segunda-feira, 15 de junho de 2009

Direitos Humanos no Brasil

por Arlindo Montenegro
A loura parricida, condenada a trinta e tantos anos, já cumpriu seis. Já pode ir pra casa. A dona que furtou duas caixas de chiclete vai pra cadeia. O carinha da Al Qaeda é amigo do rei, já foi solto. O político ladrão, ou pior, já fez a lei em seu benefício e não pode ser preso e se for julgado é “especial”. Policiais que matam bandidos vão pra cadeia. Bandidos mortos resistindo à prisão são os novos heróis desta guerrilha urbana.
Do lado rural, os produtores são penalizados por ambientalistas e os que destroem propriedades, matam vacas e gente, considera-se que são heróis que “lutam pela terra”. O governo os subsidia e é tão humano que não conseguiu nos últimos vinte anos uma solução decente, instalando esta gente no imenso “território devoluto” que o estado controla como se dono fosse duma propriedade que é da nação.
Nos negócios os governantes propagandeiam que vai tudo bem, muito bem. Do lado das empresas, a coisa é outra. Seu Lula e dona Dilma, que negam recursos para a construção dos metrôs das entupidas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, entram como financiadores do metrô de Caracas, para fortalecer o socialismo de Hugo Chavez, cuja galinha dos ovos de ouro a companhia de petróleo PDVSA está abrindo o bico, reduzindo salários, despesas, investimentos e devendo os tubos aos bancos.
Falando em petróleo, os chineses já estão rindo atoa com a bondade de Lula. A Petrobras vai ter que vender 200 mil barris de petróleo por dia, durante dez anos a US$ 13,70. O preço tem variado no mercado entre 28 dólares, 80 dólares e já alcançou mais de 130 dólares cada barril. É isto que se chama “um negócio da China”.
Para o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, um grupo de ilustres economistas da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil já está em recessão há seis meses e não existe previsão para o fim da linha. Mas isto não afeta cerca de vinte mil petistas que ocupam cargos de confiança do governo, nem afeta os deputados e senadores e juízes que instituem os próprios salários e vantagens e mordomias, moradia, carro e motorista com gasolina, correio e telefone, viagens aéreas nacionais e internacionais. Os que trabalham de fato, pagam. É a lei que cumprimos.
Na educação vamos bem: somente uns quinze milhões de adultos analfabetos. Mesmo assim uns 500 mil estão inscritos em cursos de alfabetização. Quem diz é o IBGE, acrescentando que não existem perspectivas de mudança neste quadro. Infere-se daí que em termos de educação a vontade especial do governo é propaganda para o futuro.
Neste cenário mundial em que os direitos estão voltados para a segurança de uns poucos e os deveres de gerar riqueza e pagar impostos para os muitos, o Brasil de todos os humanistas do PT de Lula, dona Dilma e o resto, recebeu uma cacetada. Censura ou ajuda subliminar aos governantes?
O relatório da Anistia Internacional, tendencioso como são os relatórios desta ONG sediada em Londres, aponta uma serie de verdades concluídas com sofismas. Diz que “2008 foi mais um ano em que as violações dos direitos humanos quase não receberam atenção no Brasil. Mas a Petrobrás e o Banco do Brasil cuidou muito bem dos “direitos dos bichos não humanos” — tartarugas, botos, micos, araras, gatos do mato, preguiças — Inda bem!
Os relatoristas internacionais tão badalados pela nossa imprensa mais que oficial e unificada, apontam a corrupção no serviço público, violência em áreas rurais, violência contra os povos “indígenas” (que só ganham dinheiro vendendo mogno, maconha, ouro e diamantes lavrados na moita por garimpeiros que também molham a mão da turma da Funai,) isto a Anistia não fala! Não convém.
Falam de parapoliciais e traficantes que dividem o domínio das cidades. O britânico sr. Tim Cahill, que supostamente entende mais de Brasil que os brasileiros, diz: “Existe um conceito infeliz no Brasil que é que os direitos humanos só defendem bandidos, um conceito popularizado por pessoas que tem interesse em mantê-lo". E o sujeitinho continua desfiando lorota: "Se a população percebesse que se todos tivéssemos os direitos humanos garantidos a economia e a segurança, por exemplo, seriam melhoradas".
Como garantir a economia sir Tim, se vocês controlam tudo, corrompem a mais não poder e ainda criam uma crise? Como garantir a segurança se vocês prestigiam os bandidos, comandam o tráfico internacional de armas e drogas, lavam o dinheiro e desarmam as populações e os policiais? Esta conversa dos humanos colonialistas britânicos é “pra inglês ver”. Um infame jogo de engana trouxa.
Fonte: ViVerdeNovo
COMENTO: a visão destorcida do direitos "dusmanos" que impera nos grandes meios de comunicação brasileiros pode ser constatada nos telejornais de hoje pela manhã, que noticiaram a "covarde agressão" de um policial militar a um pobre torcedor, durante um conflito (mais um) entre a PM e torcidas organizadas. Desavergonhadamente, nenhum apresentador de telejornal fez referência ao chute que o tal policial levou do pobre agredido, quando o grupo da PM saia do túnel de acesso às arquibancadas (lembro de ter visto a cena em somente um canal de TV; os outros, canalhamente iniciaram a exibição da gravação já por ocasião da agressão do PM). Não que eu defenda a agressão de cidadãos por policiais, mas, convenhamos, qual seria a sua reação contra quem lhe chutasse o rosto? No meu caso, garanto, ensarilhava toda e qualquer legislação e o torcedor apanharia muito mais!!! É por essas e outras que alguns bandidos impõem "autoridade" nos enclaves sociais em que residem, sobrepondo-se à autoridade do Estado, completamente ausente e/ou desmoralizada.

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