por Augusto Nunes
O presidente Lula recita no comício de todos os dias que, além de instalar Dilma Rousseff no Planalto, o eleitorado precisa facilitar o trabalho da sucessora com a formação de um Senado controlado por amigos do governo. No caso do Amapá, por exemplo, Lula acha que não existe ninguém mais qualificado para representá-lo no Congresso que o ex-governador Waldez Góes, como fez questão de avisar no horário eleitoral do PDT.A opinião do presidente foi endossada por José Sarney no discurso pronunciado no Senado em 16 de junho deste ano. Com a autoridade de Homem Incomum, o orador promoveu Waldez Góes a homem público exemplar. E comunicou à nação que gostaria de passar os próximos anos na companhia do segundo orgulho do Amapá.
Se continua pensando assim, Sarney terá de apresentar-se à Justiça, contar tudo e solicitar que a pena seja cumprida na mesma cadeia que hospeda, desde a manhã desta sexta-feira, o chefão Waldez e o resto da turma capturada pelos policiais federais engajados na Operação Mãos Limpas. Se Lula continua achando essencial a presença do amigo no Senado, terá de vestir o manto de padroeiro dos bandidos de estimação e operar outra vez o milagre da libertação dos culpados.
Depois de censurar o vídeo em que Collor apoia Dilma e Lula, o PT terá de proibir agora o vídeo em que Lula e Dilma apoiam Waldez.
Fonte: Blog do Augusto Nunes
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