar cada tostão gasto com seu treinamento, pois, a rigor, aqui por essas bandas só colecionou fracassos em tudo que se meteu. Como guerrilheiro que nunca guerreou, como espião vermelho disfarçado de comerciante que operação alguma concluiu, como pai de uma família de dementes e pervertidos, como político sem voto, como agente público que foi defenestrado do cargo com desonra e como ladrão da coisa pública que acabou encarcerado, sua vida é um rosário de derrotas. É um pulha desta ordem que o Brasil deve temer?
Lamento pelos que não pensam desta maneira, mas jamais reconheci qualquer valor pessoal e patriótico em um meliante como aquele, bem como nas quadrilhas de FHC a Temer e muito menos na abjeta classe política que dominou o País nos últimos 35 anos e considero um acinte imaginar o contrário.
Não foi Bolsonaro e seu diminuto número de correligionários que levou aquela corja ao poder. Foi, isto sim, o povão enganado e iludido que votou naquela “cacicalhada” sem vergonha, além de os muitos patifes que hoje insultam o homem que quase perdeu a vida para manter a derradeira esperança dos patriotas.
Agora vejo uns “vagabundinhos” das entranhas carmim, pousando de “sábios uspinianos” a meter o bedelho “criticante” em tudo que se faz no Planalto e, o que é pior, apedrejando um líder como o Brasil jamais conheceu. E o fazem justo por estar metido nesta camisa de onze varas para levar o País ao lugar que bem merece no concerto das Nações livres e soberanas, chegando ao ponto sustentar que Bolsonaro não teve coragem para dizimar a própria corja de esquerdistas que, no passado, foram eleitos por aquela trupe de moleques metidos a besta, nojentos e sorrateiros “terceiroviista”.
Há três décadas que combato os vermelhos neste País e por isso penso que tenha autoridade para acatar o pensamento do gênio Olavo de Carvalho quando, de uma forma muito mais didática, um dia disse também, com outras palavras, que o Capitão ao tomar posse devia de imediato, ter quebrado as pernas dos comunistas, dos corruptos e dos ladrões e por ser um arraigado democrata não o fez — e digo eu — então tem sido massacrado, juntamente com sua família e ainda está arriscando sofrer um golpe contra sua reeleição.
Realmente, com a força do enorme apoio popular que o levou ao poder, Bolsonaro poderia ter partido para cima da banda podre do STF, do Parlamento, dos chupins da máquina governamental e então, até sem violência e com arrimo nas disposições constitucionais vigentes, ter prendido em nome da “Nova Ordem Brasileira” corruptos, ladrões e farsantes encastelados nos três poderes da República, independente do viés ideológico.
Essa faxina profilática nos teria livrado dos tipos de Toffoli a Gilmar Mendes; de Jaques Wagner ou de Humberto Costa a Renan ou Barbalho; de Aécio Neves a Gleise Hoffmann que, julgados na forma da lei, certamente estariam cumprindo suas penas. Avalie, meu caro leitor, o quanto o País poderia ter avançado e quanto de nossas agruras teriam sido poupadas.
Por fás ou por nefas tudo isso não aconteceu. Bolsonaro e sua gente optaram pela solução menos traumática, pelo caminho mais tortuoso, simplesmente porque estão convencidos que a grande massa popular, depois do muito que tem entregado e por tudo que tem lutado, fará justiça e não permitirá a volta da escória vermelha que desgraçou a Nação Brasileira, para vir “venezualizar” o Brasil.
Segundo uma sã lógica, somente não vejo como se quer culpar um só homem, por maior que seja o peso de sua liderança, por não destruir em três anos, três décadas de desmandos e de corrupção, para as quais nós o povo e não ele Bolsonaro fomos o maior responsável.
Tenho consciência de que é enorme o perigo que estamos correndo com esta próxima tentativa de o mal em voltar ao poder em 2022, apoiada pela esquerda delinquente, pelas FARC’s, pelas ORCRIM’s e pelo Narcotráfico na América latrina, que há poucos dias atrás derrotou a sociedade chilena.
