quinta-feira, 19 de junho de 2008

Quem é Dom Erwin Kräutler

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Kräutler nasceu em Koblach, na Áustria, no dia 07 de dezembro de 1939. Fez seus estudos iniciais em Koblach (1945-1951) e Feldkirch (1951-1958). Ingressou na 'Congregação do Preciosíssimo Sangue'. Em Salzburg, realizou seus estudos de filosofia (1959-1962) e teologia (1962-1965). No dia 7 de março de 1965, em Salzburg, foi ordenado padre. Foi, então, enviado ao Pará como missionário em 1965, onde seu tio Eurico Kräutler era bispo.
Foi vigário Cooperador de Altamira-PA (1965-1979); Pároco de São Francisco Xavier de Souzel (1979-1980); Reitor da Escola Apostólica São Gaspar, Altamira, PA (1967-1974); Professor de Filosofia Educacional e Psicologia Educacional no Instituto Maria de Mattias, Altamira, PA (1966-1980); Ecônomo da Prelazia de Xingu, PA; Encarregado Pastoral de Vila Vitória.
Bispo Coadjutor da Prelazia de Xingu (1981); Bispo Prelado do Xingu 'pleno iure' a partir de (1981/2008); Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) (1983-1991); Responsável pela dimensão Missionária (1995-2003); Delegado à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

— 1987/1988 - Brasil: República Plurinacional
O controvertido bispo austríaco, confesso adepto da Teologia de Libertação, é bastante conhecido por sua postura a favor da criação de nações indígenas independentes. O bispo era o presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), quando em agosto de 1987, foi apresentada pelo CIMI uma emenda popular à Assembléia Nacional Constituinte que tentava introduzir na nova Constituição Brasileira o conceito de plurinacionalidade para os indígenas e o de soberania restrita para suas reservas. A emenda sugeria:
Artigo 1º - O Brasil é uma República Federativa e plurinacional ...
Artigo 2º - Os membros das Nações Indígenas possuem nacionalidades próprias, distintas entre si e da nacionalidade brasileira, sem prejuízo da sua cidadania brasileira.
Os demais artigos, estabeleciam que os recursos naturais do solo, subsolo, cursos fluviais, lagos localizados em seus limites dominiais, os rios que nela têm nascente e foz e as ilhas fluviais e lacustres são bens das 'nações' indígenas.
Em julho de 1988, ainda como presidente do CIMI, protocolou na Assembléia Nacional Constituinte, a Sugestão Popular nº S-001 que ratificava a emenda popular do CIMI e que era firmada por milhares de austríacos. 'Curiosamente' a cidade austríaca onde as assinaturas foram colhidas foi Feldkirch, onde Krautler havia realizado seus estudos secundários (1951-1958).

— 2008 - Indígenas e Belo Monte — Covardia Criminosa
O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende, coordenador dos estudos de inventário da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, foi a Altamira convidado pelos organizadores do 'Encontro Xingu Vivo para Sempre' para apresentar os estudos que estão sendo feitos sobre aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte. O encontro foi organizado pela Arquidiocese de Altamira e teve a participação de aproximadamente duas mil e quinhentas pessoas, entre representantes de populações indígenas e ribeirinhas, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e pesquisadores que discutiram projetos hidrelétricos e seus impactos na Bacia do Rio Xingu. Na terça-feira, 20 de maio, após ter realizado sua apresentação o engenheiro Rezende estava assistindo à exposição do terceiro palestrante, quando um grupo de índios o puxou pela camisa e o derrubou no chão e começou a golpeá-lo com bordunas e facões até ser cortado por um deles.
O bispo de Altamira Dom Erwin Krautler, presidente do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), lamentou a agressão, mas questionou a postura do engenheiro durante o encontro. "Os índios não queriam matar esse homem. Por outro lado tenho que dizer que o homem não usou de pedagogia para com os povos indígenas. Ele não entendeu a alma kaiapó, senão não teria acontecido nunca um incidente como este", disse, ainda, que viu o fato como uma defesa dos indígenas — "Os índios se sentiram provocados".

— 2008 - Pará: Bispo do Xingu acusado de vender madeira doada
"O diretor do Ibama em Altamira (PA) Roberto Scarpari estaria envolvido com o bispo Dom Erwin Krautler na venda de madeira apreendida e doada à Prelazia do Xingu. A denúncia de moradores ao jornal 'O Impacto' diz ainda que o bispo, que se diz ameaçado de morte, teria vendido apenas créditos dessa madeira, o que configuraria crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha. O diretor do Ibama seria conivente. Dom Erwin Klauter foi acusado de comprar facões para que índios agredissem engenheiros da Eletronorte em Altamira — um engenheiro quase perdeu o braço, como mostrou o Jornal Nacional". (Cláudio Humberto)
"A população de Altamira, no Oeste do Pará, questiona junto ao diretor do Ibama daquele Município, Roberto Scarpari, onde foram parar os 5.000 metros cúbicos de madeira apreendida no Município, e que posteriormente foi doada, através de termo de ajuste de conduta, à Prelazia do Xingú. Outra acusação, relata que a Prelazia vendeu a empresas locais apenas créditos dessa madeira, podendo incorrer no crime de falsidade ideológica, bando ou quadrilha". (Manoel Cardoso - Jornal O Impacto - 14/06/2008 - Edição nº 687)
Fonte: Hi7.Co
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Um comentário:

João Augusto, Vinícius, Carolina e Edenir disse...

D. Erwin é um homem de Deus. pessoa muito digna e merecedora de respeito. Tenho certeza que as acusações contra ele foram atiçadas por pessoas que querem destruir a floresta e enriquecer a qualquer custo, destruindo as riquezas naturais da região.