domingo, 13 de junho de 2010

Dez Provas do Fracasso da Privatização

por Ethevaldo Siqueira
Apresento, a seguir, os números e as provas dos dez maiores fracassos da privatização das telecomunicações, com um abraço a Rogério Santanna e votos de sucesso à frente da Nova Telebrás.
Primeiro fracasso: O Brasil de julho de 1998 tinha 14 telefones para cada 100 habitantes. Hoje tem mais de 120. Eis aí uma prova incontestável do fracasso da privatização da Telebrás.
Segundo fracasso: Naquele ano (1998), o País tinha a fantástica quantidade de 24,5 milhões de telefones. Hoje tem apenas 224 milhões — outra prova insofismável do malogro da privatização.
Terceiro fracasso: No dia da privatização, o Brasil tinha 5,2 milhões de celulares. Hoje tem a miséria de 180 milhões. Pode existir prova maior do fracasso da privatização das telecomunicações?
Quarto fracasso: A Telebrás investiu R$ 60 bilhões, em 25 anos. As operadoras privadas investiram R$ 180 bilhões em 11 anos. Isso é que é fracasso!
Quinto fracasso: A Telebrás ofertava telefones pelo plano de expansão pelo equivalente à ninharia de US$ 1 mil numa maravilhosa e patriótica venda casada de ações e da assinatura de uma linha telefônica, que era entregue com a fantástica rapidez de apenas 24 meses. (Às vezes demorava um pouco mais.) Já as operadoras privadas querem impor-nos o absurdo da venda casada do triple play — com telefone, TV por assinatura e banda larga. Vejam que malandragem. Mais uma prova do fracasso da privatização.
Sexto fracasso: A privatização foi chamada de privataria porque foi acusada de escândalos e de vender a Telebrás a preço de banana, ou seja, pela miséria de R$ 22,2 bilhões. A Justiça não condenou ninguém por isso. O importante é saber que esses R$ 22,2 bilhões equivalem a apenas 105 anos de exportação de bananas da América Latina. Foi ou não foi preço de banana? Viram? E mais: privatizar foi, sim, um fracasso.
Sétimo fracasso: Maravilha era a Telebrás, que não tinha apagão — até porque não tinha telefone nem banda larga. Depois da privatização, tivemos vários apagões — até por excesso de telefones. Eis a prova do fracasso total da privatização.
Oitavo fracasso: A privatização desvalorizou o preço que pagávamos pelas linhas telefônicas, no mercado negro. Hoje, essas linhas estão aviltadas. Você não pode vendê-las. Entregam até telefone de graça. Isso é um absurdo e prova que a privatização não só fracassou, mas também prejudicou todos os que investiram no telefone como um bem escasso e altamente valorizado.
Nono fracasso: A Telebrás às vezes demorava um pouco mais para entregar as linhas do plano de expansão — como aconteceu com 400 mil pessoas em São Paulo, entre 1986 e 1990. Mas as pessoas até gostavam disso porque o telefone traz muitos aborrecimentos para as famílias. Hoje com mais de 220 milhões de telefones, vivemos num inferno. Estão vendo porque a privatização foi um fracasso?
Décimo fracasso: Na época da Telebrás, o pobre não pensava em celular nem em telefone fixo. Hoje, mais de 100 milhões de pessoas de baixa renda usam celulares pré-pagos. Com isso, perdem muito tempo e não trabalham. E pior: entregam celulares para bandidos. E você ainda acha que privatização foi boa para o Brasil? Ora, raciocine com mais profundidade.
Conclusão: Eis aí dez provas de que a privatização das telecomunicações foi um fracasso total. E não se fala mais nisso. Estamos entendidos?

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