Tenho a exata dimensão do quanto esta questão é complexa e pode ter sua solução influenciada pelos interesses globalistas do poder econômico mundial aliado ao comunismo internacional que, de certa maneira, até o maior País democrático do mundo, os EUA, já atingiu em cheio.
Todavia, é preciso que se diga que cumpre a nós os patriotas — e não às nossas lideranças em primeiro lugar — lutar contra o perigo que nos ronda, convictos, inclusive, de que o grau de intensidade e da crueza da luta encarniçada é estabelecido pelo inimigo ou pelo invasor, como ensinam os antigos manuais da guerra. Defender sua liberdade, esta é a saga dos homens de honra em relação à sua Pátria.
A luta para salvar o Brasil das mãos do comunismo está deflagrada. Muito ao contrário do que os comunas pregaram no passado, aos vermelhos, aos malditos “terceiroviistas”, aos mandarins encastelados no poder, aos chupins da máquina governamental, à banca usurpadora, aos intelectuais da impostura e aos poderosos que ficaram, como a velha imprensa órfã do erário, não interessam o embate direto ou a luta nas ruas, seja ela pacífica ou armada.
Aquela gente abominável não tem sangue nas veias para isso, mas nosso povo, já deu sinais que não vai recuar ou entregar a rapadura sem lutar. Remember o último Sete de Setembro. Creiam nisto e estejamos preparados quando a hora chegar.
A meu juízo fica certo que, depois do muito que esse País padeceu, somente a pouquíssimos brasileiros ainda se pode iludir com as propostas das ideologias ateias e assassinas que vitimaram nossa gente aos milhões por todo Brasil. A vermelhada criminosa não tem um só argumento que lhes autorize voltar ao poder.
A terrível saga deste povo — a eterna batalha por sua liberdade — vai exigir que estejamos preparados para enfrentar as insidiosas propostas dos vermelhos da 3ª via. Esta camarilha do mal agora chega ao mais completo despudor, quando tenta equiparar Bolsonaro ao “Ogro Descondenado”, para argumentar que ambos representam o atraso (atraso com o mago Paulo Guedes: com o intrépido Tarcísio de Freitas e a competente Tereza Cristina?) e que justo eles os vermelhos — que desde 1985 só nos destruíram — têm a chave para o progresso, inserindo o Brasil na proposta dos globalistas da escravidão mundial, como insidiosamente vem argumentando o velho comunista Roberto Freire, também ansioso para voltar ao Planalto.
Conquanto se saiba que os fracos, os sem honra e sem espinha dorsal de pouco precisam — quase nada — para perdoar os crimes praticados contra a Nação Verde e Amarela pela esquerda meliante, minha esperança é que, com o povo do bem vão ter que gramar um bom bocado e ainda terão que travar uma luta renhida, que auguro não demore mais.
Jose Mauricio de Barcellos,
ex Consultor Jurídico da CPRM-MME
 é advogado

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Sobre Vacinas: Lamento, Mas Quem Decide Sou Eu!!

por Valterlucio Bessa Campelo
Observando a movimentação recente em torno da vacinação de crianças e a exigência do passaporte sanitário, inclusive com audiência pública realizada pelo MS — Ministério da Saúde, na OPAS — Organização Pan-Americana de Saúde nesta terça-feira 04/01, além de manifestações de rua em todo o Brasil, resolvi dedicar esta primeira coluna de 2022 a um tema subjacente a tudo isso — a liberdade.
Pediria ao leitor que observasse a si mesmo e a sociedade comparando com 2019. Do que efetivamente sente falta? Sim, meu caro, embora trate-se de algo maior e de origem anterior, os dois últimos anos foram de aguda perda de liberdade. A peste deu pretexto a que, com nosso consentimento, diga-se, parte importante do nosso livre arbítrio fosse amputado e colocado à disposição do Estado. De tal modo, que seria quase um desvario dizer que vivemos ainda em uma sociedade livre.
