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O jornal El País, na sua edição em português, do dia 20 de junho, trouxe um texto sobre uma cidade maranhense e o modo de vida de seus moradores. Trata-se de Belágua, no Maranhão.
Maranhão é aquela Unidade da Federação (UF) dominada por muito tempo pela família do senhor Ribamar, aquele do bordão "brasileiros e brasileiras", o mesmo que foi chamado de ladrão por diversas vezes pelo Cachaceiro Maldito, que depois arrependeu-se e disse que o tal cidadão merecia respeito pois, "não era uma pessoa comum". Atualmente, o Maranhão é administrado por Flávio Dino, militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
O perímetro urbano de Belágua é pequeno, com cerca de 1,5 Km no sentido Leste/Oeste e 1 Km no sentido Norte/Sul.
Perímetro urbano de Belágua / MA |
Segundo dados do IBGE, em 2014 havia 10 empresas no município, ocupando 359 pessoas, 349 destas, assalariadas, o que somava uma renda mensal de R$ 5.745,00.
A cidade já havia sido motivo de reportagens por ocasião das eleições presidenciais de 2014, por ter apresentado o maior índice de votos pró reeleição de Dilma Rousseff à presidência da República.
Nela, constam cerca de 7.000 habitantes e, destes, em abril de 2016, 1.440 eram beneficiários do programa Bolsa Família - aquele programa de auxílio às famílias carentes criado por Fernando Henrique (autoria esta que o jornalista espanhol atribui ao Mentiroso Mor "deçepaíz") e que até abril do corrente ano distribuiu R$ 103.906.763.752,46 de verbas federais.
Se considerarmos o mínimo de quatro pessoas por família, teremos 5.760 pessoas beneficiadas, ou aproximadamente 82% da população da cidade. Há um número reduzido de famílias - 20 a 30 - cujos benefícios mensais do Bolsa Família ultrapassam os R$ 750,00, cinco delas ultrapassando os R$ 900,00. Valores irrisórios, quase iguais ao salário mensal de uma professora do Ensino Fundamental e Médio no Rio Grande do Sul.
Nada demais, também, tratando-se do Maranhão, 3ª UF em termos de uso de verbas do Bolsa Família (R$ 725.141.007,00 neste ano, até abril). Belágua recebeu, nos quatro primeiros meses de 2016, R$ 1.584.326,00 desse total.
Conhecidos os dados básicos da cidade, vamos à reportagem extremamente piegas do jornalista do El Pais, motivo deste texto, que apresentou entrevistas feitas com três pessoas, dois homens e uma mulher, além de citar um quarto - aparentemente o burguês da localidade.
Me espantou o fato dos entrevistados, todos na faixa dos 35 anos de idade, pobres de tudo (subnutridos, analfabetos, e desinteressados da vida), se colocarem passivamente na condição de dependentes de algo que nem sabem o que é. Contentando-se em viver com uma "doação" governamental sem interessarem-se em buscar um pouco mais com seu próprio esforço.
Como contraponto, é citado o "Seu Cota", um sujeito de 54 anos, que vive na outra extremidade dessa enorme metrópole e consegue plantar e vender hortaliças suficientes para lhe dar uma renda - mínima mas suficiente. E o senhor Antonio José não encontra ânimo para, pelo menos com seus filhos de 14 e 15 anos de idade, tentarem empilhar os tijolos - inúteis na visão do medíocre jornalista - e rejunta-los nem que seja com o conhecido barro da taipa?
Escreve o compungido jornalista: "Belágua é um exemplo fiel do Nordeste brasileiro, atrasado, pobre e resignado à sua sorte, que aceita a ajuda estatal um dia e com o mesmo fatalismo aceita no dia seguinte que a tirem." Mas não lhe ocorre questionar por que sua entrevistada vive na miséria mas possui onze filhos, sem recorrer a outro programa social, o de distribuição de preservativos. Também não lhe abala a afirmação da criança que diz gostar mais da escola "quando dão merenda".
Duas coisas me indignaram: primeiro o "padrão" dos entrevistados - gente que Marx (o canalha, não pertencente à família de humoristas) denominava "lumpemproletariado", a casta popular de completa inutilidade social - os quais, espero que sejam uma minoria na cidade. E segundo, a canalhice do autor do texto, que compara os burgueses paulistas que usam helicóptero para fugir dos engarrafamentos (como se isso fosse a situação normal dos brasileiros) com a casa humilde de um dos entrevistados, cuja água é armazenada em um pote de barro tapado com um paninho. Seria um bom novelista esse jornalista que encerra sua publicação afirmando que "Aderaldo Ferreira, o da mulher sem palavras, o da choça sem nada, o que mostra a carteira de identidade como o documento essencial, diz que ouviu falar desse Seu Cota, que irá visitá-lo uma tarde, que lhe perguntará como fez, como faz, e aponta para o outro lado da cidade, como se fosse o outro lado do mundo".
Um comentário:
Quero dar meus parabéns à FEB - Força Expedicionária Brasileira, que foi para a Itália salvar o comunismo das garras dos nazistas, os ÚNICOS que verdadeiramente combateram o comunismo. Obrigado FEB por salvar o comunismo. Aplausos!
Vocês "heróis" da FEB junto com os incompetentes da Ditadura Militar, que quebraram várias empresas nacionais em favor de estrangeiras (pesquisem) e que também deixou todos os comunistas fugirem, são exemplo à Humanidade. Aplausos mais uma vez!
Com um Exército desses, ninguém precisa de inimigos externos.
E por que não falam nada sobre a extinção da CGU?!
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