Um resumo de alguns escândalos políticos no Congresso desde o começo de 2009.
O castelo da vergonhaEleito corregedor da Câmara, o deputado Edemar Moreira (ex-DEM-MG) disse que não poderia julgar os colegas por causa do “vício da amizade”. Surge a informação de que ele é dono de um castelo no interior de Minas. Uma subcomissão, formada por três deputados, investigam o caso de Edmar Moreira. São eles; os deputados Hugo Leal (PSC-RJ), Sérgio Moraes (PTB-RS) e Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS). Espera-se, no máximo, uma repreensão a Moreira.
Sobras para a viúva
Contrariando os membros da Mesa, o então presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), deu R$ 118 mil para a juíza Marilice Péres, viúva do senador Jefferson Péres (PDT-AM), morto em 2008. O valor equivale a passagens aéreas que Jefferson não usou.
Verba indenizatória
Parlamentares têm R$ 15 mil por mês para gastar sem ter de prestar contas públicas. O assunto ganhou destaque quando foi revelado que Edemar Moreira teria usado R$ 230 mil dessas verbas em suas próprias empresas. Chico Alencar (PSOL-RJ) usou o dinheiro para contratar serviços da empresa de um correligionário.
Surto de diretores no Senado
Conta mostra que o Senado tinha 181 diretores. Tinha até diretor para cuidar do check-in de senadores no aeroporto. E, pelo jeito, continua tendo pois o assunto já caiu no esquecimento.
Nepotismo terceirizado
Descobriu-se que vários diretores tinham parentes trabalhando no Congresso por meio de empresas terceirizadas. Também não se falou em demissões, até agora.
O “bolsa viagem internacional”
O site Congresso em Foco divulgou que 261 deputados fizeram mais de 1.800 viagens ao exterior desde 2007, na maioria das vezes para destinos com forte apelo turístico, como Bariloche, Buenos Aires, Londres, Miami, Nova York e Paris. Os mais conhecidos são: Armando Monteiro Neto (PTB-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Fernando Gabeira (PV-RJ), Inocêncio Oliveira (PR-PE), João Paulo Cunha (PT-SP), José Carlos Aleluia (DEM-BA), José Genoino (PT-SP), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O “bolsa viagem nacional”
O deputado Fábio Faria (PMN-RN) usou sua cota de passagens para sua ex-namorada Adriane Galisteu e outras dez pessoas viajarem para Natal. Dias depois, foi revelado que o delegado Protógenes Queiroz usou passagens da cota da deputada Luciana Genro (P-SOL-RS). Michel Temer (PMDB-SP) também admitiu ter feito o mesmo. E Otávio Germano (PP-RS) reconheceu que um ministro do TCU voou com sua cota. Três deputados licenciados para ocupar cargos de ministro continuaram usando bilhetes aéreos pagos pela Câmara: José Múcio Monteiro, Geddel Vieira Lima e Reinhold Stephanes.
Férias inesquecíveis
O Senado pagou R$ 6,2 milhões em horas extras em janeiro para mais de 3.800 funcionários. A Câmara pagou R$ 635 mil em horas extras para mais de 600. Tudo isso durante o recesso, quando o Congresso fica vazio.
Sogra fantasma
A sogra de um assessor do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) era servidora fantasma do Senado havia seis anos.
Pagador-geral de salários da União
Pagos pelo Senado, funcionários do senador Adelmir Santana (DEM-DF) trabalhavam para o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM). Já funcionários do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) trabalham para o ministro Hélio Costa.
Pró-doméstica
Pelo menos três deputados pagavam suas empregadas domésticas com dinheiro da Câmara: Alberto Fraga (DEM-DF), licenciado, Arnaldo Jardim (PPS-SP) e José Paulo Tófano (PV-SP).
Serviços pessoais, de casa
Numa entrevista, Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, admitiu que recebe salário do Senado, mas não frequenta o Congresso. Ela afirmou que trabalha de casa fazendo “serviços pessoais” para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Depois de flagrada, pediu demissão.
O vale-jatinho
Em quatro anos, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) usou R$ 469 mil das verbas de passagens para fretar jatinhos. Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PMDB-PI), Maguito Vilela (PMDB-GO), Mário Couto (PSDB-PA) e Jefferson Praia (PDT-AM) fizeram o mesmo.
Segurança privatizada
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), levou seguranças do Senado ao Maranhão para tomar conta de sua casa. Alegou que a cassação de seu opositor, o governador Jackson Lago, poderia representar perigo.
Celular liberado
O senador Tião Viana (PT-AC) entregou seu celular à filha numa viagem da moça ao México. A conta, paga pelo Senador depois de flagrado, passou de R$ 14 mil.
A mansão de Agaciel
Agaciel Maia, diretor do Senado há anos, escondia da Justiça uma casa em Brasília avaliada em R$ 5 milhões. O mesmo Agaciel, em 2008 fez uma viagem à Europa, onde teve "apoio especial" das Embaixadas (só de diárias em hotéis, calcula-se mais de 24 mil reais). As passagens, estimadas em mais de 39 mil, suspeita-se que tenham sido pagas pela "Viúva" (ver coluna do Claudio Humberto de 2/5/09).
Fonte: recebido por mensagem eletrônica
COMENTO: isso é o que apareceu mais na mídia, só no primeiro quadrimestre. Certamente vem mais por aí.
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