por Gilberto Barros Lima
O termo terrorismo sustenta uma grande quantidade de significados como o pavor, o medo e o uso premeditado da violência com objetivos políticos. Também se pode verificar que as ações terroristas são acontecimentos freqüentes na História, presente nas mais variadas culturas, resultantes de ataques e atentados oriundos de atividades de fanatismo de natureza política, religiosa e racial.
De igual modo, a palavra terrorista expressa um significado traumático e particularmente desastroso por retratar em primeira escala o uso da violência na maioria de suas ações, de modo semelhante às astuciosas manobras efetuadas pelo terrorismo emprega a hostilidade tradicional de mutilar e exterminar vidas de inocentes, embora esses fatores sejam justificados pelos terroristas como padrões estratégicos para defender a causa legítima de sua luta.
Exemplificando tal defesa em prol das atividades terroristas, no ano de 1974, o líder palestino Yasser Arafat declarou na tribuna da Assembleia Geral da ONU que "A diferença entre o revolucionário e o terrorista está no motivo pelo qual cada um deles luta". Sob certos aspectos, a justificativa é válida, mas não se justifica que um ataque ou atentado contra uma grande quantidade de pessoas inocentes seja realmente a solução ou a maneira correta de alcançar o real objetivo da causa.
Arafat justificou na mesma ocasião que "quem quer que assuma posição por uma causa justa e batalhe pela liberdade e pela libertação de sua terra do jugo dos invasores, [...] não pode de modo algum ser chamado de terrorista". De um lado o ex-líder palestino defende sua causa amparada por um grande número de simpatizantes, doutro modo, uma grande maioria de pessoas condena qualquer atitude terrorista que promova a violência e a morte de pessoas.
Os fatos comprovam uma divisão de opiniões, pois nem todos são a favor ou mesmo contra as ações e atentados terroristas. A diversificação de elementos que definem o terrorismo, ao longo destes anos, apresenta uma realidade contrastante pelo fato de que todos se acusam mutuamente defendendo as ideologias e distantes de qualquer possibilidade de paz.
De quem realmente é a culpa da existência do terrorismo?
Gilberto Barros Lima é especialista
em Relações Internacionais
E-mail: gbarroslima@yahoo.com.br
Fonte: Mundo RI
COMENTO: no Brasil, a conivência com o uso do medo como arma política faz com que nem mesmo exista uma definição do que é "terrorismo". Diversos projetos foram apresentados no Congresso, mas sempre são "engavetados" pelo temor de que as definições propostas venham atingir algum tipo de "cumpanhêru". Assim, nem mesmo é possível um planejamento preventivo contra o terrorismo, pois oficialmente ninguém sabe o que isso significa. Assim, pelo menos por aqui, a culpa pela existência latente do terrorismo se deve à omissão política.
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