por Janer Cristaldo
Não passa ano sem que alguma autoridade ou governo ressuscite Hitler. Desta vez, foi o governo da Baviera, que quer impedir a publicação de Mein Kampf, alegando ter os direitos sobre a obra (exceto nos Estados Unidos e no Reino Unido) do ditador. É o que leio nos jornais.
A editora britânica Albertas deve começar a vender, no fim do mês e em bancas de jornal da Alemanha, três edições de 16 páginas cada uma com excertos do livro de Hitler acompanhados de comentários críticos. A publicação terá uma tiragem de 100 mil exemplares e será encartada na revista Zeitungszeugen, da mesma editora, que traz capas de jornais nazistas que circularam entre 1920 e 1930 — também com uma análise.
Aqui no Brasil, toda a vez que algum editor pensa em publicar Mein Kampf, há toda uma grita generalizada entre judeus. Ora, proibir a publicação deste livro é de certa forma proibir o estudo do nazismo. Como entender o anti-semitismo sem ler Hitler? Quanto a incitações ao genocídio, o livrinho de Hitler é café pequeno diante da Bíblia. Se Hitler quer exterminar os judeus, os judeus, a mando de Jeová, exterminaram todos os povos que habitavam a Terra Prometida. Isto é, o Lebensraum judaico, se me é permissível a ironia.
Na Torá, encontramos incitações ao genocídio a toda hora. Javé ordena Israel a matar os amorreus, heteus, ferezeus, cananeus, heveus, jebuseus, mais tribos do que massacrou Maomé. O bom deus dos judeus e cristãos manda massacrar, arrasar, degolar, destruir cidades, matar tudo que respire. Quanto a ódio aos judeus, só o santo homem Moisés mandou degolar três mil judeus. No Novo Testamento, no Apocalipse, o Cordeiro volta para exterminar o que sobrou da humanidade.
Outro livrinho que também deveria ser proibido, se é que se pode proibir algum livro por incitação ao genocídio, é o Alcorão. Maomé que também ordenou grandes degolas, deve ter-se inspirado na Bíblia. “Matai os idólatras”, diz a surata 9:5. “Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos”, diz outra surata, a 2:191. Há ainda um hadith que proclama: “Fazei guerra, com sangue e extermínio, a todos que não crêem em Alá. Quando encontrardes com os infiéis, matai-os”.
Isso sem falar na abundante bibliografia que ainda existe no mundo todo, incensando assassinos em massa como Stalin e Mao e assassinos menores como Fidel ou Che Guevara. Durante boas décadas do século passado, Stalin e Mao — que mataram milhões que nenhum Hitler sonhou matar — foram celebrados como condutores da humanidade. Guevara virou santo, a ponto de ser cultuado, na Bolívia, como San Ernesto de la Higuera. A louvação do Che quase virou gênero literário. Houve época em que as livrarias mantinham estantes exclusivas para a bibliografia em torno ao celerado.
Jamais me ocorreria pedir a proibição desses livros que transformam assassinos em santos, aliás tenho alguns deles em minha biblioteca. Entre estes, O Mundo da Paz, de Jorge Amado, abominável hagiolatria a Stalin e Envers Hodja. Ou ainda O Cavaleiro da Esperança, do mesmo Amado, babosa louvação de outro assassino, Luís Carlos Prestes. Estes livros, por estúpidos que sejam, são úteis para entendermos o mundo que nos cerca.
Quanto ao Mein Kampf, eu o tenho no computador. Não consegui lê-lo integralmente. Muito mal escrito. Proibi-lo é como enxugar gelo. Há diversas edições eletrônicas e gratuitas na Internet, inclusive em português.
A editora britânica Albertas deve começar a vender, no fim do mês e em bancas de jornal da Alemanha, três edições de 16 páginas cada uma com excertos do livro de Hitler acompanhados de comentários críticos. A publicação terá uma tiragem de 100 mil exemplares e será encartada na revista Zeitungszeugen, da mesma editora, que traz capas de jornais nazistas que circularam entre 1920 e 1930 — também com uma análise.
Aqui no Brasil, toda a vez que algum editor pensa em publicar Mein Kampf, há toda uma grita generalizada entre judeus. Ora, proibir a publicação deste livro é de certa forma proibir o estudo do nazismo. Como entender o anti-semitismo sem ler Hitler? Quanto a incitações ao genocídio, o livrinho de Hitler é café pequeno diante da Bíblia. Se Hitler quer exterminar os judeus, os judeus, a mando de Jeová, exterminaram todos os povos que habitavam a Terra Prometida. Isto é, o Lebensraum judaico, se me é permissível a ironia.
Na Torá, encontramos incitações ao genocídio a toda hora. Javé ordena Israel a matar os amorreus, heteus, ferezeus, cananeus, heveus, jebuseus, mais tribos do que massacrou Maomé. O bom deus dos judeus e cristãos manda massacrar, arrasar, degolar, destruir cidades, matar tudo que respire. Quanto a ódio aos judeus, só o santo homem Moisés mandou degolar três mil judeus. No Novo Testamento, no Apocalipse, o Cordeiro volta para exterminar o que sobrou da humanidade.
Outro livrinho que também deveria ser proibido, se é que se pode proibir algum livro por incitação ao genocídio, é o Alcorão. Maomé que também ordenou grandes degolas, deve ter-se inspirado na Bíblia. “Matai os idólatras”, diz a surata 9:5. “Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos”, diz outra surata, a 2:191. Há ainda um hadith que proclama: “Fazei guerra, com sangue e extermínio, a todos que não crêem em Alá. Quando encontrardes com os infiéis, matai-os”.
Isso sem falar na abundante bibliografia que ainda existe no mundo todo, incensando assassinos em massa como Stalin e Mao e assassinos menores como Fidel ou Che Guevara. Durante boas décadas do século passado, Stalin e Mao — que mataram milhões que nenhum Hitler sonhou matar — foram celebrados como condutores da humanidade. Guevara virou santo, a ponto de ser cultuado, na Bolívia, como San Ernesto de la Higuera. A louvação do Che quase virou gênero literário. Houve época em que as livrarias mantinham estantes exclusivas para a bibliografia em torno ao celerado.
Jamais me ocorreria pedir a proibição desses livros que transformam assassinos em santos, aliás tenho alguns deles em minha biblioteca. Entre estes, O Mundo da Paz, de Jorge Amado, abominável hagiolatria a Stalin e Envers Hodja. Ou ainda O Cavaleiro da Esperança, do mesmo Amado, babosa louvação de outro assassino, Luís Carlos Prestes. Estes livros, por estúpidos que sejam, são úteis para entendermos o mundo que nos cerca.
Quanto ao Mein Kampf, eu o tenho no computador. Não consegui lê-lo integralmente. Muito mal escrito. Proibi-lo é como enxugar gelo. Há diversas edições eletrônicas e gratuitas na Internet, inclusive em português.
Fonte: Janer Cristaldo
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