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A informação foi confirmada pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) no final da manhã desta quarta-feira (15), que até a publicação desta matéria não disse quantos policiais eram e para onde foram.
Os policiais quebraram ilegalmente o sigilo das fichas criminais de mais de 400 mil pessoas de 2000 a 2009 a pedido da Petrobras. Essa foi a conclusão de inquérito policial da corregedoria da Polícia Civil, que apontou delegados e funcionários da Divisão de Capturas como responsáveis. O ato é violação do sigilo funcional, crime punido com até seis anos de prisão.
Três funcionários da estatal confessaram, em depoimento, que pediam de 800 a 1.000 pesquisas de antecedentes criminais por semana aos policiais. As pessoas que tiveram a vida vasculhada seriam candidatas a um emprego na estatal ou em empresas terceirizadas contratadas por ela.
Os corregedores receberam uma lista de um dos funcionários da estatal com os nomes que tiveram o sigilo quebrado entre janeiro de 2008 e julho de 2009. Há 70.499 pessoas na planilha, das quais 69.229 tiveram o sigilo violado. Como a média de vítimas era de 4.000 por mês, calcula-se que o total de atingidos possa chegar a 460 mil no período de 2000 a 2009. A corregedoria investigava o caso desde 2009, quando foi revelada a existência da quebra do sigilo — na época, a suspeita era de que a violação tivesse afetado 60 mil pessoas.
Justificativa
A Petrobras informou que faz o levantamento dos dados sobre a ficha criminal de candidatos a emprego e defendeu a legalidade do procedimento. Por meio de nota, sua assessoria de imprensa afirmou que "o levantamento de informações sócio-funcionais é prática corrente no meio corporativo e faz parte da sua política empresarial de segurança". De acordo com empresa, a prática tem como "objetivo garantir a segurança das instalações e das operações da companhia". O texto da estatal prossegue afirmando que "é importante ressaltar que os dados são públicos".
O problema é que, para os corregedores, a prática configura crime e improbidade administrativa. Em seu relatório, o delegado corregedor José Ferreira Boucinha Neto afirmou que a ação dos policiais causou "prejuízo à administração pública e a milhares de pessoas que tiveram sua vida pregressa devassada de forma irregular e ilegal, de modo a atender única e exclusivamente aos interesses empresarias da Petrobras". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os policiais quebraram ilegalmente o sigilo das fichas criminais de mais de 400 mil pessoas de 2000 a 2009 a pedido da Petrobras. Essa foi a conclusão de inquérito policial da corregedoria da Polícia Civil, que apontou delegados e funcionários da Divisão de Capturas como responsáveis. O ato é violação do sigilo funcional, crime punido com até seis anos de prisão.
Três funcionários da estatal confessaram, em depoimento, que pediam de 800 a 1.000 pesquisas de antecedentes criminais por semana aos policiais. As pessoas que tiveram a vida vasculhada seriam candidatas a um emprego na estatal ou em empresas terceirizadas contratadas por ela.
Os corregedores receberam uma lista de um dos funcionários da estatal com os nomes que tiveram o sigilo quebrado entre janeiro de 2008 e julho de 2009. Há 70.499 pessoas na planilha, das quais 69.229 tiveram o sigilo violado. Como a média de vítimas era de 4.000 por mês, calcula-se que o total de atingidos possa chegar a 460 mil no período de 2000 a 2009. A corregedoria investigava o caso desde 2009, quando foi revelada a existência da quebra do sigilo — na época, a suspeita era de que a violação tivesse afetado 60 mil pessoas.
Justificativa
A Petrobras informou que faz o levantamento dos dados sobre a ficha criminal de candidatos a emprego e defendeu a legalidade do procedimento. Por meio de nota, sua assessoria de imprensa afirmou que "o levantamento de informações sócio-funcionais é prática corrente no meio corporativo e faz parte da sua política empresarial de segurança". De acordo com empresa, a prática tem como "objetivo garantir a segurança das instalações e das operações da companhia". O texto da estatal prossegue afirmando que "é importante ressaltar que os dados são públicos".
O problema é que, para os corregedores, a prática configura crime e improbidade administrativa. Em seu relatório, o delegado corregedor José Ferreira Boucinha Neto afirmou que a ação dos policiais causou "prejuízo à administração pública e a milhares de pessoas que tiveram sua vida pregressa devassada de forma irregular e ilegal, de modo a atender única e exclusivamente aos interesses empresarias da Petrobras". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: R7 Notícias
COMENTO: Ah, mas isso nem é 'sigilo'. Refere-se ao povão em busca de emprego, tem mais é que não ter sigilo nenhum! Esses reacionários não estão querendo desfrutar das diversas bolsas-compra-votos? Querem se infiltrar na 'boquinha' reservada aos 'revolucionários cumpanhêrus'! Que qué içu? Claro que não vai dar em nada! Se nem a quebra do sigilo fiscal dos graúdos vai dar em alguma coisa, imagine 'quebra de sigilo de pé rapado'. É interessante o argumento de que "os dados são públicos". Trata-se de informação sobre a não existência de processos ou sobre processos em andamento, sem julgamento. Contrasta com a sonegação de dados sobre inquéritos respondidos por candidatos a cargos eletivos, arquivados no STM e que, inclusive já foram motivos de anistia, mas não são abertos à consulta pública. Por outro lado, é ensurdecedora a discrição com que a 'grande imprensa' trata o assunto. Na televisão, nenhum comentário. Me indago se a empresa envolvida fosse a Vale do Rio Doce a discrição seria a mesma ou se os 'gritões' de sempre, OAB, "direitodusmanu" e outros já não estariam nas ruas.
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