segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Orlando Silva Para Presidente da Comissão da Verdade

por Aluizio Amorim
É claro que o título deste post é uma ironia, pois é com ironia que, a bem da verdade verdadeira, faço as minhas considerações sobre essa tal de Comissão da Verdade que se destina a estigmatizar o melhor governo que o Brasil já teve até hoje, ou seja, o período dos ditos governos militares.
Sim, porque se os militares não tivessem colocado para correr esse mesmo bando de comunistas que vem pilhando os cofres públicos de forma debochada, o Brasil hoje seria um país zumbi, como é Cuba ou a Coréia do Norte.
Já disse aqui inúmeras vezes que depois dos governos militares nenhuma obra de infraestrutura de vulto foi construída no Brasil. Não fossem os governos militares estaríamos ainda hoje no nível das sociedades afro-asiáticas mais atrasadas do planeta. E, ainda por cima, sob o chicote de uma camarilha comunista como ocorre em Cuba ou na Venezuela, onde os governos mantêm seus calabouços lotados de presos políticos. É isso, no mínimo, que se deveria ensinar às crianças e aos jovens que são o futuro da Nação.
Desejo ardentemente estar vivo ainda para ver uma Comissão da Verdade sendo instituída para investigar os governos comunistas do PT!
O Senado da República abençoou nesta quarta-feira, dia 26 de outubro de 2011, a vagabundagem comunista e lançou no esgoto a democracia. Lavrou uma execração oficial às Forças Armadas, abominando o respeito à lei e à ordem e cuspindo sobre o pavilhão nacional. Endossou a lavagem cerebral que a malta comunista vem realizando nos jovens desde o primeiro ano do ensino fundamental até a universidade e que os transformam em robôs idiotas, analfabetos funcionais que babam a baba da ignorância e da estupidez do ideário comunista.
Enfim, os senadores de todos os partidos - especialmente os da dita oposição - renderam-se à ditadura do PT e de seus comunistas aliados. Obedeceram de joelho à pauta da bandalha comunista. Uniram-se num revanchismo perverso e cretino, qual seja o de desacreditar e perseguir as Forças Armadas da Nação.
Não conheço nenhum país verdadeiramente democrático, livre e desenvolvido que estigmatize suas Forças Armadas. No caso brasileiro vai-se mais além, o Senado negou-se a reconhecer um dos maiores feitos históricos das Forças Armadas que foi livrar o Brasil das garras do comunismo. Convenhamos, isto não é pouco.
E não venham me dizer os comunistas que postulavam ou postulam a democracia e a liberdade. E termino como iniciei: Orlando Silva para presidente da Comissão da Verdade. Afinal, ele é um líder comunista e está desempregado.

domingo, 30 de outubro de 2011

“Tudo Pelo Social” — I

por Arlindo Montenegro
— O AGENTE DA ONG: dei a grana ao ministro na garagem!
— O PASTOR: eles pegaram 10% da verba das crianças, para o partido!
— O MINISTRO: Sou inocente!
— VOZES DOS PARTIDOS: apoiamos o Ministro, tem de ficar.
— A REVISTA: Corrupção como norma
— A PRESIDENTA: o Ministro fica, é de confiança.
FIM DA NOVELINHA: o "honesto" ministro sai para defender a sua honra, o trabalho no ministério, o governo em que acredita e seu partido.

A técnica da propaganda é perpetuar o mito, a mentira. É derramar toneladas de desinformação para apagar as pistas da verdade que vai sendo esquecida. A mentira assume seu lugar e posa como verdade incontestável. O Instituto Tavistock ensina através de suas agências, como fazer.
As lições de Munzenberg, o homem de propaganda dos bolcheviques, que mais tarde também assumiu uma cadeira de deputado comunista no Reichstag em Berlim, foram aperfeiçoadas pelos britânicos em seu Instituto Tavistock, onde os agentes da CIA também foram treinados.
Edward Bernays que nos EUA elaborou as peças de propaganda para ajudar a CIA na deposição do governo Arbenz (Jacobo Arbenz Guzmán - Guatemala,1954), seguiu à risca o mestre Munzenberg e no presente, o Instituto Tavistock assumiu e mantém o planejamento de muitas das instituições americanas: o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusets, os Institutos: Esalen, Hudson, Stanford de Pesquisas, as Universidades de Duke, Economia de Wharton, trabalhando sob contrato com a Fundação Rockfeller, Comissão Trilateral, FMI, ONU, Banco Mundial, Microsoft, Bancos, Bolsa de Valores de NY e o Conselho de Relações exteriores, entre outras instituições.
A metodologia se espalha pelo mundo e nos EUA e países periféricos, qualquer candidato “que não for fácil de controlar ou que não se encaixe nos perfis de Tavistock é eliminado. Nesse sentido, a imprensa e a mídia eletrônica 
 sob a direção de Tavistock ou de uma de suas afiliadas, têm uma função-chave. Alertar o eleitor, alertar o público.
Os processos eleitorais se tornam farsas,graças ao trabalho de Tavistock para controlar os pensamentos e idéias do povo por meio de “condicionamento direcional interior” e de “penetração de longa distância”, dos quais a ciência de controle mental da pesquisa de opinião é parte integrante”. O Instituto Tavistock serve “a um grupo de dinastias extremamente ricas, cuja história remonta a mais de oitocentos anos, e que forma a espinha dorsal do Comitê dos 300” os Bilderberger e Illuminatis. Estamos diante do velho bordão: “quem paga, manda”. No caso, eles roubam as nações e pagam para quem manda internamente, cumprindo suas ordens.
Tantos intelectuais, tantas editoras, tantos jornais e revistas, tantas denuncias, análises, reportagens fingindo atualizar a informação e o desafio que se coloca é: busque uma referência ao Instituto Tavistock. É procurar agulha no palheiro. Nos últimos 50 anos a vida dos brasileiros foi alterada radicalmente.
A globalização econômica cujos controles nos afetam, oferece novas profissões, serviços e produtos. Os programas educacionais foram alterados para manter-nos à margem do domínio de pesquisas avançadas, como peões adestrados para os serviços braçais e periféricos. Alguém percebe?
Bernays, o sobrinho de Freud, um dos cérebros do Instituto Tavistock, consultor da CIA e de instituições nos EUA, desenvolveu a disciplina de Relações Públicas seguindo ao pé da letra as lições de Munzenberg. Em 1928 publicou um manual, “Propaganda”, que Noam Chomsky considerou uma “das mais poderosas e influentes instituições das democracias de capitalismo industrial de estado”.
O manual cita as pesquisas de Lipman, no Instituto Tavistock, sobre a mentalidade dos grupos “motivados por impulsos e emoções”, concluindo que com o advento da psicologia de massas a propaganda deixava sua fase empírica e podia ser utilizada cientificamente” com a aplicação de princípios que são consistentes e constantes no grupo. Deste modo é possível “controlar e arregimentar as massas de acordo com nossa vontade sem que elas saibam disso”.
É literalmente o que vivemos sem saber desde o século passado 
 guerra fria, guerrilhas, ditaduras militares, muro de Berlim, crises econômicas fabricadas, globalização da economia, ascensão do coletivismo emocional que afoga o individuo pensante ...  tudo planejado, deliberado para destruir os propósitos nacionais e encaminhar para a adoção do governo totalitário da nova ordem mundial.
O “tudo pelo social” é o mesmo instituto da propaganda para submissão das massas. Agora é possível entender o quanto temos sido utilizados como peões na estratégia dos jogos do poder internacional, controlados e arregimentados para agir de acordo com a vontade dos controladores mundiais, sem saber que a cada passo apertamos a corda no pescoço da nação.
A “opinião pública”, instrumento ditatorial resultante das pesquisas sobre o desinformado emocional dos grupos, é aplicada segundo outro principio da propaganda: “Influenciando os líderes, com ou sem sua cooperação consciente, automaticamente o grupo liderado será influenciado”.
Os líderes estão nas igrejas, estão nos sindicatos, estão nas escolas, estão nos jornais, nas revistas, no rádio, na televisão, nos palcos, nas associações e clubes, nos partidos políticos. Assim é possível entender por que um país que gera tanta riqueza e guarda sólidas reservas em seu território, é carta marcada para ser mantido marcando o passo, como nação de ignorantes.
Ref.:Propaganda”, Edward Bernays, tradução portuguesa de 2005, Editora Mareantes, http://www.mareantes.com/
PS - "Tudo pelo Social" foi slogan do governo do companheiro José Sarney, aquele que acabou presidente por obra e graça do golpe militar dado em 1985 pelo General Leônidas Pires Gonçalves, após a doença fatal do Tancredo Neves.
Arlindo Montenegro é Apicultor.
Fonte:  Alerta Total
COMENTO: (ATUALIZAÇÃO DE POSTAGEM) é interessante o fato de algumas pessoas demonstrarem um conhecimento "além de sua época". Acredito que o hábito de serem bons leitores ajudam a aquisição dessa característica. Além disso, as experiências de vida facilitam a visão das coisas que a maioria das pessoas não percebem. Sempre admirei os escritos de Arlindo Montenegro, e tinha a curiosidade de saber mais a respeito dessa pessoa. Isto foi esclarecido em março de 2022, por ocasião do falecimento de José Anselmo dos Santos, o famoso "Cabo Anselmo", quando o jornalista Jorge Serrão revelou que Arlindo Montenegro era um nome fictício que José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, usava para publicar seus textos no blog do amigo que o apoiava.  
https://jovempan.com.br/jorge-serrao/a-morte-do-cabo-anselmo-o-homem-que-nao-existiu.html

sábado, 29 de outubro de 2011

É o Partido do Trambique Afundando as Cuecas da Gauchada!

