por Sergio Sparta
A contra-revolução, assim é mais apropriado chamar o movimento político de 31 de março de 1964, foi deflagrado por militares e civis, sob clamor popular, para acabar com a anarquia política, a irresponsabilidade administrativa e impedir a implantação de ideologia estimulada por correntes socialistas estrangeiras e um grupelho de aventureiros aos seus serviços, que se auto intitulavam revolucionários do povo.
Como qualquer movimento armado, a reação foi enérgica e firme, com a força necessária para neutralizar os oponentes que tinham o objetivo de comunizar o Brasil.
Hoje, os militares, aos quais coube a maior parcela da responsabilidade de se antepor àqueles pseudos idealistas, são apedrejados como algozes de desserviços ao País. Seu pecado foi o de reagir com presteza, livrando a Nação de uma praga que nos teriam tirado a liberdade, conduzido à escravidão e à ineficácia administrativa e política, hoje comprovada pela derrocada dos regimes socialistas. Seu pecado foi ter implantado o progresso através de uma programação planejada, reprimido a corrupção, combatido a politicagem, apoiado os menos favorecidos, normatizado procedimentos, promovido a integração nacional em todos os sentidos, projetado a Nação no cenário internacional, restabelecido a austeridade e a autoridade. Ações inegáveis dos governos dos presidentes militares.
Os terroristas de ontem, que assolaram o País com ações criminosas: assaltos, seqüestros, roubos, furtos, assassinatos, sob o pretexto de defendê-lo, hoje, intitulam-se arautos da liberdade, vangloriam-se de ter combatido “o regime militar, a ditadura, o autoritarismo”, quando na realidade buscaram, de todos os modos, a conquista do poder.
Estes pretensiosos defensores da virtude ideológica, da democracia, do nacionalismo — por doutrina são internacionalistas — perderam o combate e, muito mais, perderam a causa. Foram e são filhos de uma ideologia fracassada. Sem apagar a chama do revanchismo, buscam meios de reviver o passado. Alteram fatos. Criam argumentos facciosos. Denigrem pessoas. Achincalham os militares. Mas, idealismo à parte; zelam por seus interesses pessoais, buscam e alcançam vantagens pecuniárias, sob o manto de artifícios legais promovidos por companheiros de “luta” e interesses políticos ocasionais.
Aqueles que tentaram destruir e não construir são enaltecidos. São merecedores de honrarias, de bajulações, de cargos na administração pública, de riquezas, de beneplácitos, de manifestas divulgações de apoio através de reportagens, filmes, entrevistas, declarações. Todo dia, a toda hora, é incutida no povo brasileiro a mensagem de sua pretensa bravura e heroísmo. Um grande engodo. Uma grande farsa.
Rancorosos não desistem não se conformam. Dissimulados, emergem sob as sutilezas de Gramcsi. Ocultam-se em conceitos democráticos, ocupam espaços, alijam oposições, corrompem pessoas, estimulam a desordem, apadrinham partidários, favorecem instituições e políticos inescrupulosos, estimulam a cizânia entre classes sociais e raças, implantam programas assistencialistas com objetivos eleitoreiros e demagógicos, tudo com o propósito de enfraquecer o homem moral e espiritualmente, e com isso, facilitar a concretização de seu projeto de poder.
Os militares e seus poucos aliados convictos — muitos, como bons crápulas, os bajularam durante o período e os renegaram para ficar à sombra do poder — recebem as pedras mais pesadas. Disciplinados, se omitem, na esperança que a história fale por eles. Triste esperança. A história é escrita pelos vencedores e, nesta batalha, os vencedores estão sendo derrotados. As vozes que se contrapõem são ínfimas. As ações inócuas. A reação nula. Como cidadãos, como brasileiros, como guardiões da soberania nacional e dos poderes constituídos, como responsáveis pela lei e pela ordem — cumprindo a Lei e preservando a Instituição — têm a obrigação de acompanhar, participar, de se integrar no processo político democrático, ajudando com a sua capacidade intelectual e sua integridade moral, na escolha de seus representantes políticos.
Devem reagir. Devem lutar. Não pelas armas, o que fazem bem. Mas, pelo voto, o que devem aprender a fazer: unindo esforços, dialogando, difundindo, convencendo, defendendo idéias e ideais. A causa é legítima, honesta e cívica.
Se assim não pensarem, procederem e agirem estarão fadados ao insucesso. A verem a verdade deturpada, os derrotados vencedores, os ideais de 64 morrerem em lenta agonia.
Fonte: www.movars.com.br
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