.por Alamar Régis Carvalho
Em 2004, já com um público leitor muito grande, eu, como todo brasileiro indignado com a pouca vergonha que não acaba mais em nosso país, com a safadeza política interminável e com todos esses absurdos que a gente vê a todo momento, na política brasileira, apresentei uma proposta através de um e-mail circular, enviado para todo o meu universo de amigos. Foi um dos e-mails que mais teve repercussão, entre todos os que já enviei. Inclusive cheguei a reenviá-lo, reformulado, e com novas colocações, por duas vezes.
Muita gente retransmitiu para as suas listas de conhecidos, alguns jornais publicaram, teve gente que imprimiu afixou em quadros de avisos de instituições públicas e até um amigo, do Rio Grande do Sul, que mandou imprimir em gráfica e distribuiu... enfim, foi uma coisa impressionante, que eu não esperava e nem pretendia que tivesse uma abrangência tão considerável.
A minha lista de amigos teve um crescimento enorme (um dos motivos para ser tão grande hoje), e eu, sinceramente, fiquei impressionado com a repercussão.
Nunca tive qualquer pretensão político partidária, embora tenha sido convidado certa ocasião, por duas vezes, por duas das maiores expressões políticas do Pará, ambos dizendo que eu levava muito jeito para coisa e, inclusive, um deles afirmando que poderia fazer de mim o deputado mais votado. Êita!!! é mole?
Consegui não me deixar tentar. Certamente estaria muito rico hoje e, quem sabe, dono de algumas emissoras de televisão e rádio, coisa que eu gosto muito, porque sou de televisão, adoro fazer televisão, tenho uma experiência enorme em TV e sou até conhecido, de Norte a Sul do País, por conta da televisão.
Mas foram tantos os e-mails chegados, inclusive de pessoas pedindo o meu telefone celular e de casa, a fim de conversar melhor sobre a idéia.
Desembargadores, Juízes, Advogados, alguns políticos e principalmente artistas, dentre eles, uma das maiores estrelas do cenário artístico nacional, que não quero dizer o nome aqui, para não parecer presunção.
Todo mundo dizia: Vamos levar esta idéia em frente! Isto é o que sonha todo brasileiro. Tome a frente disto, já que você é o pai da idéia.
Gente disposta a elaborar os estatutos, outros se oferecendo para cuidar da legalização...
Mas, sinceramente, a minha idéia não foi a de criar partido nenhum, principalmente porque já vi muitos deles nascerem, cheios de demagogias e hipocrisias, se dizendo salvadores da Pátria, depois entraram nos mesmos vícios e safadezas daqueles os quais tanto criticaram.
Não seria mais um?
Se você analisar bem a história recente do Brasil, deve se lembrar do tempo ARENA e MDB. O MDB, que virou PMDB depois, era crítico veemente da situação da época, protestava contra a ARENA, que era o partido dos governos militares, protestou contra a construção da hidrelétrica de Itaipu, qualificando-a como obra faraônica (imagine o Brasil, hoje, sem Itaipu), falava em democracia e em liberdade e prometia mudar o País, caso chegasse ao governo, fazendo daqui um paraíso, talvez melhor que a Suíça.
Com o governo José Sarney, ele chegou e tornou-se o maior partido do Brasil. Vivíamos a era cujo grande nome era o velho Ulysses Guimarães, o homem forte de Brasília.
O País virou primeiro mundo? A corrupção acabou? A política moralizou-se? O que nós temos hoje, de destaque, no Brasil, algo maravilhoso, que ficou na história, que tenha sido construído pelo PMDB? Coisa nenhuma.
Aí começaram a aparecer as oposições ao PMDB. Surgiu a dissidência, chamada PSDB. Novos salvadores da Pátria, o horário do TRE cheio de gente inflamada, mostrando dossiês contra os governantes do PMDB, acusando todo mundo de corrupto e safado e, o velho discurso: Se eu chegar ao governo, tudo vai mudar.
Não vimos nada em nossos estados e em nossas cidades, elegendo os palhaços do horário do TRE.
Veio o Fernando Collor, disposto a colocar o Brasil no Primeiro Mundo. Até que conseguiu alguma coisa, abrindo o mercado para os importados, inclusive obrigando a nossa indústria a fazer carros que prestam (hoje a nossa indústria automobilística é muito boa) graças a pressão dos maravilhosos carros importados que começaram a entrar. O PC Farias deitou e rolou, não resolveu nada e foi até botado pra fora do Palácio do Planalto.
