sábado, 14 de novembro de 2009

Um Cara de Sorte Para o Azar do Brasil


Um gigantesco busca-pé: tudo ver com o Rio de Janeiro e o Brasil.
Há quem afirme que Lula é um sujeito de sorte. Outros o consideram um baita pé-frio. De minha parte, acho que Lula é um cara de muita sorte para o azar do Brasil.
A reportagem de capa da revista britânica The Economist junta duas coisas: sorte e azar. A pauta da reportagem aconteceu muito antes do apagão e a revista chegou às bancas justamente nessa hora, digamos assim, trágica para o governo de Lula e seus petralhas aloprados. Provavelmente, Lula abandonará o seu preferido refrão: "como nunca antes neste país", justamente pelo fantástico colapso de energia elétrica, um gigantesco apagão que escureceu quase a metade do país simultaneamente.
Os editores da The Economist construíram a pauta embalados pela onda politicamente correta que toma conta do planeta. Está na ordem do dia um estranho "mea-culpa" de europeus e americanos anglo-saxões, justamente eles que formataram a civilização ocidental cuja característica principal - por enquanto - ainda é a democracia e a liberdade.
Um dos efeitos mais deletérios da onda politicamente correta é encontrar-se, por exemplo, no coração da Suíça, mesquitas que reúnem milhares de muçulmanos dirigindo impropérios à civilização ocidental. Alguns países europeus estão inclusive alterando o próprio direito, adequando-o aos ditames do Alcorão, o livro-guia dos terroristas fanáticos.
Virou moda descobrir por aí - e isto é típico de jornalistas - oásis de desenvolvimento. Daqui a pouco será Burkina Faso a bola da vez da prosperidade mundial, ou alguma outra republiqueta que, como o Brasil, sequer possui tratamento de esgoto em suas cidades. Quando se encontra um lugar no Brasil cujos dejetos da população não são lançados em sarjetas, córregos e rios, tal fato é comemorado e rende uma boa pauta para os jornais.
Os editores da prestigiosa publicação deveriam saber que esta pujança econômica brasileira que destacam tanto soa algo surrealista para os brasileiros que não fazem parte da nomenklatura lulística. Deveriam saber que esta pujante Nação não consegue sequer eliminar o diminuto e quase imperceptível mosquito da dengue. Esta pujante Nação também não consegue fabricar nada que requeira tecnologia de ponta. Isto só é feito aqui pelas empresas estrangeiras, como a indústria automobilística e ainda assim o Brasil é o único país do mundo que fabrica veículos 1.0 sem qualquer item de segurança e as estradas são verdadeiros matadouros.
Durante seus 500 anos de vida, o Brasil ainda não conseguiu fabricar coisas como tesouras de cabeleireiros e equipamentos semelhantes, como cortadores de unha. Não descobriu e não produz nenhum medicamento importante, muito menos equipamentos hospitalares. A não ser que uma empresa estrangeira radicada aqui faça isso.
No tocante à ciência e tecnologia o Brasil é zero. Nas universidades continua o domínio das viúvas do comunismo. A produção acadêmica em sua maioria pode ir para o lixo. Não há nenhuma contribuição digna de nota dos (argh!) pensadores e pesquisadores brasileiros.
Desde os governos militares não foi feita nenhuma grande obra de infra-estrutura de vulto, tanto é que de repente metade do Brasil mergulhou na escuridão e até agora não há um técnico governamental capaz de esclarecer as razões do inusitado apagão.
Tem razão The Economist quando se refere às bases daquilo que é qualificado de desenvolvimento brasileiro que foram construídas a partir do Plano Real que liquidou com a inflação e com o enlouquecido overnight. Refere-se também aos mecanismos de controle da política econômica que Lula, o beneficiário disso tudo, vê como empecilho à consecução do projeto de poder eterno do PT.
Os preclaros editores da vetusta publicação britânica devem louvar-se não apenas em porta-vozes do oficialismo, mas ouvir com muita atenção um diminuto grupo de brasileiros que tem carradas de razão para ver estupefato essa fantasiosa visão do Brasil.
No mais, o que está absolutamente correto por parte de The Economist, é a capa desta edição em que a famosa estátua do Cristo Redentor é transformada num gigantesco busca-pé. Tudo a ver com o Rio de Janeiro e o Brasil.


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