Quatro pessoas consideradas vítimas da ditadura de Pinochet geram constrangimento e chocam o país
— Determinei a todas as autoridades responsáveis que concluam a revisão dos casos. Não se podem confundir as coisas. A violação dos direitos humanos é uma vergonha nacional, e não vamos permitir que seja posta em dúvida — disse a presidente Michelle Bachelet.
Michelle recordou que ela mesma foi torturada em um centro de detenção clandestino em 1974, depois da morte do seu pai, o militar Alberto Bachelet, detido após o golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, no ano anterior.
Preocupada com a situação e com as conseqüências que ela pode gerar, a presidente pediu “grandeza” às pessoas para não tentar tirar proveito político do “sofrimento de muitas famílias que ainda esperam por verdade e justiça”.
O subsecretário do Interior, Patricio Rosende, disse que “as investigações devem ocorrer até as últimas conseqüências, mas — em discurso alinhado ao da presidente — sem que se esqueça que o mais grave é a existência de 1.180 desaparecidos.
Entidades de defesa dos direitos humanos se manifestaram favoráveis às investigações, sempre ressalvando que elas não podem respingar nos dramas humanos resultantes da ditadura chilena. Durante a ditadura militar, cerca de 3 mil chilenos foram mortos ou desapareceram. Outras 50 mil pessoas foram torturadas no país.
Fonte: Zero Hora - 30 Dez 08
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