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Chama-se Agnelo Queiroz o candidato do PT ao governo do Distrito Federal. Apresenta-se ao eleitor como uma “alternativa ética”.
Notícia levada às páginas de Época pelos repórteres Andrei Meirelles e Marcelo Rocha indica que Agnelo terá dificuldades para sustentar a plataforma.
No primeiro mandato de Lula, Agnelo respondera pelo Ministério dos Esportes. Hoje, é diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).
Em 2006, ano em que concorreu ao Senado, Agnelo levou à Justiça Eleitoral uma declaração de bens relativamente modesta. Somado, seu patrimônio alçava à casa dos R$ 224,3 mil. Incluía R$ 45 mil depositados em quatro bancos e um apartamento avaliado em R$ 78 mil.
Menos de quatro meses depois, informa a revista, Agnelo deu uma entrada de R$ 150 mil para a compra de uma casa. Imóvel de 500 m², assentado numa área chique da Capital, o Setor de Mansões Dom Bosco.
Ouvido, Agnelo disse ter quitado o imóvel em cinco prestações mensais. A escritura anota R$ 400 mil. Não fez empréstimo. Tampouco se desfez de nenhuma propriedade.
De onde veio o numerário? “Usei o dinheiro de minhas economias e as de minha mulher”, explicou-se Agnelo. Ele exibiu aos repórteres as declarações de Imposto de Renda de 2006 e 2007. As dele e as de sua mulher. Mostrou extratos bancários. Manuseando o papelório, os repórteres constataram que Agnelo não dispunha de recursos para custear nem a metade do valor declarado da nova casa.
Para complicar, informa a revista, Agnelo adquiriu no mesmo período um par de apartamentos financiados e um automóvel.
Há mais: Agnelo submeteu a casa nova a uma reforma. “Estava muito depreciada”, declarou.
Há pior: na reforma, o imóvel foi dotado de quadra de tênis, campo de futebol e lago artificial. Facilidades acomodadas em área pública, contígua à mansão. Encontradiça nas áreas nobres de Brasília, a prática é ilegal.
O próprio Agnelo admitiu o malfeito: “Reconheço que foi uma ilegalidade. Para que isso não servisse à exploração política na campanha, mandei desmontar a quadra há mais ou menos um ano...” “... Não posso pagar por um erro que já corrigi.”
Nesta sexta (12), antes que a notícia fosse ao prelo, Agnelo retificou-se. A coisa só foi desmontada em 2010.
Agnelo disse que preferia discorrer sobre planos de governo a ter de falar sobre negócios privados. Foi submetido, então, a uma questão programática: se eleito, como agiria diante de invasões de áreas públicas urbanas? “Não tenho uma opinião formada sobre isso”, escorregou. “Afinal, eu não tenho obrigação de ter opinião sobre todas as coisas”.
Agnelo trava uma disputa interna no PT com o deputado federal Geraldo Magela, que também deseja concorrer à cadeira de governador. O PT local agendou para 21 de março uma prévia. A queda-de-braço leva Agnelo a suspeitar de que está sendo alvo de “fogo amigo”.
Afora o embaraço patrimonial, Agnelo flerta com um dissabor político.
O petismo o encosta na parede por conta de um encontro inusitado. Avistou-se, no primeiro semestre de 2009, com Durval Barbosa, delator do panetonegate, o escândalo que levou José Roberto Arruda para a cadeia.
Durval mostrou a Agnelo, em primeira mão, os vídeos em que Arruda e Cia. aparecem apalpando maços de dinheiro. Em vez de levar os lábios ao trombone, Agnelo silenciou. Por quê? “Fiquei calado para não politizar o assunto nem prejudicar uma possível investigação sobre esse esquema de corrupção”, ele justifica.
Assediado por insinuações de que teria negociado com Durval compensações a uma eventual denúncia contra Arruda, Agnelo nega: “Isso é invencionice. Sei que minha conversa com o Durval foi filmada. Gostaria que ela fosse divulgada. Se eu tivesse qualquer temor, não seria candidato”.
E quanto à notícia de que teria se encontrado, numa fazenda, em outubro de 2008, com Joaquim Roriz, o arqui-rival do PT em Brasília? “Isso é delírio, nunca estive na fazenda de Roriz”, respondeu Agnelo na noite de quinta (11).
No dia seguinte, a assessoria do candidato procurou a revista para desdizê-lo. Agnelo estivera, de fato, na fazenda de Roriz. Informou-se que conversaram sobre as eleições no DF.
Como se vê, a “alternativa ética” do PT manteve contatos com personagens que simbolizam o que há de mais aético na capital da República.
Chama-se Agnelo Queiroz o candidato do PT ao governo do Distrito Federal. Apresenta-se ao eleitor como uma “alternativa ética”.
Notícia levada às páginas de Época pelos repórteres Andrei Meirelles e Marcelo Rocha indica que Agnelo terá dificuldades para sustentar a plataforma.
No primeiro mandato de Lula, Agnelo respondera pelo Ministério dos Esportes. Hoje, é diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).
Em 2006, ano em que concorreu ao Senado, Agnelo levou à Justiça Eleitoral uma declaração de bens relativamente modesta. Somado, seu patrimônio alçava à casa dos R$ 224,3 mil. Incluía R$ 45 mil depositados em quatro bancos e um apartamento avaliado em R$ 78 mil.
