sábado, 28 de maio de 2016

Cultura do Estupro ou Falta de Cultura?

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Saturados de tanto divulgarem gravações de conversas fiadas com conteúdos muito bem planejados e que, ao final, não conduzem a nada - pois não passam de iscas lançadas por um bandido querendo pegar outros para diminuir sua pena ante a Justiça -, os órgãos da mídia do "gigante deitado em berço esplêndido" acharam outro assunto.
Agora é o terrível crime ocorrido em uma "cumunidade", onde uma jovem supostamente foi estuprada por diversos criminosos - falam em mais de trinta.
O crime - e não há outra palavra para descrever o fato - já está sendo considerado por uma especialista como "o caso mais grave já ocorrido no Brasil". Aproveitando o ensejo, a mesma especialista brandiu o dado - obtido não se sabe como -, de que temos um estupro a cada minuto no Brasil. Foi dito, ainda, que antes desse episódio, o mais chocante havia sido o das quatro meninas do Piauí.
A memória das gentes é fraca. Já ninguém lembra da menina  recolhida a uma cela com 30 bandidos que a estupravam em troca do direito de receber alimentação, em Abaetetuba/Pará, em 2007. Destaco que a prisão ocorreu por  determinação de uma juíza o que, talvez, tenha diminuído seu caráter de barbárie.
A menina de 15 anos estuprada por dois empresários mineiros - com a "ajuda" de duas outras jovens de 17 anos cada - terá sido um crime menos cruel por terem sido "só" dois os estupradores? 
Ou quem sabe, a jovem de Brasília dominada pelo jardineiro e sua amante para ser estuprada e depois morta e enterrada no porão da própria casa deve ser considerado um caso menos criminoso por ter sido somente um estuprador e, ainda, auxiliado por sua amante?
Enfim, o que é que choca a sociedade? O número de estupradores? A categoria social da vítima?  Ou a forma como o fato é divulgado pela grande imprensa?
No rastro dessa imensa canalhice, temos os noticiários e as redes sociais repletas de opiniões onde abundam as críticas à "cultura do estupro", ao "machismo", e outras cretinices que insinuam que maus-tratos a mulheres praticados por homens seria um fator cultural brasileiro.
Coisa de gente mal intencionada ou mal informada. Me desculpem o mau jeito, mas "cultura do estupro é o cacête"!
O que aconteceu foi um crime praticado por quadrilheiros que dominam parte da cidade, com a cumplicidade dos usuários de drogas que os financiam. E a conivência de uma grande parte da população local que os protege e esconde, por medo, por simpatia - vendo neles o futuro patrão de seus rebentos - ou por verem neles o amparo que lhes é negado pelo Estado. Afinal, esses bandidos circulam livremente portando suas vistosas armas nos becos, em meio às mulheres e crianças. Geralmente são eles que proporcionam auxílio nos casos de necessidade financeira, de saúde e até mesmo de ... segurança, quando alguém ultrapassa os limites por eles impostos. Diversão, arte e cultura são também disponibilizados por esses donos da favela que patrocinam os jogos de futebol e bailes funck, muitas vezes com farta distribuição da mercadoria que financia toda essa filantropia. Só que não existe almoço grátis. Tudo tem seu preço. E o preço é o de não desagradar a autoridade. 
Cito parte de um comentário lido na internet: "Aí me lembro dos funks que escuto todas as sextas-feiras vindo da favela aqui perto de casa. As letras são indecentes. Fazem apologia a crimes como esse, associando imagens sexuais às "novinhas"." E continua, para definir "as novinhas". "Lembro de um recente "Profissão Repórter" mostrando os hábitos de meninas de 13, 14 anos, em bailes funk. As meninas saem para transar no carro com meninos que acabaram de conhecer. E voltam para dançar e encontrar o próximo menino."
Quem fala em "cultura do estupro" afasta-se muito - por desconhecimento ou má fé - do conceito de "cultura". 
Em poucas palavras, Cultura é um dos fatores constitutivos de uma Nação (povo, território, cultura). Ela é definida por Edward B. Tylor como "todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade".
Nas sociedades ocidentais, particularmente na brasileira, apesar dos enormes esforços gramscistas em prol da destruição ("desconstrução") dos valores cristãos que forjaram nossa herança cultural, a violência não faz parte da cultura pois não é aceita no conjunto dessa herança.
Para exemplificar a diferença, podemos falar sobre a cultura de estupro aceita em alguns países de orientais. Mais especificamente, usando o texto de Laircia Vieira, tratemos da cultura islâmica,  onde "as mulheres capturadas em guerra podem tornar-se escravas sexuais, a menos que declarem serem casadas com islâmicos. Sendo casadas com “infiéis”, poderão ser estupradas na frente deles antes destes serem mortos."