É do PT e dos Partidos de esquerda a tese de que a dívida do governo gaúcho — dos governos estaduais — com o governo federal, precisa ser auditada.
Em 1988, o governo federal emprestou R$ 93,2 bilhões aos Estados e mais de doze anos depois a dívida subiu para R$ 350,1 bilhões, embora as parcelas pactuadas sejam pagas todos os meses. 
Pela segunda vez no Piratini, o PT esqueceu sua tese e paga em dia o que deve.
Está agora com a faca e o queijo para cumprir suas promessas de campanhas eleitorais, até porque suas relações são carnais com o governo federal.
O assunto não foi esquecido por todo mundo e nesta quinta-feira o Núcleo Gaúcho de Auditoria Cidadã da Dívida, fração do Centro de Auditores do Tribunal de Contas, entregou representação ao procurador do Ministério Público junto ao TCE, Geraldo Da Camino, pedindo avaliação da legalidade da dívida. Sete outras entidades assinam a representação.
— Os dados usados na representação são resultado do estudo do fiscal de tributos estaduais aposentado, João Pedro Casarotto.
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O RS acaba de perder para Santa Catarina a fábrica de tratores do grupo coreano LS Mitron.
O anúncio foi feito nesta quarta pelo Governador Raimundo Colombo, que está em Seul, visitada há meio ano por Tarso Genro. O Governador voltou animadíssimo da Coréia, porque recebeu promessas de investimentos industriais modernos no Estado.
Em Araquari, SC, serão fabricados até 5 mil tratores por ano. O investimento foi calculado inicialmente em US$ 25 milhões, o que parece totalmente inverossímil para as dimensões do empreendimento.
— Os coreanos parecem estar pregando peças no governo gaúcho ou o governo gaúcho não entendeu o que ouviu na sua viagem à Coréia do Sul.
1) Enquanto o Piratini alimentava esperanças de atrair a LS Mitron (há dois meses o Piratini disse que tinha 60% de chance de atrair o empreendimento), seus executivos já estavam em Araquari comprando terra e contratando empreiteiras para as obras de terraplenagem.
2) Ainda não está bem explicada a posição do grupo Hyundai, que implantaria uma fábrica de elevadores no RS. O editor denunciou que o anúncio era improcedente, já que o grupo coreano tinha justamente fechado um acordo com uma fábrica de elevadores de Pernambuco.
Fonte:  Políbio Braga
COMENTO:  bamu que bamu, tchê! Vão rapando a guaiaca pra pagá os CC da cumpanherada e fazer caixa para a próxima eleição, por que os "de fora" não vão entrar nessa canoa furada!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Verdade Sobre Kadafi

Dedicado a todo o mundo árabe e muçulmano, o último dos moicanos. 
por Tom Capri
Não há mistério na morte de Kadafi. É mais uma vitória contundente do capital, que tem sabido tirar proveito muito bem da “Primavera Árabe” para consolidar e ampliar suas posições no cobiçado mundo árabe-muçulmano e também no persa-muçulmano (Irã), principalmente em países ricos em petróleo.
Em outras palavras, o capital tem se aproveitado da “Primavera Árabe” para levar o que os ingênuos acreditam ser a democracia àqueles países (e que na verdade não passa de demoniocracia).
Tudo se resume ao seguinte. Essas novas gerações de classe média naqueles países, incluindo jovens sedentos por consumo (os que na verdade fomentaram e lideraram a “Primavera Árabe”), também tiveram acesso à Internet e às redes sociais, enfim, ao mundo virtual. E, por esse caminho, acabaram desvendando finalmente as delícias do paraíso consumista ocidental. Já dotadas de poder aquisitivo para adquirir aqueles bens (graças às ditaduras em seus países), essas gerações quiseram, então, experimentar da mesma fruta (quem resiste?).
Foi quando perceberam que estavam impedidas, que o acesso ao paraíso consumista ocidental era apenas privilégio de algumas minorias. Que ditaduras como a de Kadafi, de forte cunho nacionalista, vinham dificultando a entrada desses produtos e também a instalação de multinacionais (principalmente, para a exploração de petróleo). Daí a revolta dessa gente, no que veio a se chamar de “Primavera Árabe”. 
Kadafi nunca foi flor que se cheire, era incômoda pedra no sapato tanto do capital quanto do “socialismo real”. Chegou a aliar-se a Bush Filho. Na verdade, mantinha um pé na canoa do capitalismo e outro na do “socialismo real”, e levava a Líbia à sua moda, sanguinariamente. Em 1969, dez anos depois de a Líbia ter descoberto petróleo (vivia em total miséria até então), Kadafi liderou golpe de estado que acabou com a monarquia líbia e afastou as grandes companhias (todas estrangeiras) do controle do petróleo do país. A guerra estava armada.
Com isso, aumentou a arrecadação e mudou a Líbia. Reduziu consideravelmente o analfabetismo, elevou de forma significativa o PIB e a renda per capita nacional, até criar essa classe média que recentemente se voltou contra ele. Assim, abriu guerra ao capital, que viria a matá-lo pelas mãos da “Primavera Árabe”. 
Isto é, as novas gerações árabe-muçulmanas também estavam impedidas, na Líbia, de ter acesso fácil até aos bens de consumo mais corriqueiros. No caso da mulher, estavam impedidas, ainda, de desfrutar da tão decantada, mas aparente e falsa, liberdade que goza hoje a mulher ocidental. Foi por aí que essas novas gerações árabe-muçulmanas se mobilizaram e se rebelaram, justamente para acabar com as ditaduras que inibiam o seu poder de consumo. 
Portanto, nada mais previsível e anunciado do que a morte de Kadafi. E não há outro caminho possível para o mundo árabe-muçulmano, apesar de toda a sua resistência. É rara a instituição que não esteja hoje voltada para a consolidação das forças do capital no Planeta, do Estado à política, à polícia, à família e à religião, entre todas as outras. Só está faltando o mundo árabe-muçulmano sucumbir. 
E não é ruim que sucumba à democracia, digo, à demoniocracia (a democracia é o governo do capital, pelo capital e para o capital, não sabia?). Atenção, eu disse: não é ruim que sucumba à demoniocracia. A maior parte do mundo árabe e persa (Irã) vive no atraso, com direito a apedrejamento de mulheres etc. Há que chacoalhar o que temos por lá. Só a demoniocracia (o capitalismo), com a correlação de forças que temos hoje, é capaz de revigorar aqueles países, ensejando um mínimo de avanço, para um possível futuro mais promissor (será?). 
O mais curioso de tudo é que, até bem pouco tempo atrás, o capital se valia das ditaduras, que tanto apoiava, para consolidar suas posições. Mas logo descobriu, com Kadafi e similares, que as ditaduras não retribuem à altura, quando guindadas ao poder. Que não são generosas com o capital como se imaginava. Que tomam gosto pela coisa, têm essa mania de enveredar por um nacionalismo exacerbado e “impertinente” (criam reservas de mercado etc.) e até acabam chutando que as pôs lá. 
Isto aconteceu até mesmo com a Ditadura Militar no Brasil. O capital não queria mais aqueles milicos nacionalistas e chatos com suas reservas de mercado e inventou, então, a “abertura política”, que veio a nos brindar com a “abertura econômica”. 
Exemplos clássicos de ditaduras assim, que tanto desagradaram depois ao capital, são as de Sadam Hussein e Muamar Kadafi. Para acabar com Sadam, gastaram trilhões, que é o quanto custou a invasão ao Iraque e a guerra por lá, até hoje. Já para matar Kadafi, o custo foi quase zero, pois a “Primavera Árabe” — como os militares no Brasil de 64 — deram plena conta do recado. Deve ter ficado muuuuuito mais barato que a operação que matou Bin Laden. 
E mais vem por aí. O capital não vai desperdiçar essa chance de ouro de tomar conta do mundo persa-muçulmano e árabe-muçulmano, agora que conta com a “Primavera Árabe” para fazer tudo quase que de graça, bastando a OTAN mandar meia dúzia de soldados e tanques para ficar de olho e não deixar a peteca cair. Resta saber se vai conseguir e se esses países não cairão em novas ditaduras, piores ainda para o capital/demoniocracia.
Tom Capri é Jornalista.
Fonte:  Roraima em Foco
transcrito no Alerta Total
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Guerra por Royalties de Petróleo Inexistente do Pré-Sal - ou De Como Manter o Povo Distraído

por Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva.
Senhor Senador! / Senhora Senadora!
Senhor Deputado! / Senhora Deputada!
Todos os Senhores e Senhoras, os de boa fé, estão sendo enganados pela Petrobras e pelos seus geólogos com “A Farsa do Pré-Sal Brasileiro”, e afirmo isso enquanto ex-geólogo de petróleo, que por cerca de 20 anos, trabalhou na Empresa na Bacia Sedimentar de Sergipe e de Alagoas, a mais completa das bacias brasileiras em termos de registros sedimentares, uma verdadeira bacia escola.
Em 1989, através de um relatório técnico afirmei que na parte terrestre da Bacia de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco e da Paraíba (Exploração Petrolífera SEAL e PEPB) não havia mais petróleo novo por descobrir e isso me custou a primeira demissão da Petrobras. Infelizmente eu estava certo. Nenhuma descoberta ocorreu mais na Bacia de Sergipe e de Alagoas, na parte terrestre, em que pese todo o aparato tecnológico empregado na sua exploração, desde então.
Denunciei em 2005 ao MPF/SE e pedi providências contra o caixa 2 na construção da plataforma de casco redondo para o Campo de Piranema, um projeto com contrato de aluguel por 11 anos da plataforma de casco redondo, a primeira do mundo, ao custo de U$ 1 bilhão de dólares. Mostrei a farsa, mas o Gerente Geral da Petrobras em Sergipe, Geólogo Eugênio Dezen, apresentou um relatório elaborado pela empresa de consultoria DeGoleyr&MacNaughton atestando a economicidade do Campo de Piranema, tendo solicitado ao MPF/SE para que eu não tivesse acesso ao mesmo, o que de fato aconteceu, ou seja, o MPF/SE não permitiu que a parte denunciante envolvida tivesse acesso a documentação, o que torna o caso mais suspeito ainda, porque tal decisão fere frontalmente a CF/88. O que levou então o MPF/SE a cometer essa ilegalidade? (Lula e Déda inauguram Piranema e O custo do fracasso de Piranema) Infelizmente eu estava certo novamente (Os projetos da Petrobras para Sergipe).
Levei também ao conhecimento dos Senhores e Senhoras, quando do anúncio da descoberta do Pré-Sal (Pré-sal: farsa ou propaganda enganosa?), que se tratava de propaganda enganosa do governo federal e nenhum dos Senhores e Senhoras se dignou em pedir explicações justificadas, com exemplos reais, sobre os meus questionamentos a Petrobras ou a qualquer dos milhares de assessores parlamentares, os quais continuam válidos, e que sem explicações fundamentadas fica evidenciada a farsa.
A CPI da Petrobras poderia ter esclarecido este estelionato eleitoral, mas a maioria dos Senhores e das Senhoras preferiu calar e trair o País. Agora, ridícula e irresponsavelmente travam uma infrutífera guerra pelos royalties de um volume de petróleo inexistente no Pré-Sal, quando o País clama desesperadamente por socorro na saúde, na educação, na segurança, na... E em todas as áreas, dos 40 ministérios, cada um deles envolvido mais que outro em atos eivados de ilegalidades contra a administração pública e contra o cidadão, alguns com casos explícitos de corrupção generalizada.
Todos os questionamentos, principalmente sobre os valores utilizados como parâmetros nas simulações dos volumes descobertos, podem ser vistos novamente em: As descobertas da Petrobras no pré-sal brasileiro e A confusão com a terminologia da Petrobras para os volumes do pré-sal
Para encerrar, alguns deles que Petrobras também não sabe explicar:
“Teoria Orgânica” versus “Teoria Inorgânica” para a origem do petróleo do Pré-Sal:
a) Origem orgânica:
Petróleo é marinho ou continental? Onde está a rocha geradora do petróleo? A rocha geradora está em contato com a rocha reservatório? O volume de rocha geradora é compatível com o volume de óleo descoberto, segundo a Petrobras? Se a rocha geradora não está em contato com a rocha reservatório, o petróleo migrou de onde e por onde? Através de falhas geológicas?
b) Origem inorgânica:
Onde e quando foi gerado, quando e por onde migrou para a rocha reservatório? Através de falhas geológicas?
Portanto, se a migração foi por falhas então as rochas reservatórios não tem essa tão propalada continuidade, fato esse corroborado pelos poços secos perfurados, o que diminui sensivelmente a área em extensão dos reservatórios e armadilhas e, consequentemente, o possível volume de petróleo descoberto.
Em síntese, o problema é que a Petrobras não consegue se explicar geologicamente quanto ao volume de petróleo descoberto e anunciado com estardalhaço pelo governo federal, volume esse totalmente questionável, tanto pela “Teoria Orgânica para a Origem do Petróleo” (com a qual a Petrobras trabalha e para isso montou um dos maiores laboratórios de geoquímica do petróleo do mundo) quanto pela “Teoria Inorgânica”.
Desejo todos os Senhores e Senhoras que vivam o suficiente para verificarem que infelizmente mais uma vez estarei certo, no caso da FARSA do PRÉ-SAL. Pobre BRASIL!
Atenciosamente.
Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva.
Fonte:  Usina de Letras
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Terror, Tortura Mental e Lavagem Cerebral

por Arlindo Montenegro
Uma diabólica máquina de engenharia social, criada em Londres, está ativa e baliza toda a propaganda, toda a divulgação cultural, todas as escolas, todos os programas de treinamento empresarial. 
Entre os que prezam a informação off road”, exercício cuja prática obrigatória foi afastada dos centros acadêmicos, sabe-se como funciona o poder real da Nova Ordem Mundial.
Sabe disso quem mete a cara nos livros firmados por esparsos pesquisadores de história e costumes, jamais traduzidos e divulgados neste Brasil varonil. 
Mas a grande galera pouco sabe. Ela liga a tevê para inebriar-se com a dose diária de imagens  algumas imperceptíveis para a mente consciente  os sons e as palavras suaves ou agressivas, tudo bem dosado para a lavagem cerebral continuada, nos filmes, nas novelas, nas pautas dos telejornais e grandes reportagens, no discurso dos políticos e intelectuais a serviço da nova ordem socialista. Assim, tudo se vai instalando e exterminando valores e costumes. Propaganda para o extermínio mental. Notícias aterrorizantes!
O que se planta a cada instante, desde a infância, desde a escola básica é homogêneo e se impõe de modo sutil em quase todo o planeta, com raras ilhas de exceção à regra. Nas Américas, na África e na Ásia, o terror estruturado pelos “engenheiros sociais” apareceu no século passado, na forma de movimentos guerrilheiros, mostrados pela imprensa mundial e literatura da época, como antagônicos ao modelo capitalista de desenvolvimento.
Todos reproduziam informações das mesmas fontes, das mesmas agências de propaganda, estas, de propriedade de membros de um mesmo grupo, com o objetivo de controlar a opinião pública. Apenas a “opinião”, esta coisa ligeira carente de reflexão sobre múltiplos aspectos da realidade.
Todos desconheciam a informação sobre a ajuda de um laboratório de guerra psicológica sediado na Inglaterra, somada à contribuição de empresas, governantes e magnatas americanos e europeus, que foram os reais sustentáculos da revolução russa, “que de fato nunca foi russa”, mas execução da ideologia dos futuros Bilderberger, apoiados pelo Instituto Tavistock, que deflagraram violenta guerra psicológica sobre a família Romanov. “Foi um conflito armado político, uma guerra de baixo nível e psicológica no qual Tavistock tinha se tornado altamente versado”. A respeito, o comentário de Winston Churchill: “Transportaram Lênin em um caminhão fechado (ou blindado) como o bacilo da praga, da Suíça até a Rússia e então, uma vez estabelecido, Lênin e Trotsky tomaram a Rússia pelos cabelos.
Esta velha revolução cultural tem efeitos mais profundos. Age nas entranhas, como veneno que transmuta as convicções que alimentaram a construção de civilização cristã no ocidente, e as crenças do mundo budista, hindu, islâmico e suas variações. Cultura homogeneizada, religião homogênea, estado único totalitário propagandeando o “tudo pelo social”. Uns poucos humanos nascidos no pós-guerra dedicam-se ao garimpo de documentos que expõem a organização de mentes, propósitos, recursos e ações voltadas para o controle total da humanidade. 
O mais divulgado dos relatos que expõem a dependência das nações a um só grupo, que detém mais da metade, senão a quase totalidade dos recursos mundiais, está descrito no livro “A verdadeira história do Clube Bilderberg”, de Daniel Estulin, publicado no Brasil pela Editora Planeta, sumido das livrarias e proibido em alguns países europeus.
Evidencia o domínio da economia mundial por um grupo de 300 famílias da nobreza européia e dos EUA, que determina a cada ano como devem ser distribuídos os recursos entre as nações. Têm poder e controlam os Bancos Centrais, FMI, Banco Mundial, Fundações, ONU, Otan, chegando até o Vaticano e o Kremlin, invadindo a nossa casa, a nossa vida, os nossos pensamentos e escolhas.
Os estudos de controle da mente e lavagem cerebral tiveram seu ponto de partida em 1914, em Londres, como anexo do serviços de inteligência do exército britânico. A organização foi sacramentada pelo Lord Northcliffe, casado com uma Rockfeller, auxiliado pelo americano Walter Lippman e pelo sobrinho de Sigmund Freud, Edward Bernays.
O “Instituto Tavistock de Relações Humanas cresceu para não ter par na área de criação de propaganda ... adequada a todos os aspectos da vida ...” Ou seja, como numa batalha, vale tudo para garantir a vitória: “os fins justificam os meios”. Vale tudo!
Em casa, diante da televisão, ligadão nas imagens do esporte preferido, vendo a apresentação de um grupo de dança, novela, ou um filme, sem perceber, somos bombardeados por sugestões que a mente arquiva, sugestões associadas ao prazer do entretenimento.
O ignorado, o que jamais lhe foi dito, é que:A correta aplicação da propaganda a qualquer tema, seja ele econômico ou político, é um elemento essencial no mecanismo de controle do governo. Stalin disse uma vez que caso se queira obter uma população dócil, então o medo e o terror tinham que ser lançados sobre ela”. 
Está acontecendo nos Estados Unidos, na Europa, no Brasil, no mundo. Na cena política, dizem que o comunismo já era. Na realidade, as “massas” estão aplaudindo e cooptando a aceitação plena dos mecanismos coletivistas totalitários. Nas Américas, como na África, pessoas de formação estalinista ocupam os cargos mais altos dos poderes que aprendemos a respeitar, porque foram constituídos para assegurar as liberdades democráticas.
A propaganda é dirigida às massas em mensagens elaboradas cientificamente para a submissão mental. Por exemplo, a publicação repetitiva de pesquisas de opinião deixa marcas e o conteúdo passa a ser aceito pelas pessoas sem comprovação racional.
Um outro exemplo: “Vacine-se! O governo disponibiliza milhões de doses adquiridas a alto custo ... cuide-se para evitar a gripe porcina ...” — Uma vacina proibida em vários países, porque foi elaborada (por erro!!!) com vírus vivos. Uma vacina denunciada internacionalmente por ser parte de um programa de controle populacional “secreto”, isto é, feita para instalar a morte imediata ou lenta.
A propaganda controlada pelo Instituto Tavistocké sádica, desumana e bestial, planejada para quebrar o orgulho natural das vítimas, para quebrar a vontade de resistir”, objetivando reduzir a massa humana à condição de “prisioneiros ao nível de animais”. Estamos sendo forçados a mudar, impotentes diante dos modernismos, “de acordo com uma fórmula cuidadosamente planejada pelos cientistas sociais do Instituto Tavistock”.
Vivemos no espaço de uma aberração da história, “produto final de uma crise social e moral deliberadamente induzida ... nos “reality shows” como o Big Brother, que valorizam os mais baixos instintos, nos filmes e novelas que apresentam costumes solertes e desvalorizam a mulher destacando-a como “bunda” para levar o “tapinha que não dói”, joia desta música da modernidade decadente, de comportamentos grosseiros e ausência de respeito nos lugares públicos e nos lares. Um tempo em que os exemplos destacados são drogados, ladrões e bandidos de todo tipo.
Fonte:  Alerta Total
COMENTO: (ATUALIZAÇÃO DE POSTAGEM) é interessante o fato de algumas pessoas demonstrarem um conhecimento "além de sua época". Acredito que o hábito de serem bons leitores ajudam a aquisição dessa característica. Além disso, as experiências de vida facilitam a visão das coisas que a maioria das pessoas não percebem. Sempre admirei os escritos de Arlindo Montenegro, e tinha a curiosidade de saber mais a respeito dessa pessoa. Isto foi esclarecido em março de 2022, por ocasião do falecimento de José Anselmo dos Santos, o famoso "Cabo Anselmo", quando o jornalista Jorge Serrão revelou que Arlindo Montenegro era um nome fictício que José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, usava para publicar seus textos no blog do amigo que o apoiava.  
https://jovempan.com.br/jorge-serrao/a-morte-do-cabo-anselmo-o-homem-que-nao-existiu.html

