domingo, 20 de março de 2011

O Último Bastião

Quando começou a luta armada, após a Contra — Revolução de 31 de março de 1964? Não importa.
O terrorismo começou Na manhã de 31 de março de 1966, quando o público e as autoridades aguardavam no Parque Treze de Maio, em Recife, o início das comemorações do segundo aniversário da revolução, previsto para as 9 horas. De repente, milhares de pessoas foram surpreendidas com uma violenta explosão, seguida de espessa nuvem de fumaça que envolveu o vizinho prédio dos Correios e Telégrafos. Quando a fumaça se dissipou, os relógios registravam 8h47min.  A luta armada não é conduzida por pessoal identificado. Pelo contrário, é conduzida às ocultas, sub-repticiamente, na clandestinidade. Seus combatentes valem-se de disfarces, utilizam codinomes, isto é, nomes em código, fictícios, bem como documentos falsos e outros subterfúgios para não serem identificados. Não usam uniformes nem insígnias de posto ou graduação e não se restringem ao emprego de armamentos militares; valem-se também de coquetéis molotov, bombas, estilingues com bolas de aço etc. que, todavia, são armas reais (extraído do livro A Grande Mentira, do General Agnaldo Del Nero Augusto).
Nos anos seguintes, entre assaltos, seqüestros, roubos, justiçamentos, a subversão aflorou, cresceu, expandiu-se, mas terminou por sucumbir.
Foram anos de terrível incerteza e inquietude. A quebra da lei e da ordem ocorria à solta, seja através de ações de grupos radicais, por atos criminosos cruentamente desencadeados, os quais tiraram a vida, não apenas de agentes, mas de inocentes cidadãos; seja pelas mobilizações turbulentas de entidades estudantis, sindicatos, etc, que se compraziam em perturbar o clima de paz e desenvolvimento existente.
O Governo aprendeu na pele a coibir as ações subversivas. No sacrifício, em missões permanentes e desgastantes, coube às equipes compostas por brasileiros escolhidos de diversas organizações, como o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, a Polícia Civil e as Polícias Militares apresentar-se para o combate a um inimigo oculto e sanguinário.
Os agentes da lei foram escolhidos a dedo, entre os melhores profissionais. Não foram os mais cretinos, os mais sádicos, os mais canalhas, os corruptos e os patifes.
Eram selecionados e muito. Eram pais de família, filhos diletos chamados pela Nação para lutar em prol da tranqüilidade do País.
E lutaram, e sofreram, e muito. Longos períodos fora de suas casas, longe de suas famílias. Muitas noites em claro. A paga? O cumprimento do dever, inclusive e, se preciso, com o sacrifício da própria vida.
Tempos incertos, de apreensões, de angústias, de incertezas. Vários grupos de esquerda disputavam a primazia da violência. Combatê-los era uma tarefa de abnegação, de coragem e de desprendimento.
Nada adiantou. Os anônimos heróis foram transformados em párias, em malditos, em torturadores empedernidos; e os subversivos, em mártires. Equivocadamente, foram anistiados, e muitos indenizados, regiamente.
Quanto aos depositários da segurança pública, conviveram e convivem com a vergonhosa pecha de irracionais torturadores. Graças à propaganda, ao aliciamento de inocentes uteis e de espertos oportunistas, decretou-se que eles foram os maquiavélicos carrascos de uma matilha de dóceis cordeiros.
Eles cumpriram o seu dever. Não enriqueceram, não exigiram glórias, nem reconhecimento. A missão era silente, perigosa, legal, e poderia ser letal.
Hoje, entre as correntes que se atrevem a repudiar os engodos atuais, inúmeras, como nós, respeitam e admiram àqueles verdadeiros heróis.
Outras vertentes de insatisfação, que poderão concordar ou não conosco, no referente ao destrato do Estado para com os abnegados agentes, que batalharam contra a subversão, são lúcidas o suficiente, para entender que caminhamos para uma ditadura de esquerda.
Quanto a nós, repudiamos as tentativas de massacrar e tripudiar sobre os agentes da época, e, com o mesmo espírito de repúdio que motivou aqueles nacionalistas, atrevemo-nos a denunciar os descaminhos que seguimos. Por isso, nós do Grupo Terrorismo Nunca Mais (TERNUMA), nos negamos a abandonar o campo de lutas, pois entendemos que o fato de a canalha de ontem ter ocupado o poder, e tentar por meio de subterfúgios o domínio que tentaram e fracassaram pelas armas, não pode ser a desculpa para, gratuitamente, alcançarem seus objetivos.
Atualmente, o TERNUMA, ao mesmo tempo em que se coloca, como sempre, na posição de preservar a honra e a dignidade dos cidadãos que no passado cumpriam a sua missão, e evitar que os criminosos de ontem, se transformem nos justiceiros de hoje, posiciona-se para defender a democracia, por perceber que através da sua manipulação, as mesmas raposas de antanho estão assumindo o controle completo da Nação.
Não somos, certamente, o último bastião, outros existem. Entidades, Organizações Não Governamentais externam a sua repulsa ao que está acontecendo. Sem o respaldo dos extensos e incalculáveis recursos do desgoverno, persistentemente, difundem suas mensagens de desagravo, denunciam, vaticinam tempos piores, e alertam para a esbórnia material e moral que assola o País.
Eles, como nós, temem o pior.
Receamos a sacralização de barbaridades como o 3º PNDH e sua revanchista e deletéria "Comissão da Verdade", tememos a propaganda enganosa e tememos a ditadura que desfila no horizonte.
Tememos, mas não fugiremos. Escreveremos, mas não roubaremos, não seqüestraremos, não atacaremos, não assassinaremos e não mentiremos.
Apesar da sinceridade, apesar da crença de que a verdade prevalecerá, diante das preferências do povo brasileiro, provavelmente, perderemos ou quem sabe, venceremos, só o tempo dirá
Como consolo, e para a posteridade, com honra e de pé.
Brasília, DF, 19 de março de 2011
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Recebido por correio eletrônico

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