por Ubiratan Iório(*)
Definitivamente, o presidente do Brasil não tem compostura moral nem preparo intelectual para presidir sequer um bloco carnavalesco de esquina.
E seu despreparo torna-se cada vez mais patente, a cada dia, a cada aparição pública, a cada discurso e a cada gesto, para desespero dos “intelectuais” de meia tigela que insistem em bater na tecla de que não existe nada mais “democrático” do que um ex (e botem “ex” nisso!)-metalúrgico galgar o posto mais importante e de maior visibilidade do país.
Foi triste, constrangedor e revoltante o espetáculo proporcionado por Lula no domingo de Carnaval, no sambódromo carioca, ao distribuir preservativos para populares, lado a lado com o governador fluminense e o prefeito carioca, transformados em tristes fâmulos de seu “chefe”.
Triste, porque agiu como se o Estado “abençoasse” a bandalheira e o sexo pelo sexo (uma coisa é o Estado ser leigo — o que é correto —, mas outra, bem diferente, é o incentivo das autoridades à bandalhice); constrangedor, porque agrediu flagrantemente os requisitos mínimos de compostura que um chefe de qualquer nação deve, pelo menos, esforçar-se por aparentar; e revoltante porque, entre outras comparações, enquanto fazia a distribuição, em apoio à campanha do Ministério da Saúde, o atendimento nos hospitais públicos permanecia nas condições inadmissíveis de descaso para com os pobres e necessitados, que todos conhecemos.
A sociedade brasileira, que vem padecendo da doença da fraqueza moral em escala crescente, encontra, naquela atitude de seu mandatário mor, um péssimo exemplo de falta de compostura moral.
Além, evidentemente, de mais uma — entre tantas outras — demonstração de que seu governo não tem a menor noção do que é aplicar recursos públicos com eficiência e espírito voltado para o verdadeiro bem comum. Sinceramente, uma vergonha!
(*) é Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ
Fonte: Ternuma
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