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Passado a Limpo

por Carlos Brickmann
Para o PCdoB, até o passado é imprevisível. Na luta para livrar o ministro dos Esportes, Orlando Silva, das acusações que lhe foram feitas, o partido delirou: no (último) programa partidário para TV, tratou a História como massinha de moldar.
De repente, citam Luiz Carlos Prestes, Niemeyer, Drummond como grandes nomes do partido. Prestes, líder do PCB, linha russa, era inimigo do PCdoB, linha chinesa. Quando a União Soviética denunciou os crimes de Stalin, seu antigo ditador, Prestes e Niemeyer aceitaram as denúncias (Drummond já nem era comunista); o PCdoB ficou fiel a Stalin, rompeu com o PCB e mudou de nome.
Na época da ditadura, havia comunistas do PCB e do PCdoB na prisão. Quem falasse com o pessoal do PCdoB não era aceito para diálogo com a turma do PCB. Era esse o nível da inimizade, o tamanho da divergência: os heróis de um partido eram os que o partido inimigo considerava traidores.
Não, não houve erro ao recontar o passado. Houve manipulação deliberada, porque os dirigentes do PCdoB sabem melhor do que todos o que foi sua luta com o PCB. Houve uma tentativa de buscar para o partido os nomes históricos que, supõe o PCdoB, lhe dariam maior respeitabilidade. Tanto em russo, a língua preferida do PCB, como em chinês, o idioma do PCdoB, isso se define numa palavra extremamente precisa: falsificação. Se é desse jeito que pretendem salvar o ministro Orlando Silva, é melhor já ir pensando no nome de seu substituto.
Aliás, o PCdoB esqueceu Roberto Freire, que dirigiu o PCB. Discriminação?
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Mexendo geral
Em tempo: o PCdoB só exacerbou uma tendência da maior parte dos políticos brasileiros. Não faz muito tempo, Marta Suplicy chamava Maluf de "nefasto"; nas eleições seguintes, ele a apoiou. Maluf e Lula se odiaram enquanto foi conveniente para os dois. Lula chamava Sarney de ladrão e fez o possível para desmoralizar Collor, antes de chamá-los para ser seus aliados. Serra e Fernando Henrique fundaram um novo partido porque, segundo diziam, não aguentavam conviver com Quércia  que, ao lado de Fernando Henrique, apoiou Serra para a Presidência.
Aliás, alguém lembra que Sarney começou na política pela esquerda?
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Bola de cristal
No Brasil, é mais fácil prever o futuro do que o passado. Tão logo, em 2007, se decidiu que a Copa seria por aqui, quem não previu que iriam botar a mão?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Corda de Enforcado

por José Geraldo Pimentel
A energia atômica caminha para ser usada apenas como arma de dissuasão. Como geradora de energia está com os dias contados. 
Chernobyl, cidade-fantasma localizada no norte da Ucrânia e, recentemente, a usina nuclear de Fukushima, no Japão, vieram mostrar que essa forma de produção de energia elétrica é ‘limpa’ no linguajar politicamente correto, mas perigosa para a segurança humana. E aí entra a corrida às fontes de energias tradicionais. O petróleo está no topo da lista. 
Quem tem reservas de petróleo, e não possui exércitos para garantir, está caindo nas mãos dos lobos. Estados Unidos, França, Itália, e outros países ditos do primeiro mundo, atacam os países, desestabilizando os governos e colocando outros figurantes para lhes representar no jogo da hegemonia planetária dos mais fortes. O Oriente Médio está caindo como fruto podre. Idem o norte da África. A maioria de seus lideres, que antes foram alçados e protegidos no poder por essas mesmas forças que hoje lhes tiram do governo, caem um a um, abrindo as torneiras do óleo negro, que um dia após a queda, jorra pelo ‘ladrão’, derramando combustível até pelas torneiras da cozinha. Óleo barato e farto, sem pressões de aumentos determinados pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). 
O mundo assiste ao saque que as nações ricas fazem contra os países indefesos, e nada reclama. Não entra na divisão do bute, não se beneficia com o assalto; e cala temeroso.
Aí eu pergunto: Por que os países que possuem armas atômicas, como a Turquia, Índia, Korea do Norte, Rússia e China, não são molestados? Estes são santuários onde os poderosos não se atreveriam colocar os pés. O Irã, que inicia uma corrida em busca de um artefato nuclear, está na mira dos potentados. Virou a bola da vez. O problema é saber se o ditador Mahmud Ahmadinejad balançará enforcado em uma corda, ou levará uma meia dúzia de tiros na cabeça, refugiado, como de sempre, em seu torrão natal. “— É doce morrer em casa”, dirão alguns. Se ele vencer a corrida da construção de sua primeira bomba atômica, estará salvo da ganância dos poderosos.

Essa corrida assassina em busca do petróleo, começa a me preocupar. O ex presidente Lula já está na mira da ganância dos potentados. Encheram-lhe o ego, chamando-o de ‘o cara’! Ele acreditou. Imagina ser o brasileiro mais ‘ético e moral!’ Para ele roubar faz parte do processo de tomada do poder. “— Se fui eleito, logo passei a ser dono do país!
Para o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil deixou de ser uma nação e se transformou numa propriedade particular. Seus amigos mobíliam todas as repartições públicas. Inchou o número de ministérios e criou dezenas de secretarias especiais para abrigar os expoentes do partido e das agremiações políticas que o apoiam. Nesse processo são dispensadas as qualificações. Vale a servidão ao todo poderoso governante, que mesmo tendo uma mulher à frente da presidência da república, continua mandando no país. É o Presidente do Conselho de Governo da Federação Russa, Vladimir Putin, à moda brasileira.
Aos auxiliares que extrapolam o avanço ao pote, deixando rastro do assalto aos cofres públicos, ele recomenda que devem ter ‘cascos duros’, e não entregarem os cargos.
“— Firmeza, camaradas!” Ordena. “Vocês não cometeram nenhum crime, apenas praticaram pequenos deslizes!”

