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1. O Guardião é um sistema produzido pela Dígitro, com tecnologia 100% nacional, desenvolvido por técnicos brasileiros pertencentes aos quadros da empresa, utilizado para apoiar as ações de interceptação legal empreendidas pelos Órgãos de Estado habilitados para isso. O Guardião não intercepta (não "grampeia") ligações telefônicas. É um sistema passivo: recebe as informações de dados e voz interceptadas pelas Operadoras de Telecomunicações. A interação entre o Guardião e a Operadora é feita através de conexão especial, controlada, que interliga o Órgão Usuário à Operadora.
É fácil perceber que não há como o mesmo ser utilizado por particulares:
1) A Operadora não intercepta "alvos" sem autorização judicial;
2) A Justiça não concede Alvarás para entidades privadas ou pessoas;
3) As operações investigativas são normalmente acompanhadas pelo Ministério Público.
4) A Dígitro não vende o Guardião para entidades não habilitadas — e só entidades de Estado são habilitadas. Cada equipamento tem número de série. A distribuição é controlada. Não existe a hipótese de uso “avulso” do equipamento. A implantação e operação só são possíveis com técnicos preparados e treinados para esse fim.
2. A Dígitro não tem conhecimento da aludida “Investigação do MPF-SC” que teria sido iniciada em novembro de 2010, e jamais foi citada. Todavia, cabe ressaltar:
(1) A empresa jamais participou (ou participaria) de procedimento licitatório fraudulento. Fornecemos nossos sistemas através de certames legais, cujos regimes de contratação obedecem aos preceitos da Lei 8.666.
(2) A Dígitro fornece regularmente, e desde sua fundação, há 35 anos, todas as informações fiscais e de toda ordem, a que é obrigada, como todas as empresas.
(3) A Dígitro jamais fez (ou faria) uso irregular de verbas federais. Ao contrário. Ao longo dos anos contratou empréstimos (reembolsáveis) com entidades de fomento, tendo cumprido todas as obrigações previstas nos mesmos, sem nunca ter atrasado uma só prestação. Nessas agências, a empresa é considerada exemplar, pois seus projetos atendem de forma precisa os objetivos de desenvolvimento de tecnologia nacional, de integração com Universidades, de contribuição para construção de independência tecnológica do Brasil nas áreas que utilizam tecnologias sensíveis.
(4) A Dígitro não manipula sistemas de informações: os dispositivos que fornece aos seus clientes são por eles — e somente por eles — operados.
(5) O sucesso da Dígitro deve-se à sua capacitação e aos seus esforços. Orgulha-se de desenvolver sistemas que ajudam no combate à corrupção e não aceita as acusações ofensivas cujas origens, embora inconfessáveis, são conhecidas.
3. A respeito de alegada varredura da Controladoria-Geral da União, como toda empresa que fornece para o Estado, a Dígitro e seus contratos são públicos. Logo, naturalmente verificados pelos órgãos competentes para a fiscalização.
4. Sobre o citado “salto no faturamento da empresa”, o texto jornalístico explica: "Por e-mail, o empresário acrescentou: “A Dígitro enfrentou crescimentos importantes ao longo de toda a sua história de 35 anos”. Faraco afirmou que a maior parte (em torno de 80%) de seu faturamento provém do mercado corporativo, com mais de 2.500 clientes privados, além de operadoras de telefonia e dos organismos de segurança e defesa" — é fácil concluir que a fatia menos expressiva do seu faturamento provém do segmento representado pelo mercado de segurança e defesa. Portanto, é ilação despropositada atribuir a boa performance da nossa empresa às vendas vinculadas ao governo, desconsiderando nosso contínuo e vigoroso crescimento na área privada ao longo dos anos, onde somos protagonistas no fornecimento de soluções de telecomunicações das mais avançadas, num ambiente que outrora era dominado por gigantes multinacionais.
5. Sobre o desenvolvimento do Guardião, não procede a informação de que o sistema tenha sido desenvolvido por um grupo de policiais federais e depois vendido à Dígitro. A distorção fere os anos de dedicação e esforços desmedidos empregados por um grupo significativo de profissionais de nossa empresa, que tomaram para si, desde o começo, a tarefa de construir dispositivo dessa envergadura. Tais profissionais receberam inúmeras solicitações de membros das comunidades de segurança e defesa, e continuam recebendo, para a atualização permanente das tecnologias e atender às novas características das investigações. Ademais, o Guardião nunca foi considerado um substituto das "antigas malas de grampo" — a Dígitro não trabalha com o conceito das malas: como já afirmado, o Guardião funciona a partir de interligação física controlada com as centrais telefônicas de Operadoras.
Geraldo A. X. Faraco
Presidente da Dígitro
Fonte: Políbio Braga
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