Hernani G. Teixeira - Cel Ref
Dia sete de abril de 1964, se não me engano. Sucessivas noites insones. O cansaço tomando conta da gente devagarinho, o que não nos impedia de perceber que era uma manhã radiosa de outono no Rio de Janeiro. O general Sizeno, chefe de gabinete, me toma pelo braço e me conduz até uma janela do salão D. João VI, ante-sala do gabinete.
— Vamos tomar um pouco de ar puro, Hernani. Estou preocupado com o chefe. Ele precisa ter, no mínimo, uma noite de sono completa. Será que você não consegue isso?
— General, nem a D. Iolanda está conseguindo levá-lo pra casa.
— Agora mesmo tive de descartar uma entrevista que o embaixador Lincoln Gordon estava solicitando, para poupar um pouco o general.
— General, o Sr falou isso com o general Costa e Silva? Eu acho que deveria falar, chefe.
— É, é o que vou fazer mesmo. Quer saber de uma coisa? Fala você mesmo.
Entrei no gabinete.
— General, o embaixador americano solicita uma entrevista com o Sr., ainda hoje, se possível. Temos aqui uma janelinha na lista de audiências...
— Depois de amanhã, capitão. Não quero falar com esse senhor antes disso. Chame o coronel Lauro (Lauro Alves Pinto, chefe da divisão de informações do gabinete, meses depois meu general comandante em Manaus).
O coronel Lauro recebeu mais uma missão. Descobrir em 48 horas que diabos o embaixador pretendia com a audiência.
Descobriu, ou melhor, concluiu. Só poderia ser a batida que a DOPS carioca (Delegacia de Ordem Política e Social, estadual) havia feito no escritório do deputado Almino Afonso, se não me engano num prédio da Avenida Treze de Maio, na Cinelândia, Rio.
A DOPS foi abrindo portas até que se deparou, numa delas, com o escritório da United Press, agência de notícias controlada por capitais americanos. Logo que perceberam o engano, os agentes fecharam e lacraram a porta. Se deram uma “olhadinha”, eu não sei dizer. A resposta da DOPS foi que “nós não mexemos em nada”.
Qualquer órgão de informação não perderia a oportunidade e, mesmo assim, falaria a mesma coisa.
— Deve ser isso, general. A não ser — completou o coronel Lauro — que ele traga amanhã uma mensagem de solidariedade do governo americano pela virada que a revolução deu no Brasil, tendo em vista que o senhor hoje responde pelo país.
— Qual das duas alternativas você escolheria, Lauro?
— Como oficial de informações tenho que considerar todas as hipóteses, mas o meu instinto aponta para a primeira.
— Eu também aposto nela. A propósito, ligue-se com o gabinete do Brigadeiro Mello (comandante da Aeronáutica) e peça aquelas fotos para hoje.
— O senhor vai tocar no assunto com o embaixador?
— Não tenha a menor dúvida, coronel. Só vou recebê-lo pra isso.
Saí do gabinete sem entender nada. Que fotos? O que tem isso a ver com a Aeronáutica e com o embaixador americano? Quando o mistério é muito grande, serene o espírito e cale a boca. Foi o que fiz, recolhendo-me à insignificância de um simples ajudante de ordens.
No dia da audiência, Costa e Silva deixou Gordon esperando por mais de uma hora. No salão D. João VI ele foi tratado com conversas amáveis e com as dignidades devidas a um embaixador. Cafezinho pra cá, água gelada pra lá, aquela coisa toda. O embaixador falava português quase sem sotaque. O que incomodava um pouco era o seu cachimbo, mas nós tratamos de avisá-lo que o ministro tinha uma alergia terrível ao cheiro de cigarros, charutos e cachimbos, o que era uma deslavada mentira mas que talvez servisse para desequilibrá-lo um pouco. Ele estava à vontade demais cavalgando aquele cachimbo.
