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Um dos fatos da história oculta do descobrimento do Brasil envolve a famosa Ordem de Cristo. Na Idade Média foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários, que tantas páginas da história preencheram. Dissolvida violentamente em 1312 pelo Papa, a Ordem continuou existindo em Portugal — um dos reinos mais tolerantes naquele momento — e albergou aqueles que fugiam da atroz perseguição em outros domínios europeus.
O rei português D. Dinis foi o mentor da fundação da Ordem de Cristo, que na realidade era uma fachada para ocultar os verdadeiros templários os que outrora haviam protegido os caminhos de peregrinação europeus até Jerusalém conquistada pelas Cruzadas.
A Ordem de Cristo originalmente era uma ordem religiosa e militar, criada a 14 de Março de 1319 pela Bula Papal Ad ea ex-quibus de João XXII, que, deste modo, acedia ao pedidos do rei português Dom Dinis. Recebeu o nome de Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo.
Em Maio desse mesmo ano, numa cerimônia solene que contou com a participação do Arcebispo de Évora, do Alferes-Mor do Reino D. Afonso de Albuquerque e de outros membros da cúria régia, o rei Dom Dinis ratificou, em Santarém, a criação da nova Ordem.
Outro personagem célebre, o Infante D. Henrique, conhecido como “O Navegante” e fundador da Escola de Sagres (de técnicas e descobrimentos náuticos) foi o líder da Ordem de Cristo. Os ideais da expansão cristã reacenderam-se no século XV quando seu Grão-Mestre, Infante D. Henrique, investiu os rendimentos da Ordem na exploração marítima. O emblema da ordem, a Cruz da Ordem de Cristo, adornava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos.
Em dezembro de 1498, uma frota de oito navios, sob o comando de Duarte Pacheco Pereira, atingiu o litoral brasileiro e chegou a explorá-lo, à altura dos atuais Estados do Pará e do Maranhão. Essa primeira chegada dos portugueses ao continente sul-americano foi mantida em rigoroso segredo. Estadistas hábeis, os dois últimos reis de Portugal entre os séculos 15 e 16 — D. João II e D. Manuel I — procuravam impedir que os espanhóis tivessem conhecimento de seus projetos.
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Domingo, 8 de março de 1500, Lisboa. Terminada a missa campal, o rei d. Manuel I sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da Ordem de Cristo e a entrega a Pedro Álvares Cabral.
O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco para a Índia. Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal com treze navios e 1.500 homens. Além, do tamanho, tinha outro detalhe incomum.
O comandante não possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil. A bordo do navio de Cabral, estavam presentes alguns dos mais experientes navegadores portugueses, como Bartolomeu Dias, o mesmo que dobrou o cabo da Boa Esperança, atingindo pela primeira vez o oceano Índico e o navegante Duarte Pacheco que estava a bordo do navio para mostrar o caminho em direção ao Brasil.
A presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autônoma do Estado e herdeira da misteriosa Ordem dos Templários, tinha autorização papal para ocupar — tal como nas Cruzadas — os territórios tomados dos infiéis (no caso brasileiro, os índios).
No dia 26 de abril de 1500, quatro dias depois de avistar a costa brasileira, o cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira parte da sua tarefa. Levantou onde hoje é Porto Seguro a bandeira da Ordem e mandou rezar a primeira missa no novo território. O futuro país estava sendo formalmente incorporado às propriedades da organização.
O escrivão Pero Vaz de Caminha, que reparava em tudo, escreveu para o rei sobre a solenidade:
"Ali estava com o capitão à bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que sempre esteve alta."
Para o monarca português, a primazia da Ordem era conveniente. É que atrás das descobertas dos novos Cruzados vinham as riquezas que faziam a grandeza e a glória, do reino de Portugal.
Alguns historiadores acreditam que o infante e seus navegantes, conheceram o Brasil antes que Cabral. O próprio Cabral havia se tornado membro da ordem no ano de 1495, portanto pouco antes de realizar a sua viagem para o Brasil.
Muitos pesquisadores acreditam que caso Cabral não tivesse aderido a Ordem de Cristo, ele jamais teria sido encarregado dessa viagem.
