por Francisco Ferraz
Certas datas não devem e não podem passar em branco, despercebidas. Ontem, 9 de novembro de 2009 foi uma delas. Há vinte anos o muro de Berlim foi derrubado, pelos berlinenses ocidentais e orientais. Esta é a primeira observação que cabe fazer. Costuma-se dizer que o “muro caiu”, que ocorreu “a queda do muro”, mas na realidade, o muro foi derrubado.
Porém se empreendermos uma análise mais detida, as duas expressões estão corretas e representam o verdadeiro significado daquele momento histórico.
O muro foi derrubado, no seu significado histórico, pela resistência silenciosa do povo da então chamada Alemanha Oriental. Sua reação, na noite de 9 de novembro de 1989, foi primeiro de incredulidade, a seguir de curiosidade, logo depois de felicidade, exaltação, alívio, emoção e outros tantos sentimentos de semelhante natureza.
E o muro foi derrubado fisicamente, pelas picaretas, martelos e pelas mãos, dos berlinenses do leste e do oeste. Foi derrubado fisicamente quando os guardas de fronteira, tão confusos quanto o povo, tentavam, formando uma corrente humana, impedir a passagem pela porta de Brandenburgo. Não aguentaram muito, e nada mais fizeram a não ser unir-se aos que passavam.
Mas o muro também caiu. Caiu pela absoluta e total falência do sistema comunista.
O socialismo stalinista que, com correções cosméticas ainda sobrevivia caiu, desmanchou-se. Caiu primeiro na Hungria quando o povo começou a atravessar a fronteira rumo à Áustria e ninguém o impediu; a seguir na Polônia, e depois na Alemanha Oriental, dando início a um “efeito dominó” que não poupou nem a União Soviética, e que, como num passe de mágica, varreu o comunismo da face da terra. Para ser preciso permaneceram ainda a China, Cuba e Coreia do Norte.
Mas a China sempre foi mais China que comunista, e, àquela altura já começava a trilhar um novo rumo; Cuba ficou totalmente inviabilizada sem a ajuda econômica soviética, aguardando a morte dos Castro para ter a sua “glasnost” e “perestroika”; e a Coreia do Norte, nominalmente governada pelo partido comunista, mas na realidade por um monarca despótico e absoluto, fruto de um sistema — quem diria — de socialismo dinástico.
Tantas décadas de disputa por armas nucleares, por sistemas de ataque e de defesa com mísseis de longo alcance, médio alcance, e curto alcance, pela grande controvérsia da “guerra nas estrelas”, pela NATO e pelo Pacto de Varsóvia, pela Guerra Fria com seus espiões e seus momentos de suspense, quando o mundo se aproximava da guerra nuclear.
Essas décadas de disputa e conflito, de encontros e desencontros, de intervenções políticas e militares, abertas ou às escondidas, adotadas igualmente pelos dois blocos antagônicos, e que fizeram a história do século XX, não produziram os protagonistas da queda do muro.
O muro não caiu por que a Alemanha do leste ou o mundo comunista fora derrotado numa guerra. Não foram militares os seus protagonistas, nem foram armas convencionais ou nucleares a causa da queda. Também não foi o capitalismo que derrotou o socialismo, como alguns apregoam.
O socialismo se esvaiu. Morreu de um misto de anemia, desilusão e perda de vitalidade. Talvez, em termos médicos, devíamos chamar de morte por falência de múltiplos órgãos...
Seus protagonistas foram pessoas comuns, cansadas ao ponto da exaustão com uma sociedade que não possuía mais uma utopia coletiva, e que não permitia aos seus cidadãos uma utopia particular, privada. Essa a explicação porque na Alemanha a “derrubada ou queda do muro” ocorreu sem derramamento de sangue.
Ninguém estava obrigado a deixar a Alemanha Oriental.
O povo podia revoltar-se contra os que abandonavam o país e contido a avalanche, os militares podiam ter recebido ordens de fechar a fronteira, e até mesmo usar armas.