Antes de o embaixador entrar, o general chamou os dois ajudantes de ordem e determinou que um de nós estivesse sempre por perto durante a audiência para que o ajudássemos a reconstituir toda a conversa depois que tudo terminasse. Não havia ainda dispositivos discretos de gravação disponíveis naquela época.
Lincoln Gordon foi amavelmente recebido por Costa e Silva, que convidou-o a sentar num sofá, cada um em uma extremidade.
— Pois não, embaixador, em que posso ajudá-lo?
Gordon deu voltas homéricas até entrar no assunto. Era mesmo o caso da United Press. Costa ouviu-o em silêncio, até o fim.
— Embaixador, quando o senhor me solicitou audiência, julguei que vinha nos trazer a solidariedade do seu governo que, inclusive, apressou-se em reconhecer o nosso. Num rasgo de otimismo, confesso, cheguei a pensar que me trazia o anúncio de investimentos americanos no Brasil, veja só! Meu raciocínio foi simples. Se uma ilhota comunista (ele se referia à Cuba, obviamente), com um vigésimo da população brasileira e que cabe três vezes dentro do menor estado brasileiro, tem causado tantos problemas para os senhores, seu governo deveria estar festejando o fato do Brasil ter evitado a implantação do mesmo regime entre nós. Já pensaram que pedra no sapato nós poderíamos ser se acrescêssemos a foice e o martelo em nossa bandeira? No entanto, o senhor me vem com uma questão pequena dessas! Francamente, embaixador!
A seguir, Costa relatou ao embaixador a verdadeira versão da “invasão da United Press”.
— Aproveitando sua presença entre nós, gostaria de mandar um recado ao seu governo.
Capitão, nos dê licença, por favor.
A audiência continuou por mais meia hora, com os dois a sós.
Após esse encontro o general concordou em passar a noite em casa.
— A Iolanda anda me apertando. Quer saber se estou casado com ela ou com a pátria. Mande encostar meu carro, capitão. Aproveite você também para descansar um pouco.
— Vou deixá-lo em casa general. De lá seu motorista me deixa na Praça XV.
— Diga ao Sizeno para ele ir também comigo. Tenho algumas coisas que podemos acertar pelo caminho.
No carro, eu na frente e os dois generais atrás.
— General — perguntou Sizeno Sarmento — o Lauro lhe entregou as fotos?
De novo as fotos. Meu coração acelerou um pouco. Meus ouvidos cresceram tanto que invadiram o banco de trás do carro.
— Entregou, mas não tinha nada não.
— Aí o senhor não tocou no assunto com o embaixador, não é?
— Claro que toquei, Sizeno. Você tem cada uma! Se eu o recebi só pra isso!
— Posso saber o quê o senhor falou?
— Eu disse a ele que ouvi um boato sobre a presença de uma esquadra naval americana em águas muito próximas de nosso mar territorial — faixa de 8 milhas de largura na época, acompanhando o recorte de nosso litoral. Disse ao embaixador que nunca pedimos isso ao governo americano, que somos uma nação zelosa por nossa soberania, que os nossos problemas nós mesmos resolvemos, que a proximidade da esquadra, se verdadeira, estava nos incomodando, que agradecia os cuidados deles mas que os dispensávamos.
— E ele, disse o quê?
— Jurou de pés juntos que não tinha esquadra nenhuma, que se tivesse ele saberia que o governo americano não faria uma violência dessas, e por aí vai..
— O senhor acreditou?
— Acreditei na FAB, que sobrevoou e vasculhou a área e não encontrou nada .
Capitão — dirigindo-se a mim — sua presença nesse carro é meramente acidental. Gostaria de contar com o seu silêncio.
— Sim, Excelência — o general ficava irritado com esse tipo de tratamento, mas ele era um código tacitamente estabelecido entre nós. Naquele momento o general precisava sentir que sua recomendação era desnecessária e irritante.
Na realidade, sou um inconfidente, 44 anos depois, tentando me proteger por um escudo comum aos historiadores, e não a mim, chamado “distanciamento histórico”.