O Ministro dos Esportes, Orlando Silva, com todas as denúncias de malversação do dinheiro público, continua no cargo. O ex presidente ordenou que fosse mantido no cargo, e ele continua absoluto, ainda que descredenciado pela FIFA. Eu imaginava que ao ser comunista, o máximo da transgressão seria comer ‘criancinhas’ — o que já é bastante preocupante, pois não se sabe se agem como pedófilos, ou canibalizam as pequenas vítimas —, mas roubar descaradamente e pousar na televisão de vítima, é esculhambar demais a legenda do PCdoB.
O partido comunista brasileiro vive infernizando o país a cerca de 90 anos. Em todos os conflitos políticos que marcaram a história do país nesse período, sempre estavam lá as mãos desses criminosos. São uns genocidas natos! Só não sabia que eram também mãos-leves. Ratazanas pestilentas como os comuno-petistas que tomaram de assalto o poder.
Vejo na minha bola de cristal uma corda sendo lançada no pescoço de um marginal. De um ex presidente da república, sem nunca ter sido. A dúvida é se antes da corda, uma rajada de tiros não imita o fim trágico do ex ditador da Líbia, Muamar Kadafi.
“— Deus, não permita isto!” Suplicou Kadafi diante da fúria dos seus beneficiados com a bolsa família oriental.
Por que os ditadores quando se vêem perseguidos, correm todos para suas terras natais; e são capturados em quarto de sua residência, em buraco cavado no fundo do quintal ou em tubulação de esgoto? Nesse ponto os ditadores imitam os nossos traficantes. Eles se refugiam nos altos dos morros, escondem-se debaixo da cama de suas residências, e são capturados pela polícia. Depois acontece a cena que se assiste pela televisão. O bandido é morto a tiros e desce o morro transportado num carrinho de mão, deitado de bruços, com a cabeça balançando na frente. Chocante a cena!
Ser bandido não é sinal de esperteza. O cara é burro, mesmo! Só tem pompa e circunstância. Se é endeusado pelos canalhas, aí gruda um microfone em uma das mãos e banca o pop star, correndo de um lado para o outro em cima de um palco, aplaudido por uma multidão de famintos, alçados à condição de ‘classe média’, pelo fato de serem assistidos com uma Bolsa Família que não cobre o valor de um quinto do salário mínimo! Esses enganados serão os carrascos que gritarão em seus ouvidos, quando apelar por misericórdia. “ Cala boca, seu cão!
Aqui cabe uma observação. Esta semana a revista Carta Capital, edição nº 668, trás um artigo assinado pelo jornalista Leandro Fortes com o título: ‘Nós, os inimigos’. Inverte o conteúdo de um documento produzido pelo Exército que orienta o pessoal de informação como proceder diante dos acontecimentos nacionais. É um texto com 162 páginas que se chama ‘Manual de Campanha - Contra-Inteligência’. Todos os exércitos do mundo, independente dos órgãos especialmente criados para exercer este trabalho, têm esta seção de coleta de dados.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, inflado pelos comunistas, ‘quer saber se a Marinha e a Aeronáutica produziram manuais semelhantes’. ‘Elementar, meu caro Watson!’ 
Essas Forças também criaram e exercem esta tarefa que é inerente à segurança das FFAA. A instituição militar não pode ficar refém das informações produzidas por órgão ligado diretamente à presidência da república, como o Gabinete de Segurança Institucional. 
No bojo dos revoltados pela criação do manual de informação do Exército, está um certo capitão, comunista por opção — que vive aos abraços com o ex presidente Lula, o ex ministro da Justiça (hoje governador do Rio Grande do Sul), Tarso Genro, e é só elogios para os canalhas petistas, como o ‘mensaleiro’ José Dirceu. Aparece na matéria como entrevistado, fazendo-se de vítima. No seu imaginário de desocupado pouco criativo, acha que é reformador da doutrina militar. 
Este cidadão peca duas vezes: não tem capacitação cultural para se envolver num obra de tamanha magnitude, e é um limitado moralmente, pois se tivesse um mínimo de auto respeito, já teria solicitado exclusão das FFAA, mas vive por aí, implorando uma reforma como inválido para o serviço militar. Uma pena! Jogar uma carreira às traças, só por que ouviu o galo cantar e não sabe aonde!
Nossas jazidas de petróleo — principalmente as descobertas em áreas de pré-sal, que por se encontrarem localizadas fora dos limites de nosso mar territorial (12 milhas náuticas, 22 quilômetros), causam sérias preocupações —; as jazidas minerais; a biodiversidade das florestas da Amazônia; os reservatórios subterrâneos de água doce, um dos maiores do planeta; nossas imensas faixas de terras cultiváveis, etc., são alvos constantes da cobiça internacional. E ainda se entrega parte do nosso território — extensas faixas de terras transformadas em reservas indígenas autônomas — a tribos que são manipuladas pela presença de colonizadores estrangeiros. Terras localizadas em áreas de fronteiras, onde não é permitida a entrada de brasileiros; até as FFAA precisam de autorização do cacique (porta voz dos diretores de ONGs estrangeiras), para entrar. A IV Frota Naval dos Estados Unidos esteve fazendo uma inspeção em nossas reservas de petróleo, descobertas em áreas de pré-sal. O poder de fogo dessa frota — apenas ela — é capaz de colocar os nossos exércitos de joelhos. 
Bandeira branca! Responderão os nossos generais, ante a ordem de rendição dos invasores. 
Disciplina! Ordem se cumpre! E entregam o país.
A nação precisa acordar para o aparelhamento das FFAA. Não podemos levar adiante este mundo de picuinhas em que meia dúzia de lesas-pátria, quer transformar os nossos soldados em pasto de uma vingança descabida. Urge que a nação construa urgentemente a sua bomba atômica e seus lançadores de artefatos nucleares. O país precisa de segurança para sobreviver como nação. Acorda Brasil!
José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2011.
Fonte: texto adaptado de Pequenas Histórias

domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre Ídolos, Hipocrisia, Falsidade, Patifaria e Congêneres

Em fevereiro, publiquei aqui um texto do Janer Cristaldotratando sobre como "a estória se repete" na forma de tragédia ou palhaçada, parodiando o trabalhador aquele que sempre viveu pendurado nas burras de algum amigo rico enquanto se dedicava a criticar a riqueza alheia.
Volto a publicar o texto, ilustrando-o com imagens colhidas na rede mundial.

por Janer Cristaldo
Pois... isso de chefes de Estado do Ocidente ficarem se roçando junto a dirigentes árabes acaba caindo mal.
Agora que Kadaffi mandou bombardear os manifestantes em cidades líbias e promete publicamente matar quem lhe faça oposição, como ficam na fotografia os líderes ocidentais?
Tony Blair recebeu afavelmente o ditador e o qualificou como parceiro na guerra contra o terror. Logo Kadaffi, que deu apoio aos terroristas que explodiram um avião sobre Lockerbie, matando 270 pessoas.
Silvio Berlusconi encontrou em Kadaffi uma alma gêmea. 
Condoleeza Rice foi homenageada pelo assassino com jantar de gala.
Kadaffi acaba de declarar que não irá deixar a Líbia, que é "a nação de seus ancestrais", e irá morrer no "honrado solo de seu país". Traduzindo: vai matar mais gente, até que não possa matar mais ninguém.
Ditador nenhum gosta de morrer no honrado solo de seu país. Ditador sempre prefere morrer em exílio dourado.
Lula o considerava “amigo e irmão”. Ao longo de seus oito anos de mandato, teve quatro encontros com o ditador. Em um deles posa com Kadaffi, ornado com um de seus berrantes parangolés, de um amarelo de doer os olhos. Justifica:
Quando o primeiro-ministro britânico se reúne com o Kadaffi, todo mundo acha o máximo, mas quando eu me reúno com ele, todos criticam — rebateu Lula à época do segundo encontro.
Ou seja: se o premiê britânico abraça um tirano, eu também posso abraçar. Curiosa lógica. 
Mas o melhor está acontecendo na França. Em 2007, o coronel Muamar Kadaffi visitou um de seus congêneres, o presidente Nikolas Sarkozy.
Em tais encontros, a praxe é que o evento seja registrado com uma fotografia oficial. Nesta foto, um Sarkozy sorridente, em gesto afável, aperta a mão do ditador, que por sua vez ergue o braço esquerdo em sinal de plena adesão.
Segundo leio no Nouvel Obs, a França aderiu à prática soviética de eliminar da história companhias inconvenientes. Stalin era mestre nisto. É célebre a foto de um discurso de Lênin, em 1920, na qual a foto de Trotsky foi apagada. E isso quase um século antes do photoshop.
Pois bem. No atual site da Presidência da República, que faz a cobertura completa do governo Sarkozy, com mais de dez mil fotografias, a foto do ditador líbio apertando a mão de Sarkozy sumiu. Nem precisa mais retoques, nem photoshop. Basta detonar a foto.
Espantoso ver, em 2011, um presidente francês usando recursos stalinistas dos anos 20 do século passado.
COMENTO: não chega a causar tanto espanto, agora que o ex-líder e atual ex-ditador está comprovadamente morto, verificarmos o quanto esse pessoal ama a democracia e a paz mundial.
O terrorista dos anos 80, líder do mundo árabe nos 20 anos seguintes, rebaixado a tirano nos últimos dez meses, teve seu reino bombardeado por forças militares da OTAN, com o apoio histérico das lideranças políticas francesa, italiana e alemã e um suporte moral mais discreto das demais "potências", sob o argumento de defesa da população civil.
Certamente, os mortos em tais bombardeios não faziam parte da população civil. Interessante ninguém se preocupar com a população civil da Somália. 
Como no Iraque, as grandes multinacionais dedicadas ao ramo da construção já se organizam para a "reconstrução" do país, em troca, é claro dos petrodólares líbios. Nada a favor de Muammar Kadafi (ou Ghadhafi na melhor aproximação da pronúncia oficial), mas se a "nova direção" líbia tentar pensar em estabelecer condições para essa "reconstrução", não vai se sustentar por muito tempo. 
Mas ao vermos as fotos mostrando, em um momento, sua recepção com cordialidade pelos dirigentes mundiais e sabendo-se que no momento seguinte essas mesmas pessoas incentivaram sua destruição como autoridade e como ser humano, dá um certo mal estar e descrença geral na honestidade do bicho gente.
É certo que alguém já afirmou com precisão que no jogo diplomático não existe amizade entre países, mas somente interesses nacionais, todavia assistir tanta falsidade e hipocrisia em "líderes" mundiais é muito desconfortável. É claro que não é novidade. Saddan Hussein, Osama Bin Laden, o próprio Bachar Al Assad (aparente "bola da vez") já serviram de exemplo de como o vento muda ao soprar sobre os tais interesses nacionais, mas que é nojento é!
O jornalista Carlos Chagas, ainda hoje, escreveu:
"O espetáculo medieval do assassinato e mutilação do cadáver de Muamar Kadaffi nos leva à suposição de no futuro o falecido passar de ditador a vítima, depois mártir e finalmente a herói em seu país. Será sempre bom lembrar que Napoleão, depois de Waterloo, era mostrado na imprensa européia como o monstro sanguinário isolado em Santa Helena até a morte. Com os Bourbon outra vez no trono, a Santa Aliança e a volta das monarquias absolutas, ficou sufocado o sentimento majoritário francês, a ponto de divulgarem que o “filho da Revolução” tornara-se o “genro da Reação. Passadas poucas décadas, no reinado de Luis Felipe, com o corpo de Napoleão transladado a Paris, atravessando a cidade em cortejo monumental, milhões de cidadãos ficaram nas ruas para pranteá-lo. Cada país tem o Napoleão que merece. Kadaffi foi um déspota cruel, impôs sua vontade por 42 anos, mas criou uma nova Líbia, com maciços investimentos em educação e saúde públicas. Melhor aguardar o pronunciamento da História."
De tudo, nos resta que a vaidade humana é uma grande imbecilidade. E temos tanta gente "se achando o máximo"!
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As ONGs, os Políticos e seus Partidos num Lucrativo Conúbio Carnal

