Em outubro de 1991, dezessete brasileiros reuniram-se, antes da crise COLLOR, para um trabalho de esclarecimento ao povo do que nos aguardava no futuro. Sentia-se que estávamos de ladeira abaixo no campo ético e moral. Não queríamos ser salvadores da pátria, pois já estávamos calejados do tempo de Getúlio e Jânio, e víamos a desgraça aproximar-se com o novo Presidente eleito. A cena do mesmo subindo as escadarias do STF, abraçado a um calhamaço de papel para provar que o Presidente SARNEY era ladrão foi tão dantesca e escandalosa que para qualquer homem de bem via-se ali a mais perfeita demagogia, completada com a cena do último programa de propaganda política onde acusou o adversário de crime torpe. Sentia-se que tudo era válido pelo poder, de ambas as partes.
Nossa luta começou a incomodar alguns, denominados de uma tal chamada esquerda. Jurássicos, generais de pijama, saudosistas etc. Era a certeza de que estávamos a palmilhar no caminho certo. Só se joga pedra em árvore que dá bom fruto. Cada artigo era um alerta para a crise que se previa. Explodem os escândalos. Dinheiro (dólar) em colchão e mil coisas a mais. Crise institucional. O País sem rumo e vendo os poderes da República apodrecendo e novos salvadores da Pátria surgindo e escondendo seus escândalos.
Como previu o Grupo, caiu o Presidente e assumiu o seu vice-presidente. Instala-se um governo sério e o rebotalho tudo fazendo para que nada fosse apurado. A CPMI, dirigida pelo senador Jarbas Passarinho, ainda conseguiu fazer uma pequena limpeza. A Comissão Especial de Investigação, criada pelo presidente Itamar, lutou o que pode. Mostrou uma pequena parte da podridão existente no País. Tristeza. Fazia e faz vergonha o que lá se apurou.
O Grupo Guararapes fez parte daquela Comissão.
Saiu o Presidente Itamar e o novo governo de FHC recebe das mãos do ex-presidente toda documentação da Comissão Especial, cujo trabalho deveria ser continuado. O primeiro ato do governo foi dar fim a tudo que se tinha feito. Tudo jogado fora. Criou-se uma crise no novo governo. O seu líder no senado — senador Pedro Simon — não aceita a descontinuidade do trabalho da Comissão. Sentiu que não teríamos um governo sério.
Para não falar muito só é preciso lembrar: “chegamos ao limiar da irresponsabilidade” frase dita por um elevado funcionário numa das transações realizadas pelo governo. Quem não se lembra de documentos encontrados debaixo de uma ponte para justificar bandalheiras realizadas e nunca apuradas.
Sai FHC e vêm os arautos da esquerda comandados e seduzidos por Lula. Eram os donos da verdade. Quem conhecia seu passado não poderia esperar grande coisa. Segurando-se no ambiente favorável da economia mundial e na santa medida da implantação do Real do governo Itamar, foi levando o governo e aplicando violentamente o princípio de que “os fins justificam os meios”. Um verdadeiro desastre moral. O câncer da corrupção foi alastrando-se e tudo foi válido para que fosse eleita a sua candidata. Uma vergonha nacional!
Assume a presidência a senhora Dilma que não teve o direito nem de escolher seus ministros, dos quais sete caíram por atitudes não republicanas. E a República apodrecendo. De repente assume ao ministério uma senhora que se orgulha de colocar aos quatro ventos o que nas alcovas que freqüenta, fazia. Pudor, recato, coisas íntimas de sexo não mais levados em conta. Era a sociedade apodrecida que se colocava a nu.
Agora, por último, vem o escândalo do Cachoeira, que foi preso. Onde se encontra o Valdomiro, comprado por Cachoeira? Farras, dinheiro sujo, mulheres, governadores, deputados, senadores, prefeitos, vereadores, funcionários públicos, messalinas, cafetões, e todos os tipos do baixo mundo juntos, devorando o erário público e a canalha procurando esconder a desgraça que estamos vivendo.
Ainda bem que não culparam os militares. Não conseguiram um metido nesta desgraça.
POBRE BRASIL! POBRE POVO! GOVERNADOS POR GRANDES CANALHAS!
Fonte: adaptado do Grupo Guararapes
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