Imagem: G1 |
Durante a simulação, o grupo da UnB conseguiu descobrir quais foram os candidatos votados em determinada urna, mas não identificaram os autores dos votos, ou seja, o sigilo do voto não foi quebrado. De acordo com o TSE, os nove grupos que participaram dos testes receberam o código-fonte utilizado nas urnas eletrônicas, dado que facilitou a atuação dos “hackers” durante o teste, mas que não é liberado para o público em geral.
O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, declarou nesta quinta-feira (22) que os eleitores devem ficar tranquilos em relação ao sistema, considerado confiável. “O objetivo do teste é esse mesmo, ver como aprimorar o sistema. Em uma situação real, seria impossível violá-lo sem o código-fonte”.
De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, o resultado do teste já era esperado e foi uma “contribuição extremamente positiva”. A secretaria informou que o resultado será usado como base para o aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação.
Professor da UnB, Diego Freitas Aranha afirmou em entrevista que conseguiu quebrar o embaralhamento dos votos registrados nas urnas eletrônicas. Aranha disse que durante os testes foi possível montar a sequência dos votos dados por 485 eleitores. Isso significa que o sigilo do voto eletrônico fica comprometido, podendo ser quebrado por quem anotar a ordem dos eleitores.
A alegação de que as urnas eletrônicas são confiáveis é temerária, pois o correto seria o eleitor ter o seu voto impresso, algo que o TSE insiste em descartar. Há em São Paulo casos em que candidatos não conseguiram encontrar os próprios votos nas respectivas seções eleitorais. Há anos, durante o período de campanha, alguns candidatos foram procurados por estrangeiros especialistas em burlar as urnas eletrônicas utilizadas pelo TSE. Dois desses candidatos conversaram com o Ucho.Info sob a condição do anonimato e detalharam o que lhes foi oferecido. E se alguma palavra pode traduzir a operação, impressionante é a mais adequada.
Fonte: Ucho Info
COMENTO: e continuam a iludir os incautos desviando a atenção para a "prevenção de invasões" quando o perigo real é a programação em si das urnas. O vídeo abaixo, de dezembro de 2010 merece ser visto e ouvido. A denúncia foi feita em plena sessão do parlamento e ... nada.
Já tratei aqui sobre as 'urnas eletrônicas' e outro problema, que me parece tão grave quanto à possibilidade de fraudes, mas é pouco explorado mesmo em blogs. Trata-se da possibilidade da quebra do sigilo do voto ao ser implementada a identificação digital do eleitor, por meio da simples comparação das sequências horárias da identificação do eleitor com a do voto realizado. Ou seja, quem garante que não haverá o registro do horário de sua chegada à mesa eleitoral por ocasião de sua identificação pelo mesário? E quem garante que não haverá o mesmo registro horário de cada voto realizado? E quem garante que não poderá ser feito um cotejo dessas duas sequências? Se quiser ler mais, busque os textos publicados em 23 Jun 08, 27 Jun 08, 23 Ago 08, 25 Nov 08, 20 Mai 09 e 16 Ago 10.
Ainda no dia 03 Out 2010, logo após as eleições, foi publicado o comentário abaixo na Coluna do Claudio Humberto:
03/10/2010 | 16:19 - Sigilo eleitoral? Sifu!
Confirmado! Fui votar com minha esposa. Atendido antes que ela pelas mesárias (cordiais e simpáticas apesar da missão, diga-se de passagem), fui identificado e tive meus dados inseridos em uma maquina. Minha esposa foi atendida logo após e eu solicitei que ela fosse votar antes que eu. Bingo! As meninas me informaram que não podia pois meus dados haviam sido registrados antes. Insisti e indaguei o que já indaguei antes aqui neste espaço e em outros: quem me garante que após as eleições não ocorra um cruzamento de dados das sequências dos votantes e de suas escolhas. A mesária me respondeu de pronto: A Justiça. E eu: a mesma justiça que não consegue definir quem pode ou não ser candidato. Ou a justiça que diz que título de eleitor não vale nada?
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Agora, "conseguiram" montar a sequência dos votos dados por 485 eleitores. É só comparar com os "dados que haviam sido registrados" pelos mesários e que devem ficar arquivados em algum lugar, na sequencia cronológica e por urna.
Não que eu me preocupe com o fato de alguém saber em quem eu votei. Nunca fiz segredo de que não voto em candidato de partido que contenha termos como "comunista", "socialista", "democracia popular" e similares em seus "programas". Mas pelo menos respeitem minha pouca inteligência. O segredo do voto não existe! Vão mentir para as respectivas mães de vocês, bando de canalhas!
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