por Valmir Fonseca
Em recente denuncia envolvendo o Ministério dos Esportes, descobrimos que só em 2010, pelo menos R$ 69,4 milhões foram parar nos caixas de 42 ONGs e entidades de fachada controladas pelo PCdoB.
Basta que sejam expostas patifarias e maracutaias de membros, em geral da alta cúpula do desgoverno (Ministros?), ou das suas proximidades, (para) que entre os deslizes contumazes aflore sua estreita ligação com fictícias, desconhecidas, esdrúxulas e desnecessárias Organizações Não Governamentais.
É comum que aquelas entidades sejam capitaneadas por velhos conhecidos, com estreitas ligações em outros estranhos conchavos do passado, quando não aparentados em primeira instancia com a autoridade denunciada. É o marido ou a esposa, o irmão, o cunhado, um velho amigo, um antigo assessor e assim por diante.
No seu afã de bem servir, as autoridades empenham-se ao máximo para que a caridosa entidade receba polpudos recursos. Poderíamos chamá-los de mecenas, de idealistas, de magnânimos, não fossem tão bondosos com os recursos do tesouro nacional.
Contudo, aparentemente, estão a salvo das denuncias, em geral límpidas, plenas de indícios de esbórnias e combinações que extrapolam os propósitos da Organização, pois as descobertas só causam um frêmito inicial de indignação e estupor para a seguir resvalarem no desvão do esquecimento.
Não consta qualquer providencia mais efetiva de aprofundamento nas contas da ONG que possa repercutir no currículo ficha limpa dos envolvidos. 
É a lei do silêncio, como se por ordem divina ninguém movesse uma palha para descortinar os meandros das maracutaias. Parece que determinadas ONGs, assim como os sindicatos e o MST estão isentos de qualquer fiscalização.
Sem dúvida, o caminho do apadrinhamento, quando não da criação de pomposas ONGs, a principio de cunho social, é uma boa trilha, de fácil acesso, para efetuar vultosos desvios de recursos sem muitos atropelos. É o caminho para a obtenção de ganhos financeiros pessoais ou para o seu partido, visando suprir por linhas diretas o seu patrimônio e o caixa dois dos custos de campanha.
No caso do MST, por exemplo, só na base das últimas invasões de fazendas, de prédios públicos, aquela entidade ilegal, pois nem uma miserável e fajuta ONG é, e que não existe, receberá, conforme promessa de um ministro, mais de 400 milhões de reais para os seus intentos.
Podemos considerar que determinadas ONG são em ultima análise como pequenas autarquias, um instrumento de fácil manuseio para desviar recursos e patrocinar enriquecimentos ilícitos. 
Logo, os espertalhões acabaram descobrindo nas ONGs em geral, mascaradas ferramentas para a concretização de ações politicamente corretas (dicotomias), um excelente prostíbulo para um lucrativo conúbio carnal.
Não sem razão, existe uma grita para um efetivo controle das milhares de ONGs que proliferam no País como praga, especialmente em nossa Amazônia, de sua real finalidade, dos seus trabalhos efetivos e do emprego dos recursos amealhados. Tudo em vão. Existem barreiras que obstruem qualquer fiscalização. 
Por que será?
Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Presidente do Ternuma, é General de Divisão R1.
Fonte:  Alerta Total
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sábado, 22 de outubro de 2011