Por que chegamos a este ponto? Basicamente porque sob ataque ou ameaça, somos naturalmente inclinados a trocar fatias de liberdade por alguma segurança e conforto. Eles sabem disso. À medida que cresce a ameaça, cresce também a nossa disposição a ceder. Ao ponto de entregarmos tudo e, voluntariamente, oferecermos nossa liberdade. O jovem Étienne de La Boétie tratou brilhantemente desse tema em seu livro “Le Discours de la Servitude Volontaire” (1552). Algo que muito tempo depois, em 1930, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, constatou: a maioria das pessoas não quer realmente liberdade, porque liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade.
No século passado, aconteceu profusamente durante a segunda guerra mundial, quando sob invasão nazista, em vários países, europeus se dividiram em colaboradores e colaboracionistas. Os primeiros demonstraram uma espécie de acovardamento simples, de consentimento envergonhado desde que seu habitual modo de vida fosse minimamente preservado. Intelectuais e artistas serviram à opressão, fazendo movimentar a indústria cultural. No livro “Paris – a festa continuou”, (2012), Alan Riding deixa isso claro.
Os segundos, encontraram na colaboração ostensiva uma chance de promoção de suas fraquezas morais às custas da própria nacionalidade e passaram a exercer, como se dominadores fossem, toda ordem de crueldade, perseguição, roubo, assassinato, estupro e deportações de judeus e opositores. Na França, por exemplo, existiram casos em que nacionais chegaram a postos do oficialato das SS e membros graduados da Gestapo. Muitos franceses, especialmente policiais e burocratas, atuaram como agentes do governo nazista que esfolou o país após a rendição covarde do General Petáin.
Em certa medida, é como vejo os dias de hoje. Diante do pavor disseminado a partir da peste chinesa, no Brasil, assim como nos outros países (nisto não há grande diferença), foram gerados colaboradores e colaboracionistas. Aqueles que normalizam a realidade cruel e agem porque não se importam com a perda de liberdade, desde que se sintam seguros e com baixas taxas de responsabilidade, e aqueles que servem incisivamente porque lucram e se promovem, seja financeira ou politicamente. Trocam de bom grado a própria liberdade por um punhado de poder ou dinheiro que lhes possibilitem os que realmente os possuem.
Algo necessário e que se impôs neste processo foi a anulação ou minimização da oportunidade ao dissenso. Disso cuidou a velha mídia através de um turbilhão incessante de notícias terríveis e da emblematização pejorativa dos contrários. Adjetivos do tipo “negacionista”, “terraplanista” e outros são títulos com que propositalmente encerram a discussão. Como uma estrela amarela pregada no peito de um judeu na Polônia em 1940, o termo fecha as portas ao debate. Ouvi recentemente de um deles:não discuto com eleitor de Bolsonaro, é tudo negacionista”. Pensei imediatamente que se estivéssemos na França em 1942 ele não hesitaria em fuzilar-me. Como alterar pelo argumento lógico uma mente que se tranca? Como entrar naquela mente com uma verdade objetiva se foram eliminadas as condições do diálogo? Cria-se assim, uma sociedade mouca, cega, escrava e desumana, capaz de tudo.
Ocorre que liberdade não é uma mera abstração filosófica, um luxo do qual as pessoas se utilizam ocasionalmente. Ela diz respeito à ação e ao pensamento. É a forma como você decide sobre a sua vida, com quem se relaciona, o que faz, o que lê, aonde vai, o que possui. Liberdade são suas escolhas. Em última instância é o que você pensa, é o que você é. Entregaremos isso também em troca de uma suposta segurança provida pelos que criaram a insegurança?
