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Em vez de cuidar da administração deste país, Dilma está administrando a sua reeleição.
Em vez de cuidar da administração deste país, Dilma está administrando a sua reeleição.
por Stephen Kanitz
Segundo o Prof. Fernando Nogueira da Costa, Prof. da Dilma na Unicamp, “ela não entregou a sua tese de doutorado porque tinha coisas muito mais importantes para fazer“.
Que era fazer política estudantil.
Teve iniciativa para fazer um Doutorado mas não teve acabativa, determinação e persistência para terminar o que começou.
Lembra o PAC, que não sai do lugar.
Quando era para ser uma aluna, quando o compromisso que tinha com nós contribuintes do curso dela, era estudar com afinco e não ser distraída no meio do caminho pela política estudantil.
Hoje, nós contribuintes, estamos novamente pagando agora um salário de Presidente da República, e vemos que novamente a Presidenta tem “coisas muito mais importantes para fazer“.
Em vez de cuidar da administração deste país, Dilma está administrando a sua reeleição.
Por isto o país não cresce. Ela sabe que uma inflação de 6% é muito pior do crescimento pífio de 1%.
Como mostra Daniel Kahneman (que terminou seu Doutorado) seres humanos odeiam muito mais perder 6% do que deixar de ganhar 6% de crescimento.
Por isto Dilma prefere conter a inflação que empobrece a curto prazo, do que promover o crescimento que enriquece a futura geração, cumulativamente anos a fio.
Pior ainda é que esta inflação não é devido ao excesso de demanda, como argumentam muitos economistas, onde a solução é aumentar os juros.
Esta inflação aí é devida aos gargalos do PAC, que gera uma inflação de custos não de demanda.
Aumentar os juros só reduz o apetite para investimentos no mundo real, algo que a Ciência da Administração não cansa de alertar.
Vamos cuidar das coisas “mais importantes da vida“, que neste caso é voltar a se preocupar com Presidência deste mandato, e não a Presidência futura.
Verdade que tudo isto é novamente culpa de FHC, que foi o primeiro a se preocupar com reeleição, mudando a Constituição, em vez de cuidar da crise que se avolumava.
Stephen Kanitz é Livre Pensador.
Fonte: Artigos Para se Pensar
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Um comentário:
Carta publicada no Portal do Forum dos Leitores
Estadão - 12/04/2013
E, finalmente, chegamos à beira do pior dos mundos. Inflação alta com crescimento minúsculo; justiça lenta e corporativa, com nível de impunidade persistente; classe política criminosamente pragmática, com interesse público esquecido; educação de péssima qualidade, com maquiagem de estatísticas no setor, para fins políticos; saúde pública agonizando, com médicos formados de maneira apavorante; engenharia ineficiente, com insegurança de estruturas; secas e enchentes recorrentes, com as mesmas promessas que certamente não serão cumpridas; cidades no limite da operacionalidade, com investimentos insuficientes em obras publicas e dilúvio de carros particulares, solução irresponsável de consumo; infraestrutura estrangulada, com arremedos de correção imediatistas; Banco Central, criado para cuidar de política de juros, com ligação direta a quem os manipula de fora; perda de prestígio internacional, com uma indisfarçável peneira para tapar o sol; ala esquerda de concepção ultrapassada, com protestos contra quem denuncia ditaduras eternas e apoio a bonecos belicistas. Nada disso, porém, detém a marcha da campanha, já em curso, visando à reeleição, movimentada com combustível oficial e que, se bem-sucedida, levará o País a um impasse polivalente “nunca visto na História deste país”. A sociedade, apesar de anestesiada pelos próximos eventos esportivos e festivos, precisa mobilizar-se com urgência e agarrar-se a alguma boia salva-vidas a fim de evitar o afogamento iminente.
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