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No Irã, o ministro que falsificou um diploma de doutorado foi derrubado pelo Parlamento.
Aqui, nenhum deputado e nenhum senador se manifesta a respeito.
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Lula é amigão do Mahmoud Ahmadinejad. Se aqui tivesse Congresso, Lula estaria pedindo conselhos ao iraniano sobre um escândalo que surgiu no seu governo. Trata-se da informação falsa fornecida por Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, de que tinha um mestrado e um doutorado pela Unicamp. Não tinha. Era mentira.
É que o Ahmadinejad tem experiência, viveu a mesma situação. Com uma diferença. Por incrível que pareça, no Irã existe um Parlamento que funciona, ao contrário do Brasil, onde temos esta latrina a céu aberto, esta pocilga, este chiqueiro chamado Congresso Nacional.
Em novembro passado, o parlamento iraniano derrubou o ministro do Interior, Ali Kordan, acusado de falsificar seu diploma de doutorado em Direito na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Ele havia admitido que o diploma era falso, mas disse ter sido enganado. Sua demissão foi considerada uma derrota para o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. A decisão de afastar o ministro falsificador por conduta desonesta foi aprovada por 188 dos 247 deputados presentes ao Parlamento.
Aqui no Brasil, a ministra mais forte, a candidata oficial à Presidência da República, falsifica informações sobre a sua vida acadêmica e nada acontece. Nenhum senador sobe à tribuna e exige explicações. Nenhum deputado faz um discurso indignado à nação.
Os dados falsos acompanham há anos a biografia da ministra, que tanto se orgulha do seu passado de guerrilheira e da sua atividade política na clandestinidade.
No mínimo, a ministra Dilma deveria ser instada a fazer um pronunciamento pedindo desculpas pela mentira deslavada que a fez ser olhada com respeito acadêmico, quando na verdade estava falsificando os seus dados na Plataforma Lattes.
No Irã, os parlamentares demitem ministros que fornecem informações falsas. Aqui no Brasil, os nossos congressistas ficam calados, como se o fato não tivesse a mínima importância.
O site da Plataforma Lattes, do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), adverte todos os cadastrados em seu banco de dados que fornecer informações falsas é crime passível de punição pelo Código Penal, como falsidade ideológica, com prisão de um a cinco anos.
O currículo de Dilma no Lattes estava errado e só foi corrigido nesta segunda-feira por ela.
A ministra se identificava até então como "mestre em teoria econômica pela Universidade de Campinas (Unicamp) e doutoranda em economia monetária e financeira pela mesma universidade", sem ter esses títulos.
O Lattes, conceituado banco de dados acadêmicos do país, é atualizado pelo próprio cadastrado, que se responsabiliza pelas informações e só pode fazer inclusão ou atualização se aceitar o termo de Adesão e Compromisso, que cita os artigos 297 e 299 do Código Penal.
Cada usuário tem uma senha, e digita também o número do seu CPF.
O fato, que só agora veio à tona em matéria da Revista Piauí, havia sido denunciado pelo Coturno Noturno em 11 de janeiro de 2009.
Fonte: Coturno Noturno
COMENTO: Para quem já mentiu, dizendo ter sido barbaramente torturada por vários dias, sem ter uma sequela sequer para comprovar o fato; ou que nega ter participado de atos violentos, tendo antes descrito como transportava e guardava armas com uma "cumpanhêra", que valor pode ter o Código Penal? Afinal, o que é uma mentirinha a mais ou a menos para quadrilheiros que não tem o mínimo de vergonha na cara?
A propósito, o nosso chanceler que, por motivos humanistas combate o bloqueio dos EUA contra Cuba mas apregoa um bloqueio econômico de toda a América contra Honduras, também andou cacarejando possuir um doutorado que não concluiu.
Cabe a pergunta lançada pelo jornalista Janer Cristaldo: Dilma e Celso Amorim, como todo mestrando ou doutorando, se beneficiaram de alguma bolsa? Caso positivo, terão devolvido o que receberam da União para cursar mestrado ou doutorado? Se não devolveram, serão cobrados pelo TCU?
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