Mais ainda. A burca, tida como manifestação de recato feminino, tem como fim diferenciar as mulheres muçulmanas das "infiéis", com o escopo de evitar o estupro. Ou seja, a burca indica que apenas o marido pode estuprar quem a usa, enquanto a ausência dela significa que aquela mulher pode ser livremente estuprada. As que recusam o uso da burca são consideradas responsáveis pelo estupro a elas cometidos. Se elas não se identificam como islâmicas, podem ser livremente estupradas, sendo responsáveis pelos atos, além de serem culpadas por permitir que os mesmos ocorram fora do casamento
Obviamente, esse é o entendimento "tradicional", observado em regiões mais atrasadas ou dominadas pelo fanatismo talibã. A dinâmica cultural faz com que tais procedimentos sejam abolidos na maior parte dos países islâmicos, mas eles teimam em ser aceitos por parte de suas populações.
"Eis a cultura de estupro. Não existe nada similar na sociedade ocidental ou brasileira. Pôr filtros, problematizar os estupros como resultados de uma cultura social é ridicularizar a vítima ao manifestar um entendimento de que a violência sexual contra ela cometida não tem um culpado individual."
Não há na cultura brasileira a mínima demonstração de aceitação do estupro como componente dela.  Nem mesmo na sua parte mais delinquente! Todos conhecem o castigo recebido por estupradores ao chegarem aos presídios, obrigando as autoridades a lhes proporcionar segurança especial mediante isolamento dos demais.
O que, infelizmente, vem ocorrendo com a cultura brasileira é a generalização das culpas individuais, transformando facínoras em vítimas da sociedade, justificando suas transgressões com o objetivo claro de "desconstruir" a velha sociedade e impor a "nova ordem social", determinada pelos canalhas de sempre, que manipulam as informações, os recursos e a inteligência das pessoas.
Não se para para pensar nos motivos que levaram uma quadrilha a praticar uma barbaridade como a que serve de mote a este texto. Destaco: de forma alguma quero transferir a culpa da atrocidade para a vítima mas a questão não pode deixar de ser exposta. Por que uma pessoa específica é escolhida para ser a vítima de um bando de infames? No caso em questão, seria a menina mais bonita e atrativa que as demais? Houve alguma intenção de "demonstração de força" por parte de algum dos meliantes? É muita ingenuidade pensar que uma quadrilha reuniu-se para simplesmente divertir-se martirizando uma pessoa qualquer, quando poderia - sabemos muito bem - aumentar o número de vítimas e saciar melhor a avidez dos patifes.
Penso que o maior motivo dos problemas sociais que ora enfrentamos vem sendo plantado aos poucos nos "corações e mentes" - gostaram do termo gramscista? - de nossa sociedade, e que podemos denominar na "cultura dos direitos sem deveres". Nossa Constituição Federal é exemplo nítido desse disparate ao citar quase duas centenas de vezes a palavra direito e nenhuma vez citar algum dever cidadão. 
Para encerrar, parte de uma postagem copiada do Facebook: "Temos cultura da impunidade, cultura da retirada de culpa do indivíduo, cultura da vitimização do bandido, cultura da hipersexualização de crianças, cultura da falta de educação, cultura da falta de respeito. Ainda assim, jogar todo o problema para o gênero masculino e afirmar que todos os homens são possíveis estupradores ofende àqueles que jamais seriam capazes disso e fariam de tudo para evitar que uma mulher sofresse qualquer abuso."
O coitadismo e o vitimismo que dedicamos aos infratores - muitas vezes sob a pérfida desculpa de que os governantes cometem crimes maiores - dedicando-lhes todos os direitos possíveis, em detrimento até aos direitos das vítimas, sempre relegadas a um segundo ou terceiro plano, faz com que se tornem mais petulantes.
Muitos criticam os esforços contra o desarmamento geral da sociedade alegando que a permissão de posse de armas aumentaria muito a violência. Mais do que a já existente? Duvido.
Outros criticam as propostas de aumento e enrijecimento de penas criminais alegando não haver condições de aumentar a população carcerária e que as prisões não oferecem condições de ressocialização dos presos. E alguém acredita que animais como os que participaram dessa barbárie podem ser ressocializados?
Acredito que nossa cultura comportamental só encontrará seu rumo após uma retomada na busca de valores reconhecidos como tais por toda ou pela grande maioria da sociedade. Enquanto formos lenientes e compreensivos - sob a marca da misericórdia e indulgência cristãs, apregoados principalmente pelos que se dizem ateus - para com os maus, sempre estaremos sujeitos à maldade e perfídia deles.
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domingo, 22 de maio de 2016

