Uma crise bem mais silenciosa do que os tombos da bolsa e a aflição dos grandes grupos econômicos está em curso no Brasil. Os dados divulgados esta semana em pesquisa encomendada pelo movimento Todos pela Educação revelam como nosso país ainda está distante de atingir uma média satisfatória em metas de ensino. Pinço uma informação que consta no relatório para transmitir a dimensão: só 14,3% dos alunos do ensino fundamental (até o 9º ano) têm os conhecimentos em matemática esperados para as respectivas séries. Equivale dizer que, de 10 estudantes brasileiros, pelo menos oito entendem pouco ou quase nada de princípios elementares de trigonometria, álgebra ou outros ramos do conhecimento.
Esse é apenas o dado mais recente de um problema estrutural. A educação é golpeada desde o início da civilização brasileira. Um histórico de descaso com o ensino público, reforçado pelo mercantilismo cada vez acentuado nas escolas particulares, leva a este quadro que está aí: enormes discrepâncias na qualidade de ensino, elitismo universitário, desvalorização dos professores, analfabetismo, evasão escolar. Existem avanços, mas pontuais e tímidos.
Naturalmente, uma questão tão complexa como educação não pode ser atribuída a apenas um responsável. O governo tem papel fundamental para fomentar o ensino público, mas instituições de ensino de todos os níveis também podem contribuir. Nesse sentido, vale salientar o trabalho desenvolvido pela Universidade de Brasília com o Programa de Avaliação Seriada. No debate Dois Pontos, realizado esta semana no Correio, ficou claro que a UnB faz notável esforço para modernizar o ingresso de estudantes na academia, com auxílio das escolas de ensino médio. Mas há muitas questões a serem ajustadas, como divergências em relação a bibliografias e divulgação das regras do sistema de avaliação. De toda forma, nota-se um empenho em promover a democratização do acesso à universidade, uma das bandeiras educacionais para o Brasil tornar-se um país mais justo.
Somente a mobilização de toda a sociedade poderá acelerar os rumos da educação. Como afirma Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Governança do movimento Todos pela Educação, “a estrada que leva a uma educação de qualidade é longa, e ainda há muito o que fazer para que tenhamos a educação necessária para o país que queremos”.
Esse é apenas o dado mais recente de um problema estrutural. A educação é golpeada desde o início da civilização brasileira. Um histórico de descaso com o ensino público, reforçado pelo mercantilismo cada vez acentuado nas escolas particulares, leva a este quadro que está aí: enormes discrepâncias na qualidade de ensino, elitismo universitário, desvalorização dos professores, analfabetismo, evasão escolar. Existem avanços, mas pontuais e tímidos.
Naturalmente, uma questão tão complexa como educação não pode ser atribuída a apenas um responsável. O governo tem papel fundamental para fomentar o ensino público, mas instituições de ensino de todos os níveis também podem contribuir. Nesse sentido, vale salientar o trabalho desenvolvido pela Universidade de Brasília com o Programa de Avaliação Seriada. No debate Dois Pontos, realizado esta semana no Correio, ficou claro que a UnB faz notável esforço para modernizar o ingresso de estudantes na academia, com auxílio das escolas de ensino médio. Mas há muitas questões a serem ajustadas, como divergências em relação a bibliografias e divulgação das regras do sistema de avaliação. De toda forma, nota-se um empenho em promover a democratização do acesso à universidade, uma das bandeiras educacionais para o Brasil tornar-se um país mais justo.
Somente a mobilização de toda a sociedade poderá acelerar os rumos da educação. Como afirma Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Governança do movimento Todos pela Educação, “a estrada que leva a uma educação de qualidade é longa, e ainda há muito o que fazer para que tenhamos a educação necessária para o país que queremos”.
Fonte: Correio Braziliense - 13 Dez 08
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