Costa e Silva tinha lá suas razões com relação ao tamanho da minha língua.
— Vamos tomar um pouco de ar puro, Hernani. Estou preocupado com o chefe. Ele precisa ter, no mínimo, uma noite de sono completa. Será que você não consegue isso?
— General, nem a D. Iolanda está conseguindo levá-lo pra casa.
— Agora mesmo tive de descartar uma entrevista que o embaixador Lincoln Gordon estava solicitando, para poupar um pouco o general.
— General, o Sr falou isso com o general Costa e Silva? Eu acho que deveria falar, chefe.
— É, é o que vou fazer mesmo. Quer saber de uma coisa? Fala você mesmo.
Entrei no gabinete.
— General, o embaixador americano solicita uma entrevista com o Sr., ainda hoje, se possível. Temos aqui uma janelinha na lista de audiências...
— Depois de amanhã, capitão. Não quero falar com esse senhor antes disso. Chame o coronel Lauro (Lauro Alves Pinto, chefe da divisão de informações do gabinete, meses depois meu general comandante em Manaus).
O coronel Lauro recebeu mais uma missão. Descobrir em 48 horas que diabos o embaixador pretendia com a audiência.
Descobriu, ou melhor, concluiu. Só poderia ser a batida que a DOPS carioca (Delegacia de Ordem Política e Social, estadual) havia feito no escritório do deputado Almino Afonso, se não me engano num prédio da Avenida Treze de Maio, na Cinelândia, Rio.
A DOPS foi abrindo portas até que se deparou, numa delas, com o escritório da United Press, agência de notícias controlada por capitais americanos. Logo que perceberam o engano, os agentes fecharam e lacraram a porta. Se deram uma “olhadinha”, eu não sei dizer. A resposta da DOPS foi que “nós não mexemos em nada”.
Qualquer órgão de informação não perderia a oportunidade e, mesmo assim, falaria a mesma coisa.
— Deve ser isso, general. A não ser — completou o coronel Lauro — que ele traga amanhã uma mensagem de solidariedade do governo americano pela virada que a revolução deu no Brasil, tendo em vista que o senhor hoje responde pelo país.
— Qual das duas alternativas você escolheria, Lauro?
— Como oficial de informações tenho que considerar todas as hipóteses, mas o meu instinto aponta para a primeira.
— Eu também aposto nela. A propósito, ligue-se com o gabinete do Brigadeiro Mello (comandante da Aeronáutica) e peça aquelas fotos para hoje.
— O senhor vai tocar no assunto com o embaixador?
— Não tenha a menor dúvida, coronel. Só vou recebê-lo pra isso.
Saí do gabinete sem entender nada. Que fotos? O que tem isso a ver com a Aeronáutica e com o embaixador americano? Quando o mistério é muito grande, serene o espírito e cale a boca. Foi o que fiz, recolhendo-me à insignificância de um simples ajudante de ordens.
No dia da audiência, Costa e Silva deixou Gordon esperando por mais de uma hora. No salão D. João VI ele foi tratado com conversas amáveis e com as dignidades devidas a um embaixador. Cafezinho pra cá, água gelada pra lá, aquela coisa toda. O embaixador falava português quase sem sotaque. O que incomodava um pouco era o seu cachimbo, mas nós tratamos de avisá-lo que o ministro tinha uma alergia terrível ao cheiro de cigarros, charutos e cachimbos, o que era uma deslavada mentira mas que talvez servisse para desequilibrá-lo um pouco. Ele estava à vontade demais cavalgando aquele cachimbo.
Antes de o embaixador entrar, o general chamou os dois ajudantes de ordem e determinou que um de nós estivesse sempre por perto durante a audiência para que o ajudássemos a reconstituir toda a conversa depois que tudo terminasse. Não havia ainda dispositivos discretos de gravação disponíveis naquela época.