Lula e Sua Compulsão Pela Mentira

O “garçom” do Planalto é mais uma mentira de Lula
O ex-presidente e principal investigado na Operação Lava Jato, Luis Inácio Lula da Silva (PT/SP) postou (através de sua equipe) em seu perfil de Facebook, o seguinte recado (imagem abaixo), em 18/05/2016:
O único “problema” é que José da Silva Catalão, funcionário do Palácio do Planalto, ocupava cargo comissionado de Assessor Técnico, e não de garçom. Ora, como um Assessor Técnico, contratado para tal função conforme o próprio Portal da Transparência do Governo Federal, poderia estar exercendo a função de garçom?
Ainda segundo o Portal de Transparência do Governo Federal, o salário de tal servidor não é de um garçom qualquer, mas compatível com o de um Assessor Técnico.
Dilma Rousseff estava recebendo assessoria técnica para exercer a profissão de garçonete, por medo do impeachment? E se trata do mesmo servidor, pois além do nome, temos em comum o fato de estar na função desde fevereiro de 2007, ou seja, há mais de 9 anos, conforme relatado no post de Lula.
Podem argumentar agora (os defensores de Lula) que seria apenas um erro da equipe do Facebook do ex-presidente, contudo, se é um funcionário tão querido, como errariam a função? Ou se há um garçom tão querido que foi demitido, como errariam o nome? Só uma coisa faz sentido: Lula pode até ter ligado para tal servidor, mas seu post mentiu sobre a função do mesmo, visando gerar comoção em seu público, afinal, é mais fácil sentir dó de um pobre garçom demitido, do que de um assessor técnico bem remunerado e que ocupava cargo comissionado, não é mesmo?
E é óbvio que Lula necessita de toda a carga emocional e sentimentalista que puder descarregar sobre seus (ainda) seguidores, com as investigações da Lava Jato e até o relatório do Procurador-geral da República apontando para ele, cada dia mais e mais.
COMENTO:  para quem não sabe, esse 3º Sgt QE da Reserva do Exército, contratado como Assessor Técnico, mas que exercia as funções de garçom, foi acusado de espionar a reunião fechada do presidente em exercício, Michel Temer, com seus ministros e repassar o que ouviu a outros assessores da quase ex presidente Dilma Rouseff. Nada mais óbvio que os canalhas tentem vitimizar seu informante flagrado/fracassado, mas o episódio deixa claro outro despropósito que ocorre nos corredores palacianos. 
Pelo que se vê, para não contratarem simplesmente um garçom pagando-lhe o correspondente salário, contrata-se um "assessor técnico" (cargo de Direção e Assessoramento Superior = DAS 102.3), com um salário substancialmente maior. Claro que deve haver muitos outros casos assim. Podem até alegar que o funcionário deve ter um salário elevado para garantir sua confiabilidade no desempenho de seu trabalho (ninguém pode dizer que ele não estava sendo fiel  ao seu empregador original). Mas, em um país onde um professor com curso superior tem que enfrentar 40 horas semanais tentando domar 30 a 40 crianças e/ou adolescentes em troca de menos de dois mil reais mensais, o preço desse garçom me parece superfaturado (como muita coisa governamental nos últimos anos).