Nada disso aconteceu. Ao contrário o sangramento transformou-se em hemorragia incontrolável. A União Soviética quem sabe, poderia conter seu povo.
Será? Não sabemos.
Mas a União Soviética tinha fixado uma tradição para lidar com os arroubos de liberdade nos países da Europa do Leste. A URSS não hesitou em 1956 em esmagar com seus tanques e metralhadoras o levante húngaro. Tampouco teve dúvidas em invadir a Tchecoslováquia com seus tanques na “Primavera de Praga” de Dubchek.
O fato é que os líderes não se atreveram. Nem lá, nem nos demais países ditos socialistas, nos quais, nenhum dos homens-mito da semana anterior, os Grandes Líderes do partido, tentaram alguma reação séria. Ou calavam-se e discretamente retiravam-se do poder para suas casas, ou, como Caesescu, protagonizavam fugas humilhantes, que, no seu caso lembrou Mussolini, fugindo disfarçado de soldado alemão, até ser preso e fuzilado por guerrilheiros italianos.
Aliás, o fim de Caesescu e sua esposa, fuzilados depois de uma frustrada fuga, foi muito semelhante ao de Mussolini e Clara Petacci, inclusive na falta de respeito com os corpos.
O socialismo caiu com o muro. Caiu sem lutar, caiu sem nem mesmo tentar reagir. Como se explica isso? Essa é uma questão que ainda pede por interpretações inteligentes.
Um sistema como o soviético, que conquistou o poder pela mobilização popular nas ruas, pela conquista dos militares e pelo uso da força, entregou-se para quem...?
Salvo a Polônia com Lech Walesa, não me recordo de nenhum líder anti-socialista que tivesse algum poder para enfrentar o poderoso partido comunista e derrubar o governo.
Não é este o local para uma análise mais aprofundada, mas não se pode esquecer a analogia histórica com a revolução francesa e a revolução russa. Nos dois casos, a revolução se consumou como vitória dos revolucionários, sem uma reação à altura do poder econômico e militar, que o regime derrubado possuía. Quando o assalto ao poder é enfrentado, há luta, há sangue, há mortos, até que o conflito tenha um vencedor. Quando um sistema cai com essa facilidade, sem assalto ao poder, cai porque chegou a um grau de decadência interna de desmoralização, de desconhecimento do povo que governa, que já nenhuma reação é possível.
Foi o que ocorreu com Nicolau II, Louis XVI e os líderes dos países socialistas. Não entenderam que eram prisioneiros de um processo histórico silencioso criado por eles mesmos. Na medida em que implantaram a ditadura e não permitiam a livre expressão do pensamento, não tinham como conhecer o sentimento e o pensamento do seu povo.
Foi este processo histórico silencioso que o conforto do servilismo dos auxiliares, e o hábito de interpretar a ausência de contestação com aceitação, apoio e lealdade popular que vinha minando a sua legitimidade. Viam a realidade com olhos de quem não quer ver, ou melhor “por el color del cristal con que se mira”. Não perceberam que comandavam uma elite que estava tão distanciada do povo. Que acreditavam e apostavam na imemorial deferência e no respeito quase religioso que o povo (francês e russo) tinha em relação aos seus monarcas.
Até o momento em que algum ato político coletivo de contestação foi praticado e não foi contido (mesmo porque já não podia mais ser contido).
É ai que a realidade começa a importunar suas vidas até o momento em que vão perdê-la na guilhotina (Louis XVI), ou por fuzilamento (Nicolau II, Caesescu, Mussolini).
Mas voltemos a 9 de novembro de 1989.
Na madrugada do dia 10 e, ao longo dos próximos dias, Brabants (os carros que a Alemanha Oriental fabricava, de péssima qualidade, feios e inconfortáveis) atravessavam a fronteira, carregando famílias inteiras, atemorizadas de que o governo e o partido reagissem e novamente bloqueassem a fronteira.
