por Jorge Serrão
O Brasil vai mesmo comprar os caças franceses Rafale, da Dassaut, e PT saudações. O negócio foi sacramentado ontem, em Pittsburg (EUA), onde aconteceu a cúpula do G-20. O chefão-em-comando Stalinácio da Silva teve uma reunião privada com o colega francês Nicolas Sarkozy e sacramentou que o Brasil ficará com os caças franceses para reequipar a FAB. A decisão deve ser anunciada esta semana — se não houver algum acidente político grave.
Até Dona Marisa Letícia participou do encontro decisivo. O que Lula ganha com o avião francês? Talvez Deus saiba. E como o chefão Apedeuta sabe mais que Deus e cada vez mais esbanja seus poderes divinos de “presidente-sol”, a Força Aérea Brasileira que se dane. Ou melhor, no estilo bem chulo, porém em francês: “Fuck le avion”. Pouco importa se dois Rafale da Marinha francesa caíram, quinta-feira passada, no Mar Mediterrâneo. “Fuck le avion. La chose est la commission. E PT salutations" — como se diria, no francês mais vagabundo, lá na Praça Mauá ou na carioca Praça Paris — duas zonas onde a prostituição come solta na calada da noite.
A torcida do Flamengo sabe que os tais Rafale só foram vendidos para as Forças Armadas da própria França. A torcida do Corinthians também tem conhecimento de que o preço e a manutenção dos caças franceses são bem mais altos que os do Gripen NG da Saab (Suécia). Tudo indica que a vontade absolutista de Lula prevaleceu até sobre a forte pressão da norte-americana Boing — cujos lobistas fizeram de tudo para emplacar seus caças F-18 (operacionalmente mais confiáveis e testados no mundo inteiro). “Fuck le plan”. A FAB vai pagar o pato.
O desgoverno petista — que é uma continuidade aprimorada do desgoverno FHC — trata as Forças Armadas com desdém. Só os militares convertidos ideologicamente em militantes marcham contra esta realidade objetiva. O Exército precisou se submeter ao vexame de comprometer o esquema de funcionamento dos quartéis como tática de pressão política para arrancar do Ministério do Planejamento a liberação de verbas criminosamente contingenciadas pelos burrocratas inimigos da soberania e da segurança nacional.
A guerra assimétrica contra as Forças Armadas ganha neste domingo mais um ingrediente. O governo federal lança a campanha "Memórias Reveladas". Será um investimento de R$ 3,5 milhões em propaganda ideológica. Curiosamente, para isto, não falta verba. A campanha tem o dedinho ideológico do Bolcheviquepropagandaminister. Será comandada por herr Ottoni Fernandes Junior, secretário executivo da Secretaria de Comunicação (SECOM) da Presidência da Republica. Objetivo: mobilizar a sociedade a buscar informações sobre 140 desaparecidos políticos, entre 1964 e 1985, cujos corpos até hoje não foram encontrados.
A campanha consistirá de três filmes, com versões de 1 minuto e 30 segundos, criados pela agência Matisse e dirigidos por Cao Hamburger, Helvecio Raton e João Batista de Andrade. Também serão veiculados quatro anúncios impressos com a mensagem: "Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça". O plano de mídia inclui peças de internet e cartazes que servirão de apoio à mobilização. No site da campanha, www.memoriasreveladas.gov.br pode ser visto um filme de 5 minutos com imagens de 140 desaparecidos políticos.
Ottoni adverte que não existe uma pretensão revanchista na campanha — que deve desagradar aos militares. Justificativa oficial: "Só queremos encontrar vestígios destas vítimas e saber exatamente o que aconteceu com elas". Os idealizadores da campanha alegam que, por se tratar de um tema sensível e abordar a morte de brasileiros que lutaram contra a ditadura e da dor daqueles que não tiveram direito de enterrar seus corpos, optou-se por um olhar autoral na realização dos filmes.
A turma do Stalinácio já apertou o botão “fuck” há muito tempo. O sentimento de triunfo histórico lhe transmite segurança. O chefão não dá bola para o imponderável. Onde ele vai chegar? O céu é o limite. E Fuck le avion! E vive la comission!
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista,
Publicitário e Professor.
Fonte: Alerta Total
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