sexta-feira, 20 de maio de 2016

As Provocações Não Param

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por Eliane Cantanhêde
O Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, reagiu com irritação à Resolução do Diretório Nacional do PT sobre Conjuntura, aprovada na última terça-feira, em que o partido, em meio críticas à própria atuação e ao governo Dilma Rousseff, incluiu um “mea culpa” por não ter aproveitado seus 13 anos no poder para duas providências em relação às Forças Armadas: modificar o currículo das academias militares e promover oficiais com “compromisso democrático e nacionalista”.
Com esse tipo de coisa, estão plantando um forte antipetismo no Exército”, disse o Comandante ao Estado, considerando que os termos da resolução petista - e não apenas às Forças Armadas - “remetem para as décadas de 1960 e de 1970″ e têm um tom “bolivariano”, ou seja, semelhante ao usado pelos regimes de Hugo Chávez e agora de Nicolás Maduro na Venezuela e também por outros países da América do Sul, como Bolívia e Equador.
Segundo o general Villas Boas, o Exército, como Marinha e Aeronáutica, atravessam todo esse momento de crises cumprindo estritamente seu papel constitucional e profissional, sem se manifestar e muito menos sem tentar interferir na vida política do país. Ele espera, no mínimo, reciprocidade. Além dele, oficiais de altas patentes se diziam indignados contra a resolução do PT. Há intensa troca de telefonemas nas Forças Armadas nestes dois últimos dias.
Eis o parágrafo da Resolução do PT que irritou o Exército, na página 4 do documento:
Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da informação.
COMENTO:  promoções por motivações ideológicas nas Forças Armadas seriam tudo, o que os canalhas poderiam querer.  No Rio Grande do Sul, o ex governador onanista quis implementar essa sem-vergonhice na briosa Brigada Militar. Felizmente seu intento foi barrado pela Justiça. A submissão de currículos acadêmicos e dos sistemas de promoção aos desígnios do governante de plantão configuraria o completo abandono do compromisso das Forças Armadas para com a Nação (povo, território e cultura, não esqueçamos), transformando-as em milícias a serviço dos patifes.
Faço minhas as palavras do General Heleno:
Sobre o currículo das escolas militares, não serão os especialistas em educação do PT e congêneres, que destruíram a educação no país, que vão determinar mudanças em nossos estabelecimentos de ensino. A começar pelos Colégios Militares, modelares e invejados e chegando às Universidades Militares, em diferentes níveis, graduação, mestrado, doutorado e pós doutorado, seja no campo militar, seja no campo científico, não há o que modificar em nossos currículos e sim o que copiar. 
Primamos pela excelência, ética e absoluta ausência de preconceitos. Preservamos, em todas as crises, o Sistema Militar de Ensino, nosso orgulho, nosso cerne, nosso berço. 
Jamais seremos FA politizadas e, muito menos petistas. 
Vermelhinhos, se um dia voltarem ao poder, o que espero jamais aconteça, não se atrevam a tocar nesse vespeiro. Vão se arrepender amargamente, outra vez. Brasil acima de tudo!
Por outro lado, a intenção comuno/socialista de submeter as Forças Armadas ao "bolivarianismo" (seja lá o que essa bosta signifique), foi incentivada, após o triste episódio em que o comando do EB "se entregou como vaca para touro" e permitiu aquela pantomima cretina da placa dos "direitu dusmanu" na Academia Militar das Agulhas Negras. Ainda está nos faltando um General macho de verdade que retire aquela porcaria de lá!
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terça-feira, 17 de maio de 2016