Resposta à Carta Capital - Ed 668

por Jorge Alberto Forrer Garcia
Senhor LEANDRO FORTES, repórter da revista Carta Capital.
Sobre reportagem de sua autoria na edição nº 668, de 19 de outubro de 2011, gostaria de levar ao seu conhecimento que se segue:
Uma vez que o senhor leu, mesmo que por alto, esse Manual de Campanha que tanto detrata em sua reportagem, deve então saber que seu trabalho enquadra-se na técnica de propaganda conhecida como “propaganda divisionista”. Isto é, um textozinho que se mostra indisfarçável na sua intenção de atingir os militares, com o intuito de afastá-los ou indispô-los contra a sociedade. Por isso, divisionista.
Usando uma técnica de contrapropaganda que o senhor conhece, vou tentar rebater ponto a ponto, parágrafo por parágrafo, as insanidades por você escritas, mas sei que, como nas tantas outras reportagens do estilo dessa sua, que nem novidade é, será gastar muita pólvora com tico-tico.
Começo pelo fim. Quando o senhor desconsidera o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) que teria terminado uma nota à sua revista com o que o senhor considera como uma ameaça, saiba (sim, porque o senhor provou que não sabe) que o que ali está dito nada mais é do que um parágrafo do Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002 (Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado...) assinado pelo então presidente Lula. 
Diz o Decreto: 
Artº 37 – Parágrafo 1º ... “Todo aquele que tiver conhecimento, nos termos deste Decreto, de assuntos sigilosos, fica sujeito às sanções administrativas, civis e penais, decorrentes da eventual divulgação dos mesmos.”   e 
Artº 65 “Toda e qualquer pessoa que tome conhecimento de documento sigiloso, nos termos deste Decreto fica, automaticamente, responsável pela preservação do seu sigilo.
Portanto senhor jornalista, não se trata de ameaça, senão do cumprimento do que a lei preconiza. Caso o senhor não goste da lei, vá queixar-se a quem a fez e a sancionou, e não venha com insinuações de baixo nível para cima de quem a cumpre.
Quanto ao título de sua reportagem — caso o senhor tenha realmente estudado o manual, como os militares que, por dever de ofício o fazem, trata-se de uma “generalização brilhante”, pois emprega a palavra “nós” para iludir seus leitores. O senhor não tem procuração minha para falar em meu nome e, certamente, no nome de tantos outros brasileiros. Ao dizer “Nós, os inimigos”, o senhor peca novamente, por generalizar indevidamente. Eu, assim como tantos outros brasileiros, não me considero um inimigo do Exército.
Quando o senhor emprega erroneamente o conceito de “Forças Adversas”, deveria ter procurado saber que esse conceito veio justamente para acabar com a antiga expressão “inimigo interno”, antigamente usada para referência às forças citadas no manual e que tem potencial para perturbar a lei e a ordem. Como devia ser de seu conhecimento, a Constituição de 1988 atribuiu como uma das missões das Forças Armadas “a garantia da Lei e da Ordem.
Então, cabe aos militares estudar o adversário, sob pena de prevaricar de seu dever de estarem sempre preparados para cumprir com seus deveres constitucionais. O senhor como cidadão, o que diria se as Forças Armadas, particularmente o Exército, fossem chamadas a cumprir seu dever e fossem “apanhadas com as calças na mão”?
O manual ao que o senhor se refere não foi classificado internamente como “Reservado”. Ele foi classificado como manda a lei, ou seja, como manda o Decreto a que já me referi. No meu entender, acho até baixa a classificação sigilosa que lhe foi atribuída de “Reservado”. Caberia muito bem a classificação “Confidencial”, o que lhe restringiria mais um pouco a circulação. Talvez assim, jornalistas tendenciosos e mal informados como o senhor não tivessem acesso ao documento. Saiba que a classificação “Reservado” foi atribuída para facilitar a circulação “interna corporis”. Porém, como em outras profissões, como a sua por exemplo, existem os maus militares e — com toda a certeza — foi um desses que lhe facilitou o acesso ao manual.
Saiba que se for para defender a Pátria não incomoda aos militares serem chamados de paranoicos. Não mesmo. O que interessa aos militares é cumprir a missão. Quanto a existirem movimentos sociais, ONG e órgãos governamentais com inspiração adversa ao País como pátria e nação, somente um ignorante pode admitir que não existam. Pelo fato dessa minha carta ser destinado ao senhor, deixo de citar algumas dessas organizações, mas o senhor, que se considera esperto, deve admitir que elas existem. Certos países, bem mais desenvolvidos que o nosso, continuam adotando a expressão “inimigos internos” (“... foreign and domestic enemies ...”). O Exército, para ser coerente com a evolução social do País, adotou a expressão “Força adversa”, deixando a “Força oponente” apenas para os “foreign”, ou seja, para os inimigos estrangeiros.
Quanto ao manual ter sido aprovado por um oficial-general chefe do Estado-Maior do Exército, espanta-me partir de um jornalista esta alusão. Talvez quisesse o senhor que um manual desse nível fosse aprovado pelo “cabo das baias”? Mas no Exército não é assim. No Exército é: “A cada um segundo seus méritos. A cada um segundo suas responsabilidades.” E não passou desapercebida a exploração totalmente desnecessária que a revista fez da imagem de um familiar do General. Qualquer “zé mané” em edição gráfica saberia recortar a foto e publicar apenas a imagem do oficial-generalque, aliás, desfruta de elevado respeito na Força e das pessoas que com ele trabalharam.
O senhor goza de igual respeito senhor jornalista?
Quando o senhor fala de “expediente vetado a arapongas militares desde a Constituição de 1988”, vê-se que nem a Constituição o senhor conhece, pois não há nada nela que trate do assunto. Quando seu textinho fala de “política de infiltração de agentes de inteligência militar em organizações civis, notadamente movimentos sociais e sindicatos ...”, saiba que não existe política nenhuma a esse respeito. A conclusão esdrúxula é de sua total responsabilidade, tentando enganar seus leitores. O senhor mesmo ao reproduzir parte do manual com alusão a essas palavras e ações, diz que se trata do “4-6 Medidas de Contra Espionagem”, quais sejam, medidas que podem ser adotadas para evitar a espionagem adversa ou oponente. Seria o senhor jornalista tão ingênuo que achasse que o Brasil ou uma instituição nacional como o Exército estariam infensos à espionagem? Deixo de falar pelo Brasil, por não me sentir seguro para tal, mas saiba o senhor que o Exército já foi alvo de tentativas de infiltração por integrantes de “forças adversas”, como o crime organizado, por exemplo, ou, no seu entender, o crime organizado não pode ser chamado de “força adversa”?
Sobre o uso do que preconiza o manual para orientar ações disciplinares contra oficiais da Força, queria que o senhor soubesse que as Forças Armadas dispõem de outro manual muito eficaz para essa finalidade que é o Regulamento Disciplinar. O manual que o senhor tropegamente explora apenas diz os cuidados que se deve ter para com o chamado “inimigo na trincheira”, alusão àqueles militares que, desajustados na profissão, passam da posição de lealdade para a de verdadeiros agentes de forças adversas: tornam-se informantes de alguns órgãos, tentam inverter a cadeia de comando, tentam criar hierarquias paralelas, ou envolvem-se com corrupção. Ou, no seu entender, pessoas que agem assim não podem ser chamadas de “elementos adversos”?
Quando o senhor faz referência à Escola Superior de Guerra, dá outra prova de total ignorância sobre o que está tratando, uma vez que a ESG nada tem a ver com o manual. Desafio-o a encontrar uma só referência à ESG no corpo do manual. A ESG trabalha numa outra esfera de atribuições, tão importantes que não lhe deixa tempo para tratar de um manual de campanha do Exército. Como se diz “no popular”, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Em seguida, esse jornalista, consoante o tom divisionista que adota em todo o seu textinho, procura mostrar que foi a Carta Capital que levou ao conhecimento do Ministro da Defesa e existência do Manual de Contra Inteligência e que o ministro — nada além de sua obrigação — consultou os comandantes militares a respeito. Repito, se fez, fez apenas sua obrigação. Ou esse jornalista acha que a cada ministro da defesa que assume, tem-se que dar conhecimento a ele de todos os manuais que as Forças usam? No Exército existem manuais que ensinam como conduzir um cavalo à mão, como ajustar o tiro de Artilharia por combatente de qualquer arma, como calcular cargas de explosivos para trabalhos de engenharia, outro sobre toques de corneta e clarim. Será que o ministro terá interesse em saber o que mais consta deles? Deixar de regular a sua atividade profissional, para uma Força Armada é prevaricar. Quanto ao fato de o manual ter sido distribuído à Marinha e à Força Aérea, o jornalista, se tivesse estudado o assunto antes de escrever besteiras, saberia que é uma prática comum entre as Forças Armadas trocar entre si manuais doutrinários sobre assunto que seus respectivos órgão geradores de doutrina julguem serem de interesse mútuo.
Esse jornalista faz referência a Pandiá Calógeras como se ele representasse a submissão dos militares ao poder civil, quando, na verdade, pelo menos no âmbito do Exército, Pandiá é tido como um dos melhores ministros da guerra que a Força teve. Até hoje existem espalhados pelo Brasil quartéis construídos num formato padronizado no tempo de Pandiá Calógeras. Não importa se o ministro é da guerra ou da defesa. O que importa é que ele entenda para que existem as Forças e as respeitem quanto ao seu emprego. Já tivemos ministros que nem sabiam a diferença entre um blindado e um carro-forte.
Caso o senhor tivesse lido e entendido o texto do manual, sem a intenção de explorar trechos fora do contexto, teria observado que no capítulo sobre a Contraespionagem, no que se refere à Segurança Ativa, está-se tratando da espionagem numa das acepções da palavra, a que trata da espionagem estrangeira no Brasil, de modo a orientar os militares brasileiros sobre o modo como, via de regra, os serviços de Inteligência estrangeiros atuam ... e o senhor, como jornalista, deveria saber que eles atuam exatamente como o ali descrito. Ou o senhor imagina que um adido militar em serviço no Brasil vem para cá somente para admirar nossas belas paisagens? Eles recrutam brasileiros e depois os infiltram onde querem. Sobre controle da Imprensa, saiba o senhor que, infelizmente, essa própria reportagem sua será lida pelos adidos militares em serviço no Brasil e será por eles repassada a seus países de origem, com comentários sobre a insistência da Imprensa brasileira em atacar suas Forças Armadas com a clara intenção de afastá-las da sociedade e aqueles adidos que não conheciam o manual certamente agora vão procurá-lo completo, para conhecer como funciona a contra inteligência do Exército. Quer dizer, o senhor como jornalista brasileiro acaba de prestar um duplo desserviço para com seu próprio País. Aproveitando, a respeito do acompanhamento de militares estrangeiros no Brasil, imagine que, certa vez, pousou, em uma cidade importante, à noite, um avião militar estrangeiro. Um militar desceu e imediatamente tomou um carro alugado que estava à sua espera. Foi direto para Anápolis/GO. Anápolis/GO abriga a base aérea responsável pela defesa aérea do Planalto Central do Brasil. Ainda, como há algum tempo atrás não se fizesse esse acompanhamento, quando ele foi reativado, descobriu-se, em outra cidade importante, um oficial de país estrangeiro que estava há seis anos no Brasil. Tinha até montado uma empresa em bairro nobre da cidade. Isto, da parte do Exército, não é espionagem. É acompanhamento.
Quando o manual fala em “público interno”, incluindo pessoal da ativa, da reserva, reformados e familiares de todo esse grupo, não se trata de incluir civis no sistema de Inteligência e sim delimitar o universo de pessoas que são influenciadas e influenciam de forma mais direta nas decisões da Força. Imagina o senhor que, por exemplo, uma restrição ou modificação inesperada no sistema de saúde do Exército não virá a influenciar a todos, inclusive os da ativa? Posso lhe dar outro exemplo: minha filha cursava o primário num colégio particular em São Paulo. Certo dia, a classe dela foi realizar um passeio de van. Sabe aonde o colégio a levou? Para a frente da 36ª Delegacia de Polícia. E sabe o que foi dito pela professora às crianças? Que ali funcionara um centro de repressão da ditadura e era onde muitas pessoas tinham sofrido torturas. O senhor veja só, senhor jornalista. Crianças de curso primário. É lógico que minha filha ao chegar em casa questionou-me a respeito. Isso a torna uma “agente de Inteligência” sem missão definidano dizer de suas palavras? A esposa de militar da Reserva, ambos com idade avançada, recebe um encaminhamento hospitalar para uma organização civil de saúde e lá ambos são destratados e mal atendidos. Ele vai ao hospital militar que o encaminhou e faz uma reclamação contra a clínica. Isso os torna “agentes de Inteligência” sem missão definida? O que ele está fazendo nada mais é do que defendendo o Sistema Exército, dando conta de um contrato mal cumprido por uma das partes.