Aproveitavam a chance para escapar antes que os tanques, que haviam silenciado Budapeste e Praga, viessem silenciar Berlim. À medida em que o tempo passava e nem o partido nem o governo reagiam, foram sentindo que não havia mais Alemanha Oriental nem Ocidental. Sentiam-se alemães.
Víamos nas reportagens de TV, os cidadãos que vinham da Alemanha Oriental deslumbrados, quando trocavam sua moeda por marcos (1 por 1), e quando inundavam as lojas, as padarias, os bares, as livrarias sem poder esconder o tocante sentimento de encanto, descoberta, surpresa diante da livre quantidade de alimentos e da variedade, qualidade e preço acessível dos produtos de consumo, que encontravam em Berlim Ocidental.
Essa a data que a humanidade comemorou ontem e que passou quase desapercebida no Brasil. Nem de longe teve uma cobertura que se aproximasse daquela que prodigalizam ao Carnaval.
É fundamental assinalar que ela é uma das grandes datas da sofrida história da luta pela liberdade na história. É uma data que merece ser refletida por quem ama a liberdade para todos, a democracia e o estado de direito.
É também uma data que merece muita reflexão por parte dos ditadores que ainda existem, e daqueles que tentam tornar-se.
O povo não esquece. É capaz de viver sem liberdade por longo tempo. Na URSS, morto Lênin, a utopia socialista, foi abandonada, cedendo lugar ao oportunismo, a corrupção, e a tirania totalitária.
Gerações se sucederam protegidas dos livros, modismos, pensamentos e realizações do mundo Ocidental. Nos países socialistas não chegava nem o texto escrito, nem a voz, nem a imagem do mundo ocidental. Jovens envelheceram dentro deste sistema.
Apesar de tudo, quando a primeira oportunidade surgiu, o povo correu atrás da liberdade e da legitimidade de lutar por sua utopia pessoal e familiar.
Alguns dos líderes aposentados pela história, ao se referir sobre seu povo, devem ter usado a clássica frase de Talleyrand, sobre os Bourbons que retornavam do exílio:
Porém se empreendermos uma análise mais detida, as duas expressões estão corretas e representam o verdadeiro significado daquele momento histórico.
O muro foi derrubado, no seu significado histórico, pela resistência silenciosa do povo da então chamada Alemanha Oriental. Sua reação, na noite de 9 de novembro de 1989, foi primeiro de incredulidade, a seguir de curiosidade, logo depois de felicidade, exaltação, alívio, emoção e outros tantos sentimentos de semelhante natureza.
E o muro foi derrubado fisicamente, pelas picaretas, martelos e pelas mãos, dos berlinenses do leste e do oeste. Foi derrubado fisicamente quando os guardas de fronteira, tão confusos quanto o povo, tentavam, formando uma corrente humana, impedir a passagem pela porta de Brandenburgo. Não aguentaram muito, e nada mais fizeram a não ser unir-se aos que passavam.
Mas o muro também caiu. Caiu pela absoluta e total falência do sistema comunista.
O socialismo stalinista que, com correções cosméticas ainda sobrevivia caiu, desmanchou-se. Caiu primeiro na Hungria quando o povo começou a atravessar a fronteira rumo à Áustria e ninguém o impediu; a seguir na Polônia, e depois na Alemanha Oriental, dando início a um “efeito dominó” que não poupou nem a União Soviética, e que, como num passe de mágica, varreu o comunismo da face da terra. Para ser preciso permaneceram ainda a China, Cuba e Coreia do Norte.
Mas a China sempre foi mais China que comunista, e, àquela altura já começava a trilhar um novo rumo; Cuba ficou totalmente inviabilizada sem a ajuda econômica soviética, aguardando a morte dos Castro para ter a sua “glasnost” e “perestroika”; e a Coreia do Norte, nominalmente governada pelo partido comunista, mas na realidade por um monarca despótico e absoluto, fruto de um sistema — quem diria — de socialismo dinástico.