O Necessário Processo de Despetização

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Depois da Segunda Guerra, a Alemanha iniciou um processo de desnazificação fundamentado na condenação do recente passado nazista e na imputação de uma culpa coletiva. De volta ao país depois de ter fugido do governo de Adolf Hitler, o filósofo político Eric Voegelin ministrou em 1964 uma série de conferências na Universidade de Munique na qual questionava a ideia de imputação coletiva em vez da necessária atribuição da responsabilidade individual. As aulas foram depois publicadas no livro Hitler e os Alemães.
Voegelin explicou que coletivizar a culpabilidade pelo nazismo significava tornar equivalente a responsabilidade das pessoas que acreditaram naquele projeto político com os que atuaram diretamente para a sua ascensão e manutenção. Portanto, a responsabilidade individual de cada alemão no processo não poderia ser diluída numa responsabilidade coletiva que eximiria os culpados dos seus atos voluntários. Sem dominar o passado, alertou Voegelin, era impossível resolver o problema no presente a partir da “revolução do espírito” que exigia uma “reviravolta da consciência”.
Em 2016, com o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff, a sociedade brasileira precisa iniciar e enfrentar um necessário processo de despetização do país. Também aqui no Brasil, isto vindicará uma inescusável “revolução do espírito” com uma “reviravolta da consciência”, não apenas procedimentos políticos e judiciais. Porque o projeto de poder do PT é, também, criminoso – não se trata apenas de política.
E como se daria esse processo? Primeiro, mediante uma autorreflexão séria e profunda a respeito da responsabilidade dos não-petistas que, por ação ou omissão, permitiram as vitórias culturais e políticas do PT e de seus satélites socialistas e comunistas. Um exercício de anamnese é fundamental para tomar consciência do que se passou e reconhecer a responsabilidade individual.
Realizada essa “reviravolta da consciência”, que resultará na restauração da ordem interna que fora perdida, será necessário identificar, denunciar, punir ou influenciar positivamente, quando possível, os agentes que colaboraram direta e indiretamente para a ascensão do PT: professores, jornalistas, intelectuais, políticos (inclusive os de outros partidos, como os do PMDB e PSDB), empresários, servidores públicos e os cerca de 100 mil nomeados para cargos e funções de confiança.
Nem todos, obviamente, estarão dispostos a realizar o auto-exame e assumir a própria responsabilidade – e muitos quererão atribuir a autoria às vítimas ou defender uma culpabilidade coletiva que esconda a culpa individual. Mas serem identificados como colaboradores de um projeto de poder que colocou o Estado a serviço do partido e que tentou reduzir o país à sua própria estatura moral servirá para que a sociedade não esqueça o perigo que representam e possa combatê-los adequadamente.
Sem o procedimento de despetização do Brasil há o risco de que nada mude mesmo com a substituição dos atores e agentes políticos porque comprometidos com a mesma mentalidade e prática política e criminosa. E a mesma “elite” política e seus asseclas que degradaram o país tentarão ocultar a sua culpabilidade e voltarão a agir impunemente com a finalidade de reconquistar o poder cultural e político ora fragilizado. Como adverti no artigo da semana passada, o PT, mesmo fora da Presidência, não está morto e os petistas são profissionais em fazer uma oposição perigosa, maléfica e desonesta.
O momento é crítico e exige muito mais do que mudanças políticas e econômicas.
COMENTO: essa é uma boa ideia, mas deve ser implementada com cuidado. De forma alguma podemos cair em uma "caça às bruxas" ou em alguma iniciativa similar à Revolução Cultural promovida na China - patifaria comunista (me perdoem o pleonasmo) que por coincidência completará, ao final deste mês de maio, 50 anos de seu início. Oposição política é uma necessidade da democracia. 
O que deve ser feito, imediatamente, é uma profunda e completa auditoria sobre os mal-feitos ocorridos na administração do país nos últimos treze, ou quem sabe, vinte anos. Isto é fundamental para que seja eliminada da vida pública brasileira o procedimento já por demais arraigado de confundir o público e o privado, ou seja, o uso do poder para atender interesses privados, de grupos e indivíduos. E para que essa limpeza seja efetiva, há que se denunciar e punir severamente os autores de crimes contra o patrimônio nacional, particularmente os que tiveram motivação dita ideológica, sempre desonesta, objetivando atender as metas estabelecidas pelos afiliados do Foro de São Paulo. O interesse do Brasil como Nação (território, povo e cultura) deve prevalecer sobre tudo o mais.
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domingo, 15 de maio de 2016

O Partido dos Trabalhadores e o Nazismo

O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães que deu origem ao Nacional Socialismo (Nazismo), na Alemanha, não coincide apenas no nome com Partido dos Trabalhadores do Brasil. Apesar de ambos terem ideologias um pouco distintas, um é abertamente anticomunista e outro abertamente comunista, eles têm mais algo em comum do que vocês imaginam. Vejam só os cinco motivos pelo qual o PT lembra, e muito, o Nazismo:

1. Culto ao líder ou culto à Personalidade
Uma das estratégias do Nazismo é a propaganda política baseada na exaltação das virtudes – reais e/ou supostas – do governante, bem como da divulgação positiva de sua figura. Hitler era idolatrado pelo povo e o próprio estado estimulava isso através da Educação ou propaganda na mídia. Para fortalecer a idolatria de Hitler, os governantes criaram até uma cultura de saudação que consistia em levantar o braço e dizer Heil Hitler (em português, Salve Hitler).
No Brasil, diferentemente dos outros partidos, o Partido dos Trabalhadores (PT) é o único partido nacional que idolatra uma figura única. O PT, através de muita propaganda, criou um herói, um líder que “governa para os pobres”. A estratégia do partido de fazer do Lula um “salvador” nacional foi um trabalho intenso com muita propaganda; começa desde os livros de história disponíveis em escolas públicas – que retratam a história de um menino pobre, trabalhador que chegou a presidência da república e reduziu a miséria – até filme com sua história patrocinado por empreiteiras corporativistas. Lula e Hitler são idolatrados pela classe trabalhadora, que busca por um salvador que vai acabar com um inimigo inexistente.