Do meu canto longínquo, olho o mundo e vejo em todos os lugares fantasmas dos cães de Pavlov (1849-1936), babando a cada estímulo que recebem, este determinado de fora pra dentro por interesses globalistas de controle, aliás, amplamente confessados no Forum Econômico Mundial, nos livros de Klaus Schwab seu presidente e já experimentados na China. Jornalistas, articulistas, partidos políticos, juízes, artistas, médicos, universidades, associações etc., aceitaram vergonhosamente o papel de colaboracionistas de um sistema que viola frontalmente as nossas liberdades. Como se houvessem passado por uma lobotomia repetem à exaustão uma carga de mensagens cuja profundidade não se deram o trabalho de examinar.
Há, contudo, os que não se rendem. Independentemente do tamanho do engodo, é apenas um engodo e, como bem lembrou Étienne de La Boétie, basta não entregar o que eles querem e cai a tirania. As inúmeras audiências públicas havidas em estados, no distrito federal e em muitos municípios, demonstram que assim como colaboradores e colaboracionistas, nesta guerra há a resistência.
Refiro-me, por exemplo, a médicos da estirpe da Dra. Maria Emilia Gadelha, Dr. Roberto Zeballos, Dr. José Augusto Nasser, Dra. Roberta Lacerda e muitos outros contados aos milhares, que abdicando da frondosa árvore do politicamente correto, vão ao sol, expõem à luz seu entendimento e suas experiências. Sabem que enquanto a mão direita estende a agulha, a mão esquerda maneja um bisturi nos amputando a liberdade e instalando o controle social. Escudados em comitês, os colaboracionistas, muitas vezes associados e comissionados das big pharmas, se defendem desqualificando seus opositores, acusando-os de adotarem teorias conspiratórias.
A propósito, embora (por motivos óbvios) a mídia não propague, o sistema oficial americano VAERS, comunica que apenas nos EUA foram relatados mais de 1,5 milhões de efeitos adversos após a vacinação, com 14.817 eventos morte. São dados investigados e provados. Não, não são, nem serão. Não foram devidamente investigados. Por lá também o governo está de braços dados com as big pharmasMas deveriam ser suficientes para autorizar que cada cidadão faça a própria escolha ao invés de ser submetido e submeter suas crianças à vacinação forçada que, de modo cínico, aparece disfarçada de mero constrangimento documental.
Considero, pessoalmente, que ela pode ser adotada, propagada e recomendada massivamente, se for o caso, porém, em hipótese alguma, sob nenhum argumento, pode ser imposta direta ou indiretamente, pois nestes termos sempre constituirá flagrante ataque à liberdade do indivíduo nos termos da nossa lei maior e tantas outras. Este é o ponto.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Filho do Diabo: o Mini-submarino do Narcotráfico Tirado do Fundo do Mar

por Alicia Mendez
Velas, imagens de demônios, ossos e altares, são alguns dos elementos a que já estão acostumados os integrantes das Forças Armadas e da Polícia que lutam contra o narcotráfico e que os encontram continuamente nos operativos contra as redes criminais que fazem presença no país.
Essas crenças dos traficantes de drogas tornaram-se tão populares entre os grupos ilegais que até mesmo o acompanhamento das 'bruxas' ou 'videntes' a serviço de redes ilegais tem permitido chegar a grandes traficantes que colocaram nessas práticas a proteção de seus carregamentos de drogas e a tarefa de garantir sua própria segurança.
As autoridades têm indícios da transferência de "bruxos" para os estuários onde os narcotraficantes mandam construir submersíveis e semi-submersíveis que depois enchem de coca e lançam ao mar, para os benzerem e 'amarrarem' com bonecos e imagens que os impeçam de serem apreendidos pelas autoridades.
À parte dessas crenças tão arraigadas nas organizações ilegais, os homens e mulheres que integram a Marinha Nacional cumprem sua missão de desenvolver operações de interdição marítima e fluvial em todas as costas do país.
Mas há uma operação que marcou a história da Força Naval do Pacífico, que é responsável pela soberania e segurança de Punta Ardita/Chocó, a Candelilla de la Mar/Nariño (fronteira com o Equador), uma área que equivale a 339.500 Km² de área marinha e 1.300 quilômetros de costa.
