segunda-feira, 17 de novembro de 2008

DVDs do DVD

por Jorge Serrão
O desgoverno recebeu um sinal de alerta de que podem vazar na imprensa o teor de comprometedores DVDs produzidos a mando do DVD (Daniel Valente Dantas).
Por isso, “por medida de segurança”, já ficou determinado, previamente, que “um sofisticado sistema de criptografia” impedirá que a Polícia Federal possa ter acesso ao teor completo dos 12 discos rígidos de computador e várias cópias de documentos em CDs Room, apreendidos em julho no Opportunity e na casa do banqueiro, no Rio, durante a Operação Satyagraha.
A PF suspeita que eles contenham boa parte do mistério que Dantas armazena desde o início do processo de privatização das operadoras de telefonia, durante o primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas o sistema de informação do desgoverno também sabe que no material do banqueiro DVD tem muita bronca contra membros do atual governo, do Congresso e do Judiciário — o que não torna recomendável a divulgação pública de seu conteúdo.
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Lulinha é o alvo?
O banqueiro Daniel Dantas, controlador do Grupo Opportunity, construiu uma grande rede de intrigas para dividir e constranger o governo e continua conspirando para desestabilizar o chefão Lula da Silva.
Seu alvo principal é o filho de Lula, Fábio Inácio Lula da Silva, o Lulinha, sobre o qual, nos bastidores, jura ter coisas que até agora não mostrou.
Dantas espalhou dossiês entre parlamentares do DEM e do PSDB para forçar uma investigação política que leve a familiares do presidente.
No fundo, a estratégia de Dantas é salvar os negócios afetados pela ação da Polícia Federal e criar ambiente para tentar livrar-se das condenações judiciais que serão anunciadas ainda em novembro.
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Gravação conhecida
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), membro da CPI dos Grampos, entregará amanhã ao Supremo Tribunal Federal (STF) a íntegra do áudio da reunião realizada entre o delegado Protógenes Queiroz e a cúpula da Polícia Federal (PF) que teve trechos divulgados pela imprensa neste final de semana.
Na gravação, Protógenes Queiroz admite que gabinetes do STF foram vigiados por agentes da PF e da Agência Brasileira de Inteligência.
Do encontro de duas horas e 55 minutos participaram, no dia 14 de agosto, em São Paulo, o delegado Protógenes Queiroz, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Roberto Ciciliatti Trocon Filho (considerado atualmente o segundo na hierarquia da PF) e integrantes da Superintendência da PF de São Paulo, além da própria equipe chefiada por Queiroz.
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Risco de indiciamento
O delegado Protógenes Queiroz, o ministro Jorge Félix e o ex-diretor da ABIN Paulo Lacerda podem ter indiciamento pedido pela CPI do Grampo por falso testemunho, devido aos depoimentos dados à comissão.
Na CPI, todos negaram que a ABIN tenha participado de escutas na Operação Satiagraha.
Porém, as investigações indicam que ao menos 84 agentes da ABIN estiveram envolvidos na operação Satyagraha.
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Retorno
O delegado Protógenes Queiroz volta hoje ao Brasil, de viagem ao exterior, para se reunir com o advogado Luiz Fernando Ferreira Gallo, que atua para a Federação Nacional dos Delegados da PF.
Protógenes Queiroz já pediu à Justiça devolução de todos os seus bens — computadores, celulares e documentos — que foram apreendidos pela Polícia Federal nos autos do inquérito aberto para investigar vazamento da operação contra o banqueiro Daniel Dantas.
Protógenes sugere que a PF faça o espelhamento — cópia — dos discos rígidos e libere os equipamentos, levados pela força-tarefa da polícia quarta-feira da semana passada, por determinação judicial.
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Tranca tudo
A defesa do delegado estuda requerer, pela via do habeas-corpus, o trancamento do inquérito que atribui a Protógenes pelo menos três crimes — quebra de sigilo funcional, violação do artigo 10 da Lei do Grampo e usurpação de função pública.
"O trancamento, sem dúvida, pode ser pleiteado pela via do remédio legal sempre que inexistem indícios de autoria e provas materiais do crime”.
O advogado já ingressou com dois habeas-corpus, um no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região e outro perante a 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que detém responsabilidade sobre o inquérito contra Protógenes.
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Não Pode
A Justiça Federal proibiu a ABIN de acompanhar a perícia da PF nos equipamentos da agência de Inteligência apreendidos no Rio de Janeiro, durante o inquérito investiga o vazamento de informações sobre a Operação Satyagraha.
A medida é extensiva aos exames em celulares, mídias, HDs, pendrives e notebooks recolhidos com arapongas da agência e com o delegado Protógenes Queiroz.
Todos estão sob suspeita no inquérito que investiga o vazamento operação federal contra o banqueiro Daniel Dantas.
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General desautorizado
A proibição foi decretada pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
O juiz diz não admitir ingerências externas e políticas na investigação da PF.
O magistrado expediu na sexta-feira ofícios com sua decisão aos ministros Tarso Genro (Justiça) e Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional).
A intervenção de Mazloum desautoriza o general Félix, que havia mandado escalar uma equipe de oficiais de Inteligência para fiscalizar de perto a abertura de peças e documentos levados pela PF, sob alegação de que haveria material sigiloso não relacionado à investigação.
Fonte: Alerta Total
COMENTO:
1. Se é verdade que Daniel Dantas distribuiu informações entre parlamentares do PSDB e DEM com dados que induzem a investigações, o que os inúteis "oposicionistas" esperam para iniciar tais investigações?? Ou tais dados são "facas de dois gumes" que também incriminam FHC e sua corriola?? Ou a "oposição" é de mentirinha e só espera sua vez para receber o pagamento pelo seu "bom comportamento"??
2. Quando será o réquiem pela ABIN?

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