2. Bandeira Vermelha
A Bandeira Vermelha é um emblema socialista e comunista associado particularmente com a esquerda revolucionária. Na consciência popular coletiva, a bandeira vermelha está fortemente associada com o comunismo, o sindicalismo e as manifestações populares. Ela foi adotada inicialmente por socialistas e radicais republicanos nos movimentos revolucionários franceses de 1848, ostentando como símbolo o “sangue dos trabalhadores irritados”.
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) foi criado com o objetivo de atrair os trabalhadores. A ideia era concorrer com outros partidos de esquerda como Partido Comunista da Alemanha (Kommunistische Partei Deutschlands, KPD). E para representar a luta dos trabalhadores, possui a mesma bandeira vermelha adotada pelos comunistas. O Partido Nazista adotava, além da bandeira, a mesma retórica, era contra o capitalismo, contra a burguesia e grandes empresários. Mais tarde o foco do partido passou a ser antissemita e, apesar de semelhanças com os marxistas, se tornou antimarxista.
Da mesma forma que o Partido Nazista concorria com partidos comunistas para atrair os trabalhadores, o PT também enfrenta concorrentes no Brasil, como Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido da Causa Operária (PCO) e etc. E todos esses partidos, assim como os nazistas, utilizam a bandeira vermelha para representar a luta de classe. Além da bandeira, todos essas partidos também possuem retórica semelhante ao dos nazistas com discurso anticapitalista e antiburguês.

3. Divisão por raça
Para tentar unir a maioria dos alemães e perpetuar-se no poder, Hitler encontrou uma maneira de colocar a culpa pela crise. A Alemanha em 1914-1923 passou por um período de hiperinflação causada por impressão de dinheiro do governo. E depois sofreu consequências da crise de 1929, causada pela expansão monetária pelo Banco Central americano, e efeitos do Pacto de Varsóvia [creio que o autor quis se referir ao Tratado de Versalhes]. Quando Hitler assumiu, ele precisava encontrar um culpado pelos problemas socioeconômicos da Alemanha, e resolveu colocar a culpa nos Judeus, que normalmente eram mais ricos que a média dos alemães, ou seja, eram da classe burguesa.
No Brasil, Lula enfrentou problemas com o aumento dos gastos públicos de seu governo e sofreu consequências da crise de 2008, causada novamente pelo Banco Central Americano que expandiu a moeda para fornecer crédito habitacional aos pobres. Lula jogou a culpa da crise na “gente branca de olhos azuis”. Nas palavras do ex-presidente: “A crise foi causada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis, que antes pareciam saber de tudo, e, agora, demonstram não saber de nada”. Além desse episódio, o PT usa a estratégia de dividir a sociedade entre negros e brancos como uma forma de enfraquecer a sociedade e se manter no poder.

4. Corporativismo
Apesar de ser socialista, Hitler não conseguiria chegar ao poder sem dinheiro do capital privado. O líder nazista teve que se aliar a grandes empresários alemães para governar a Alemanha, e utilizou uma retórica antiliberal e antimarxista, que fez unir grandes empresários alemães e a classe trabalhadora em uma mesma ideologia política.
No Brasil, a mesma estratégia se repetiu. Para o Lula chegar ao poder, teve que contar com a ajuda e financiamento de grandes empreiteiras. E em troca, o Estado contratava os serviços dessas empresas ou destinava crédito subsidiado pelo BNDES. O resultado dessa aliança privado-estado, foi a criação do maior esquema de corrupção da história de um país democrático.

5. Desarmamento
Uma das formas de controle social estabelecidos por ditaduras é o desarmamento. O maior inimigo do estado não é somente um país que ameaça sua fronteira, mas também o povo armado que pode se rebelar contra o próprio governo. E o desarmamento, foi uma das estratégias de Hitler eliminar o inimigo interno declarado: o judeu. Primeiro, o ditador buscou saber quais judeus tinham armas e depois assinou uma lei em 1928, e também em 1938, para desarmar todos os judeus. É óbvio que Hitler não iniciaria o holocausto antes de enfraquecer seus inimigos ao reduzir o número de armas nas mãos deles.
No Brasil, não se sabe qual é o principal objetivo do Partido dos Trabalhadores, se é por questão ideológica, de achar que desarmamento diminui criminalidade, ou se é questão política: desarmar o povo para governar com poder absoluto sem sofrer resistência. O que acontece é que, independentemente do motivo, o PT passou pela vontade popular (no Referendo de 2005, o povo rejeitou o desarmamento civil), e criou o maior programa de desarmamento nacional de nossa história recente.
Algo semelhante aconteceu na Venezuela: o partido chavista, aliado dos petistas, também desarmou o povo. E o objetivo de reduzir a criminalidade (se é que era esse mesmo) falhou tanto na Venezuela quanto no Brasil. O país chavista lidera no ranking de criminalidade mundial e o Brasil segue com a maior taxa de homicídios absolutos do mundo. Para piorar, enquanto a população era desarmada, o governo chavista criou um exército próprio, a guarda bolivariana, fortemente armada, que ao invés de proteger a população, foi usada para atacar os venezuelanos indefesos durante protestos contra o governo. Mais de 112 pessoas já morreram somente no ano de 2017. O Partido dos Trabalhadores (PT) juntamente com o PC do B são os que ainda apoiam esse governo.
Cursou Ciência da Computação pela Unesp.
 Trabalha em tecnologia da informação para o Valor Econômico.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Finado Lula

