por Félix Maier
Toda vez que a imprensa publica que petralhas foram pegos metendo a mão no dinheiro, os honoráveis petistas e os jornalistas aduladores falam em “imprensa golpista”, que deseja derrubar o governo do PT. “A esquerda vive acusando a grande imprensa de ‘golpista’, de ‘conservadora’, de ‘neoliberal’. Globo, Folha, Estadão e Veja, todos na lista negra desses que vibram de tanta emoção com a ‘nova mídia do povo’, os Ninja. ‘Finalmente alguém para desbancar esses reacionários!’, eles bradam” (Rodrigo Constantino — O paradoxo de Epicuro aplicado aos Ninjas).
A esquerda até inventou uma sigla, PIG — Partido da Imprensa Golpista. Para os petralhas, a revista Veja é seu objeto de ódio predileto. Tentam diabolizar o mensageiro da notícia (Veja), de modo que a mensagem (os crimes cometidos) seja esquecida. No entanto, como se pode comprovar abaixo, a sigla correta para o “porco” imundo é Partido da Imprensa Governista, composta, principalmente, pelas redes de TVs, que recebem milhões de reais em publicidade para bajular o governo.
“Os lulistas reclamam da imprensa. Não entendo o motivo. Lula já teria sido deposto se jornais, revistas e redes de televisão não estivessem tomados por seus partidários. (...) O Globo tem Tereza Cruvinel. É lulista do PCdoB. Repete todos os dias que o mensalão ainda não foi provado. E que, de fato, José Dirceu não deveria ter sido cassado. Cruvinel aparelhou o jornal da mesma maneira como os lulistas aparelharam os órgãos públicos. (...) Franklin Martins é José Dirceu até a morte. Eliane Cantanhêde é da turma de Aloizio Mercadante. Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma, mas não consigo identificar sua corrente. Vinicius Mota é do grupo de Marta Suplicy. Quem mais? Alberto Dines é seguidor de Dirceu. Alon Feurwerker, do Correio Braziliense, é do partidão, e apoia quem o partidão mandar. Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por qualquer um que seja minimamente de esquerda. Paulo Henrique Amorim é lulista de linha bolivariana. Ricardo Noblat era lulista ligado a Dirceu, mas pulou fora no momento oportuno” (MAINARDI, 2007: 53-54). [1] Diogo Mainardi acrescenta, ainda, que Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, é subordinado a Daniel Dantas; e Mino Carta, a Carlos Jereissati (pg. 54).
“Gramsci, que queria ‘o partido’ como o Moderno Príncipe, dizia que ele deveria ser o ‘imperativo categórico’ da sociedade e que tudo deveria existir e ser feito em função de suas necessidades. Até mesmo a crítica deveria ser autorizada por ele e tê-lo como referência. Em certos setores da imprensa, já experimentamos algo parecido. Só se aceita que petistas contestem petistas” (AZEVEDO, 2008: 26-27) [2]
O PT, para esconder suas falcatruas, pretende atacar a imprensa livre, apresentando projetos fascistas, como o “marco regulatório da comunicação” ou a “regulamentação dos meios de comunicação”, ou seja, estabelecer uma censura prévia como existe em Cuba e na China. “A imprensa revelou o caso da Gamecorp, a empresa do filho de Lula comprada pela Telemar. Como a Telemar reunia interesses de lulistas e oposicionistas, o escândalo foi acobertado com o argumento de que era necessário salvaguardar a família do presidente” (MAINARDI, 2007: 23). Ou seja, quando os “malfeitos” são simultaneamente cometidos por petistas e tucanos, os fatos são varridos para debaixo do tapete — como também ocorreu no caso da CPI do Banestado, comprovando que o PT e o PSDB são irmãos siameses.
No mundo virtual, é crescente o uso da internet para ataques contra a imprensa e desafetos políticos, configurando-se verdadeira guerrilha digital. Um exemplo foi o “tuitaço” promovido por Rui Falcão, presidente do PT, e simpatizantes contra a revista Veja, que publica tanto os “malfeitos” da petralhada, quanto os dos tucanos. Eles utilizam robôs e perfis peões, para enganar que houve grande adesão a um movimento, como #vejabandida. O # (hashtag ou marcador) colocado na frente de uma palavra ou expressão compete por atenção na rede. Em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais. “A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil” (cfr. Falcão e os insetos: guerrilha digital envenena o Twitter”). Na China, os “peões” que defendem o governo comunista recebem 50 centavos por cada inserção de apoio. No Brasil, quanto ganham os insetos petralhas?
