por Fábio Pereira Ribeiro
Quando se trata de serviços secretos e inteligência de Estado, o Brasil tem grandes problemas. Primeiro, isso parece coisa de ditadura (visão da própria sociedade), segundo usam a inteligência para questões internas e puramente policial, terceiro não potencializam a capacidade do Estado em produzir informações estratégicas do mundo para nosso presidente, e quarto os serviços secretos não são vistos como órgãos de segurança e sim como órgãos de espionagem pura. Na verdade todo Brasil precisa entender suas reais funções e ajudar a potencializar isso, pois estes órgãos são formados por brasileiros dedicados, que em uma guerra silenciosa, e muitas vezes sem recursos conseguem desarticular ameaças externas ao território nacional, algo muito bem definido em nossa constituição.A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) órgão máximo do Sistema Brasileiro de Inteligência cada vez mais perde seu rumo. Ou por poucos profissionais que denigrem sua imagem, e ao mesmo tempo por uma legislação que não define o escopo real do serviço. Neste momento, a ABIN perde seu status superior de controle do Sistema, e o mundo inteiro, principalmente serviços secretos de outros países devem dar risada, o serviço secreto brasileiro perde mais uma vez a direção e coloca em risco operações importantes desenvolvidas do ponto de vista de atuação de defesa nacional, segurança internacional e principalmente produção de informações estratégicas do exterior.
As estruturas militares, de informações financeiras e fiscais serão separadas do processo, e a ABIN passa para o GSI da Presidência da República com atuação mais restrita do processo de inteligência. Do ponto de vista estratégico poderemos sofrer impactos de segurança e principalmente de produção de informações econômicas que geram potencialidades para o Brasil.
As grandes potências hoje utilizam ao máximo seus serviços de inteligência. A China utiliza estudantes no exterior para isso, os EUA utilizam suas embaixadas e mantém estruturas em conjunto com os departamentos de inteligência competitiva das empresas multinacionais, já o Brasil, fica em sonho perene sobre a ditadura e suas conseqüências.
Devemos sim ter um grande serviço secreto, e ao mesmo tempo uma estrutura de inteligência que produza informações estratégicas para que o Brasil se posicione cada vez mais no sistema internacional, e que não sofra a conseqüência da espionagem, como roubo de segredos de nossa Amazônia e do potencial de recursos e condicionantes que temos em todo nosso território.
fabiomkt@uol.com.br
Fonte: Mundo RI
Um comentário:
Tem graça! A Abim vai atuar como organismo fundamental para garantir ao governo totalitário a execução de suas politicas e crimes para a manutenção do poder. Hitler e Stalin são os professores, os exemplos.
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