por Gabriel Tebaldi
Nunca entre num lugar de onde tão poucos conseguiram sair”, alertou Adam Smith. 
A consciência tranquila ri-se das mentiras da fama”, cravou o romano Ovídio. 
Corrupção é o bom negócio para o qual não me chamaram”, ensinou o Barão de Itararé.
E na contramão de todos está alguém que abriu mão de si mesmo pelo poder. Lula construiu uma história de vida capaz de arrastar emoções e o levar à presidência. Agora, de modo desprezível, o mesmo Lula destrói-se por completo.
Não é preciso resgatar o tríplex, o sítio ou os R$ 30 milhões em “palestras” para atestar a derrocada do ex-presidente. Basta tão somente reparar a figura pitoresca na qual Lula se tornou.
O operário milionário sempre esbanjou o apoio popular e tomou para si o mérito de salvar o país da miséria. Contudo, junto disso, entregou-se aos afetos das maiores empreiteiras, não viu mal em lotear a máquina pública, nem constrangeu-se em liderar uma verdadeira organização criminosa.
Sem hesitar, brincou com os sonhos do povo e fez de seu filho, ex-faxineiro de zoológico, um megaempresário. Aceitou financiamentos regados a corrupção, fez festa junina pra magnatas e mentiu, mentiu e mentiu. O resultado, enfim, chegou: ao abrir mão de si mesmo, Lula perdeu o povo.
Pelas ruas, o ex-presidente é motivo de indignação e fonte de piadas. Lula virou chacota, vergonha, deboche. Restou-lhe a militância do pão com salame e aqueles que tratam a política com os olhos da fé messiânica.
Seu escárnio da lei confirma sua queda. Lula ainda enxerga o Brasil como um rebanho de gados e não percebe que está só, cercado por advogados que postergam seu coma moral. Enquanto ofende o judiciário e todos aqueles que não beijam seus pés, Lula trancafia-se na bolha de quem ainda acredita que meia dúzia de gritos e cuspes podem apagar os fatos.
O chefe entrou num mundo sem saída, trocou sua consciência pelo poder e corrompeu-se até dissolver sua essência. Lula morreu faz tempo. Restou-lhe, apenas, uma carcaça podre que busca a vida eterna no inferno de si mesmo.
Gabriel Tebaldi é graduado em História pela Ufes
Fonte: Gazeta On Line
COMENTO:  no vídeo abaixo, pode-se ter uma visão da imagem do terror e da covardia do sujeito. Evitando as câmeras e temendo seu futuro nas masmorras de Curitiba.


