por Alexandre Gonçalves
O Canhão El Cristiano tem sido confundido, nas discussões feitas entre o Estado brasileiro e o paraguaio, com um símbolo da dignidade paraguaia, vilmente confiscado pelo povo brasileiro durante a Guerra do Paraguai. Os dados, contudo, não são completamente corretos.
O mesmo canhão fora forjado, por ocasião da guerra, com o bronze dos sinos das Igrejas de Assunção, já formalmente separadas do Estado, que não tiveram direito de anuência ao mesmo, tendo sido tal fato compreendido no “Esforço de Guerra”. O confisco de tal bronze dos locais de culto católico, sagrado para muitos na ocasião, concretiza o que já era expresso no governo paraguaio durante a guerra, e que o levou a mesma: o autoritarismo que suplanta as necessidades e a vontade do povo.
Sendo um obus de grande capacidade para a época, o mesmo estreou na Batalha de Curupayti, quando o General Mitre, a frente do comando das tropas aliadas, logrou uma severa derrota e a baixa de mais de 8 mil de seus comandados. Definitivamente, dadas as proporções de formação do contingente aliado, o bronze do canhão, não ressoando mais durante os cultos, ressoou ao expulsar projéteis, para perfazer a morte de milhares de brasileiros.
Troféus de guerra, usualmente, não são devolvidos. Embora o mesmo não explicite a humilhação do antigo dono da peça, o mesmo serve para lembrar o que lá aconteceu e a bravura dos que nele participaram. Diversas peças de artilharia, mais modernas do que “El Cristiano”, também conquistadas em batalha — na II Guerra Mundial — encontram-se expostos no Museu do Exército, Forte de Copacabana, sem que, para tanto, a dignidade dos países do Eixo fosse contestada.
Sendo um obus de grande capacidade para a época, o mesmo estreou na Batalha de Curupayti, quando o General Mitre, a frente do comando das tropas aliadas, logrou uma severa derrota e a baixa de mais de 8 mil de seus comandados. Definitivamente, dadas as proporções de formação do contingente aliado, o bronze do canhão, não ressoando mais durante os cultos, ressoou ao expulsar projéteis, para perfazer a morte de milhares de brasileiros.
Troféus de guerra, usualmente, não são devolvidos. Embora o mesmo não explicite a humilhação do antigo dono da peça, o mesmo serve para lembrar o que lá aconteceu e a bravura dos que nele participaram. Diversas peças de artilharia, mais modernas do que “El Cristiano”, também conquistadas em batalha — na II Guerra Mundial — encontram-se expostos no Museu do Exército, Forte de Copacabana, sem que, para tanto, a dignidade dos países do Eixo fosse contestada.
Aliás, cabe aqui fazer uma relação. Os países membros do Eixo souberam compreender o caráter defensivo da II Guerra Mundial, a megalomania de seus então representantes e os motivos expansionistas e nefastos que motivaram tal guerra. Cabe, contudo, aos governantes do Paraguai, compreenderem, hoje — seja pela postura brasileira durante o conflito ou pela proteção brasileira legada ao Paraguai depois do mesmo — que tal guerra jamais foi contra o povo paraguaio, ou sua dignidade, mas contra um governante igualmente megalômano, que visava os mesmos motivos expansionistas outrora citados para qualificar os governantes do Eixo.
Uma peça de artilharia que, no passado, deixada para trás pelas forças paraguaias, foi confiscada para não permitir seu repetido uso para matar brasileiros — e aliados — não deve hoje ser devolvida sob falsos pretextos, esquecendo-se assim não só daqueles que a capturaram, mas de todos os heróis anônimos que por seu intermédio pereceram nos campos de batalha. Cabe sim, como mais um gesto de humanidade ao povo paraguaio, que a memória seja preservada, e que, como nação irmã que somos, na comunidade sul-americana, relembremos o real foco da sua dignidade.
Uma peça de artilharia que, no passado, deixada para trás pelas forças paraguaias, foi confiscada para não permitir seu repetido uso para matar brasileiros — e aliados — não deve hoje ser devolvida sob falsos pretextos, esquecendo-se assim não só daqueles que a capturaram, mas de todos os heróis anônimos que por seu intermédio pereceram nos campos de batalha. Cabe sim, como mais um gesto de humanidade ao povo paraguaio, que a memória seja preservada, e que, como nação irmã que somos, na comunidade sul-americana, relembremos o real foco da sua dignidade.
Fonte: O Canhão é Nosso
COMENTO: convido a todos para participarem da campanha para evitar mais essa "doação" do que não pertence ao presidente Lula para seus "cumpanhêrus". Como se já não bastassem as doações financeiras para Bolívia, Cuba e até mesmo para a Venezuela, sem contar as ditaduras africanas, além das doações de gêneros alimentícios para os mesmos amigos presidenciais, alimentos que muitas vezes faltam para os brasileiros, temos que assistir a doação em forma de "devolução" de um troféu de guerra, visando cumprir uma promessa de campanha do presidente paraguaio. Assine o "abaixo-assinado" pela não devolução do "El Cristiano" ao Paraguai clicando AQUI.
Aproveito para transcrever um comentário recebido por correio eletrônico:
"Eu sempre estudei em bons colégios e gostava muito de História. Tanto que me tornei monarquista e o sou até hoje. No Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, todos o são também. Mas do tal canhão Cristiano, eu juro que nunca soube até que o vice presidente, ou assistente do bispo garanhão paraguaio o reclamasse. Ele disse que a paz com o Brasil dependia da devolução do canhão cristão, segundo a notícia que tive do blog do Augusto Nunes.
Aproveito para transcrever um comentário recebido por correio eletrônico:
"Eu sempre estudei em bons colégios e gostava muito de História. Tanto que me tornei monarquista e o sou até hoje. No Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, todos o são também. Mas do tal canhão Cristiano, eu juro que nunca soube até que o vice presidente, ou assistente do bispo garanhão paraguaio o reclamasse. Ele disse que a paz com o Brasil dependia da devolução do canhão cristão, segundo a notícia que tive do blog do Augusto Nunes.
Concordo que Lula não pode nem deve devolver nada ao Paraguai. Foram eles que nos atacaram e pagaram por isso. Nosso preço por essa aventura inconsequente que eles deflagraram em nosso continente foi muito mais alto do que o deles até. Foi com ela que a nossa monarquia começou a desmoronar. E nós acabamos ficando com a cara do caudilhismo que afligia as antigas colônias espanholas, e que nos destroçou em arremedos de repúblicas dispersas em fragmentos de vice-reinos. Em simulacros dos Estados Unidos da América.
Como esperar que o governo Lula respeite a nossa História se ela ou é desconhecida pelo apedeuta ou desprezada por seus auxiliares? Nossas tradições não significam nada para eles, senão ressentimentos. Eles guardam pelos que construíram o nosso país o mesmo sentimento que um mujique revoltado com a sorte que lhe coube guardava no peito de quem se tornou um tovarish enfurecido das hordas que devastaram a Rússia e a mergulharam na barbárie.
Está claro que essas reivindicações arrogantes decorrem do desapreço que nossos vizinhos passaram a ter pelo Brasil depois que Lula trocou nossa dignidade de nação pela conveniência de apoiar seus companheiros de ideologia, com os quais contou para inflar o ego e se tornar um líder continental e até mundial.
Mas, como agora nós passamos a indenizar os terroristas que nos atacaram, e até os exaltamos como heróis da liberdade e da democracia que eles quiseram destruir, não admira nada que, além das indenizações, nós também passemos a pedir perdão ao vizinho que nos atacou covardemente.
Cordial e respeitosamente,"
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