domingo, 28 de fevereiro de 2010

Jair Bolsonaro - 10 Fev 2010

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O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Sem revisão do orador):
"Sr. Presidente, quis o destino que eu usasse a palavra depois do Deputado José Genoíno. Não vou responder a S.Exa., com quem, aliás, até tenho tido certa aproximação em questões outras nesta Casa.
No entanto, um militar que tem vergonha na cara e é patriota não vai se curvar a um bando que quer impor uma mentira às Forças Armadas. Essa, realmente, como disse General Santa Rosa, é a Comissão da Calúnia. Já temos o exemplo da Comissão da Anistia, que está aí anistiando e indenizando com 4 bilhões de reais uma corja de vagabundos, de marginais e de terroristas que, no passado, tentaram entregar a Nação à ideologia comunista.
O dinheiro que financiava a guerrilha e a luta armada no Brasil vinha de Fidel Castro. Pergunto ao Deputado José Genoíno e a qualquer outro neste plenário: temos algum exemplo a seguir de Fidel Castro? Fidel Castro queria impor democracia em nosso País?
Que a imprensa lacaia que está aí não se esqueça do caso da Venezuela: a imprensa que estava contra o Governo, ao expor a sua opinião, foi simplesmente fechada.
Querer dizer que Fidel Castro lutava pela democracia em nosso País é a mesma coisa que dizer que o crime organizado dá dinheiro à Secretaria de Segurança Pública do meu Estado para combater o tráfico!
A grande imprensa tem que se mirar em Roberto Marinho, que infelizmente já morreu. Em editorial de 7 de outubro de 1984, ele diz o seguinte em três linhas apenas — atenção, repórteres, vocês foram favoráveis, vocês todos, a que os militares assumissem o Governo em 64:
"Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçados pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada".
O que está errado hoje? O que está diferente hoje daquele passado pré-1964? Estamos no mesmo caminho.
A Igreja Católica já se manifestou contra o PNDH 3. No passado, em 1964, também esteve ao nosso lado em 1964, porque não podia admitir o ateísmo como religião no País.
A classe empresarial também esteve com os militares, insistiu para que os militares assumissem o Governo em 1964, porque não admitia e não queria a simples estatização pela estatização.
Assim também outros setores da sociedade. As mulheres, em passeatas com Deus e pela Família, também pediram que os militares assumissem o poder e dessem um fim à desordem.
Vamos acabar com essa história de preso político, de torturado político. Nenhum deles diz por que foi torturado. Muitos o foram, sei que foram. Mas, no meu entender, faltou executá-los. E agora eles voltaram. Costuma se dizer que prostituta não se aposenta; bandido também não se aposenta. Eles voltaram a delinquir agora com uma caneta na mão, com paletó e gravata.
Essa é a comissão, esses são os direitos humanos que este Governo defende. Os Parlamentares do PMDB, de outros partidos e do meu partido que apoiam o Governo esperem a Ministra Dilma assumir para saber o que vai acontecer com este Parlamento. Esperem a campanha contra Deputados e Senadores, em outubro deste ano. Vão reduzir a bancada desses partidos. Se eles, porventura, aprovarem o voto facultativo, só vai votar o pessoal do "bolsa farelo", esse pessoal que se contenta com esmola, com miséria, que está acostumado nessa vida, mas que não larga o título de eleitor. O PT e a esquerda botam 400 Deputados aqui dentro, e os demais serão simplesmente diluídos, triturados. Nada sobrará deste Congresso. Como queria o PCB antes de 1964, é a chegada ao poder pelo voto.
Depois, criaram o PCdoB e foram para a luta armada, para o Araguaia. Quebraram a cara. Graças a Deus, os militares aniquilaram a Guerrilha do Araguaia; senão, teríamos uma FARC no coração do Brasil hoje em dia, a exemplo da Colômbia. Mas conseguimos partir para a tranquilidade.
E, agora, o ex-Presidente da OAB nacional — não vou falar do novo Presidente — e o Dr. Wadih Damous, Presidente da OAB do Rio de Janeiro, duas pessoas irresponsáveis, cujos antecessores concordaram com a Lei da Anistia, são favoráveis a que ela seja revista.
Na comissão, na verdade, só podemos admitir, companheiros, o que estiver equilibrado tanto de um lado como de outro. Caso contrário, como disse o General Santa Rosa no jornal A Folha de S. Paulo de hoje, será uma Comissão da Calúnia. E não podemos admitir isso.
Muito obrigado, Sr. Presidente."
COMENTO: mais de uma vez já me expressei no sentido de que os contra-revolucionários pós 1964 falharam ao não conceder aos comunistas brasileiros a única coisa boa do comunismo: "el paredón" (com indenização da munição pelas famílias dos eliminados)!

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