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A queda de Guillermo Sáenz Vargas, vulgo "Alfonso Cano", chefe das FARC, foi resultado de uma serie de operações que vinham sendo levadas a cabo há um ano nos departamentos de Tolima, Huila, Valle do Cauca e Cauca.
Quando, no mês de julho, o Exército encontrou um acampamento em Tolima, onde havia pistas de que "Cano" estivera ali, a perseguição ao chefe das FARC se pôs mais intensa. Dali em diante o Exército realizou várias operações com o objetivo estratégico de isolar e encurralar o bandido.
Essas operações tiveram seu ponto alto na sexta-feira passada quando ele, finalmente, foi abatido em uma região do município de Suárez, Cauca.
As ações
Após perseguir e encurralar "Cano" em um setor do município de Suárez, no departamento de Cauca, se planejou a operação cujo objetivo final seria a captura ou morte do narcoguerrilheiro.
Depois de vários dias analisando a posição onde presumivelmente ele se encontrava, e fazendo uso de interceptações telefônicas e revelações feitas por guerrilheiros desmobilizados, se ultimaram os detalhes da Operação Odisséia.
Os militares ordenaram o bloqueio em vários pontos dos municípios de Suárez e Buenos Aires em Cauca, e estiveram vigilantes a qualquer movimento que se produzisse. Foram despachadas tropas da Brigada 29 de Cauca para garantir a segurança em certos pontos.
Posteriormente, os militares analisaram a situação e ordenaram o deslocamento da Brigada de Forças Especiais do Exército, assim como do Corpo Aéreo do mesmo e da Força Aérea Colombiana. "Não sabíamos quem era o alvo porém cada homem recebeu seu pacote de fotos e a missão a cumprir", disse um soldado das Forças Especiais que, por segurança, não revelou seu nome.
O General Sergio Mantilla, Comandante do Exército, explicou que as instruções da operação "se dão sobre mapas e maquetes, em segredo e no último minuto com o objetivo de reduzir os riscos da operação".
Oito da manhã
A operação começou às oito da manhã com bombardeios estratégicos sobre o acampamento onde se presumia que estava "Cano". Ali foi morto seu operador de radio, vulgo "El Zorro", e foram feridos e capturados vários de seus homens.
Também foi liquidada uma mulher, que inicialmente se pensou ser "Patricia", companheira sentimental de "Cano", porém logo se confirmou que era "Jénifer", a enfermeira pessoal do narcoquadrilheiro.
Depois dos bombardeios, as Forças Especiais começaram a revistar a zona em busca de algum rastro do chefe guerrilheiro. "Buscávamos e avançávamos com muita precaução, porque tínhamos medo de que fosse um campo minado", contou o soldado das Forças Especiais.
"Ninguém quer perder uma perna ou morrer por uma mina antipessoal, isso é o que mais nos gera medo" comentou o soldado, que logo aclarou que “porém nosso treinamento e disciplina nos ensina a focarmos em nosso objetivo e a tomar as precauções necessárias para evitar cair em combate”.
Quando as tropas avançaram uns metros mais além do acampamento, encontraram outro onde parecia que havia estado "Alfonso Cano".
O mesmo soldado em relato a RCN Radio susteve que somente na noite de sexta se inteiraram que era Cano. "Nós sabíamos de uma morte normal, porém não sabíamos quem era, depois das descrições, a Inteligencia nos disse que era 'Cano'", relatou.
"São acampamentos de passagem. Este alvo vinha fugindo desde o sul de Tolima, levamos quase um ano em operações nas quais perdemos muitos homens. Os acampamentos são improvisados e sua única defesa são os campos minados, logo os abandonam", comentou.
Esse soldado também participou na queda de Jorge Briceño, vulgo "Mono Jojoy".
Fonte: tradução livre de El Colombiano
COMENTO: Em primeiro lugar, parabéns aos militares colombianos por mais esse sucesso. Em seguida, uma constatação. Bin Laden, Ghadaffi e Alfonso Cano, "entraram pelo cano" ultimamente. O fim de ano nas terras do Capeta promete ser animado. E tem mais gente na fila. O Coma Andante cubano, o Mico Mandante venezuelano, o Bispo Papão paraguaio, e o mentiroso-mor brasileiro andam pelas tabelas, esperando vaga. Sem falar em Mubarack e Al Assad, que também andam na corda bamba.
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