Seminário debaterá os desafios para as políticas Externa, de Defesa e Inteligência
No dia 2 de dezembro, o Instituto InfoRel de Relações Internacionais e Defesa promoverá em parceria com a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, o Seminário “O Brasil no Mundo: deveres e responsabilidades” que debaterá os desafios futuros para as políticas Externa, de Defesa e Inteligência.
O evento conta com o apoio da Fundação Konrad Adenauer, da União Europeia, e do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), e marca os dez anos de criação do Instituto InfoRel. O mesmo não acarretará ônus para a Câmara dos Deputados
O professor Fernando Reinares, investigador principal de Terrorismo Internacional do Real Instituto Elcano de Madri, abrirá o seminário com uma aula magna sobre Segurança Internacional. Ele apresentará ainda dados inéditos acerca das investigações sobre os atentados de 11 de março de 2004 em Atocha, na capital espanhola.
O Seminário
Na quarta-feira, 12/11, a CREDN apreciou Requerimento do seu presidente, Eduardo Barbosa (PSDB-MG), propondo a realização do seminário. De acordo com a organização do evento, a Política Externa fortaleceu-se, houve a ampliação no número de embaixadas e consulados no exterior e o país foi chamado a opinar e participar das decisões globais.
Ao mesmo tempo, a área da Defesa Nacional, por meio das Forças Armadas, foi determinante para firmar a imagem de um país pacífico, capaz de comandar missões de paz e de intermediar diálogos em relação aos conflitos mais complexos e nos lugares mais instáveis do planeta.
Essas duas premissas exigem, por sua vez, uma Inteligência de Estado forte, estruturada e sintonizada com os interesses nacionais.
No entanto, não está claro que papel o país pretende desempenhar nas Relações Internacionais. Para piorar, nos últimos anos houve uma retração forte na Política Externa e, atualmente, o ministério das Relações Exteriores vive um dos seus momentos mais difíceis em termos de valorização das suas prerrogativas e do seu corpo funcional.
Em relação à Inteligência, em 2013, a CREDN conseguiu regulamentar a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), após 11 anos de tentativas frustradas, atribuindo à CCAI poderes para atuar de forma objetiva como órgão de controle externo das atividades de inteligência. A regulamentação conferiu, também, ao Congresso, os poderes necessários para contribuir com o fortalecimento do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) e para que o país pudesse contar com uma Inteligência voltada aos interesses do Estado brasileiro.
Já na Defesa, apesar dos projetos anunciados, e até mesmo de contratos firmados, as Forças Armadas carecem de mais recursos – financeiros, humanos e bélicos – e o país se ressente dessas carências, por exemplo, com a vulnerabilidade e fragilidade das suas fronteiras.
Fonte: InfoRel
ATUALIZAÇÃO: A respeito do Seminário, recebi hoje (5/12/14) mensagem eletrônica relativa ao pronunciamento de um dos convidados, o professor Alexandre Fucille, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa:
"A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DE INTERESSES DE FORA DO BRASIL
O Presidente da Associação Brasileira de Defesa (???) perdeu uma ótima oportunidade de bem representar os seus associados ou, mesmo, de ficar calado. (A Associação é de Defesa de que, mesmo? Mais provável que seja defesa dos interesses de fora do Brasil. ).
Imaginem que em Seminário na Câmara dos Deputados, o referido senhor teve a ideia, ou, foi induzido a, ignorantemente, defender que ...”uma elite civil deveria controlar o Ministério da Defesa”. Só rindo!
Uma associação de defesa, de qualquer nacionalidade, tem por dever de ofício saber que um Estado – população, território e soberania – necessariamente tem que ter uma defesa forte com poder dissuasório: Estados não tem amigos, Estados têm interesses.
E a história recente tem demonstrado que lobo respeita lobo: China, Índia e Israel, são alguns que podem dizer, por experiência própria.
Pobre ABD presidida por presidente tão completamente ausente de informações elementares.
Elementares, sim, porque ignora o papel fundamental dos militares desde o período colonial. Elementares, sim, porque ignora a imagem do inconsciente coletivo brasileiro sobre os militares.
Inexiste uma mãe pobre brasileira que não sonha com o dia no qual os filhos possam ser chamados e aceitos para fazer o serviço militar. (O serviço militar só se tornou universal e obrigatório em 1918, graças ao militarismo de Olavo Bilac, sabiam?).
No inconsciente coletivo brasileiro, a imagem militar no Brasil é associada à patriotismo – amor ao país onde se nasceu – disciplina, honestidade e responsabilidade – à uma instituição, na qual a corrupção é sempre punida humilhante e exemplarmente.