Lincoln Gordon foi amavelmente recebido por Costa e Silva, que convidou-o a sentar num sofá, cada um em uma extremidade.
— Pois não, embaixador, em que posso ajudá-lo?
Gordon deu voltas homéricas até entrar no assunto. Era mesmo o caso da United Press. Costa ouviu-o em silêncio, até o fim.
— Embaixador, quando o senhor me solicitou audiência, julguei que vinha nos trazer a solidariedade do seu governo que, inclusive, apressou-se em reconhecer o nosso. Num rasgo de otimismo, confesso, cheguei a pensar que me trazia o anúncio de investimentos americanos no Brasil, veja só! Meu raciocínio foi simples. Se uma ilhota comunista (ele se referia à Cuba, obviamente), com um vigésimo da população brasileira e que cabe três vezes dentro do menor estado brasileiro, tem causado tantos problemas para os senhores, seu governo deveria estar festejando o fato do Brasil ter evitado a implantação do mesmo regime entre nós. Já pensaram que pedra no sapato nós poderíamos ser se acrescêssemos a foice e o martelo em nossa bandeira? No entanto, o senhor me vem com uma questão pequena dessas! Francamente, embaixador!
A seguir, Costa relatou ao embaixador a verdadeira versão da “invasão da United Press”.
— Aproveitando sua presença entre nós, gostaria de mandar um recado ao seu governo.
Capitão, nos dê licença, por favor.
A audiência continuou por mais meia hora, com os dois a sós.
Após esse encontro o general concordou em passar a noite em casa.
— A Iolanda anda me apertando. Quer saber se estou casado com ela ou com a pátria. Mande encostar meu carro, capitão. Aproveite você também para descansar um pouco.
— Vou deixá-lo em casa general. De lá seu motorista me deixa na Praça XV.
— Diga ao Sizeno para ele ir também comigo. Tenho algumas coisas que podemos acertar pelo caminho.
No carro, eu na frente e os dois generais atrás.
— General — perguntou Sizeno Sarmento — o Lauro lhe entregou as fotos?
De novo as fotos. Meu coração acelerou um pouco. Meus ouvidos cresceram tanto que invadiram o banco de trás do carro.
— Entregou, mas não tinha nada não.
— Aí o senhor não tocou no assunto com o embaixador, não é?
— Claro que toquei, Sizeno. Você tem cada uma! Se eu o recebi só pra isso!
— Posso saber o quê o senhor falou?
— Eu disse a ele que ouvi um boato sobre a presença de uma esquadra naval americana em águas muito próximas de nosso mar territorial — faixa de 8 milhas de largura na época, acompanhando o recorte de nosso litoral. Disse ao embaixador que nunca pedimos isso ao governo americano, que somos uma nação zelosa por nossa soberania, que os nossos problemas nós mesmos resolvemos, que a proximidade da esquadra, se verdadeira, estava nos incomodando, que agradecia os cuidados deles mas que os dispensávamos.
— E ele, disse o quê?
— Jurou de pés juntos que não tinha esquadra nenhuma, que se tivesse ele saberia que o governo americano não faria uma violência dessas, e por aí vai..
— O senhor acreditou?
— Acreditei na FAB, que sobrevoou e vasculhou a área e não encontrou nada .
Capitão — dirigindo-se a mim — sua presença nesse carro é meramente acidental. Gostaria de contar com o seu silêncio.
— Sim, Excelência — o general ficava irritado com esse tipo de tratamento, mas ele era um código tacitamente estabelecido entre nós. Naquele momento o general precisava sentir que sua recomendação era desnecessária e irritante.
Na realidade, sou um inconfidente, 44 anos depois, tentando me proteger por um escudo comum aos historiadores, e não a mim, chamado “distanciamento histórico”.
Costa e Silva tinha lá suas razões com relação ao tamanho da minha língua.