Menos de quatro meses depois, informa a revista, Agnelo deu uma entrada de R$ 150 mil para a compra de uma casa. Imóvel de 500 m², assentado numa área chique da Capital, o Setor de Mansões Dom Bosco.
Ouvido, Agnelo disse ter quitado o imóvel em cinco prestações mensais. A escritura anota R$ 400 mil. Não fez empréstimo. Tampouco se desfez de nenhuma propriedade.
De onde veio o numerário? “Usei o dinheiro de minhas economias e as de minha mulher”, explicou-se Agnelo. Ele exibiu aos repórteres as declarações de Imposto de Renda de 2006 e 2007. As dele e as de sua mulher. Mostrou extratos bancários. Manuseando o papelório, os repórteres constataram que Agnelo não dispunha de recursos para custear nem a metade do valor declarado da nova casa.
Para complicar, informa a revista, Agnelo adquiriu no mesmo período um par de apartamentos financiados e um automóvel.
Há mais: Agnelo submeteu a casa nova a uma reforma. “Estava muito depreciada”, declarou.
Há pior: na reforma, o imóvel foi dotado de quadra de tênis, campo de futebol e lago artificial. Facilidades acomodadas em área pública, contígua à mansão. Encontradiça nas áreas nobres de Brasília, a prática é ilegal.
O próprio Agnelo admitiu o malfeito: “Reconheço que foi uma ilegalidade. Para que isso não servisse à exploração política na campanha, mandei desmontar a quadra há mais ou menos um ano...” “... Não posso pagar por um erro que já corrigi.”
Nesta sexta (12), antes que a notícia fosse ao prelo, Agnelo retificou-se. A coisa só foi desmontada em 2010.
Agnelo disse que preferia discorrer sobre planos de governo a ter de falar sobre negócios privados. Foi submetido, então, a uma questão programática: se eleito, como agiria diante de invasões de áreas públicas urbanas? “Não tenho uma opinião formada sobre isso”, escorregou. “Afinal, eu não tenho obrigação de ter opinião sobre todas as coisas”.
Agnelo trava uma disputa interna no PT com o deputado federal Geraldo Magela, que também deseja concorrer à cadeira de governador. O PT local agendou para 21 de março uma prévia. A queda-de-braço leva Agnelo a suspeitar de que está sendo alvo de “fogo amigo”.
Afora o embaraço patrimonial, Agnelo flerta com um dissabor político.
O petismo o encosta na parede por conta de um encontro inusitado. Avistou-se, no primeiro semestre de 2009, com Durval Barbosa, delator do panetonegate, o escândalo que levou José Roberto Arruda para a cadeia.
Durval mostrou a Agnelo, em primeira mão, os vídeos em que Arruda e Cia. aparecem apalpando maços de dinheiro. Em vez de levar os lábios ao trombone, Agnelo silenciou. Por quê? “Fiquei calado para não politizar o assunto nem prejudicar uma possível investigação sobre esse esquema de corrupção”, ele justifica.
Assediado por insinuações de que teria negociado com Durval compensações a uma eventual denúncia contra Arruda, Agnelo nega: “Isso é invencionice. Sei que minha conversa com o Durval foi filmada. Gostaria que ela fosse divulgada. Se eu tivesse qualquer temor, não seria candidato”.
E quanto à notícia de que teria se encontrado, numa fazenda, em outubro de 2008, com Joaquim Roriz, o arqui-rival do PT em Brasília? “Isso é delírio, nunca estive na fazenda de Roriz”, respondeu Agnelo na noite de quinta (11).
No dia seguinte, a assessoria do candidato procurou a revista para desdizê-lo. Agnelo estivera, de fato, na fazenda de Roriz. Informou-se que conversaram sobre as eleições no DF.
Como se vê, a “alternativa ética” do PT manteve contatos com personagens que simbolizam o que há de mais aético na capital da República.
Fonte: Blog do Josias de Souza
COMENTO: comunista é comunista, mas na época em que militava no PCdoB não havia indícios que denotassem desonestidade por parte de Agnelo Queiroz, pelo contrário, seu defeito, ao que se saiba, era unicamente o de militar em um partido comunista. A mistura do PCdoB com o PT parece que "desandou a maionese" do primeiro. Afinal como se diz lá no sul: "mistura-te com os porcos e acabarás comendo farelo".
ATUALIZAÇÃO: mordi a língua! Alertado por um amigo, encontrei o material da próxima postagem, que mostra um Agnelo Queiroz não tão inocente como eu pensava. Como escrevi acima, "comunista é comunista", sonham com a "igualdade social" para o povão, mas não abrem mão de obter para si o vil metal capitalista e seus benefícios, a qualquer custo.
ATUALIZAÇÃO: mordi a língua! Alertado por um amigo, encontrei o material da próxima postagem, que mostra um Agnelo Queiroz não tão inocente como eu pensava. Como escrevi acima, "comunista é comunista", sonham com a "igualdade social" para o povão, mas não abrem mão de obter para si o vil metal capitalista e seus benefícios, a qualquer custo.
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