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O problema representado pela existência de filhos fora da união conjugal, ou de filhos cuja paternidade não é reconhecida, é muito mais frequente do que aparenta. Já tivemos divulgados pela imprensa diferentes modelos de comportamento, como o do "Rei" Roberto Carlos, cuja juventude foi pródiga de casos amorosos dos quais alguns geraram filhos que, posteriormente o procuraram e, ele de forma extremamente honesta e louvável, após a comprovação dos laços sanguíneos por exames, não titubeou no reconhecimento de sua prole. Já outro denominado "Rei", conhecido por seu talento futebolístico e por sua "luta em prol das criancinhas", não teve o mesmo comportamento, causando extremo desgosto em uma filha que terminou sucumbindo, atacada por mortal doença, sem ser reconhecida oficialmente por seu pai biológico. Outros casos similares ocorridos com gente famosa são do conhecimento público. Tivemos um ex presidente que, contam, terminou metendo os pés pelas mãos ao não aceitar como seu o filho de uma serviçal de sua casa, mas reconheceu suas obrigações para com o rebento de uma jornalista que, posteriormente, foi comprovado não ser seu filho. Para não prolongar essa lista, também tivemos o caso do Vice-presidente bacanão, grande empresário, que além de não reconhecer oficialmente sua responsabilidade para com uma filha gerada na juventude, teve a atitude covarde e desonrosa de adjetivar como 'prostituta" a genitora da mesma, o que posteriormente foi comprovada como perversa e indecente mentira. O destino soube puni-lo devidamente!
Com um pouco de paciência poderíamos encontrar muitos mais casos semelhantes de dignidade ou de covardia moral.
E as épocas de campanha política são muito propícias para que surjam essas histórias, divulgadas com o propósito de manchar a reputação de candidatos, mesmo que já se tenha comprovado que fatos desse jaez pouco influenciam na decisão dos eleitores.
Até mesmo o atual senador Collor de Melo usou golpe semelhante em campanha contra outro patife cujo nome evito citar em função do asco que me provoca.
Assim, não espanta muito a divulgação do suposto casal de filhos ilegítimos atribuídos a Olívio Dutra, figura política da pior parte da história do Rio Grande do Sul.
Como eu não iria mesmo votar no sujeito, sob hipótese alguma, seus problemas familiares não me interessam. Nem de forma negativa, muito menos positiva. Acredito que seja problema a ser discutido em seu âmbito familiar.
Todavia, o mesmo texto que apresentou ao distinto público essa história, nos trouxe outros dados que estão passando em brancas nuvens ante a importância que está sendo dada ao que alguns pensam tratar-se de uma falha moral merecedora de análise no caso do candidato ao Senado.
Me refiro à afirmação de que "a uruguaia Inês Graciela Abelenda Buzo chegou com nome falso a Porto Alegre em 1982. Era militante do Partido de La Voluntad Del Pueblo (Tupamaros) e veio substituir Lilian Celiberti, que foi sequestrada pelo DOPS gaúcho em 1979. Sua tarefa era a de dar instrução revolucionária a sindicalistas".
Mais detalhes sobre a atuação das uruguaias podem ser lidos no blog Navegando pelos Pensamentos.
Aos mais jovens, conto em resumo que Lilian Celiberti Rosas de Casariego e Universindo Rodriguez Diaz formavam um casal de uruguaios residente em Porto Alegre cuja detenção era solicitada pelas autoridades do Uruguai por envolvimento com a "luta armada" naquele país. Em novembro de 1978, alguns agentes de órgãos de segurança gaúchos resolveram colaborar com seus colegas orientais driblando os procedimentos burocráticos. O casal foi preso em Porto Alegre e entregue a agentes uruguaios na fronteira entre os dois países, que os apresentaram como tendo sido presos naquele país. Não deixava de ser verdadeiro, só estava sendo omitido que o ingresso dos dois na ROU havia ocorrido de forma pouco volitiva, na companhia dos agentes brasileiros.