E enfrentando dificuldades não pequenas, os reis de Portugal, num trabalho contínuo através dos séculos, conseguiram promover a povoação e a civilização de um país de dimensões continentais, assentando solidamente as bases para o surgimento de um grande Império, unido na fé, na cultura e nos costumes.
O certo é que o Brasil fez parte do patrimônio da Ordem durante muito tempo. As caravelas que aqui chegaram traziam abertas as velas com a cruz templária, símbolo máximo da instituição.
Bibliografia:
— BRAGANÇA, José Vicente de. As Ordens Honoríficas Portuguesas, in «Museu da Presidência da República». Museu da P.R./C.T.T., Lisboa, 2004
— CHANCELARIA DAS ORDENS HONORÍFICAS PORTUGUESAS. Ordens Honoríficas Portuguesas. Imprensa Nacional, Lisboa, 1968
— ESTRELA, Paulo Jorge. Ordens e Condecorações Portuguesas 1793-1824. Tribuna da História, Lisboa, 2008
— MELO, Olímpio de. Ordens Militares Portuguesas e outras Condecorações. Imprensa Nacional, Lisboa, 1922
— BURMAN, Edward. Templários, Os Cavaleiros de Deus. Trad. Paula Rosas. Rio de Janeiro: Record, Nova Era, 2005.
— DEMURGER, Alain. Os Templários, uma cavalaria cristã na idade Média. Trad. Karina Jannini. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007.
— STODDART, William. Lembrar-se num mundo de Esquecimento. São José dos Campos: Kalon 2013.
— SCHUON, Frithjof. O Homem no Universo. São Paulo: Perspectiva, 2001.
— SOARES DE AZEVEDO, Mateus. A Inteligência da Fé: Cristianismo, Islã, Judaísmo. Rio de Janeiro: Record, 2006.
Fonte: O Império das Américas
COMENTO: as origens portuguesas e, particularmente, de membros da Ordem de Cristo, reforçam a característica de forte ligação com a fé cristã que marcou o "nascimento" de nosso país. Me vejo, ainda na obrigação de compartilhar trecho de texto publicado pelo jornalista Alexandre Garcia em sua página no Facebook:
O pesquisador Lenine Barros Pinto escreve que Vasco da Gama reabasteceu sua frota em direção às índias, de água fresca e frutas, no saliente nordestino. Era uma rota secreta portuguesa, que evitava calmarias e piratas da costa africana. Afirma que que Cabral, antes de seguir para as índias, fora mandado chantar (plantar) marcos portugueses, com a Cruz da Ordem de Cristo, para assinalar a posse, prevenindo-se dos espanhóis, que já haviam chegado no novo continente. Fez isso por “2 mil milhas de costa”. O último marco está em Cananéia/São Paulo. Contada essa distância para o norte, vai dar em Touros/RN, e não em Porto Seguro, como pensava o historiador Varnhagen. O Cabugi vê-se do mar; o Monte Pascoal, não. Ao fim dessas memórias sobre nosso passado, deixo aqui a polêmica, para que busquemos a verdade sobre nosso nascimento.
Assunto para os bons historiadores e pesquisadores de nossa História!
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Um comentário:
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Pesquisa, compilação e edição:
Professor PADilla, desde 1992, docente na UFRGS onde ingressou por concurso público, sendo nomeado na vaga da aposentadoria do saudoso Athos Gusmão Carneiro. A partir de 1995, criou e desenvolveu o Direito Desportivo http://bit.ly/Ufrgs e a Teoria Transdisciplinar; Master NLP e Mestre por Salamanca, Valladolid y Leon 🇪🇸; o engajamento em causas humanitárias, a pesquisa e o trabalho em prol do desenvolvimento humano outorgaram-lhe os títulos de Comendador, Doutor Honoris Causa e Embaixador da Paz.
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⛩ A TT, Teoria Transdisciplinar, aponta a causa de todo mal estar na sociedade ignorar os planos e a forma de ação dos 👺👿👹👽💤🤪🌐, isto é, dos mutantes e desumanos psicopatas operacionalizados através da sua entourage, composta por indecentes corruptos e psicopatetas, um tipo de esquizofrenia induzida causadora de imunidade cognitiva.
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