sábado, 19 de setembro de 2009

Lula - Greves Ontem e Hoje

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LULA HOJE
Na inauguração de trecho da BR 448, Luís Inácio teve que enfrentar o que sempre instigou: trabalhadores em greve, a dos Correios. Com uma enorme diferença: antes ele era o sindicalista que usava todos os recursos para juntar operários e levá-los à greve a qualquer preço. Hoje, a greve ocorre quando é ele o presidente da República. E teve que ouvir gritos dos manifestantes que o comparavam a José Sarney.
"Lula e Sarney é tudo igual, é roubalheira e arrocho salarial"
(era a frase que gritavam e apareciam em cartazes.)
Luís Inácio usou aquele recurso já tão conhecido quando ouve alguma crítica a seu governo ou algo vai contra seus interesses: acusou o fato de questão política. "É importante que a vanguarda do movimento, por questões políticas, não leve prejuízo ao trabalhador, que pode ter seus dias descontados", disse ele irritado, e ainda procurou ridicularizar os sindicalistas ao chamá-los de covardes. Luís Inácio procurou também intimidar os grevistas com ameaça de desconto salarial ao dizer que teriam seus dias descontados. E, ao aconselhar sindicalistas a não levarem prejuízo ao trabalhador, Luis Inácio foi de encontro a tudo o que pregava quando sindicalista, de maneira bastante enfática, como vemos nas frases abaixo.
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LULA ONTEM
— "... talvez se perdêssemos alguma coisa e o trabalhador sentisse o baque, ele viesse a enxergar a necessidade de participar, de influir." (3 de abril de 78)
— "Desde o primeiro dia, desde a primeira assembléia que nós fizemos, no sindicato ou aqui eu disse a vocês que a diretoria do sindicato e a comissão de salários iriam até as últimas conseqüências para conseguir o nosso aumento de salário." (14 maio 79)
— "... eu volto a repetir, até as últimas conseqüências." (27/03/79)
— "E vocês devem fazer economia ao máximo, porque se não vier o nosso aumento, nós iremos entrar em greve." (1º/05/79)
— "... vocês têm que continuar, porque têm que sair vencedores." (22/03/79)
— "Acho que todos os setores deveriam, quando necessário, fazer greve, pois todos os setores têm empregadores e trabalhadores e em todos existem as relações sociais. Se ficarmos a favor dessa idéia de que determinados setores não podem parar porque são prioritários, cairemos numa esparrela."
— "E eu acho que é o momento de a classe trabalhadora brasileira começar a exigir aquilo que é dela, ou seja, o direito de ganhar melhor, de viver com dignidade." (maio 78)
— "... eu sempre preguei à categoria, que as empresas não agüentavam mais de quatro dias paradas, e que com quatro dias paradas, elas todas se abririam para negociar." (Folha de São Paulo, 4 de junho de 1978)
— "... é chegado o momento da gente começar a falar também. Realmente perdemos um momento importante ficando quietos. "
— "O patrão é inimigo a partir da omissão da gente." (março 78)
— "... que o governo deixe de tutelar a classe empresarial e a classe trabalhadora como faz até agora." (Folha de SP 24/7/78)
HOJE LUÍS INÁCIO PROCURA TUTELAR TUDO E TODOS, INCLUSIVE OUTROS ÓRGÃOS DO GOVERNO.
— "Que essa greve sirva de demonstração para os patrões nunca mais duvidarem da classe trabalhadora. Que ninguém mais ouse duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores." (27/3/79)
— "Eu gostaria que os companheiros terminassem gritando o nosso grito de guerra: “Metalúrgicos unidos, jamais serão vencidos.” (27/03/79)
— "... a melhor forma de alguém saber o que representa o salário mínimo era que uma autoridade pegasse Cr$ 2.2268,00 (salário mínimo da época) e fosse procurar uma casa para alugar e fosse tentar fazer despesa para o mês inteiro e ainda fosse investir." (1º/05/79)
LUÍS INÁCIO DEVERIA SER OBRIGADO A FAZER O QUE SUGERIU NA ÉPOCA, POIS SEMPRE CONDENOU O SALÁRIO MÍNIMO QUE AINDA EXISTE NO SEU SEGUNDO MANDATO PRESIDENCIAL.
— "... momento certo, no momento em que o patrão negar as suas reivindicações, a única arma que o trabalhador tem é parar as máquinas." (1º/05/79)
Está no jornal de hoje: Metalúrgicos do ABC e empregados da GM em São Paulo cruzam os braços.
Se os brasileiros estivessem satisfeitos com o atual governo, como dizem as pesquisas e o próprio presiMente procura afirmar, não haveria trabalhadores em greve, muito menos no berço em que foi criado. Luís Inácio certamente afirmará que não passa de motivo político, pois as greves só eram verdadeiras quando comandadas e manipuladas por ele.
CORREIOS NA RUA, LULA A CULPA É SUA
(Escrito em um dos cartazes no movimento dos grevistas que Luís Inácio teve que enfrentar.)
NADA MELHOR DO QUE UM DIA ATRÁS DO OUTRO.
Fonte: A Casa da Mãe Joana
COMENTO: é um bosta!!! Quanto tempo demorará até que esse aprendiz de caudilho determine que sua tropa de choque (MST, Via Campesina, UNE, et caterva) se mobilize, se arme e parta para a repressão contra quem se manifeste em oposição ao grande Stalinácio, seguindo o modelito do Mico Mandante venezuelano?

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