A operação parecia rotineira e consistia em emergir (retirar do mar) um semi-submersível que os narcotraficantes afundaram, com duas toneladas de cocaína, para evitar o processo judicial. As redes ilegais instalam mecanismos artesanais em seus semi-submersíveis, que lhes permitem naufragar quando descobertos pelas autoridades e, assim, por a perder todas as provas do tráfico.
Punta Aji
A aposta entre o bem e o mal foi registrada em documentos oficiais em fevereiro de 2019. Naquela data, a Inteligência Naval identificou o possível embarque de um carregamento de cocaína por meio de um semi-submersível que aparentemente havia partido de Punta Ají, no Pacífico central.
A partir da base de operações da Força Naval do Pacífico, foi lançada a operação para localizar a nave. De fato, uma equipe da Guarda-costeira a detectou nas proximidades da Ilha Górgona, mas quando chegaram ao ponto, encontraram apenas três náufragos — dois equatorianos e um colombiano — que disseram que seu barco havia tido uma falha e afundado. Não havia nenhum vestígio da embarcação em que as drogas eram transportadas para os mercados internacionais.
Os guardas-costeiros da Unidade de Reação Rápida tinham convicção de que os náufragos eram tripulantes do barco e que, ao perceberem os agentes, abriram as válvulas no fundo do barco para fugir da justiça.
Sem barco e sem drogas, o pessoal da Marinha não tinha como apresentar os náufragos — cujas vidas foram salvas — à autoridade competente como traficantes de drogas, para registrar o processo.

O começo da história
Não permitir tal zombaria à justiça tornou-se um desafio para o pessoal da Força, que decidiu lançar uma gigantesca operação para localizar e recuperar o semi-submersível, na qual nossos mergulhadores foram os protagonistas, disse o contra-almirante Orlando Alberto, comandante da Força-Tarefa Antidrogas Poseidon.
Foram necessários 10 dias para
resgatar a nave.
Foto: Força Naval do Pacífico
Esta força-tarefa tem seu posto de comando em Tumaco, Nariño, e é uma das unidades de elite da Força Naval do Pacífico, desde onde se coordenam ações de bloqueio de passagem às quatro redes de narcotraficantes dos dissidentes das FARC, que agem na Costa do Pacífico em Nariño e que disputam o controle do milionário comércio ilegal.
A conversa sobre a operação se espalhou entre os moradores. "A Marinha vai procurar o barco", começou a se ouvir na área, e logo surgiram vozes garantindo que não iriam conseguir, não por motivos técnicos ou pelas dificuldades inerentes a este tipo de operação, mas pela crença atribuída ao sobrenatural.
Isso não se recupera, isso está benzido”, começaram a dizer algumas pessoas da região. Outros afirmaram: "Não, eles amaldiçoaram, isso é maldito, isso é do diabo." E os mais ousados sentenciavam: “Essa carga não será resgatada porque pertence ao diabo, ao 'Filho do Diabo'”.
Como resultado desses avisos feitos na região, o semi-submersível terminou batizado como 'Filho do Diabo'.
A história foi contada na base de operações da Força Naval do Pacífico, na Bahia Málaga, Valle del Cauca, pelos mergulhadores que participaram da operação de resgate do semi-submersível, que foi recuperado.
A primeira coisa que foi feita foi localizar o semi-submersível por meio de algumas sondas de eco. Já no ponto, os mergulhadores submergiram e identificaram-no, iniciando a manobra de resgate para trazer à tona a coca que estava lá dentro e poder apresentar os supostos náufragos ao juiz, para sua judicialização, afirmou o Major Juan Manuel Arenas Suárez, comandante do Grupo de Mergulho do Pacífico.
O semi-submersível foi localizado por mergulhadores a uma profundidade de 110 pés (cerca de 33 metros) nas proximidades do Parque Nacional Ilha Górgona.

Como foi realizada a operação de reflutuação?