Desde os estudos do sociólogo Gilberto Freire, os militares brasileiros têm sido considerados como a ...” organização mais lídima e representativa das instituições nacionais, o verdadeiro índice do povo brasileiro". Sorry, sorry.
Sei que o ideal para os ignorantes, nem tão ignorantes assim, e principalmente, seus orientadores – o ideal seria o Brasil desarmado, não concorrendo com os interessados e desenvolvendo-se até o ponto em que desenvolvimento fosse sustentável, vale dizer, desenvolvimento suportável por eles, não concorrencial com eles, os interessados (Forças e cidadãos desarmados: não lembram a campanha do desarmamento?) Mas, vão ficar querendo.
A opinião pública, avaliada pelas pesquisas mais tendenciosas, mostra que 72% do povo considera as Forças Armadas como as instituições mais confiáveis do País.
E os brasileiros atentos não vão permitir que o Brasil deixe de crescer para que apareça o crescimento dos interessados em não ter um Japão na América do Sul.
De novo, sorry, sorry.
Propaganda internacional alguma, consegue – por mais que se esforce – contrapor-se ao consciente coletivo nacional brasileiro.
Desistam. Melhor para os Srs não continuarem eternamente a procura de mais e mais agentes brasileiros-colaboradores-colaboracionistas (até e porque, os colaboradores-colaboracionistas brasileiros já perceberam, que os ganhos do que vierem a conseguir, pelo esforço de atender aos interesses de seus patrocinadores-orientadores, serão, sempre, migalhas de poder, face ao poder daqueles que pretendem vir a ter poder no Brasil.).
Melhor parar de dar murro em ponta de faca. Melhor parar de tentar enxugar gelo. A realidade dos fatos contrapõe-se à opinião e às opiniões forjadas fora e divulgadas dentro do Brasil.
As Forças Armadas brasileiras tornaram-se público-alvo de campanhas patrocinadas pelas fundações estrangeiras de sempre, desde a década de 1980.
Os brasileiros observam que instituições criadas por militares, entregues à administração civil - orientada pelos patrocinadores interessados em ter os militares brasileiros desacreditados e o Brasil desarmado - foram desviadas de seus objetivos, de modo a prejudicar o País.
O Projeto de proteção ao índio evoluiu para a atual FUNAI, entregue a antropólogos ignorantes – na melhor das hipóteses - agindo em benefício de interesses internacionais, a revelia da soberania nacional.
A PETROBRAS, nascida das campanhas nacionalistas (foi um militar, que iniciou a campanha do Petróleo é Nosso, sabiam? Chamava-se General Horta) foi entregue ao sindicalismo de ideólogo estrangeiro completamente divorciado das questões fundamentais de interesse brasileiro. Pensam que a fizeram perder metade do seu valor comercial. Desfalques à parte, penalizados os responsáveis, a PETROBRÁS jamais deixará de ser a empresa nacional orgulho dos brasileiros.
Vão ficar querendo, o Brasil é difícil sempre que os objetivos tiverem como alvo prejudicar interesses brasileiros.
Sorry, sorry, respeitar e preciso.
Conformem-se, e deem-se por satisfeitos, com a terceirização e a submissão aos interesses do mercado internacional da EMBRAER e da EMBRATEL, criadas pelo empreendedorismo militar.
O Centro Tecnológico da Marinha conseguiu um processo singular e econômico de enriquecimento de urânio, que atrai a espionagem dos concorrentes.
A AIEA tem feito ridiculamente mais de 15 inspeções anuais nas usinas nucleares brasileiras – para verificar se o Brasil continua fiel e docilmente comprando a tecnologia importada a peso de ouro, suportada pelos contribuintes brasileiros.
Por razões de péssimo contrato internacional, sua industrialização não poderá ser delegada. Impressionante é verificar como não se tocam e nem se envergonham até a alma das atitudes ridículas que costumam ter.
Inadmissível que a agenda hegemônica do Brasil torne o ambiente operacional tecnológico brasileiro de quinta geração.
O nacionalismo e a soberania não são negociáveis, sorry, sorry, Srs.
Ademais, os Srs já estão bem crescidinhos, já estão bem desenvolvidinhos. Já está na hora de aprenderem a respeitar as soberanias fora da jurisdições deles, os Srs.
E é mais do que hora, de mostrar que são bons alunos e já aprenderam a respeitar o direito da concorrência comercial.
Vale dizer: já está na hora de concorrerem de acordo com o direito da concorrência - que existe e é respeitado pelo restante do mundo, o qual observa o desrespeito a tal direito praticado sistematicamente por Vs., Srs, ao redor do mundo.
Os brasileiros comuns pensam, estudam, pesquisam e estão alertas.
Sorry, sorry, o Brasil merece respeito.
Prof. Guilhermina Coimbra"
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