Tantas décadas de disputa por armas nucleares, por sistemas de ataque e de defesa com mísseis de longo alcance, médio alcance, e curto alcance, pela grande controvérsia da “guerra nas estrelas”, pela NATO e pelo Pacto de Varsóvia, pela Guerra Fria com seus espiões e seus momentos de suspense, quando o mundo se aproximava da guerra nuclear.
Essas décadas de disputa e conflito, de encontros e desencontros, de intervenções políticas e militares, abertas ou às escondidas, adotadas igualmente pelos dois blocos antagônicos, e que fizeram a história do século XX, não produziram os protagonistas da queda do muro.
O muro não caiu por que a Alemanha do leste ou o mundo comunista fora derrotado numa guerra. Não foram militares os seus protagonistas, nem foram armas convencionais ou nucleares a causa da queda. Também não foi o capitalismo que derrotou o socialismo, como alguns apregoam.
O socialismo se esvaiu. Morreu de um misto de anemia, desilusão e perda de vitalidade. Talvez, em termos médicos, devíamos chamar de morte por falência de múltiplos órgãos...
Seus protagonistas foram pessoas comuns, cansadas ao ponto da exaustão com uma sociedade que não possuía mais uma utopia coletiva, e que não permitia aos seus cidadãos uma utopia particular, privada. Essa a explicação porque na Alemanha a “derrubada ou queda do muro” ocorreu sem derramamento de sangue.
Ninguém estava obrigado a deixar a Alemanha Oriental.
O povo podia revoltar-se contra os que abandonavam o país e contido a avalanche, os militares podiam ter recebido ordens de fechar a fronteira, e até mesmo usar armas.
Nada disso aconteceu. Ao contrário o sangramento transformou-se em hemorragia incontrolável. A União Soviética quem sabe, poderia conter seu povo.
Será? Não sabemos.
Mas a União Soviética tinha fixado uma tradição para lidar com os arroubos de liberdade nos países da Europa do Leste. A URSS não hesitou em 1956 em esmagar com seus tanques e metralhadoras o levante húngaro. Tampouco teve dúvidas em invadir a Tchecoslováquia com seus tanques na “Primavera de Praga” de Dubchek.
O fato é que os líderes não se atreveram. Nem lá, nem nos demais países ditos socialistas, nos quais, nenhum dos homens-mito da semana anterior, os Grandes Líderes do partido, tentaram alguma reação séria. Ou calavam-se e discretamente retiravam-se do poder para suas casas, ou, como Caesescu, protagonizavam fugas humilhantes, que, no seu caso lembrou Mussolini, fugindo disfarçado de soldado alemão, até ser preso e fuzilado por guerrilheiros italianos.
Aliás, o fim de Caesescu e sua esposa, fuzilados depois de uma frustrada fuga, foi muito semelhante ao de Mussolini e Clara Petacci, inclusive na falta de respeito com os corpos.
O socialismo caiu com o muro. Caiu sem lutar, caiu sem nem mesmo tentar reagir. Como se explica isso? Essa é uma questão que ainda pede por interpretações inteligentes.
Um sistema como o soviético, que conquistou o poder pela mobilização popular nas ruas, pela conquista dos militares e pelo uso da força, entregou-se para quem...?
Salvo a Polônia com Lech Walesa, não me recordo de nenhum líder anti-socialista que tivesse algum poder para enfrentar o poderoso partido comunista e derrubar o governo.
Não é este o local para uma análise mais aprofundada, mas não se pode esquecer a analogia histórica com a revolução francesa e a revolução russa. Nos dois casos, a revolução se consumou como vitória dos revolucionários, sem uma reação à altura do poder econômico e militar, que o regime derrubado possuía. Quando o assalto ao poder é enfrentado, há luta, há sangue, há mortos, até que o conflito tenha um vencedor. Quando um sistema cai com essa facilidade, sem assalto ao poder, cai porque chegou a um grau de decadência interna de desmoralização, de desconhecimento do povo que governa, que já nenhuma reação é possível.
