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Há algum tempo, foi notícia a manifestação de membros da AOFI (Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência) que tentaram uma reunião com a Presidente da República e, não a conseguindo, divulgaram uma "carta aberta". O fato foi citado neste blog, e talvez pela redação pouco precisa do texto divulgado aliada à divulgação que a mídia fez de supostos comentários desairosos a autoridades e mesmo a membros mais antigos do nosso "serviço secreto", o assunto recebeu críticas, minhas e de pessoas muito melhor capacitadas que eu que se interessam pelo assunto Inteligência.
Há algum tempo, foi notícia a manifestação de membros da AOFI (Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência) que tentaram uma reunião com a Presidente da República e, não a conseguindo, divulgaram uma "carta aberta". O fato foi citado neste blog, e talvez pela redação pouco precisa do texto divulgado aliada à divulgação que a mídia fez de supostos comentários desairosos a autoridades e mesmo a membros mais antigos do nosso "serviço secreto", o assunto recebeu críticas, minhas e de pessoas muito melhor capacitadas que eu que se interessam pelo assunto Inteligência.
Com o tempo disponível nesses tempo de Carnaval, pude verificar a página da AOFI na rede mundial e verifiquei a publicação de duas notas com Esclarecimentos à Imprensa, as quais faço questão de aqui publicar, para não ser injusto:
Esclarecimentos da Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência — AOFI:
1) A AOFI existe desde 05 de novembro de 2010. Ela não é, portanto, reação à indicação do General José Elito Siqueira. A AOFI é fruto da vontade dos Oficiais de Inteligência de prestarem melhor serviço ao Estado e à sociedade, contribuindo para a melhoria da Inteligência de Estado.
2) Não há animosidade nem disputas entre a AOFI e a ASBIN. A AOFI considera a ASBIN parceira estratégica na busca da melhoria da Atividade de Inteligência e da própria ABIN. Os focos de atuação das duas, entretanto, são diferentes, embora complementares.
3) O encontro com representantes da Presidência não ocorreu às escondidas;
4) A AOFI não tem prerrogativas de falar em nome da Direção-Geral ou mesmo da ABIN. A Associação, portanto, se abstém de fazer qualquer tipo de comentário ou esclarecimento a respeito de assuntos que envolvam assuntos de trabalho relativos ao GSI ou à ABIN. Nesse sentido, aconselha-se aos interessados que procurem obter as informações oficialmente por meio das Assessorias de Imprensa desses órgãos.
1) A AOFI, como toda associação, tem respaldo na Constituição Federal. Nesse espírito a AOFI defende visão independente e tem por objetivo construir debate transparente e propositivo com a sociedade e com o Estado. A criação da Associação não é, portanto, ato de rebelião ou motim, mas sim ação cidadã cujo objetivo é modernizar, melhorar, defender a Inteligência de Estado do país.
2) A AOFI é composta por Oficiais de Inteligência, concursados ou não, de formações diversas, de origem civil ou militar. Somos Oficiais que compartilham o respeito pela ABIN, pelo Estado Democrático de Direito e pela sociedade, e que nos unimos a fim de melhorar a qualidade da Inteligência de Estado no Brasil.
3) A AOFI é contra a personalização dos debates sobre Inteligência porque entende que isto desvia a atenção das reflexões verdadeiramente importantes sobre a renovação de mentalidades, práticas e reforma de estruturas da Inteligência de Estado no Brasil. Por isso, a AOFI repudia os ataques pessoais contra o General José Elito Siqueira, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; contra Wilson Roberto Trezza, Diretor-Geral da ABIN; Ronaldo Belham, Diretor-Geral Adjunto, Luizoberto Pedroni, Secretário de Planejamento, Orçamento e Administração; e Geraldo Dantas, Diretor de Administração e Logística.
4) A AOFI não fez e não faz dossiês, e repudia veementemente essa prática antidemocrática e antirrepublicana, que em nada contribui para o diálogo transparente e para melhoria da qualidade da Inteligência de Estado no Brasil.
5) A AOFI repudia manifestações que ridicularizem os militares. Não há Estado como o Brasil que prescinda da forte atuação das Forças Armadas, da Diplomacia e da Inteligência e do bom relacionamento entre elas.
6) A AOFI possui diálogo aberto, transparente e recíproco com a Direção-Geral da ABIN, quando o considera de ordem funcional e/ou administrativa interna, e não recorre à mídia para estabelecê-lo. Nesse sentido, aquilo que não é externado à Direção-Geral da ABIN, também não será externado por outros meios.
7) Somente a Diretoria da AOFI se manifesta pela Associação. A Diretoria da AOFI só se manifesta oficialmente e não delega individualmente a seus associados tal prerrogativa.
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É de se esperar que com esses esclarecimentos, pessoas adversárias até mesmo da existência de um órgão como a ABIN busquem outras fontes para alimentar seu esforço. A promiscuidade de Oficiais de Inteligência — homens e mulheres com excelente capacidade intelectual e moral e, por isso, possíveis vítimas de sua crença na honestidade alheia (que pode até mesmo beirar à ingenuidade por sua falta de prática no trato com o "elemento adverso") — com certo tipo de jornalistas não produz bons resultados e isto precisa ser muito bem observado pelos que querem elevar a atividade de Inteligência de Estado brasileira ao patamar que ela merece.
É a minha opinião de leigo.
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