Reconhecendo que não devo ter o alcance intelectual desse jornalista, não consigo entender o enfoque que o senhor dá à expressão “público externo”. Se o outro universo foi definido como público interno, o há de errado em considerar as pessoas que estão fora desse grupo de público externo? Até onde eu sei, o que não é interno é externo.
Entenda que — historicamente — o Exército sempre esteve ao lado do povo que, por sua vez, sempre pode contar com ele quando precisou. Isso é História, senhor jornalista. O senhor precisa ler melhores livros. Por mais que os livros de história modernos tentem deturpar a História, os livros clássicos sempre ficam, a menos que alguém já os esteja queimando, como fizeram os nazistas, e eu não saiba.
Novamente, o senhor se esmera em parecer pouco informado ao tentar desclassificar a preocupação que a Força tem com a espionagem em suas próprias fileiras. O senhor deveria saber que a espionagem é um fato, um ato deliberado de quem quer alguma coisa. Até ladrões não partem para um assalto sem colher o máximo de informações sobre seu alvo e, se possível, procuram contar com as chamadas “informações internas”. O senhor saberia dizer-me por que o Exército estaria livre desse tipo de ação? Hilário não é o manual. Hilário é quem menospreza as medidas tomadas pela Instituição em defesa de si própria. Agir diferentemente disso não seria, no seu entender, prevaricar no exercício do dever?
Um agente infiltrado por uma ação de espionagem não tem nada a ver com “inocente útil”, como o senhor afirma. Um “inocente útil” pode ser um jornalista que, por meio de suas reportagens, esteja a serviço de uma ideologia ou de grupos que o influenciam em suas reportagens em benefício próprio. Este é o “inocente útil”.
Quanto ao Exército acompanhar seu público interno, não consigo ver onde estaria o erro. Conto uma história: certa vez observou-se um militar que, do dia para a noite, trocou seu “corsinha” 1.0 para um Toyota Camry. Primeiro, procurou-se ver se ele tinha ganhado algum prêmio ou concurso. Depois, verificou-se que ele financiara a compra do novo carro em prestações, que, com seu soldo, ele não poderia pagar. A fonte do dinheiro era sua esposa, que praticava fraudes na área do turismo. Então, senhor jornalista, onde está o mal da instituição em proteger-se ao procurar saber da cumplicidade de um seu integrante numa fraude rendosa?
Sobre a Contra Inteligência Interna, quando o senhor escreve que a norma tem servido para enquadrar militares que caíram em desgraça dentro do Exército, eu preferiria dizer “militares que se mostraram desadaptados à profissão que escolheram” e o lembraria que a expulsão não é um risco. A expulsão é um ato disciplinar previsto e quem quer agir de modo contrário às normas vigentes assume o ônus por seu comportamento. Sobre o capitão ao qual o senhor se refere não vou fazer outros comentários. Apenas, acho que por ainda estar no serviço ativo do Exército, ele somente deveria se deixar fotografar com a barba feita e não se deixar fotografar tendo como fundo uma estátua de um militar. Quer dizer: provocação pura! E nem esse jornalista deveria insinuar algo de anormal no atropelamento do militar, dizendo que o carro que o atropelou jamais foi identificado. O Exército ainda não tem a função de controlar as ruas da cidade. É possível que ainda venha a ter. Afinal ... é tanta missão fora da sua destinação constitucional. Sobre as estórias do capitão, sugiro que esse jornalista consulte os inquéritos a respeito. Caso algum deles tenha alguma classificação sigilosa, não se intimide em descumprir a lei, publique-os. A lei que protege documentos aos quais foi atribuído algum grau de sigilo não tem importância para o senhorno melhor estilo: “A lei? Ora, a lei!
Em seguida o senhor volta à questão das “forças e/ou elementos adversos”. Senão vejamos. Para uma Força que tem a destinação constitucional de garantir a lei e a ordem, não é lícito conhecer quem:
 pratica ocupação e invasão de áreas públicas e/ou privadas: o senhor desconhece que isso aconteça em nosso País quase que semanalmente?
 bloqueio de vias de circulação: são índios cobrando pedágios ou queimando pneus em vias federais. São movimentos sociais ocupando praças de pedágio, causando atritos com as autoridades, sendo necessário o uso de armas de fogo.
— promoção de greves em setores essenciais: o senhor mesmo cita a recente greve dos correios. O senhor como um cidadão brasileiro, não julga que, num exercício de pensamento, caso a greve dos correios persistisse, não faltaria um gaiato para pedir que o Exército Brasileiro, por sua capilaridade em todo o território nacional, assumisse a entrega da gigantesca demanda acumulada? É possível, pois veja: já somos chamados a distribuir água no Nordeste, patrulhar o Morro do Alemão, a ser guardas de parque na Marambaia, a vacinar cachorros, combater focos do mosquito da dengue, a combater incêndios em Roraima ... por que não entregar cartas? Por fim, nesse parágrafo, por sua própria conclusão, cita um movimento social como “inimigo”. Outra vez lanço o desafio para que esse jornalista mostre no manual onde está escrito que o Exército tem esse movimento social como “inimigo”. A inferência e o uso dessa palavra é totalmente sua, provando sua má-fé no trato do assunto.
Quando esse jornalista trata do Terrorismo, aí então, outra vez, demonstra seu total desinteresse em informar seus leitores, senão o de atingir a credibilidade de uma publicação de responsabilidade do Exército. Caso, mais uma vez, o senhor tivesse lido com atenção o manual, na parte que se refere ao Terrorismo, teria observado que certas organizações seriam sim consideradas terroristas se, e tão somente se, recorressem a atos terroristas para provar suas ideias. Como fizeram os palestinos durante muito tempo, como fizeram os militantes contra o aborto nos Estados Unidos, como o fez por muito tempo o Sendero Luminoso no Peru, como fazem as FARC na Colômbia. Todos são movimentos sociais, mas recorreram a atos terroristas. E mais, o senhor como jornalista interessado nesses assuntos deve saber o motivo de — até a data de hoje — o Brasil não dispor de uma lei antiterrorista. Sabe por quê? Por que as autoridades não se entendem sobre a definição de “organização terrorista” pois, a serem considerados os conceitos universais de organização terrorista, certo “movimento social” como o senhor escreve teria de ser enquadrado naquela definição. E aí como é que fica? Como em tantos outros assuntos, as autoridades preferem fechar os olhos. Não há lobby do Exército para a aprovação uma lei antiterrorismo. O que o Exército quer é conhecer o oponente, senão, como combatê-lo? A exemplo de outros países, pode sim ser necessária uma legislação especial para poder-se dar combate aos terroristas. Haja vista os Estados Unidos que, imediatamente após os ataques terroristas de “11 de Setembro”, instituíram o chamado Ato Patriótico, uma lei de exceção no melhor estilo.
Mais uma vez o senhor se esmera em descontextualizar o texto do manual ao escrever que ali está dito que, se necessário, controlar os meios de comunicação, já que a decisão de difundir deve estar centralizada no mais alto nível da Força. Aqui admito que o texto do manual quis dizer uma coisa mas transmitiu outra ideia. Está-se falando de atividades terroristas. O assunto assumiu tamanha importância depois do “11 de Setembro” que a consequência foi uma severa preocupação com esse tipo de atividade. Daí a necessidade de não se reportar alarmes que, depois, podem mostrar-se de menor significação, alertando ou até causando pânico na população desnecessariamente. Quanto ao verbo “difundir”, quero crer que as pessoas que escreveram o texto usaram-no na acepção que ele tem na Inteligência, ou seja, dar conhecimento a agências externas ao Sistema Exército. Não fosse assim, as agências de Inteligência mais periféricas do Sistema de Inteligência do Exército poderiam sentir-se livres para difundir — regionalmente — possíveis dados sobre ações terroristas, com consequências que poderiam não ser as desejáveis.
No que diz respeito ao Estudo de Situação de Contra Inteligência, no que diz respeito ao campo político, volto a dizer, se esse jornalista tivesse tido o cuidado em contextualizar as coisas talvez pudesse ter transmitido aos leitores o espírito do que ali está escrito. Imagine o senhor se um oficial ou sargento vai comandar uma organização militar em alguma cidade de médio ou pequeno porte sem inteirar-se das características políticas do local. Ele poderá ser instrumentalizado pelas forças no poder, poderá ser envolvido em rixas entre grupos, é possível que venha a sofrer coações ou se tente influenciá-los, para o bem ou para o mal. Existem cidades que amam seus quartéis, já em outras, conforme a localização do quartel em área de elevado valor imobiliário ele pode ser alvo de campanhas para a sua transferência para área menos valorizada. Sobre o conhecimento que se deve ter sobre as organizações de trabalhadores na área de interesse da organização militar, como os sindicatos, pelo senhor citados, imagine o Comandante de um quartel localizado no ABC Paulista, ao avaliar sua área de atuação, deixar de considerar a força representada por aquelas entidadesAlguém que vá comandar um quartel incrustado numa área indígena tem, por obrigação, saber como a FUNAI, por exemplo, atua na área e quais as ONG ali atuantes e que desrespeitam as leis brasileiras. O que de errado há nisso? No meu modo de ver, isso é “agir profissionalmente”.
Encerrando, apliquei nessas minhas considerações algumas das técnicas que o senhor mesmo alude no seu textinho. Procurei desacreditá-lo, procurei colocá-lo em posição de inferioridade e, acima de tudo procurei, usando a técnica de rebater ponto por ponto, ridicularizar essa sua peça de propaganda ideológica. Uma técnica que eu não usaria nesse caso seria a do “silêncio”, mesmo sabendo que a reportagem de hoje embrulha o peixe de amanhã.
Eu, como militar da Reserva tenho a prerrogativa de manifestar a minha opinião, o que é vedado ao pessoal da ativa. Mas isto não quer dizer que falo por eles. Falo por mim e sou o único responsável por tudo o que escrevi.
Muitas instituições nacionais e estaduais, com certeza, mais de quinze, procuram absorver os conceitos do Manual de Contra Inteligência do Exército, por julgarem-no muito bem elaborado, e copiam dele procedimentos que lhes podem ser úteis.
Qualquer país estaria orgulhoso se seu exército dispusesse de semelhante manual. Mas, aqui no Brasil, o que se quer é atacar o Exército nas coisas que ele tem de melhor. Uma delas, o seu Serviço de Inteligência.
Sr. LEANDRO FORTES. Não sei se o senhor é mais novo ou mais velho do que eu. Caso seja mais novo, aceite um conselho: não ponha a sua pena a serviço da ideologia. Se for mais velho, ainda dá tempo de estudar a História do Brasil nos livros antigos que o senhor ainda deve ter.
Escrevi essa carta aberta em respeito à minha condição de militar da Reserva e em homenagem aos oficiais mais novos, da ativa, para que não esmoreçam diante da propaganda divisionista de que somos alvo, quase que diariamente. Saibam que esse tipo de reportagem nos acompanha há cerca de 30 (trinta) anos e, ao contrário de nos dividir, só tem fortalecido o sistema de Inteligência do Exército. Ou melhor, do Exército não. Do Brasil, pois o Exército pertence ao Brasil.
Jorge Alberto Forrer Garcia
Coronel Reformado
Curitiba/PR
Fonte:  Usina de Letras
COMENTO:  o excelente texto do Coronel Forrer Garcia se refere a um amontoado de asneiras que foi publicado na revista Carta Capital a respeito de um Manual Militar que trata sobre Contra Inteligência. A qualidade da "reportagem" pode ser avaliada pela "chamada" que faz, ao se referir a um documento classificado como "Reservado" como "manual secreto do Exército". Pura provocação sensacionalista, feita unicamente com o objetivo de angariar alguns trocados às custas de curiosos, que pagarão pensando encontrar alguma novidade e irão se deparar com um trabalho ridículo, de quem sequer se deu ao trabalho de ler atentamente para criticar o tal manual.