Depois veio a era PSDB, com o Fernando Henrique reeleito e tudo. O PSDB foi um racha do PMDB, também prometendo salvar a Pátria. Os bancos passaram a mandar no Brasil e tudo passou a ser feito, como é até hoje, conforme as suas conveniências. A corrupção não acabou, a impunidade revoltante sempre foi uma marca terrível.
Há muito tempo, desde os tempos de governo militar, temos visto uma nova personagem, também prometendo salvar a Pátria, com o seu partido criticando tudo, atacando tudo, condenando a impunidade, a corrupção e tudo o que se fazia antes, inclusive o império dos bancos, que era o PT do Lula. De repente o PT chega ao governo, o Lula está aí, em segundo mandato.
Resolveu o problema do Brasil?
Não. O PT passou a fazer tudo aquilo que condenava antes, inclusive a manutenção do império dos bancos no País, que hoje está maior do que nunca. A FEBRABAN dá as ordens, já que o controle remoto do País está na Avenida Paulista e não na Praça dos Três Poderes.
Inteligentemente uma bem sacada jogada de marketing foi colocada em prática: "Vamos agradar pobre, porque pobre é a esmagadora maioria e é quem dá quantidade dos votos que elegem." Até aí tudo bem. Mas, oferecer educação para o pobre? Dá condições de saúde para pobre? Dar meios para ele se habilitar, crescer e adquirir condições para sair da pobreza e andar com as suas pernas?
Não, nada disto, "basta dar um dinheirinho pra ele que tá tudo bem, ele fica alegre". O futuro dele e dos seus filhos, já é outra conversa.
Os vícios continuam os mesmos, a safadeza continua a mesma, a corrupção não pára nunca.
Acabamos de ver o tal deputado, dono do castelo, que o Fantástico mostrou, chegar à condição de Corregedor da Câmara dos Deputados. Veja bem, gente, de CORREGEDORRRRRR!!!!
É muita cara de pau, dos nossos políticos, uma coisa desta! É uma subestime e um deboche para com o povo brasileiro.
É a mesma coisa que deixar raposa tomando conta de galinhas ou cachorro tomando conta da lingüiça.
Esta semana vimos a bombástica entrevista do Senador Jarbas Vasconcelos, na revista VEJA, denunciando: O PMDB é corrupto!!!! Você viu a cara do Senador José Sarney, do Renam Calheiros e de outros na televisão? Como sempre o "Nada a declarar".
Uai, declarar o quê? Diante de fatos, que argumentos teriam eles a declarar?
É claro que vão calar a boca dele, como calaram a do Roberto Jefferson. Cadê ele? Sumiu né? Não falou mais nada, tá tudo bemmmmmm.
Criamos o site do Partido Vergonha na Cara, sem maiores pretensões, sinceramente. Apenas uma idéia para ser apreciada pelo povo brasileiro, com um espaço para as pessoas se cadastrarem em um banco de dados que colocamos lá, apenas para avaliarmos se existe, de fato, muita gente indignada com essa pouca vergonha que não acaba nunca.
Se você concorda com as idéias, por favor, entre lá no site, que é o www.partidovergonhanacara.com e faça a sua inscrição, colocando os seus dados, principalmente escolaridade, localidade onde mora, etc. Não se preocupe, porque ninguém está assumindo qualquer compromisso de filiação partidária, porque ele não é partido político nenhum. Apenas uma idéia.
Se você achar que ela é boa, DIVULGUE, passe este e-mail em frente.
Caso tenhamos um número grande de inscrições, um milhão de pessoas, por exemplo, já é motivo para começar algum movimento para a possível legalização de um partido, obviamente sem donos, sem caciques e sem xerifes. Mas, se não tiver a resposta que imaginamos que possa ter, não tem problema nenhum, tiraremos o site do ar, ninguém fala mais nisto e valeu pela experiência.
Concluo afirmando que aqui não tem ninguém que pretenda ser líder político, que queira aparecer às custas disto, que pretenda ser dono de partido, que pretenda estar liderando pessoas e muito menos que pretenda, também, entrar na mamata, para se beneficiar do erário.
Trata-se apenas de uma idéia.
OBSERVAÇÃO FINAL: Se você quiser colocar a idéia no seu blog ou fazer qualquer tipo de divulgação, não é preciso pedir autorização. Primeiro porque o PVC não tem dono, segundo que é para ser divulgado mesmo.
Para a sua apreciação
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas e Escritor
alamar@redevisao.net
www.partidovergonhanacra.com
www.redevisao.net
www.alamar.biz
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Fonte: Navegação Programada
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