sábado, 13 de outubro de 2012

A Mãe de Todas as Ameaças

por Glauco Fonseca
Fico a imaginar como está sendo o deitar no travesseiro do cidadão Lula da Silva. Toda noite, ele deve estar sendo obrigado a tomar seu Valium, pois deitar e ter de dormir com a hipótese de companheiros irem para a cadeia daqui a alguns dias, sem que nada ele possa fazer que não o leve junto, não deve ser nada fácil. Lula deve estar sentindo profunda dor por causa não dos erros cometidos, mas por causa do desfecho de um julgamento que vai prender alguns, eliminar outros da vida pública, mas, sobretudo, porá um bloco de granito “São Gabriel” por sobre sua biografia. A dor de ver companheiros irem para a cadeia ou para o lixo da história só não lhe acometerá se a doença mental já lhe tiver tomado a consciência.
Depois da descoberta do mensalão, correram para colocar novos ministros no STF. Em seguida, correram para postergar tudo que fosse possível. Em paralelo, continuaram com alopramentos, dinheiros em cuecas (e mais recentemente em jatinhos), fizeram dossiês fajutos, tentaram de tudo. Lula se deu bem, pois se reelegeu e elegeu Dilma. O resto vai preso. Que desfecho!
Agora, o último estertor: Eleger, a qualquer preço, Fernando Haddad a prefeito de São Paulo. A que ponto chegaram! Eleger um prefeito é o que eles chamam de “resposta a um STF comandado por elites”, de “uma resposta à imprensa golpista”. A que ponto chegaram.
Se for assim, então os paulistanos não podem eleger Haddad de jeito nenhum. Se a eleição do carinha do equivocado “Kit Gay” e das inúmeras cagadas do ENEM significa tudo de ruim que pode acometer a um país inteiro, então que Haddad não seja eleito. Que os paulistanos tenham isto em mente. Para que isto seja possível, a campanha do segundo turno tem um papel fundamental: tem de haver uma resposta à comunicação da “ameaça” dos petistas no mesmo nível.
Só que o PSDB e os antigamente conhecidos como partidos de oposição não se tocam e tem medo eterno do confronto da realidade, da verdade passada, presente e futura. Fosse minha a estratégia, ela seria, como querem os petistas, no campo das VERDADES e não dos valores. Esse negócio de campanha propositiva, tranquila, tem horas que não funciona e neste caso de SP, fatalmente não funcionará.
José Serra, que é um candidato muito melhor do que Haddad, não fará nada do que eu estou sugerindo. Não é do feitio dele assumir um risco grande de perder. Não é do feitio dele colocar no ventilador o que está fedendo no país inteiro. Não é do feitio de Serra e do PSDB fazer o que precisa ser feito para ganhar uma eleição com o simbolismo desta.
Só que José Dirceu, José Genoíno, Lula e o PT ameaçam o país com Haddad. Não se trata mais de uma eleição, como devidamente posto pelo próprio PT, mas de uma guerra do bem contra o mal. Resta aos paulistanos saber discernir nas urnas entre quem é quem.
COMENTO:  lamentavelmente, Haddad deverá sair vitorioso desse embate. Não por seus inexistentes méritos ou de sua "tchurma" (Lula, Marta, Maluf, e a 'rebarba' das campanhas de Russomano e Chalita) mas por ineficácia, incompetência, irresponsabilidade e por que não dizer, inexistência de uma oposição que faça jus a esse adjetivo. Bando de calhordas!
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