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Novamente a inviolabilidade das urnas eletrônicas utilizadas em nossas eleições é questionada. Na noite de ontem (24/11) o Jornal da Band divulgou problemas que teriam ocorrido em Caxias, Maranhão, onde quinze votos de uma família em prol de um candidato não teriam sido computados e, em outro caso, nem o voto de um outro candidato, em si próprio, foi registrado.
Dois técnicos em informática emitiram laudo técnico de exame de algumas urnas utilizadas na cidade, afirmando que a programação das mesmas foi alterada após a verificação oficial. Há comentário de que tais técnicos seriam pessoas ligadas à oposição ao prefeito eleito.
A suspeição sobre a utilização de urnas eletrônicas nas eleições brasileiras já foi tratada aqui — em 23 Jun 08, 27 Jun 08 e 23 Ago 08 — em textos que questionam os interesses que podem motivar, não só a implantação mas o "aperfeiçoamento" de equipamentos evitados e até mesmo proibidos em outros países.
As contestações vão desde a impossibilidade de "conferência" dos dados emitidos pelas máquinas até a possibilidade que se abre da correspondência entre voto e eleitor, na medida em que os Tribunais Eleitorais pretendem montar um "cadastro biométrico" dos eleitores. O cruzamento das sequências cronológicas da identificação do eleitor e dos votos efetuados nas urnas seria uma maneira extremamente fácil de "quebrar o sigilo" de cada voto. Estas são apenas algumas das questões.
Novamente a inviolabilidade das urnas eletrônicas utilizadas em nossas eleições é questionada. Na noite de ontem (24/11) o Jornal da Band divulgou problemas que teriam ocorrido em Caxias, Maranhão, onde quinze votos de uma família em prol de um candidato não teriam sido computados e, em outro caso, nem o voto de um outro candidato, em si próprio, foi registrado.
Dois técnicos em informática emitiram laudo técnico de exame de algumas urnas utilizadas na cidade, afirmando que a programação das mesmas foi alterada após a verificação oficial. Há comentário de que tais técnicos seriam pessoas ligadas à oposição ao prefeito eleito.
A suspeição sobre a utilização de urnas eletrônicas nas eleições brasileiras já foi tratada aqui — em 23 Jun 08, 27 Jun 08 e 23 Ago 08 — em textos que questionam os interesses que podem motivar, não só a implantação mas o "aperfeiçoamento" de equipamentos evitados e até mesmo proibidos em outros países.
As contestações vão desde a impossibilidade de "conferência" dos dados emitidos pelas máquinas até a possibilidade que se abre da correspondência entre voto e eleitor, na medida em que os Tribunais Eleitorais pretendem montar um "cadastro biométrico" dos eleitores. O cruzamento das sequências cronológicas da identificação do eleitor e dos votos efetuados nas urnas seria uma maneira extremamente fácil de "quebrar o sigilo" de cada voto. Estas são apenas algumas das questões.
Há sugestões de aperfeiçoamentos como a emissão de um "recibo do voto" que ficaria em poder do eleitor. Esta seria também uma forma muito simples para os políticos "compradores de votos" conferirem a "mercadoria adquirida fraudulentamente".
O depósito desses "recibos" nos locais de votação também não resolve, pois daria margem a questionamentos sobre diferenças numéricas entre votos eletrônicos e "recibos" que seriam levados "por distração" pelos eleitores, inocentemente ou com o intuito de comprovar o voto junto aos "compradores" já citados.
Voltando à noticia que iniciou este texto, a Polícia Federal anunciou a abertura de inquérito para apurar a denúncia (mais um inquérito que, seguindo os trâmites já conhecidos, será classificado como "sigiloso" pela justiça, e do qual nunca mais se saberá nada) que previamente foi desacreditada pelas autoridades eleitorais ouvidas na reportagem.
Na "grande imprensa", como sempre, nem uma linha sobre o assunto. As pautas jornalísticas já estão completas com a tragédia catarinense e tragédias dão muito mais audiência que corrupção. Até por que, corrupção, comprovada ou falsa, não é novidade "neçepaíz".
Espero, e faço votos, de estar errado quanto ao futuro do inquérito e que a Polícia Federal apure e anuncie os resultados do mesmo.
De tudo, resta mais um argumento para os que duvidam que estejamos efetivamente em uma Democracia.
O depósito desses "recibos" nos locais de votação também não resolve, pois daria margem a questionamentos sobre diferenças numéricas entre votos eletrônicos e "recibos" que seriam levados "por distração" pelos eleitores, inocentemente ou com o intuito de comprovar o voto junto aos "compradores" já citados.
Voltando à noticia que iniciou este texto, a Polícia Federal anunciou a abertura de inquérito para apurar a denúncia (mais um inquérito que, seguindo os trâmites já conhecidos, será classificado como "sigiloso" pela justiça, e do qual nunca mais se saberá nada) que previamente foi desacreditada pelas autoridades eleitorais ouvidas na reportagem.
Na "grande imprensa", como sempre, nem uma linha sobre o assunto. As pautas jornalísticas já estão completas com a tragédia catarinense e tragédias dão muito mais audiência que corrupção. Até por que, corrupção, comprovada ou falsa, não é novidade "neçepaíz".
Espero, e faço votos, de estar errado quanto ao futuro do inquérito e que a Polícia Federal apure e anuncie os resultados do mesmo.
De tudo, resta mais um argumento para os que duvidam que estejamos efetivamente em uma Democracia.
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