Foi o que ocorreu com Nicolau II, Louis XVI e os líderes dos países socialistas. Não entenderam que eram prisioneiros de um processo histórico silencioso criado por eles mesmos. Na medida em que implantaram a ditadura e não permitiam a livre expressão do pensamento, não tinham como conhecer o sentimento e o pensamento do seu povo.
Foi este processo histórico silencioso que o conforto do servilismo dos auxiliares, e o hábito de interpretar a ausência de contestação com aceitação, apoio e lealdade popular que vinha minando a sua legitimidade. Viam a realidade com olhos de quem não quer ver, ou melhor “por el color del cristal con que se mira”. Não perceberam que comandavam uma elite que estava tão distanciada do povo. Que acreditavam e apostavam na imemorial deferência e no respeito quase religioso que o povo (francês e russo) tinha em relação aos seus monarcas.
Até o momento em que algum ato político coletivo de contestação foi praticado e não foi contido (mesmo porque já não podia mais ser contido).
É ai que a realidade começa a importunar suas vidas até o momento em que vão perdê-la na guilhotina (Louis XVI), ou por fuzilamento (Nicolau II, Caesescu, Mussolini).
Mas voltemos a 9 de novembro de 1989.
Na madrugada do dia 10 e, ao longo dos próximos dias, Brabants (os carros que a Alemanha Oriental fabricava, de péssima qualidade, feios e inconfortáveis) atravessavam a fronteira, carregando famílias inteiras, atemorizadas de que o governo e o partido reagissem e novamente bloqueassem a fronteira.
Aproveitavam a chance para escapar antes que os tanques, que haviam silenciado Budapeste e Praga, viessem silenciar Berlim. À medida em que o tempo passava e nem o partido nem o governo reagiam, foram sentindo que não havia mais Alemanha Oriental nem Ocidental. Sentiam-se alemães.
Víamos nas reportagens de TV, os cidadãos que vinham da Alemanha Oriental deslumbrados, quando trocavam sua moeda por marcos (1 por 1), e quando inundavam as lojas, as padarias, os bares, as livrarias sem poder esconder o tocante sentimento de encanto, descoberta, surpresa diante da livre quantidade de alimentos e da variedade, qualidade e preço acessível dos produtos de consumo, que encontravam em Berlim Ocidental.
Essa a data que a humanidade comemorou ontem e que passou quase desapercebida no Brasil. Nem de longe teve uma cobertura que se aproximasse daquela que prodigalizam ao Carnaval.
É fundamental assinalar que ela é uma das grandes datas da sofrida história da luta pela liberdade na história. É uma data que merece ser refletida por quem ama a liberdade para todos, a democracia e o estado de direito.
É também uma data que merece muita reflexão por parte dos ditadores que ainda existem, e daqueles que tentam tornar-se.
O povo não esquece. É capaz de viver sem liberdade por longo tempo. Na URSS, morto Lênin, a utopia socialista, foi abandonada, cedendo lugar ao oportunismo, a corrupção, e a tirania totalitária.
Gerações se sucederam protegidas dos livros, modismos, pensamentos e realizações do mundo Ocidental. Nos países socialistas não chegava nem o texto escrito, nem a voz, nem a imagem do mundo ocidental. Jovens envelheceram dentro deste sistema.
Apesar de tudo, quando a primeira oportunidade surgiu, o povo correu atrás da liberdade e da legitimidade de lutar por sua utopia pessoal e familiar.
Alguns dos líderes aposentados pela história, ao se referir sobre seu povo, devem ter usado a clássica frase de Talleyrand, sobre os Bourbons que retornavam do exílio:
“Não aprenderam nada, não esqueceram nada”
A mídia brasileira deve dar uma cobertura maior ao evento. Mas suspeito que se concentrará muito mais na reprodução do espetáculo da comemoração alemã, do que na reflexão sobre o significado da data.
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