Hernani Guimarães Teixeira - Cel Ref
Comentário do Editor
Quarenta e quatro anos se passaram, e o então Capitão Hernani G. Teixeira, nos traz uma pagina oculta de nossa história, que nos enche de recordações, de quando um Presidente da República era identificado, não pela faixa Presidencial ou pelo o que seja em sua lapela, mas pela autoridade que se revelava em seus atos e atitudes cerimoniosas, formais, pela polidez pela consciência da liturgia do cargo, pela responsabilidade de que, uma só palavra sua fora do contexto poderia por em risco as pretensões do movimento militar, que atendia aos clamores da sociedade, receosa do regime comunista que se alastrava, pondo em risco a segurança e a hierarquia. Essas qualidades Costa e Silva comungava desde Ministro do Exército, e necessárias a redemocratização do País. O movimento iniciava seus objetivos colimados na recondução pacífica da ordem e do progresso. A soberania da Pátria se sustentava em sua firmeza de propósitos, bem ao estilo do relato de seu ajudante de ordens, de quem discordo quanto a auto análise que faz sobre sua sobriedade e circunspeção, visto que mais discreto do que esperar 44 anos, me parece impossível, o próprio Costa e Silva já o teria liberado da promessa a muito tempo, e deve estar orgulhoso, onde estiver com a descrição de seu Ajudante de Ordens, que nos trouxe essa doce página da história dos tempos em que Brasil era um País de sério, bem diferente da atual república sindicalista.
Merece o Coronel Teixeira o cumprimento de toda reserva das FFAA bem como a manifestação dos militares da ativa — é o mínimo que se espera, por desmascarar a existência da “Esquadra Fantasma Americana”.
Quarenta e quatro anos se passaram, e o então Capitão Hernani G. Teixeira, nos traz uma pagina oculta de nossa história, que nos enche de recordações, de quando um Presidente da República era identificado, não pela faixa Presidencial ou pelo o que seja em sua lapela, mas pela autoridade que se revelava em seus atos e atitudes cerimoniosas, formais, pela polidez pela consciência da liturgia do cargo, pela responsabilidade de que, uma só palavra sua fora do contexto poderia por em risco as pretensões do movimento militar, que atendia aos clamores da sociedade, receosa do regime comunista que se alastrava, pondo em risco a segurança e a hierarquia. Essas qualidades Costa e Silva comungava desde Ministro do Exército, e necessárias a redemocratização do País. O movimento iniciava seus objetivos colimados na recondução pacífica da ordem e do progresso. A soberania da Pátria se sustentava em sua firmeza de propósitos, bem ao estilo do relato de seu ajudante de ordens, de quem discordo quanto a auto análise que faz sobre sua sobriedade e circunspeção, visto que mais discreto do que esperar 44 anos, me parece impossível, o próprio Costa e Silva já o teria liberado da promessa a muito tempo, e deve estar orgulhoso, onde estiver com a descrição de seu Ajudante de Ordens, que nos trouxe essa doce página da história dos tempos em que Brasil era um País de sério, bem diferente da atual república sindicalista.
Merece o Coronel Teixeira o cumprimento de toda reserva das FFAA bem como a manifestação dos militares da ativa — é o mínimo que se espera, por desmascarar a existência da “Esquadra Fantasma Americana”.
Fonte: Reservativa
COMENTO: procurando na rede mundial, encontra-se algumas referências a uma suposta Operação Brother Sam, um imaginário deslocamento de uma frota de belonaves dos EUA em apoio ao Contragolpe de 31 de Março de 1964. Todavia, ao analisarmos o telegrama enviado na tarde do próprio dia 31, pelo Departamento de Estado ao Embaixador dos EUA no Brasil, verifica-se que, na realidade tudo não passou de um planejamento — "if it is decided this should be done" = se for decidido que isso deve ser feito — para o tão falado apoio, com previsão de chegada da primeira nave à costa brasileira em 8 de abril de 1964. Dessa forma, fica claro que não houve intervenção alguma dos norte-americanos na deposição do governo cripto-sindicalista de Jango.
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