domingo, 30 de novembro de 2008

Zé Dirceu Era Agente Duplo?

Diário de um ex-agente sustenta que Dirceu teria delatado companheiros de luta armada
José Dirceu, o poderoso ex-ministro da Casa Civil de Lula, teria sido um agente duplo durante a ditadura militar?
A questão acaba de ser colocada em pauta pelo livro “Sem vestígios: revelações de um agente secreto da ditadura militar”, da jornalista Tais Morais, publicado pela Geração Editorial. A autora já havia publicado, pela mesma editora, em 2005, “Operação Araguaia”, em co-autoria com o também jornalista Eumano Silva.
Em reportagem publicada hoje (27/11) no Valor Econômico, Maria Inês Nassif revela detalhes sobre a origem da obra recém-lançada, produzida a partir do diário de um ex-agente do Centro de Informações do Exército, identificado como “Carioca”. Os originais do diário foram entregues à autora do livro após a morte do ex-agente, conforme instruções deixadas por ele próprio.
Sem vestígios” narra execuções bárbaras, como a de David Capistrano da Costa, dirigente do Partido Comunista Brasileiro, em um aparelho da repressão em Petrópolis (RJ). Expõe a afirmação de que Dirceu teria sido um agente duplo, responsável pelo desmantelamento do Molipo — Movimento de Libertação Popular (afirma também que dos 28 integrantes desse grupo, que fizeram curso de guerrilha em Cuba, apenas Dirceu e Ana Corbisier sobreviveram).
Diz o livro:Segundo as notas de Carioca, depoimentos de alguns militares e as memórias do coronel Lício [Augusto Maciel] — naqueles idos, major — Daniel [codinome de José Dirceu] teria sido o agente duplo e, antes de morrer, Jeová [de Assis Gomes, militante do grupo armado] informara esse nome como o de quem havia traído o Molipo”. Ouvido pelo Valor, Dirceu diz que a afirmação contra ele é uma “infâmia” do coronel Lício, que teria “se especializado em difamar tanto a memória dos mortos como os que sobreviveram”.
Veja a íntegra da reportagem, se você for assinante do Valor Econômico ou aqui.
Fonte: Conversa Afiada
COMENTO:  o livro em questão foi produzido com base em manuscritos que supostamente foram escritos por um Sargento do Exército que teria participado dos fatos relatados. Nenhum comprovante, foto ou documento, de que os fatos tenham realmente ocorrido conforme os relatos. Um amontoado de "relatos" que podem efetivamente ter ocorrido na forma descrita, ou que podem ter sido escritos somente com a intenção de reforçar ou refutar suposições ou "estórias" de heroísmos e/ou covardias contadas por ambos os lados envolvidos nas lutas dos anos 70. Obra jornalística ou ficção pura, ou uma mescla dos dois tipos de literatura?? Cada leitor deve chegar às suas próprias conclusões, porém levando previamente estas dúvidas em consideração.

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