quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Silogismo

por Paulo Martins
Me seria lícito aportar no que é entendido como silogismo, para colocar à apreciação dos que me honram com a leitura desta modesta coluna idéias conclusivas resultantes da ordenha dos fatos?
Creio ser oportuno o momento já que os cangaceiros “de ontem” estão em campo hoje buscando vingança por terem sido bloqueados em suas insanas intenções de então.
Assim é que, se esses que hoje, desprovidos de austeridade de caráter 
— fato demonstrado à época do terrorismo — estão a propor vingança por terem sido reprimidos em suas intenções obscuras, sombrias e cortantes, impõe-se a necessidade de despi-los da mascara atrás da qual procuram se acobertar, propondo-se uma espécie de jogo aberto.
E é aí que entra a essência silogística. Vamos, portanto, a bordo dela e, nesse invólucro, questionar: Zé Dirceu foi terrorista? Foi. Terrorista matava? Matava. Logo, Zé Dirceu foi um assassino, ou não? Conclua o leitor “silogisticamente”.
Dilma Rousseff foi terrorista? Foi. Terrorista tinha por norma ações que levavam a tirar a vida de pessoas? Tinha. Logo, Dilma foi uma criminosa, ou não? José Genoino foi um exemplar cangaceiro do Araguaia? Foi e está mais do que provado. Cangaceiro eliminava pessoas da face da terra? Eliminava. Logo, Genoino foi um exterminador, ou não?
Vejamos os “silogísticos” por outro ângulo: Oficiais do Exercito, no passado, receberam a missão exigida pela opinião pública através de passeatas de não permitir que terroristas triunfassem de seus intentos, intentos esses que buscavam implantar um regime bárbaro de esquerda no Brasil, tendo Cuba como exemplo? Receberam. Os militares de então “cortaram o mal pela raiz” eliminando esse mesmo mal de forma definitiva? Não, apenas são apontados como promotores de torturas e não de eliminação de vidas, mesmo vidas conspurcadas e nocivas, tanto que hoje os considerados terroristas, seqüestradores, etc. vivem e se locupletam de circunstâncias políticas.
Então, os militares foram incompetentes? Correto. Foram incompetentes por deixarem a cabeça viver, sem perceberem que no mal a única solução é o corte da cabeça, já que sem a cabeça o corpo não vive. É o “silogismo social”.
Conclui-se, portanto que, a turba de cangaceiros, hoje, deveria então estar rendendo homenagens aos militares de ontem, brindando-os com ações de agrado e honrarias já que devem a eles suas vidas, afinal, seus ídolos, seus deuses Fidel Castro, Tchê Guevara, Stalin, Mao-Tse-Tung não pouparam seus antagônicos, matando-os, esfolando-os ... torturando-os. Sim, mataram quase todos e os QUE NÃO MORRERAM foi porque fugiram.
Todavia, aqui esses bandoleiros de ontem, jagunços sociais, delinqüentes e escatófagos, agem de forma contrária, ou seja, fazem manifestações e propostas estúpidas procurando ignorar que devem suas vidas justamente aqueles que hoje são alvo de suas pedradas, aqueles que no máximo lhes deram umas merecidas bolachadas. É próprio de comunistas esse tipo de mal agradecimento, já que comunista é irracional, bitolado, limitado, estúpido e desmiolado. Mas não vamos chegar a uma conclusão silogística em torno de todos esses adjetivos já que, se assim não fosse, não seriam comunistas. Silogismo? Não se caracteriza. No lodo da marginalidade não existe o conclusivo para caracterizá-lo, já que ele é a própria característica. Por isso se conclui que não são dignos nem mesmo de silogismos. É próprio da estupidez. E passem bem, se puderem, quando a razão voltar — se voltar — a fazer parte dessas mentes doentias.

FonteColuna ISTO POSTO - GAZETA DO PARANA
transcrito do Blog do Cel Lício 

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