Sobre a imprensa, aprecie esse “bate-asas” da libélula da USP, Marilena Chauí, que ostenta orgulhosamente o título de filósofa e disse que “odeia a classe média”: “A imprensa? Não, pois embora os jornalistas aspirem pela universalidade e desejem ser guardiões da moralidade pública, trabalham para uma particularidade, a empresa capitalista de que são funcionários. Na medida em que insistem em fazê-lo, transformam a imprensa, no melhor dos casos, em igreja e, no pior, em servidora de interesses totalitários, uma vez que não reconhecem ao fato político ‘sua necessária aura de amoralidade’ e ‘zonas de indefinição’ (...) E fazemos o jogo da chamada ‘tolerância passiva’, em que toleramos o governante que nos engana porque é ele quem faz as regras da ausência de regras” (in “Acerca da moralidade pública”, Folha de S. Paulo, 24/5/2001). Chauí é um chuá de tolices, que ainda hipnotiza uma legião de idiotas. “Seu ideal [da intelectualidade moderna] é reduzir a consciência do historiador à condição do sapo da fábula, habitante de um poço, que, indagado sobre o que era o céu, responde: ‘É um buraquinho no teto da minha casa’” (CARVALHO, 2000: 191). [3]
Atualmente, nada é mais vergonhoso na imprensa do que a distorção da História recente do Brasil promovida pela famigerada Comissão Nacional da Verdade — ou “Comissão da Vaidade”, segundo o comissário Gilson Dipp, que se atém a requentar apenas fatos envolvendo os agentes do Estado que combateram o comunismo, deixando de fora as atrocidades cometidas pelos terroristas de esquerda. Lembrando o livro 1984, de George Orwell, a campanha midiática "Dois Minutos de Ódio" foi transformada por Dilma Rousseff em "Dois Anos de Ódio contra os Militares", já que o trabalho do “Esquadrão de Reescritores” — os tais comissários bolcheniquins — terá pelo menos dois anos de duração. A mídia em geral se comporta como servil “caixa de ressonância” desse embuste fenomenal. E o que vem a ser isso? A “caixa de ressonância” é uma das fases do processo da desinformação. “Na publicidade, as primeiras caixas de ressonância são os media que fazem passar as mensagens publicitárias. (...) Na desinformação o caso é mais complexo. O tema, equipado com os seus suportes, é geralmente confiado a um agente influenciador que vai encontrar forma de o passar adiante. (...) Mas para levar a bom termo uma operação não basta apenas uma caixa de ressonância. É preciso que o tema da sinfonia desinformadora seja retomado por toda a orquestra, o que não é tão difícil como se julga, pois os media têm tendência a copiar-se uns aos outros, a falar ‘do que se fala’, além de existirem jornais ou programas considerados os mais importantes e pelos quais os outros acertam o passo. Basta assim ter um conhecimento no ‘bom’ jornal ou na ‘boa’ emissora para que a orquestração do tema esteja no ‘bom’ caminho” (VOLKOFF, 2004: 104-5). [4]
“O ‘revanchismo’ grassa à solta, oriundo do próprio Governo; a mídia, primordialmente ‘revanchista’, reflete a história recontada e não a história verdadeira. É essa história recontada que os estudantes aprendem até mesmo, pasmem, na AMAN, cujos professores do QCO e os contratados tiveram formação universitária com essa distorção” (Gen Ex Carlos Tinoco Ribeiro Gomes — História Oral do Exército — HOE/1964, Tomo 10, pg. 39). [5] “Mas a história, ela própria, acontece duas vezes. Uma no instantâneo eclodir dos fatos. Outra nas obras literárias, históricas, memorialísticas e, hoje, no audiovisual, na TV, no cinema, em CD-ROM. Se na primeira perdemos fragorosamente, na segunda não nos saímos de todo mal” (Alfredo Sirkis, gabando-se da "vitória midiática" da esquerda no prefácio da 14ª edição de seu livro Os Carbonários — citado pelo Gen Div Raymundo Maximiliano Negrão Torres — HOE/1964, Tomo 14, pg. 49).
“O silêncio das Forças Armadas tem sido mantido pela crença ética, mas ingênua, nos resultados da Anistia concedida. A falta de versão oficial permitiu que os comunistas transformassem seus atos abomináveis em lenda e esta lenda se transformou em mito perverso que, até hoje, ganha gordos espaços e manchetes na mídia infiltrada e doutrinada pelas esquerdas, sem nenhum compromisso com a verdade histórica” (Cel Aluisio Madruga de Moura e Souza — HOE/1964, Tomo 15 pg. 356).
“A memória do que se passou nos últimos quarenta anos está sendo totalmente apagada, caricaturada, recontada, reescrita, safenada, já fizeram ‘o diabo’ com essa história” (Otto Maria Carpeaux — HOE/1964, Tomo 3, pg. 102).
