por Márcio Accioly
A população brasileira, a quem quase nada se oferece em troca dos extorsivos impostos, precisa ter cuidado com os assaltantes dos cofres públicos, larápios encastelados no Estado, engravatados que vivem a desviar recursos para financiamento de infindáveis prazeres, pois agora querem censurar a internet.
Vocês se lembram do ex-governador de Minas Gerais que foi senador (2003-11), e agora é deputado federal (2011-15) pelo partido de FHC (nosso querido boca de tuba), o PSDB? O nome dele é Eduardo Azeredo, guarde-se o triste na memória. Foi o criador do mensalão em Minas, nunca punido, em companhia do mesmo Marcos Valério.
Sua excelência tem projeto que pretende censurar dados que circulam na rede e já vai arregimentando considerável número de seguidores entre desqualificados morais que povoam o Congresso. O que prova que encontrar cúmplice não é tarefa espinhosa.
Sua excelentíssima, que em qualquer país onde bons costumes prevalecessem já teria sido afastado da representação política (e certamente preso), circula com tremenda cara de pau, confabulando pelos corredores e tentando se safar de crimes cometidos com a promessa de acobertamento generalizado e vantagens indevidas.
O caso da grave doença de Dom Luiz Inácio (PT-SP) teve impacto inicial de solidariedade da população, como seria de esperar, mas começa a reverter por conta de visível exploração que os salafrários resolveram fazer, ao revelar más intenções num país que vai enchendo todas as medidas com tanto roubo e dissimulação.
O próprio ex-presidente é culpado, na formação de tal cenário, pelas mentiras pregadas sobre o sistema de saúde em seus oito anos de gestão (2003-11). Sem contar o apadrinhamento de bandalheiras que estouram em todos os ramos e desvãos, deixando boquiaberto o mais cretino dos ingênuos. O câncer do ex-presidente estimula a censura.
A “oposição”, ah! a “oposição”, de FHC a Aécio Neves (Serra, vez por outra coloca a cabeça de fora, ora elogiando Dilma e Lula, ora falando mal dos dois), reclama agora dos internautas por desejarem que Dom Luiz vá se tratar no SUS, tal qual a maioria sem plano de saúde, mas que paga impostos para o deleite desses pilantras.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que como se sabe se recusou ao bafômetro no Rio de Janeiro (depois de parado por policiais que tentavam encontrar transgressores embriagados no comando de veículos), tenta se embalar na direção da Presidência. “Nada de soprar aparelho” – disse sua excelência. “Estou aqui e muito vivo!”
Um país que abriga na Presidência do Congresso Nacional figura como José Sarney (PMDB-AP), não tem condições de exigir respeito nem de ativistas de bordel! Os escândalos pipocam, a roubalheira é geral, mas aparências devem ser mantidas. A melhor de todas as saídas é a de censurar a internet.
Não faz muito tempo, os brasileiros estavam reféns de jornais mancomunados com grupos políticos, os quais “editavam” notícias, determinando o que poderia ser visto ou não. Com o advento da rede mundial de computadores, toma-se conhecimento do posicionamento de todos os lados, pois cada qual vai apontando os podres do outro.
Censurar a internet é coisa de Eduardo Azeredo, mas pode ser que a moda pegue. É preciso gritar, espernear, lutar contra essa tentativa de amordaçamento de um povo, patrocinada por amorais que estão dominando instâncias públicas e buscam se eternizar no poder a bordo de patifarias. O jeito é mandar e-mail para os deputados.
O Brasil precisa acordar e exigir respeito dessa canalha imunda. Dizer “Não” à votação em lista, “Não” à censura que a escumalha pretende legalizar de forma sorrateira, “Não” aos assaltos dos janotas despreparados. Não é possível que se observe tanta desordem e se permaneça calado e submisso. Somos governados por ladrões!
Márcio Accioly é Jornalista.
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