Por falha na execução ou por acaso do destino, dois jornalistas acabaram descobrindo a "operação" e a revelaram jornalisticamente, causando um enorme rebuliço ao acusarem o "sequestro do casal de refugiados". A imprensa repercutiu a gritaria sobre o gravíssimo crime, reclamando providências diplomáticas para a libertação do inocente casal e punição severa aos sequestradores. Organizações de Direitos Humanos somaram-se aos protestos contra o ato criminoso de entregar os pobres jovens à sanha assassina dos militares orientais. Identificados, dois dos "sequestradores" tiveram suas vidas infernizadas. O caso foi desenterrado incontáveis vezes como forma de crítica ao regime militar que vigeu no Brasil até 1985 e como "prova" de que havia colaboração entre órgãos de segurança sul americanos com o objetivo de perseguir simples cidadãos da região.
Agora, surge um detalhe pequeno no relato da aventura romântica de Olívio Dutra, que ilumina uma parte obscura do caso do casal uruguaio. Lilian Celiberti não era somente uma pobre jovem refugiada em Porto Alegre. Ela era militante de uma organização terrorista e cumpria "tarefas revolucionárias" em solo brasileiro. Com a cumplicidade de organizações sindicais gaúchas. Temos, assim, o típico caso de alguém, no caso o jornalista, que atirou no que viu e atingiu o que não viu.
Como escrevi acima, a responsabilidade assumida ou não da paternidade da prole do velho "Bigode" é um assunto que não me interessa.
Prefiro que me expliquem melhor essa história de dona Lilian Celiberti cumprir tarefas para os Tupamaros no Brasil e ter sido substituída nessas missões pela outra jovem uruguaia. Então, havia uma conexão entre os grupos que realizavam "luta armada" no Uruguai e no Brasil (pena não poder mostrar minha cara de espanto irônico)? Então aquela gritaria feita em função da defenestração do casal uruguaio atendia interesses outros que não os direitos humanitários individuais deles? Então, mesmo depois do episódio do casal, os citados grupos revolucionários continuaram suas práticas além-fronteiras? Com o apoio do PT e sindicatos?
Abstraindo os entraves legais, burocráticos e ideológicos que foram driblados pelos agentes poderíamos concluir que, ao fim e ao cabo, eles agiram corretamente? Ou será que podemos concluir que solidariedade além fronteira para cometer crimes são condenáveis para alguns atores e perdoáveis para outros?
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O problema representado pela existência de filhos fora da união conjugal, ou de filhos cuja paternidade não é reconhecida, é muito mais frequente do que aparenta. Já tivemos divulgados pela imprensa diferentes modelos de comportamento, como o do "Rei" Roberto Carlos, cuja juventude foi pródiga de casos amorosos dos quais alguns geraram filhos que, posteriormente o procuraram e, ele de forma extremamente honesta e louvável, após a comprovação dos laços sanguíneos por exames, não titubeou no reconhecimento de sua prole. Já outro denominado "Rei", conhecido por seu talento futebolístico e por sua "luta em prol das criancinhas", não teve o mesmo comportamento, causando extremo desgosto em uma filha que terminou sucumbindo, atacada por mortal doença, sem ser reconhecida oficialmente por seu pai biológico. Outros casos similares ocorridos com gente famosa são do conhecimento público. Tivemos um ex presidente que, contam, terminou metendo os pés pelas mãos ao não aceitar como seu o filho de uma serviçal de sua casa, mas reconheceu suas obrigações para com o rebento de uma jornalista que, posteriormente, foi comprovado não ser seu filho. Para não prolongar essa lista, também tivemos o caso do Vice-presidente bacanão, grande empresário, que além de não reconhecer oficialmente sua responsabilidade para com uma filha gerada na juventude, teve a atitude covarde e desonrosa de adjetivar como 'prostituta" a genitora da mesma, o que posteriormente foi comprovada como perversa e indecente mentira. O destino soube puni-lo devidamente!
Com um pouco de paciência poderíamos encontrar muitos mais casos semelhantes de dignidade ou de covardia moral.
E as épocas de campanha política são muito propícias para que surjam essas histórias, divulgadas com o propósito de manchar a reputação de candidatos, mesmo que já se tenha comprovado que fatos desse jaez pouco influenciam na decisão dos eleitores.
Até mesmo o atual senador Collor de Melo usou golpe semelhante em campanha contra outro patife cujo nome evito citar em função do asco que me provoca.
Assim, não espanta muito a divulgação do suposto casal de filhos ilegítimos atribuídos a Olívio Dutra, figura política da pior parte da história do Rio Grande do Sul.