Localizada a embarcação, lembrou o Major Arenas Suárez, surgiu outro problema: Evitar a todo custo que o combustível (óleo diesel) que ela transportava fosse derramado no processo de salvamento, para não impactar o meio ambiente.
O Major Arenas indicou que, um a um, e com um trabalho meticuloso que demorou várias horas, os mergulhadores extraíram os pacotes de coca, que eram a prova principal para processar os três homens associados àquele navio. Além disso, a análise da documentação de cada remessa permitem elaborar processos contra os que estão por trás dos crimes. Neste caso, a investigação indicou que a droga pertencia aos dissidentes da 29ª frente das FARC.
A próxima etapa foi resgatar o submersível, que afundou quase verticalmente — cravando no fundo  em 40% (cerca de 22° de inclinação). Então, para quebrar a sucção do fundo, porque a nave continuava presa, fizemos um 'brainstorm de ideias', com todo o pessoal da Força, para estabelecer a manobra adequada, disse o chefe dos mergulhadores, que destacou que a experiência e o estudo da Física que tinham os homens da Marinha, acabaram jogando a favor do time que tinha a missão de recuperar a nau.
A recuperação de semi-submersíveis tem sido uma das principais operações dos mergulhadores da Marinha.  Foto: Força Naval do Pacífico
10 dias de operação
Na verdade, o Major Arenas lembrou que trabalharam por 10 dias para fazer o barco boiar, após ter sido estabelecido um ponto de tração.
Os mergulhadores, cujo curso de salvamento tem duração de 18 meses (por ser tecnólogo), mergulharam em duas modalidades que exigem um treinamento rigoroso. O primeiro, full face, com uma máscara de última geração que cobre todo o rosto, com comunicação entre os mergulhadores e o supervisor, e a obtenção de imagens em tempo real, o que permite reagir e coordenar as operações de forma mais eficaz. Outro grupo agiu de forma semi-autônoma, quando o ar é levado até eles desde a superfície.
Estar a 35 ou 36 pés de profundidade é chegar quase ao limite da resistência do corpo humano submerso no mar. A princípio não achávamos que [a nau afundada] resistiria ao puxão, mas com o apoio do nosso navio anfíbio de desembarque, BDA, a âncora foi lançada e instalado um guincho (equipamento com braço e polia, que permite levantar uma carga por meio da tração do cabo que passa por ela)”, explicou o policial.
Os fardados sabiam que cada passo da operação estava sendo seguido com interesse na área e que apostas eram feitas, até mesmo entre integrantes de redes criminosas, que insistiam que esse semi-submersível jamais poderia ser retirado do local.
O guincho ficou em operação a noite toda, eles se revezaram para não perder um minuto e no dia seguinte conseguiram soltar o semi-submersível do fundo marinho.
A embarcação BDA utilizada na operação foi construída na Colômbia na Empresa de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento da Indústria Naval Marítima e Fluvial (Cotecmar) e está configurada com suporte hiperbárico, plataforma de mergulho, apoio logístico e manobra de resgate, para a capacidade de seu guindaste.
Após soltar a estrutura do fundo do mar, iniciou-se outra etapa que exigiu igual cuidado: deslocá-la para uma área com menor profundidade para que os mergulhadores pudessem trabalhar em melhores condições e o navio fosse finalmente trazido à superfície.
O 'Filho do Diabo', com 20 metros de comprimento por 2 metros de largura, agora faz parte do Museu de Submersíveis, localizado na sede da Base Naval do Pacífico, onde contam a história com orgulho, pelo valor de cada um dos que participaram da manobra de recuperação da embarcação.
Lá, junto com outros navios apreendidos pela Marinha, é exposto e mostrado aos uniformizados recém-chegados à unidade militar com a mensagem de que tudo é possível e que nem mesmo as crenças dos narcotraficantes poderão impedir o avanço das autoridades.
Alicia Liliana Méndez
Editora Adjunta de Justiça
@AyitoMendez
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Fonte: tradução livre de