Enganando a sociedade, a esquerda tenta seguir a máxima de Aristóteles Onassis: “Não ser descoberto na mentira é o mesmo que viver na verdade”. O que dizer sobre essa neurose da esquerda, de tentar modificar sua biografia, destruindo o passado? Freud explica: “O passado rejeitado volta com redobrada força”. Por que perpetuar esse conflito com o passado? É Hitler que responde ao “fascismo gay”: “Deve-se permitir que as pessoas entrem em atrito mútuo. O atrito produz calor, e calor é energia”.
Imprensa golpista? A imprensa, na verdade, sempre esteve cheia de golpistas — de esquerda. Durante o governo dos militares, Frei Betto infiltrou muitos comunistas na Editora Abril e na Folha da Tarde. Frei Betto, o "Vítor" ou "Ronaldo", ficou encarregado do sistema de imprensa dos terroristas e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento Comunista em São Paulo (AC/SP), precursor da Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella.
Na Folha da Tarde, Frei Betto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior.
Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). Roberto Civitta, criador da revista Veja, em suas memórias, fala com mágoa de Mino Carta, que trabalhou muitos anos na Editora Abril, a favor do esquerdismo.
“Nesse livro [O Repórter e o Poder, do jornalista José Carlos Bardawil], ele dá vários depoimentos que mostram o poder imenso que, já na década de 1970, o Partido [PCB] tinha sobre a classe jornalística” (Otto Maria Carpeaux — HOE/1964, Tomo 3, pg. 122).
Assim como a Igreja Católica ajudou a criar o PT (com suas Comunidades Eclesiais de Base — CEBs) e o MST (com a Comissão Pastoral da Terra — CPT), Golbery, o bruxinho que era bom, influiu diretamente no aparelhamento esquerdista de toda a sociedade brasileira:
“Antes da Revolução, meu irmão fez, aqui no III Exército, um Manual de Guerra Psicológica, no qual mostrava isso tudo. (...) Acontece que o nosso Golbery do Couto e Silva, uma das eminências do Governo, não era favorável ao combate sistemático e radical da subversão. Ele dizia que os subversivos tinham que ter alguma coisa para fazer, para se expandir e assim permitiu que eles se infiltrassem. Então, com o consentimento dos governos militares, a esquerda apossou-se de todos os pontos-chave da mídia e dos estabelecimentos de ensino, inclusive das cadeiras de Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e de Moral e Cívica, que tinham sido criados justamente para difundir os nossos ideais” (Gen Ex Ruy de Paula Couto — HOE/1964, 1964, Tomo 13, pg 45).
“Paradoxal e surpreendentemente, a primeira publicação no Brasil dos Cadernos do Cárcere, do comunista italiano Antonio Gramsci — uma iniciativa de Ênio Silveira e de sua Editora Civilização Brasileira — veio à luz entre 1966 e 1968, com uma reedição em 1970, em plena ‘ditadura’. Um ‘cochilo’ da censura ou a ‘mordaça’ não era tão severa como muitos na época e ainda hoje querem fazer crer? Isto é a confirmação do que afirmou Olavo de Carvalho, ao dizer que ‘por uma coincidência das mais irônicas, foi a própria brandura do governo militar que permitiu a entronização da mentira esquerdista como história oficial’ quando ‘o governo, influenciado pela teoria golberiana, jamais fez o mínimo esforço para desafiar a hegemonia da esquerda nos meios intelectuais, considerados militarmente inofensivos’” (Gen Div Negrão Torres — HOE/1964, Tomo 14, pg. 80).
Deu no que deu.
A esquerda sonha com o dia em que não haverá mais “imprensa golpista” no Brasil, a exemplo do que ocorre em Cuba, na China e na Venezuela. O que ela deseja é que apenas a imprensa composta por pelegos ideológicos sobrevivam, como a Mídia Ninja, cujos integrantes já foram entrevistados pela esquerdosa Roda Viva. Eu espero não estar mais vivo quando essa desgraça ocorrer.
Notas:
[1] MAINARDI, Diogo. Lula é minha anta. Record, Rio e São Paulo, 2007.
[2] AZEVEDO, Reinaldo. O País dos Petralhas. Record, São Paulo e Rio, 2008.
[3] CARVALHO, Olavo de. O Jardim das Aflições (2ª edição, revista). Realizações, São Paulo, 2000.
[4] VOLKOFF, Vladimir. Pequena História da Desinformação — do Cavalo de Troia à Internet. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004.
[5] MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História Oral do Exército — 1964 — 31 de Março — O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.
Fonte: Usina de Letras
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário