A imprensa de hoje, atribui às UPPs os arrastões que se tornaram moda no Rio. A mídia aceitou como fato as declarações do Governador.
Ora, se isso fosse verdade, bastaria acabar com as UPPs que acabaríamos com a criminalidade no Rio.
É óbvia que esta declaração do governador é apenas uma “mise-en-scène” para esconder sua incapacidade.
Falar que as UPPs tiraram os traficantes das favelas é balela para enganar os incautos que possuem menos de dois neurônios.
Vejamos a realidade: Nos últimos quatro anos o consumo de drogas aumentou em uma progressão geométrica. Qualquer criança do ensino básico, que tenha lido a Cartilha da Tia Maria vai ver que se o consumo aumentou, por uma questão de lógica, a venda de drogas também aumentou. Portanto, como o traficante não saiu do morro, ele continua mantendo o seu negócio. Além disso, as UPPs servem para diminuir os custos de manutenção do tráfico. Antes, os traficantes tinham que usar as câmeras das televisões para exibir seu armamento para que a facção rival não invadisse sua área. Agora com mais de 200 PMs para dar garantias, não há mais necessidade de tanto armamento, nem de se gastar tanto com balas.
Uma coisa é clara: Grupos de traficantes estão invadindo áreas onde ainda não haja UPP para se instalar. Depois com a chegada das UPPs, já com a posição solidificada, viverão tranqüilos com a segurança dada pelos PMs.
A realidade nisto tudo está bem clara: Não há policiamento nas ruas, quando muito, uma viatura aqui e outra lá. Mas isto nunca foi policiamento. Policiamento é a pé e não com PMs dormindo na viatura, jogando baralho ou nos celulares nas UPPs. O que adianta 140 motos para acabar com os assaltos? O PM motoqueiro vai pilotar a moto ou vai atirar no bandido?
Uma hora o governador diz que são bandidos independentes, outra hora diz que já sabe que a ordem veio de Catanduba. Se o governo sabe que a ordem partiu de Catanduba, tem obrigação de saber quem recebeu a ordem. Isto é elementar.
Caso idêntico acontece com a guarda municipal (que nunca foi municipal) onde vemos corriolas batendo papos, fumando ou no celular e com seus carros sobre a calçada ou em área proibida.
O que é mais assustador não são os arrastões ou os assaltos, mas como a mídia está sendo manipulada por nossos governantes. Se nossa imprensa for às ruas e visitar as UPPs, verá que isto não é policiamento, é chacrinha.
Está na hora do governo do Rio pedir ajuda ao secretário de segurança de Cabul (Afeganistão) ou ao de Bagdad (Iraque) porque esses países, em guerra declarada, vivem um clima de paz que nós não temos.
A fora isso, o Secretário de Segurança declara que esta é uma situação causada pelo desgoverno de quarenta (40) anos. Em 1970 o Rio vivia uma paz. Creio que o secretário acrescentou um ZERO nos anos. De fato a situação está caótica há quatro (4) anos.
Rio, 22 de novembro de 2.010
Antonio Antunes
COMENTO: a mim, parece que a bandidagem carioca está fazendo uma "demonstração de força" como aviso aos políticos de plantão de que querem "negociações" sobre a atuação policial em suas áreas. Os ataques a motoristas e queima de carros e ônibus tem um "custo-benefício" que foge à lógica. Quanto é gasto com munição, combustível e a própria "mão-de-obra" para essas ações terroristas que não produzem retorno financeiro? Bandido quer lucro. E estão "dando um aviso" sobre o que podem fazer por ocasião da Copa e das Olimpíadas, se não tiverem suas "reivindicações" atendidas. E não adianta a conversa fiada de que a Força Nacional do Tarso Genro pode ser utilizada, ou de que serão adquiridas mais centenas de viaturas. Nas atuações da FNS o que se viu foi só o gasto enorme sem o retorno devido. Afinal, se as polícias civil e militar de um Estado, com grande efetivo de pessoal com conhecimento da área de atuação, não "dá conta do recado", por que uma tropa de 100 ou 200 homens (ou mesmo 500 como foi a atuação anterior no RJ) com dez dias de "treinamento especial" conseguirá o milagre de resolver o problema? Só acredita quem quer ser enganado!!
Aquisição de viaturas também não é solução que se apresente. Onde andam as centenas de viaturas e equipamentos adquiridos por ocasião dos Jogos Panamericanos? Sumiram? Esfumaçaram-se? Ou sequer foram entregues depois de pagas com as verbas públicas cujas prestações de contas nunca "fecharam"?
E, por fim, posso estar enganado, mas logo, logo aparecerá algum "líder sindical" vinculando um maior esforço dos encarregados pela segurança do país à aprovação da PEC-300 (a que iguala os vencimentos das polícias estaduais à polícia do DF — a melhor paga e que também "atua" com base em viaturas e Postos Comunitários de Segurança, de onde os policiais não podem se afastar).
Aquisição de viaturas também não é solução que se apresente. Onde andam as centenas de viaturas e equipamentos adquiridos por ocasião dos Jogos Panamericanos? Sumiram? Esfumaçaram-se? Ou sequer foram entregues depois de pagas com as verbas públicas cujas prestações de contas nunca "fecharam"?
E, por fim, posso estar enganado, mas logo, logo aparecerá algum "líder sindical" vinculando um maior esforço dos encarregados pela segurança do país à aprovação da PEC-300 (a que iguala os vencimentos das polícias estaduais à polícia do DF — a melhor paga e que também "atua" com base em viaturas e Postos Comunitários de Segurança, de onde os policiais não podem se afastar).
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