domingo, 8 de maio de 2016

Colômbia - Os Acordos Versus a Paz

Na medida em que se intensificam campanhas para assimilar a paz com os acordos que serão firmados com a guerrilha, procuram fazer que quem indague por seus conteúdos seja visto como promotor “da guerra”.
Imagem:  ESTEBAN PARÍS
Quem pergunta sobre o alcance jurídico-normativo dos acordos firmados pelo Governo colombiano e as FARC não consegue respostas, nem definitivas, nem satisfatórias.
A ideia difundida ao país, logo após as revelações das negociações entre ambas as partes, era a de que haveria um acordo político, que seria submetido a um referendo popular e, logo depois, ao processo legislativo de ajustes, pelo Congresso ou por uma Assembléia Constituinte.
Porém, no caminho, como em tantos outros temas durante este governo, as coisas foram se transformando sem que os cidadãos pareçam inteirar-se. No Congresso avança o projeto que outorgará poderes extraordinários ao Presidente da República, para que seja ele quem, investido de faculdades legislativas, conclua os acordos. O mesmo Congresso voluntariamente recorta com esta reforma suas próprias faculdades.
Como esta iniciativa avança sem maiores tropeços — mas há de gerar debate em algum momento pelo desequilíbrio entre os poderes públicos —, reaparece ao mesmo tempo a demanda ante a Corte Constitucional buscando que os acordos com as FARC tenham o valor de "tratado", com força supra-constitucional autônoma, não suscetível portanto de reorientação nem posterior controle por parte de nenhum outro poder Estatal. Entre uma e outra possibilidade, será fácil ao Governo oferecer a primeira opção aos cidadãos como a menos perversa, e assim aplacar os inevitáveis questionamentos.
Paralelamente a tudo isto, as campanhas governamentais e de setores diversos procuram induzir um ambiente favorável à paz e à reconciliação, algo em que não há quem esteja contra. O problema é quando essas campanhas apresentam esses valores de paz e reconciliação como efeito imediato e inquestionável dos pactos de Havana. E quem indague ou questione aspectos desses acordos (dos que são conhecidos até agora) termina assinalado como sabotador da própria paz. Como um fomentador de guerras.
Perguntar por aspectos pontuais do acordo de justiça transicional e exercer o legítimo direito de questiona-los não é ser inimigo da paz. Inquirir por que deverá o Estado pagar os advogados dos ex integrantes das FARC (ponto 46 do Acordo) se eles manifestarem "não ter recursos", não é ser inimigo da reconciliação. Fazer uma reflexão ética sobre a ausência de limitação para a participação política dos guerrilheiros que tenham sido autores de delitos atrozes (ponto 36 do Acordo de 15 Dez 2015) não é ser belicista. É exercer o direito de fixar posição sobre os padrões éticos que deverão ser definidos para o exercício da atividade política em um país como o nosso.
Tudo isto tem importância fundamental para o futuro de nossa democracia porque, se for aprovada a ocorrência do plebiscito pela paz, também virá o momento em que o apresentarão como um voto pela paz, como se tal valor supremo pudesse ser votado, quando o certo é que se trata de um mecanismo de participação popular para que os cidadãos aprovem ou reprovem, especificamente, os acordos feitos com as FARC.
Se a publicidade continuar a ter primazia sobre o conteúdo direto do que se pactue com a guerrilha, do teor literal desses pactos e suas consequências que vão muito além do uso das armas, teremos os colombianos olhando embevecidos o ingresso de um Cavalo de Troia, ignorando quase todos — porque querem — o que esse animal leva em seu interior.
Fonte: tradução livre de El Colombiano
COMENTO: já escrevi aqui que a busca de um acordo de paz na Colômbia é assunto a ser decidido pelos colombianos, mas as "exigências" dos narco-bandoleiros para a concretização desse acordo — apoiadas pelos "analistas" e "especialistas" destacados pela imprensa — expõem a organização centralizada das decisões do Foro de São Paulo, e o fiel cumprimento de suas ordens pelos seus integrantes. Mesmo assim, há alguns ingênuos ou mal intencionados que duvidam da capacidade organizativa dessa criação de Fidel, Lula e Hugo Chavez (que o capiroto o tenha). Vejamos algumas "propostas": anistia com um processo judiciário "transicional" — esperemos que os colombianos não caiam nessa esparrela que depois se transforma em um mecanismo unilateral de benefícios para um segmento e de perseguição e revanchismo para o outro, como aconteceu no Brasil — anistia aos narcocriminosos seguida por indenizações e recompensas para que eles sejam "reinseridos" na sociedade. A procura por "desaparecidos" é outra artimanha para render propaganda (negativa para as Forças de Segurança colombianas, certamente) e recursos financeiros (indenizações) para os narco-bandoleiros. A pantomima das "Comissões da Verdade" foi exitosa na Argentina e no Brasil, onde os patifes conseguiram distorcer a história de suas canalhices, invertendo valores e transformando criminosos em heróis e heróis em bandidos, inclusive penalizando estes, além de promover um revanchismo indecente, maculando não só as memórias dos vencedores da luta armada mas convencendo os mais jovens de que foi graças a eles, os canalhas, que a democracia foi estabelecida. O "controle social" da mídia, a fim de que possam reescrever sua história e manterem o proselitismo de sua ideologia é outra exigência. Somente os muito alienados e os comparsas desses patifes se recusam a ver que esse sistema idiota que eles apregoam está falido e falindo todos os lugares onde se instalou. Assim, eles tem a necessidade de agir com urgência, conquistando espaços e, principalmente, recursos, pois ninguém é mais ávido por verbas alheias do que um comunista. Temos nossos próprios exemplos e mais recentemente, já vimos o discurso de Castro II o imperador cubano, querendo "indenização" dos EUA pelos anos de bloqueio econômico. Como se a bosta da ilha comunista improdutiva não negociasse sua miséria recebendo donativos — não se pode dizer que comercializa alguma coisa — de diversas nações, inclusive a nossa, sob a capa de "ajuda humanitária". Vergonha na cara parece ser, para eles, só mais uma manifestação burguesa-capitalista.
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