Como eu não iria mesmo votar no sujeito, sob hipótese alguma, seus problemas familiares não me interessam. Nem de forma negativa, muito menos positiva. Acredito que seja problema a ser discutido em seu âmbito familiar.
Todavia, o mesmo texto que apresentou ao distinto público essa história, nos trouxe outros dados que estão passando em brancas nuvens ante a importância que está sendo dada ao que alguns pensam tratar-se de uma falha moral merecedora de análise no caso do candidato ao Senado.
Me refiro à afirmação de que "a uruguaia Inês Graciela Abelenda Buzo chegou com nome falso a Porto Alegre em 1982. Era militante do Partido de La Voluntad Del Pueblo (Tupamaros) e veio substituir Lilian Celiberti, que foi sequestrada pelo DOPS gaúcho em 1979. Sua tarefa era a de dar instrução revolucionária a sindicalistas".
Mais detalhes sobre a atuação das uruguaias podem ser lidos no blog Navegando pelos Pensamentos.
Aos mais jovens, conto em resumo que Lilian Celiberti Rosas de Casariego e Universindo Rodriguez Diaz formavam um casal de uruguaios residente em Porto Alegre cuja detenção era solicitada pelas autoridades do Uruguai por envolvimento com a "luta armada" naquele país. Em novembro de 1978, alguns agentes de órgãos de segurança gaúchos resolveram colaborar com seus colegas orientais driblando os procedimentos burocráticos. O casal foi preso em Porto Alegre e entregue a agentes uruguaios na fronteira entre os dois países, que os apresentaram como tendo sido presos naquele país. Não deixava de ser verdadeiro, só estava sendo omitido que o ingresso dos dois na ROU havia ocorrido de forma pouco volitiva, na companhia dos agentes brasileiros.
Por falha na execução ou por acaso do destino, dois jornalistas acabaram descobrindo a "operação" e a revelaram jornalisticamente, causando um enorme rebuliço ao acusarem o "sequestro do casal de refugiados". A imprensa repercutiu a gritaria sobre o gravíssimo crime, reclamando providências diplomáticas para a libertação do inocente casal e punição severa aos sequestradores. Organizações de Direitos Humanos somaram-se aos protestos contra o ato criminoso de entregar os pobres jovens à sanha assassina dos militares orientais. Identificados, dois dos "sequestradores" tiveram suas vidas infernizadas. O caso foi desenterrado incontáveis vezes como forma de crítica ao regime militar que vigeu no Brasil até 1985 e como "prova" de que havia colaboração entre órgãos de segurança sul americanos com o objetivo de perseguir simples cidadãos da região.
Agora, surge um detalhe pequeno no relato da aventura romântica de Olívio Dutra, que ilumina uma parte obscura do caso do casal uruguaio. Lilian Celiberti não era somente uma pobre jovem refugiada em Porto Alegre. Ela era militante de uma organização terrorista e cumpria "tarefas revolucionárias" em solo brasileiro. Com a cumplicidade de organizações sindicais gaúchas. Temos, assim, o típico caso de alguém, no caso o jornalista, que atirou no que viu e atingiu o que não viu.
Como escrevi acima, a responsabilidade assumida ou não da paternidade da prole do velho "Bigode" é um assunto que não me interessa.
Prefiro que me expliquem melhor essa história de dona Lilian Celiberti cumprir tarefas para os Tupamaros no Brasil e ter sido substituída nessas missões pela outra jovem uruguaia. Então, havia uma conexão entre os grupos que realizavam "luta armada" no Uruguai e no Brasil (pena não poder mostrar minha cara de espanto irônico)? Então aquela gritaria feita em função da defenestração do casal uruguaio atendia interesses outros que não os direitos humanitários individuais deles? Então, mesmo depois do episódio do casal, os citados grupos revolucionários continuaram suas práticas além-fronteiras? Com o apoio do PT e sindicatos?
Abstraindo os entraves legais, burocráticos e ideológicos que foram driblados pelos agentes poderíamos concluir que, ao fim e ao cabo, eles agiram corretamente? Ou será que podemos concluir que solidariedade além fronteira para cometer crimes são condenáveis para alguns atores e perdoáveis para outros?
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